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TRABALHO SAUDE MENTAL_técnico de enfermagem

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INTRODUÇÃO 
 
A Reforma Psiquiátrica é processo político e social complexo, composto 
de atores, instituições e forças de diferentes origens, e que incide em territórios 
diversos, nos governos federal, estadual e municipal, nas universidades, no 
mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações 
de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, nos movimentos 
sociais, e nos territórios do imaginário social e da opinião pública. 
Compreendida como um conjunto de transformações de práticas, 
saberes, valores culturais e sociais, é no cotidiano da vida das instituições, dos 
serviços e das relações interpessoais que o processo da Reforma Psiquiátrica 
avança, marcado por impasses, tensões, conflitos e desafios. 
O ano de 1978 costuma ser identificado como o de início efetivo do 
movimento social pelos direitos dos pacientes psiquiátricos em nosso país. O 
Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental (MTSM), movimento plural 
formado por trabalhadores integrantes do movimento sanitário, associações de 
familiares, sindicalistas, membros de associações de profissionais e pessoas 
com longo histórico de internações psiquiátricas, surge neste ano. É sobretudo 
este Movimento, através de variados campos de luta, que passa a protagonizar 
e a construir a partir deste período a denúncia da violência dos manicômios, da 
mercantilização da loucura, da hegemonia de uma rede privada de assistência e 
a construir coletivamente uma crítica ao chamado saber psiquiátrico e ao modelo 
hospitalocêntrico na assistência às pessoas com transtornos mentais. 
O surgimento do primeiro CAPS no Brasil, na cidade de São Paulo, em 
1987, e o início de um processo de intervenção, em 1989, da Secretaria 
Municipal de Saúde de Santos (SP) em um hospital psiquiátrico, a Casa de 
Saúde Anchieta, local de maus-tratos e mortes de pacientes são marcos 
importantes. É esta intervenção, com repercussão nacional, que demonstrou de 
forma inequívoca a possibilidade de construção de uma rede de cuidados 
efetivamente substitutiva ao hospital psiquiátrico. Neste período, são 
implantados no município de Santos Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS) 
que funcionam 24 horas, são criadas cooperativas, residências para os egressos 
do hospital e associações. A experiência do município de Santos passa a ser um 
marco no processo de Reforma Psiquiátrica brasileira. Trata-se da primeira 
demonstração, com grande repercussão, de que a Reforma Psiquiátrica, não 
sendo apenas uma retórica, era possível e exeqüível. Também no ano de 1989, 
dá entrada no Congresso Nacional o Projeto de Lei do deputado Paulo Delgado 
(PT/MG), que propõe a regulamentação dos direitos da pessoa com transtornos 
mentais e a extinção progressiva dos manicômios no país. É o início das lutas 
do movimento da Reforma Psiquiátrica nos campos legislativo e normativo. 
 
 
COMPETÊNCIAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM SAUDE MENTAL E 
PSIQUIATRIA 
 
As instituições ou unidades prestadoras de serviços de saúde, tanto no 
âmbito hospitalar, na Rede de Atenção Psicossocial e no domicílio, devem 
contar com um quadro de pessoal de enfermagem qualificado e em quantidade 
que permita atender à demanda de atenção e aos requisitos desta Norma 
Técnica. A equipe de enfermagem envolvida na atenção à Saúde Mental e 
Psiquiatria é formada por Enfermeiros, Técnicos de Enfermagem e Auxiliares 
de Enfermagem, que devem executar suas atribuições em conformidade com o 
disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986, e o Decreto nº 94.406, de 08 
de junho de 1987, que regulamentam o exercício da Enfermagem no país. 
 
Compete ao Enfermeiro 
Compete ao Enfermeiro cuidados de Enfermagem de maior 
complexidade técnica e que exijam conhecimentos científicos adequados e 
capacidade de tomar decisões imediatas: 
a) Planejamento, coordenação, organização, direção e avaliação do 
serviço de enfermagem nos serviços de saúde mental e psiquiatria; 
b) Realizar Processo de Enfermagem por meio da consulta de 
enfermagem em saúde mental com o objetivo de viabilizar a Sistematização da 
Assistência de Enfermagem; 
c) Prescrever cuidados de enfermagem voltados à saúde do indivíduo em 
sofrimento mental; 
d) Utilizar modelos teóricos para fundamentar e sistematizar as ações de 
cuidado de enfermagem em saúde mental, por meio do Processo de 
Enfermagem; 
e) Estabelecer relacionamento terapêutico no qual o enfermeiro cuida do 
usuário no atendimento de suas necessidades; 
f) Programar e gerenciar planos de cuidados para usuários com 
transtornos mentais leves ou severos e persistentes; 
g) Realizar práticas integrativas e complementares em saúde dentre as 
ações de cuidado, se detentor de formação especializada; 
h) Elaborar e participar do desenvolvimento do Projeto Terapêutico 
Singular dos usuários dos serviços em que atua, com a equipe multiprofissional; 
i) Realizar atendimento individual e/ou em grupo com os usuários em 
sofrimento psíquico e seus familiares; 
j) Conduzir e coordenar grupos terapêuticos; 
k) Participar das ações de psicoeducação de usuários, familiares e 
comunidade; 
l) Promover o vínculo terapêutico, escuta atenta e compreensão empática 
nas ações de enfermagem aos usuários e familiares; 
m) Participar da equipe multiprofissional na gestão de caso; 
n) Prescrever medicamentos e solicitar exames descritos nos protocolos 
de saúde pública e/ou rotinas institucionais; 
o) Participar dos estudos de caso, discussão e processos de educação 
permanente na área da saúde mental e psiquiatria; 
p) Efetuar a referência e contra referência dos usuários; 
q) Desenvolver e atualizar os protocolos relativos à atenção de 
enfermagem ao usuário do serviço de saúde mental e psiquiatria, pautados nesta 
norma, adequadas às particularidades do serviço; 
r) Desenvolver ações de treinamento operacional e de educação 
permanente, de modo a garantir a capacitação e atualização da equipe de 
enfermagem; 
s) Promover a vinculação das pessoas em sofrimento/transtornos mentais 
e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas 
famílias aos pontos de atenção no território; 
t) Participar da regulação do acesso aos leitos de acolhimento noturno, 
com base em critérios clínicos, em especial desintoxicação e/ou critérios 
psicossociais, como a necessidade de observação, repouso e proteção, 
manejo de conflito, dentre outros; 
u) Promover ações para o desenvolvimento do processo de reabilitação 
psicossocial; 
v) Efetuar registro escrito, individualizado e sistemático, no prontuário, 
contendo os dados relevantes da permanência do usuário; 
w) Aplicar testes e escalas em Saúde Mental que não sejam privativas 
de outros profissionais. 
 
Compete ao Técnico de Enfermagem: 
a) Promover cuidados gerais do usuário de acordo com a prescrição de 
enfermagem ou protocolo pré-estabelecido; 
b) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência; 
c) Participar de treinamento, conforme programas estabelecidos, 
garantindo a capacitação e atualização referente às boas práticas da atenção à 
saúde mental e psiquiatria; 
d) Proceder ao registro das ações efetuadas, no prontuário do 
usuário, de forma clara, precisa e pontual; 
e) Participar de atividades grupais junto aos demais profissionais da 
equipe de saúde mental. 
 
Compete ao Auxiliar de Enfermagem: 
a) Participar dos cuidados gerais aos usuários de acordo com a 
Legislação e com a prescrição de enfermagem ou protocolo pré-estabelecido; 
b) Comunicar ao Enfermeiro qualquer intercorrência; 
c) Participar de treinamento, conforme programas estabelecidos, 
garantindo a capacitação e atualização referente às boas práticas da atenção à 
saúde mental e psiquiatria; 
d) Proceder ao registro das ações efetuadas, no prontuário do paciente, 
de forma clara, precisa e pontual; 
e) Participar de atividades grupais junto aos demais profissionais da 
equipe de saúdemental. 
 
 
 
TIPOS DE TRANSTORNOS MENTAIS E TRATAMENTO 
 
TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR 
A depressão é uma doença. Há uma série de evidências que mostram 
alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com 
relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e, em menor 
proporção, dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as 
células. Ao contrário do que normalmente se pensa, os fatores psicológicos e 
sociais muitas vezes são consequência e não causa da depressão 
 
Sintomas: 
• humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade e angústia; 
• desânimo, cansaço fácil, necessidade de maior esforço para fazer as 
coisas; 
• diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades 
anteriormente consideradas agradáveis; 
• desinteresse, falta de motivação e apatia; 
• falta de vontade e indecisão; 
• sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desespero, 
desamparo e vazio; 
• pessimismo, ideias frequentes e desproporcionais de culpa, baixa auto-
estima, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, ruína, fracasso, 
doença ou morte. A pessoa pode desejar morrer, planejar uma forma de 
morrer ou tentar suicídio; 
• interpretação distorcida e negativa da realidade: tudo é visto sob a ótica 
depressiva, um tom “cinzento” para si, os outros e seu mundo; 
• dificuldade de concentração, raciocínio mais lento e esquecimento; 
• diminuição do desempenho sexual (pode até manter atividade sexual, 
mas sem a conotação prazerosa habitual) e da libido; 
• perda ou aumento do apetite e do peso; 
• insônia (dificuldade de conciliar o sono, múltiplos despertares ou 
sensação de sono muito superficial), despertar matinal precoce 
(geralmente duas horas antes do horário habitual) ou, menos 
freqüentemente, aumento do sono (dorme demais e mesmo assim fica 
com sono a maior parte do tempo); 
• dores e outros sintomas físicos não justificados por problemas 
médicos, como dores de barriga, má digestão, azia, diarréia, 
constipação, flatulência, tensão na nuca e nos ombros, dor de cabeça ou 
no corpo, sensação de corpo pesado ou de pressão no peito, entre 
outros. 
 
Tratamento 
O tratamento consiste no uso de antidepressivos. A base do tratamento 
geralmente inclui medicamentos, como fluoxetina, Escitalopram, Mirtazapina, 
Citalopram, Diazepam, Bromazepam, Alprazolam, Lorazepam além de 
psicoterapia ou uma combinação dos dois. Cada vez mais, as pesquisas 
sugerem que esses tratamentos podem normalizar alterações cerebrais 
associadas à depressão. 
 
 
TRANSTORNO DE ANSIEDADE 
O transtorno de ansiedade generalizada ocorre quando a pessoa sente 
nervosismo e preocupação excessivos em relação a diversas atividades ou 
acontecimentos. O número de dias em que a pessoa tem ansiedade é superior 
ao número de dias em que não tem, por um período de seis meses ou mais. 
 
Tratamento 
Esse transtorno costuma ser tratado por meio de uma combinação entre 
alguma forma de psicoterapia e farmacoterapia. A psicoterapia pode abordar as 
causas que desencadeiam a ansiedade e fornecer meios de superação.Alguns 
antidepressivos , particularmente os inibidores de recaptação de serotonina 
seletivos (por exemplo, o escitalopram) e os inibidores de recaptação de 
serotonina- noradrenalina (por exemplo, a venlafaxina), são eficazes no 
tratamento do transtorno de ansiedade generalizada. Geralmente, demora 
algumas semanas antes de esses antidepressivos começarem a melhorar a 
ansiedade e, por isso, a pessoa recebe, de início, um benzodiazepínico 
juntamente com o antidepressivo. Os benzodiazepínicos são medicamentos 
ansiolíticos que melhoram a ansiedade rapidamente, em geral de forma 
imediata. Contudo, uma vez que o uso prolongado de benzodiazepínicos pode 
dar origem a um transtorno por uso de drogas (Medicamentos ansiolíticos e 
sedativos), esses medicamentos costumam ser apenas administrados por tempo 
limitado. Assim que o antidepressivo e a psicoterapia começarem a fazer efeito, 
é possível que a dose do benzodiazepínico comece a ser gradativamente 
reduzida e, depois, suspensa. Os benzodiazepínicos não devem ser 
interrompidos abruptamente. 
 
Esquizofrenia 
Os transtornos esquizofrênicos são caracterizados por distorções 
fundamentais das características do pensamento, da percepção e por afetos 
inapropriados ou embotados. Em geral, os pacientes mantêm alguma clareza de 
consciência e capacidade intelectual, mas apresentam déficits cognitivos que 
podem evoluir em diferentes graus com o tempo. 
Os sintomas da esquizofrenia podem ser agrupados em dois tipos: 
positivos e negativos. Os positivos são mais visíveis e exuberantes. Os negativos 
são, em maior parte, classificados por alguns déficits. Os sintomas positivos são: 
• Alucinações: mais comuns auditivas e visuais e, menos comuns, táteis 
e olfativas 
• Delírios: persecutórios, de grandeza, de ciúmes, somáticos, místicos, 
fantásticos 
• Perturbações da forma e do curso do pensamento, como incoerência, 
prolixidade, desagregação 
• Comportamento desorganizado, bizarro; 
• Agitação psicomotora 
• Negligência dos cuidados pessoais 
 Os sintomas negativos incluem: 
• Falta de repertório do pensamento e da fala 
• Embotamento ou rigidez afetiva 
• Prejuízo do pragmatismo 
• Incapacidade de sentir emoções e prazer 
• Isolamento social 
• Diminuição de iniciativa e da vontade 
 
Tratamento 
O tratamento da esquizofrenia consiste no uso de antipsicóticos em 
monoterapia ou em associação com outros medicamentos e psicoterapia. Esse 
processo envolve a reversão dos sintomas positivos do transtorno, mais 
facilmente revertidos com medicação do que os negativos. Em casos mais 
graves pode ser necessária internação. 
 
REFERÊNCIAS 
 
COFEN. ANEXO DA RESOLUÇÃO COFEN Nº 0599/2018 NORMA TÉCNICA 
PARA ATUAÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM SAUDE MENTAL E 
PSIQUIATRIA

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