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Produção Textual - Espiritualidade e Religião


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Prévia do material em texto

ÂNGELA ROSSANA SANTOS 
BÁRBARA GEORG 
CAMILLA SANTOS BUERGER 
CAROLINA TAVARES 
ISADORA DE JESUS 
LILIENE NUNES 
VICTOR HUGO SILVA TURNES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ESPIRITALIDADE E RELIGIÃO 
 
 
 
Produção textual apresentada como 
requisito parcial para média 2.2 na 
disciplina de Espiritualidade em 
Saúde, no curso de Psicologia da 
Universidade do Vale de Itajaí, Centro 
de Ciências da Saúde. 
 
Orientadora: Professora Larissa 
Fernanda Dittrich 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Itajaí 
2021 
Muitas pessoas confundem religião com espiritualidade, apesar de estarem 
conectadas trazem significados distintos. É possível seguir um caminho espiritual sem se 
apoiar em uma religião, assim como é viável ser religioso e não aprofundar no mundo 
espiritual. São vivências diferentes, assim como se juntar as duas coisas, torna-se uma 
experiência totalmente nova. 
Algumas pessoas dizem que não é certo debater sobre religião e, dependendo do 
contexto realmente não é favorável, mas é importante falar sobre essas diferenças. Às 
vezes, uma pessoa que se diz religiosa está mais para espiritual ou vice-versa. 
Entendemos por “religião” um conjunto de crenças, valores, estilo de vida e 
práticas devocionais que é regida sob um nome e uma figura institucional. Cada religião 
possui uma bandeira, uma proposta filosófica e um conjunto de regras que tem como 
origem um contexto sociocultural. 
O grupo de pessoas que se coloca separado da classificação religiosa, também 
crenças, valores e forma devocional, pratica o que se chama de “espiritualidade”. Os 
espiritualizados, por assim dizer, são apenas pessoas que não se declaram parte de 
nenhum grupo religioso específico, mas possuem sua própria prática religiosa, expressão 
de tudo aquilo que elas já viram e sentem, enquanto outras pegam carona nas práticas 
religiosas disponíveis na sua comunidade. 
Para Silva e Siqueira (2009) a palavra religião vem do latim “religio” e “ligare”, 
que significa ligar de novo, entendendo como uma busca do divino por parte das pessoas. 
As religiões têm como base um aspecto misterioso e atraente, no sentido de apoderar o 
ser humano na ideia de haver algo que é sentido no cotidiano da existência humana que é 
transcendental. Sendo que a religião é composta por determinadas crenças e ritos, 
compreendida como meios que levam a salvação do transcendente. Já o conceito de 
religião inclui o conceito institucional e doutrinário através de alguma forma de vivência 
religiosa (Oliveira e Junges, 2012). 
A espiritualidade é um aspecto único de todo ser humano e o leva à busca pelo 
sagrado, da experiência transcendente na tentativa de dar sentido e resposta aos aspectos 
fundamentais da vida. A espiritualidade não é exclusiva das religiões ou de algum 
movimento espiritual. A busca pelo transcendental, por um sentido ou por uma forma de 
se alcançar a ligação com o desconhecido é uma marca da história e cultura humana. Faz 
parte do ser humano a busca pelo divino, tanto que a problemática da filosofia desde seus 
primórdios está ligada aos estudos da religião. Ela é inerente ao ser humano, é a dimensão 
que eleva a pessoa para além de seu universo e a coloca frente às suas questões mais 
profundas no anseio de encontrar resposta às perguntas existenciais: de onde vim? Para 
onde vou? Qual é o sentido da vida? Que lugar ocupo neste Universo? Quais propósitos 
tenho minha vida? Por que aconteceu isso comigo? Visto que a questão fundamental do 
ser humano é a de busca de sentido (Silva & Siqueira, 2009). 
Atenta à relevância da espiritualidade para a integralidade da saúde, a Organização 
Mundial de Saúde (OMS) incluiu a dimensão espiritual no conceito multidimensional de 
saúde, referindo-a àquelas questões de significado e sentido da vida e não a restringindo 
a nenhum tipo específico de crença ou prática religiosa (Oliveira & Junges, 2012). 
Apesar de termos esse senso comum sobre o que é religião e o que é ser 
espiritualizado, a tradição védica não adota essa mesma perspectiva. Ela separa as pessoas 
quanto a abertura mental e quanto a proposta filosófica que a pessoa adota na sua vida. 
A abertura mental se refere à disponibilidade do indivíduo para questionar sua 
vida e discutir racionalmente certos temas como: Deus, a morte, os valores morais, o 
objetivo da vida; etc. Infelizmente, é comum termos dificuldade de conversar sobre esses 
temas, seja pelo trauma religioso coletivo que vivemos, já que estamos a todo momento 
sendo bombardeados por tentativas de conversão, ou pela própria doutrinação religiosa 
onde estamos inseridos, que pode condicionar a mente ao “não pensar”. 
Quanto à proposta filosófica, as pessoas se dividem em 2 grupos: o primeiro grupo 
sustenta a ideia que a solução para o indivíduo envolve a sua viagem para um lugar 
melhor, ou algum tipo de transformação metafísica e o segundo grupo adere a ideia de 
que nós já temos, no momento presente, todos os ingredientes necessários para ser uma 
pessoa feliz e completa. Quanto a proposta filosófica, para o primeiro grupo o caminho 
espiritual é externo, onde a solução da felicidade é viajar para algum lugar ou se 
transformar, adquirindo algumas capacidades, e para o segundo, o caminho é interno para 
conhecer qual a realidade desse indivíduo que potencialmente já é feliz. 
O estudioso Victor Frankl, vê a religião como um fator que favorece o processo 
de cura das neuroses, mesmo a religião não sendo necessária para uma vida com sentido. 
O autor, usa o termo religião no sentido da espiritualidade, mesmo sendo judeu, não faz 
referência a uma crença ou religião específica. Deus não se limita a "denominações 
determinadas" pois a "religião tem pouco a ver com estreiteza confessional", por tanto os 
termos espiritualidade e religião fazem referência a uma mesma realidade do ponto de 
vista de Frankl (CARRARA, 2016). 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
CARRARA, Paulo S. Espiritualidade e saúde na logoterapia de Viktor Frankl. 
Interações, v. 11, n. 20, 2016. Disponível em: 
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=313049300006. Acesso em: 28 jul. 2021. 
Oliveira, M. R., & Junges, J. R. (2012). Saúde mental e espiritualidade/religiosidade: a 
visão de psicólogos. Estudos de Psicologia, 17(3), 469-476. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/epsic/a/w3hnsrp3wzVcRPL3DkCzXKr/?lang=pt&format=pdf. 
Acesso em: 27 jul. 2021. 
 
Silva, R. R., & Siqueira, D. (2009). Espiritualidade, religião e trabalho no contexto 
organizacional. Psicologia em Estudo, Maringá, 14(3), 557-564. Disponível em: 
http://dx.doi.org/10.1590/S1413- 73722009000300017 Acesso em: 27 jul. 2021. 
 
 
 
http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=313049300006