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Maria Luiza Peixoto FMT-LXII Controle motor Controle cortical da função motora + contração MOVIMENTO O movimento pode ser: • Reflexo -> medular • Voluntário -> córtex cerebral • Ritmico -> reflexo + voluntário ORGANIZAÇÃO HIERÁRQUICA DE MOVIMENTO: • Medula espinal • Tronco Encefálico + cerebelo • Córtex cerebral + núcleos da base O tálamo retransmite e modifica os sinais que chegam da medula espinal, dos núcleos da base e do cerebelo com destino ao córtex cerebral REFLEXOS: Padrões coordenados involuntários de contração e relaxamento provinientes de estímulos periféricos. • Menos complexos • Integrado na medula espinal ou no tronco encefálico • Ex. reflexo de estiramento e retirada, reflexo patelar • Aferência dos fusos musculares e dos órgãos de Golgi → Reflexo postural • Integrados no tronco encefálico • Requer aferência do sistema sensorial visual e vestibular e dos próprios músculos • Receptores musculares, tendinosos e articulares fornem informação sobre a propriocepção VOLUNTÁRIOS OU ELABORADOS: • Movimentos complexos. • Integrado no córtex cerebral • Memória muscular: capacidade do encéfalo inconsciente de reproduzir posições e movimentos voluntários aprendidos • Ex. tocar piano, andar de bicicleta. RITMICOS: Padrões repetitivos de movimentos espotâneos ou desencadeados por estímulos periféricos. • Integrado na medula espinal • Ex. mastigação, ato de engolir, coçar e locomoção CONTROLE NEURAL DO MOVIMENTO MEDULA ESPINAL • Função: Reflexos espinais; geradores de padrão locomotor • Recebe aferência de: receptores sensoriais e do encéfalo (por que do encéfalo?) • Envia eferência integrativa para: tronco encefálico, cerebelo, tálamo/córtex cerebral TRONCO ENCEFÁLICO (MESENCÉFALO, PONTE E BULBO) • Função: postura, movimentos das mãos e dos olhos • Recebe aferência de: cerebelo, receptores sensoriais visuais e vestibulares • Envia eferência integrativa para: medula espinal ÁREAS MOTORAS DO CÓRTEX CEREBRAL • Função: Planejamento e coordenação de movimento complexo • Recebe aferência de: tálamo • Envia eferência integrativa para: tronco encefálico CEREBELO • Função: Monitora a sinalização eferente de áreas motoras e ajusta os movimentos • Recebe aferência de: medula espinal (sensorial), córtex cerebral (comandos) • Envia eferência integrativa para: tronco encefálico, cortex cerebral Maria Luiza Peixoto FMT-LXII TÁLAMO • Função: contém núcleos de retransmissão que modulam e passam mensagens para o córtex cerebral. • Recebe aferência de: núcleos da base, cerebelo e medula espinal • Envia eferência de: córtex cerebral NÚCLEOS DA BASE • Função: planejamento motor • Recebe aferência de: córtex cerebral • Envia eferência de: córtex cerebral e tronco encefálico CÓRTEX MOTOR É uma das partes do telencéfalo. Apoiado pelos núcleos da base e cerebelo é responsável pela expressão da motricidade somática voluntária e consciente. CÓRTEX MOTOR PRIMÁRIO: é a área de projeção dos impulsos motores para o tronco e a medula, ou seja, onde a motricidade voluntária é iniciada CÓRTEX PRÉ-MOTOR: possui 3 áreas distintas sendo que corresponde a área de associação motora • Área pré motora- APM (área 6) • Área motora suplementar – AMS (área 6) • Área motora cingulada – MC (área 24) CÓRTEX MOTOR ASSOCIATIVO Elaboram a estratégia motora. Associados aos gânglios da base, são responsáveis pela melodia cinética • Área motora suplementar • Área pré-motora • Área de Broca Lesões: causam distúrbios denominados apraxias (homólogas às agnosias sensoriais); não causam paralisias. A apraxia se refere à dificuldade de realizar as tarefas voluntárias corretamente • Área motora suplementar É ativada durante a idealização do movimento. Conexões: → Corpo estriado (via tálamo) → Córtex motor primário Participa na programação das seqüências motoras e coordena os movimentos bilaterais. • Área de Broca: Planejamento da expressão da linguagem falada. • Área pré-motora: Regula a força motora e tem função preparatória para a realização dos movimentos delicados → Conexões eferentes o FOR o Córtex motor primário → Conexões aferentes o Cerebelo o Várias áreas associativas CÓRTEX PRÉ-FRONTAL • Topo da hierarquia executiva • Formula a intenção ou tarefa motora • Elabora um programa de ação • Monitora o curso da ação, podendo reformular a estratégia em função de contingências externas • Verifica o resultado final GIRO PRÉ-CENTRAL • Responsável pela execução motora • Organização somatotópica • Ativa motoneurônios de forma seletiva, permitindo realizar movimentos delicados e individualizados. GIRO PÓS CENTRAL • Recebe aferências proprioceptivas, de tato e pressão • Fornece informações sobre a posição das articulações e sobre o tônus muscular Maria Luiza Peixoto FMT-LXII ÁREAS PARIETO-OCCIPITAIS • São o topo da hierarquia perceptiva • Integram informações visuais, auditivas, vestibulares e proprioceptivas • Representação do espaço próximo e da posição do corpo com relação a um sistema de coordenadas tridimensionais. Percepção e também memória de relações espaiciais • Organização espacial dos movimentos HOMUNCULO MOTOR Em pessoas acordadas, a estimulação elétrica no córtex motor primário causa movimento, mas não o desejo de realizá-lo Lesões: paralisia contralateral dos músculos representados. O córtex motor primário controla os motoneurônios do lado oposto do corpo NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior NEURÔNIO MOTOR INFERIOR É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas. ORGANIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS MOVIMENTOS REFLEXOS Não precisam do auxílio do córtex cerebral, porque os receptores musculares, tendinosos e fusos musculares já conseguem fornecer informações à medula espinal, ao tronco encefálico e ao cerebelo. Maria Luiza Peixoto FMT-LXII MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS Necessitam da coordenação entre o córtex cerebral, o cerebelo e os núcleos da base. 1. Tomada de decisão e planejamento 2. Iniciação do movimento 3. Execução do movimento → Decisão e planejamento O movimento voluntário é realizado em etapas: decisão e planejamento; iniciação e controle; e execução do movimento. A decisão de realizar: • córtex pré-frontal • córtex sensorial. O planejamento: • área 6 (córtex pré-motor e área motora suplementar) A iniciação e o controle do movimento: Conexões dos núcleos da base (principalmente com a área 6) e do cerebelo (principalmente com a área 4) com o córtex motor. Em seguida, são selecionados os neurônios motores da área motora primária (área 4), que se projetam até as unidades motoras para executar o movimento, por meio da via corticospinal. Do tronco encefálico, principalmente do colículo superior, dos núcleos vestibulares e da formação reticular, também partem vias descendentes que executam o movimento. Do lado direito da figura, estão representadas as vias laterais localizadas bilateralmente no funículo lateral da medula espinal, formadas pelo trato corticospinal (em azul-escuro) e pelo trato rubrospinal (em azul-claro); do lado esquerdo da figura, estão representadas as vias mediais, que ocupam o funículo anterior da medula espinal. Note que a via corticospinal emite ramos colaterais que regulam a ação das vias que partem do tronco encefálico. Os núcleos pontinos correspondem aos núcleos motores dos nervos cranianos. VA: núcleo ventroanterior; VL: núcleo ventrolateral. → Execução do movimento → Controle dos movimentos voluntários Programa motor Certosmovimentos (e suas características principais) são planejados de forma hierárquica antecipadamente (antes da realoização do movimento). O conjunto de instruções que descrevem (de alguma forma) as ações motoras chama-se programa motor O papel do feedback sensorial seria fornecer informações para modular (adequar, corrigir, atualizar) as ações motoras planejadas antecipadamente descritas no programa motor Como um programa motor pode ser especificado para controlar tantos graus de liberdade? Estratégias motoras A informação sensorial é utilizada para modular essas estratégias motoras conforme o objetivo da ação motora Maria Luiza Peixoto FMT-LXII SISTEMA MOTOR SOMÁTICO • As vias motoras somáticas controlam a musculatura esquelética • Um neurônio que se origina do SNC e projeta seu axônio até o tecido alvo, que é sempre o músculo esquelético • Estímulo do motoneurônio alfa é sempre excitatório • Relaxamento resulta da ausência de estímulo excitatório pelo neurônio motor somático Os motoneurônios medulares são modulados por: • Interneurônios (1) • Vias descendentes (2; tronco encefálico e do córtex motor) • Vias aferentes periféricas (3; somestésicas) A frequência do PA disparado pelos motoneurônios dependerão da somação temporal e espacial JUNÇÃO NEUROMUSCULAR • Sinapse entre um neurônio motor somático e uma fibra muscular esquelética • Encontro do nervo com o músculo • Transformação de potencial de ação em contração muscular • Placa motora Membrana da fibra muscular (Sarcolema), adaptado ao contato com neurônio ACETILCOLINESTERASE(ACHE) A acetilcolinesterase (AChE) é uma enzima cuja ação é crucial na propagação do impulso nervoso A AChE inativa a ação do neurotransmissor acetilcolina hidrolisando-o em acetato e colina. Degrada rapidamente a Ach liberada em acetato e colina, fazendo com que sua ação seja muito curta SUBSTÂNCIAS QUE ATUAM NA JNM • Agonistas (ação semelhante a Ach) → Nicotina, carbacol e metacolina → Não são destruídos pela AchE e sua ação persiste minutos ou horas • Agonistas indiretos (inativam a AchE) → Inseticidas organosfosforados, fisostigmina e diisopropilfluorfosfato → Promovem acúmulo de Ach e excitação repetitiva do músculo com espasmos e obstrução respiratória • Antagonistas diretos (bloqueiam transmissão) → Curare (relaxante muscular): compete com a Ach pelos receptores (sem aumentar a permeabilidade do canal) e sem desencadear potencial de ação → Toxina Botulínica (clostridium botulinum): Cresce em alimentos mal conservados e inibem a liberação de Ach na JNM
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