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A LDB agora

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A LDB AGORA
“Para compreender o real significado da legislação não basta ater-se à letra da Lei; é preciso captar o seu espírito. Não é suficiente analisar o texto; é preciso analisar o contexto.
Não basta ler nas linhas; é preciso ler nas entrelinhas”.
 Dermeval Saviane.
O que é importante saber sobre a LDB
      A explicação da Legislação Nacional;
         A discussão da relação da legislação com a prática pedagógica que perpassa o cotidiano escolar, e
         O desenvolvimento de capacidade para elaboração e implementação de projetos de intervenção na realidade educacional.
Esses pontos fundamentam-se no entendimento de que a LDB é o grande cenário multidimensional no qual devemos trabalhar e direcionar esforços para equacionar inovações e, sobretudo, criar novos paradigmas sobre a experiência do educar, tarefa que permeia toda a nossa vida e nunca estará terminada.
Instituída em 20 de dezembro de 1996, a LDB: 
1. promove a descentralização e autonomia das escolas e universidades;
2.  permite a criação de um processo regular de avaliação do ensino brasileiro;
3. promove a autonomia também dos sistemas de ensino e,
4.  visa a valorização do professor e do magistério.
A Finalidade da LDB 
A finalidade da LDB é ajustar os princípios enunciados no texto constitucional para a sua aplicação a situações reais que
- envolvem várias questões, entre elas:
- o funcionamento das redes de ensino;
- a formação de especialistas e docentes;
- as condições de matrículas;
- o aproveitamento da aprendizagem e promoção dos alunos;
- a participação do poder público e da iniciativa privada no esforço educacional;
- a superior administração dos sistemas de ensino;
- as peculiaridades que caracterizam a ação didática nas diversas regiões do país.
Moacir A Carneiro coloca com prioridade a questão da aplicação da lei educacional. A leitura da Lei 9394/96 deve principiar assim, pelas várias leituras da realidade, porque a lei é uma só, mas o país é múltiplo.
Considerando a multiplicidade de realidade do país, a LDB é uma lei indicativa e não resolutiva das questões do dia-a-dia. Portanto, trata das questões da educação de forma generalizada e sintética, sendo o detalhamento do funcionamento do sistema objeto de decretos, pareceres, resoluções, portarias e deliberações.
A LDB tem como eixos interdependentes que não estão de forma explícita na letra da lei:
FLEXIBILIDADE, AUTONOMIA, RESPONSABILIDADE, PARTICIPAÇÃO, MUNDO DO TRABALHO E VALIAÇÃO.
Diversos autores tratam das questões dos eixos de forma diferenciada. Alguns consideram apenas a FLEXIBILIDADE E AVALIAÇÃO como eixos principais.
Outros, consideram como eixos a FLEXIBILIDADE, AUTONOMIA e AVALIAÇÃO. 
QUAL O CONCEITO DE EDUCAÇÃO EXPLICITADO PELA LEI 
A LDB, no Título I – Da Educação, Art. 1º, ao regulamentar a estrutura e o funcionamento dos sistemas de ensino circunscreve a educação no espaço escolar conceituando-a como um processo social global, numa visão ampla e dinâmica, que inclui conceitos de prática social e do mundo do trabalho. 
“Assim, o ensino e a escola se articulam com o mundo do trabalho e de outras práticas sociais, ao mesmo tempo em que se realizam no processo de formação, isto é, na interioridade das pessoas, que, desde a mais tenra idade, constroem o seu tecido existencial com os fios das relações sociais”. (MONLEVADE) 
A escola, enquanto lugar específico do processo educativo, deve levar em conta alguns componentes referenciais na educação que oferece. 
Quais são os referenciais?
Prática Social
Mundo do Trabalho
Movimentos Sociais
Manifestações Culturais.
 
Ao vincular a educação ao mundo do trabalho e à prática social (Art. 1º § 2º) visando à formação concomitante do cidadão e do trabalhador, a LDB redefine o papel da Educação na sociedade brasileira. 
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A escola, enquanto lugar específico do referenciais na educação que oferece. 
Quais são os referenciais?
Prática Social
Mundo do Trabalho
Movimentos Sociais
Manifestações Culturais.
 
Ao vincular a educação ao mundo do trabalho e à prática social (Art. 1º § 2º) visando à formação concomitante do cidadão e do trabalhador, a LDB redefine o papel da Educação na sociedade brasileira. 
Pedro Demo alerta para o fato “[...] a educação não 
pode ser panacéia, já que qualquer enfoque isolado 
da realidade é sempre parcial e deturpante, mas o eixo em torno do qual giram as transformações modernas, agindo como referência matricial da pesquisa e da intervenção na realidade”. 
QUAL O SIGNIFICADO DA LDB PARA O PROFISSIONAL DE EDUCAÇÃO?
 Ao propor um conceito de educação vinculado ao mundo do trabalho e a prática social, a LDB orienta para a necessidade de fazer uma educação comprometida com a transformação social. Para que isso ocorra, os profissionais da educação devem estar constantemente em formação continuada e repensando a prática pedagógica. O ponto de partida é conhecer as orientações da LDB.
 È importante ressaltar que a aplicação de uma lei deve considerar a realidade concreta em que será aplicada, uma vez que o Brasil é um país marcado pela desigualdade social e econômica. 
 PONTOS IMPORTANTE SOBRE A LDB
01 Por que é importante conhecer a LDB?
Porque a lei define as grandes linhas da política educacional.
02          02 Quem é responsável pela educação? 
A educação é uma responsabilidade compartilhada.
03          03 Quais são os níveis de educação e de ensino?
São dois grandes níveis: BÁSICO E SUPERIOR .
04          04 Como se organiza a educação?
Em sistemas de ensino: da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
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       05 Que concepção de educação orienta a LDB? 
Uma concepção ampla, fundamentada no princípio da valorização da experiência extra-escolar.
03        06  Qual é a política para o magistério?
A formação progressiva do profissional da educação básica em nível superior.
04     07 Quais são as inovações possíveis na organização do ensino?
Além da seriação, a lei possibilita várias formas de organização.
08            08 O que diz sobre o tempo do aluno na escola?
Define-se maior tempo de permanência.
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08            09 A escola tem lugar nesta lei?
 A escola é reconhecida como elo importante da organização nacional, a partir do princípio da autonomia.
08           10  Como é pensada a gestão?
 Partir do princípio da gestão democrática.
11 O que a LDB dispõe sobre currículo?
 Uma base nacional para o ensino fundamental e médio.
12 Como são tratados o público e o privado?
 Com base na coexistência entre os dois tipos de instituições.
13 Qual o percentual de recursos que o Poder Público deve aplicar na educação?
 A União, nunca menos de dezoito, e os estados, o distrito federal e os municípios, vinte e cinco por cento, no mínimo.
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14  14   Como é garantida a transparência do uso de recursos?
Pela prestação de contas, feita através de balanços e relatórios.
15  15   Por que a LDB define um custo mínimo por alunos?
Para assegurar a igualdade de condições para acesso e permanência do aluno na escola.
16    16  Em que consiste a ação supletiva da União?
No desenvolvimento de ações voltadas para a distribuição eqüitativa de recursos e padrão mínimo de qualidade.
17       17  Que outros temas são destacados pela nova LDB?
A educação a distância, a educação rural, a educação indígena, dentre outros.
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I – Considerações sobre o Plano Nacional de Educação:
Constituição de 1988 determina à União, Estados, Distrito Federal e Municípios, em seus artigos 211 e 214, a organização, em regime de colaboração, de seus respectivos sistemas de ensino;
O estabelecimento do Plano Nacional de Educação, com duração plurianual, visando à articulação, ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e, à integração das ações do Poder Público.
 
 O PNE tem como objetivo:
A elevação global do nível de escolaridade da população;
A melhoria da qualidade do ensino em todos os níveis;
A redução das desigualdades sociais e regionais no tocante ao acesso e à permanência, com sucesso, na educação pública;
Democratização de gestão do ensino
público, nos estabelecimentos oficiais, obedecendo aos princípios de participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolar e local em conselhos ou equivalentes.
Prioridades do PNE:
Garantia de Ensino Fundamental obrigatório de oito anos (sem atualizar) a todas as crianças de 6 a 14 anos (sem atualizar), assegurando ingresso e permanência na escola e conclusão desse ensino;
Garantia de Ensino Fundamental a todos que a ele não tiverem acesso na idade própria ou que não o concluíram;
Ampliação do Atendimento nos demais níveis de ensino;
Valorização dos profissionais da educação;
Desenvolvimento de sistemas de informação e de avaliação em todos os níveis e modalidades de ensino, inclusive na educação profissional.
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DEFINIÇÕES DO PNE:
As diretrizes para a gestão e o financiamento;
As diretrizes e metas para cada nível e modalidade de ensino;
As diretrizes e metas para a formação e valores do magistério e demais profissionais, nos próximos dez anos.
OBJETIVOS E METAS DO PNE
UNIVERSALIZAR O ATENDIMENTO DE TODA A CLIENTELA DO ENSINO FUNDAMENTAL, NO PREZO DE CINCO ANOS A PARTIR DA DATA DE APROVAÇÃO DO PLANO, GARANTINDO O ACESSO E A PERMANÊNCIA DE TODAS AS CRIANÇAS NA ESCOLA, ESTABELECENDO EM REGIÕES EM QUE SE DEMONSTRAR NECESSÁRIO PROGRAMAS ESPECÍFICOS, COM A COLABORAÇÃO DA UNIÃO, DOS ESTADOS E DOS MUNICÍPIOS. 
AMPLIAR PARA NOVE ANOS A DURAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL OBRIGATÓRIO COM INÍCIO AOS SEIS ANOS DE IDADE, À MEDIDA QUE FOR SENDO UNIVERSALIZADO O ATENDIMENTO NA FAIXA ETÁRIA DE 6 A 14 (atualizado).
 Os Parâmetros Curriculares Nacionais – PCNs 
São referenciais para os Ensinos Fundamental e Médio de todo o país. 
O objetivo dos PCNs
 é garantir a todas as crianças e jovens brasileiros, mesmo em locais com condições socioeconômicas, o direito de usufruir do conjunto de conhecimentos reconhecidos como necessários para o exercício de cidadania. Não possuem caráter de obrigatoriedade e, portanto, pressupõe-se que serão adaptados às peculiaridades locais.
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil
Publicação desenvolvida com o objetivo de servir como guia para profissionais que atuam diretamente com crianças de 0 a 5 anos (atualizado), respeitando seus estilos pedagógicos e a diversidade cultural brasileira. 
O referencial é composto por três volumes, que pretendem contribuir para o planejamento, desenvolvimento e avaliação de práticas educativas, além da construção de propostas educativas que respondam às necessidades das crianças e de seus familiares.
 
 Ensino Fundamental – 1º a 4º série. 
 
Têm como objetivo estabelecer uma referência curricular e apoiar a revisão e/ou elaboração da proposta curricular dos estados ou das escolas integrantes dos sistemas de ensino. 
Os PCNs de 1ª a 4ª série estão divididos em 10 volumes.
Ensino Fundamental – 5ª a 8ª série.
 
Estabelecem, para os sistemas de ensino, uma base nacional comum nos currículos e servem de eixo norteador na revisão ou elaboração da proposta curricular das escolas.
 Ensino Médio 
Os PCNs para o Ensino Médio têm por objetivo auxiliar os educadores na reflexão sobre a prática diária em sala de aula e servir de apoio ao planejamento de aulas e ao desenvolvimento do currículo de escola. Os documentos estão assim:
Bases Legais:
1.Linguagens, Códigos e suas Tecnologias. 
2. Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. 
3. Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
OS PARÂMETROS SERVEM PARA A ELABORAÇÃO OU REVISÃO DE CURRÍCULOS NOS ESTADOS E MUNICÍPIOS, PARA REFER~ENCIA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES;
PARA NORTEAR A PRODUÇÃO DE LIVROS DIDÁTICOS, A ATUAÇÃO NA TV ESCOLA E A AVALIAÇÃO DO ENSINO;
PROPÕEM CONTEÚDOS BÁSICOS E PERMITEM UMA UTILIZAÇÃO FLEXÍVEL.
SÃO UMA REFERÊNCIA COMUM PARA TODO O PAÍS, MAS PODEM SER ADAPTADOS ÀS CARACTERÍSTICAS DE CADA REGIÃO
 
Os PCNs pressupõem uma integração com a experiência educacional já realizada por estados e municípios e pode ser utilizado por professores, diretores e coordenadores para desencadear discussões sobre a projeto político pedagógico de cada escola.
Nessa perspectiva, a orientação proposta nos PCNs, para o processo de ensino e aprendizagem é:
1. reconhece a importância da participação ativa do aluno e a intervenção efetiva do professor; 
2. reafirma a idéia de que o conhecimento não é algo acabado e está sempre em processo de revisão e reconstrução;
3. reconhece que o processo do conhecimento não se dá por adição e sim por reorganização do conhecimento. 
PCN e os TEMAS TRANSVERSAIS
Os PCN do Ensino Fundamental prevêem seis TEMAS TRANSVERSAIS:
ÉTICA, MEIO AMBIENTE, SAÚDE, ORIENTAÇÃO SEXUAL, PLURALIDADE CULTURAL - até 5° ano.
 TRABALHO E CONSUMO - 6º ao 9º anos.
Uma forma eficiente de elaborar e trabalhar os programas de ensino/aprendizagem é fazer dos TEMAS TRANSVERSAIS um EIXO UNIFICADOR organizador das disciplinas.
Tratar os processos que estão sendo intensamente vividos pela sociedade, pelas comunidades, pelas famílias, pelos alunos e educadores em seu cotidiano envolvendo um aprender sobre a realidade, na realidade e da realidade.
 
IMPORTANTE SABER:
. Os Temas Transversais não constituem uma disciplina à parte. 
. Deve permear toda a prática educativa.
2. Devem ser trabalhados de modo coordenados e não como um intruso nas aulas.
. Enfoque a ser colocado ao longo de toda aprendizagem.
3. Não aparecerão “espontaneamente”, com facilidade, principalmente no começo.
. O modo e o momento em que serão tratados os temas transversais deve ser cuidadosamente programado em conjunto pelas diversas disciplinas.
4. “O que é de todos não é de ninguém”.
. Estudo conjunto, por parte da escola, para definir como cada disciplina irá tratar os temas transversais e verificar se eles estão sendo suficientemente abordados.
 TRANSVERSALIDADE E INTERDISCIPLINARIDADE
São modos de se trabalhar o conhecimento buscando uma reintegração de aspectos que ficam isolados uns dos outros pelo tratamento disciplinar. 
Transversalidade, Transdisciplinaridade e Interdisciplinaridade – princípios teóricos dos quais decorrem várias conseqüências práticas, tanto nas metodologias de ensino quanto na proposta curricular e pedagógica.
A Transversalidade aparece como um princípio inovador nos sistemas de ensino de vários países, como avanço na idéia de integração curricular. Na Interdisciplinaridade os interesses próprios de cada disciplina são preservados.
O princípio da transversalidade e de transdisciplinaridade busca superar o conceito de disciplina. Busca-se uma intercomunicação entre as disciplinas, tratando efetivamente de um tema/objeto comum (transversal).
TEMAS TRANSVERSAIS
ÉTICA - entender o conceito de justiça baseado na equidade; adotar atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças sociais;
MEIO AMBIENTE - compreender as noções básicas sobre o tema, perceber relações que condicionam a vida para posicionar-se de forma crítica diante do mundo, dominar métodos de manejo e conservação ambiental.
 SAÚDE – compreender que saúde é produzida nas relações com o meio físico e social, identificando fatores de risco aos indivíduos necessitando adotar hábitos de auto-cuidado.
PLURALIDADE CULTURAL - 
trata do patrimônio cultural brasileiro, reconhecendo a diversidade como um direito dos povos e dos indivíduos e repudia toda forma de discriminação.
 
 
ORIENTAÇÃO SEXUAL – numa perspectiva social, ensinar o aluno a respeitar a diversidade de comportamento relativo à sexualidade, desde que garanta a integridade e a dignidade do ser humano, conhecer seu corpo e expressar seus sentimentos, respeitando os seus afetos e do outro.
6º ao 9º ano 
TRABALHO E CONSUMO – saber como se realiza a organização do trabalho e do consumo no ambiente local, nacional e mundial; compreender a complexa rede de direitos e valores a eles vinculados; desenvolver atitude crítica
perante eles: exploração do trabalho infantil; direitos do consumidor; discriminação nas relações de trabalho; conquistas de direitos civis, políticos e sociais; não aceitação da pobreza como algo natural; consumismo. 
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