CICLO ESTRAL DAS CADELAS

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• A cadela entra na puberdade depois do primeiro 
ciclo estral. O primeiro cio não é necessaria-
mente com 6 meses de idade, isso irá depender 
muito da raça, da linhagem e da variação indivi-
dual. Cadelas de grande porte costumam ter o 
primeiro cio entre o 6º e 24º mês de vida. Os 
intervalos entre cios de cadelas de pequeno 
porte normalmente é de 6 em 6 meses. 
• No primeiro cio a cadela ainda está imatura 
sexualmente. Para fins de inseminação, 
descarta-se o primeiro cio e aguarda-se que a 
cadela chegue a 70% do seu peso de adulto 
para estar madura sexualmente (2º ou 3º cio). 
Gravidez no primeiro cio pode acontecer aborto 
ou filhote fraco. 
 
 
 
 
• O início do ciclo é bem parecido com as outras 
fêmeas: o hipotálamo libera o hormônio GnRH 
para a hipófise liberar o FSH e ocorrer o 
crescimento folicular. 
• A particularidade das cadelas: No crescimento 
folicular o nível de estrógeno é muito alto (40-
60 mcg/ml) e isso causa o primeiro feedback 
• 
• negativo ao eixo. A quantidade de estrógeno das 
cadelas é bem mais alta que em vacas, por 
exemplo. Nas vacas é em torno de 5mcg/ml. 
Essa quantidade enorme de estrógeno na cadela 
é o que a faz sangrar porque rompem-se os 
capilares da vagina. Algumas cadelas podem san-
grar o ciclo inteiro, apenas depois do estro ou 
que nem sangram. 
• Na metade do proestro a cadela começa a 
aumentar os níveis de progesterona e diminuir 
o estrógeno. Isso acontece até que os dois 
hormônios se nivelem para ocorrer a ovulação. 
Quando ocorre o nivelamento é feito um 
feedback positivo ao eixo do hipotálamo. Outra 
particularidade das cadelas é que elas já 
possuem progesterona mesmo antes de 
ovular, diferentemente das outras fêmeas 
(isso se chama luteinização precoce). As 
células agranulócitas são sensíveis ao LH basal 
e já começam a luteinizar antes mesmo da 
ovulação (pré-corpo lúteo). 
• A cadela é a única fêmea doméstica que ovula 
um oócito imaturo, apenas 48h depois que o 
oócito está pronto para ser fecundado. 
• Mais uma particularidade das cadelas é que se 
o oócito não for fecundado, não há liberação 
do hormônio prostaglandina para fazer a lise 
dele. O corpo lúteo irá morrer aos poucos, por 
isso ocorre ciclos tão longos (por meses). Isso 
é chamado de corpo lúteo senescente, ou 
seja, que não sofre ação da prostaglandina. 
• Sempre entra em anestro, fica em repouso 
comportamental e hormonal. 
 
Endocrinologia do ciclo estral 
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• Como a cadela possui ciclos com altas doses 
hormonais, isso a predispõe a doenças como 
piometra e tumores. 
 
 
 
• Coletar 8 dias após início do sangramento. 
• Se estiver abaixo de 2ng/ml é necessário 
repetir, mas se estiver 2ng/ml, deve aguardar 
de 4-5 dias para inseminar. 
• Sendo 4-10ng/ml está na faixa de ovulação 
(inseminação 2 vezes com intervalo de 48h). 
• Por último, se der 10-15ng/ml deve ser feita 
inseminação 1 vez. 
 
 
 
 
 
 
1. Proestro (duração de 9 dias) 
• Não permite monta, mas sente atração pelo 
macho. 
• A produção de estrógeno está alta, por volta 
de 15-90pg/ml. 
• A progesterona está menos de 1 ng/ml. 
• Vulva edemaciada e com sangramento. 
 
2. Estro (duração de 7 dias) 
• Nível de estrógeno vai abaixando e a vulva 
fica menos edemaciada. 
• Exibe a vulva (lateraliza a cauda). 
• Permite a monta. 
• Pico de LH. 
• Ocorre a luteinização precoce. 
• Ovula o oócito imaturo na Metáfase I 
3. Diestro (dura 2 meses na cadela prenhe e 
de 60-100 dias na cadela não prenhe) 
• Não permite monta. 
• Progesterona em 15-80 ng/ml 
• Senescência (morte lenta) do corpo lúteo. 
4. Anestro (duração de 4 meses ou mais) 
• Sem alterações físicas ou 
comportamentais. 
• Esteroides na forma basal 5-15pg/ml 
 
 
 
• Citologia vaginal 
• Análise das células do epitélio vaginal. 
• Sensíveis ao estrógeno. 
• Descamação/desprendimento. 
• 80% de eficiência. 
 
Dosagem de progesterona 
Fases do ciclo estral 
Monitoramento do ciclo estral 
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Células superficiais 
 
Células superficiais-intermediárias 
 
Células parabasais 
• No período de proestro a lâmina fica com o 
fundo sujo por causa das hemácias 
presentes. 
• Apresenta células parabasais e 
intermediárias. 
• No fim do proestro apresenta-se células 
superficiais-intermediárias e superficiais 
• Aumento de eritrócitos. 
 
• Na fase do estro há mais de 80% de células 
superficiais. 
• Núcleo ausente. 
• Sem neutrófilos. 
 
• Na fase do diestro há uma mudança brusca 
na citologia. 
• 80% de células parabasais e intermediárias. 
• Apresenta estrias de muco na lâmina. 
 
• Na fase de anestro há células parabasais e 
grandes intermediárias. 
• Presença de estrias de muco. 
 
• Para realizar a citologia vaginal é preciso de 
swabs, lâmina, luvas, microscópio e corantes. 
 
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• O swab é introduzido em diagonal ascendente. 
 
 
 
• Dosagem hormonal 
• Mais fidedigno. 
• A dosagem de progesterona é feita por 
ELISA ou RIA e tem que estar entre 4 e 
10ng/ml. 
 
 
• Vaginoscopia 
• Avalia o grau de enrugamento da mucosa 
vaginal (crenação). 
• Causa muito desconforto ao animal. 
• Feito por vaginoscópio. 
 
 
 
• Não é tão usado porque ele mostra a fase 
do ciclo mas não o momento de ovulação.