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Atividades pedagógicas não presenciais no Ifes São Mateus. Prós e contras na 
visão da comunidade acadêmica 
 
Huarley Pratte Lemke, huarley@ifes.edu.br1 
Bruno Da Costa Izidorio, brunoengmec2016@gmail.com² 
Markos alves Pereira, markosapereira@gmail.com³ 
 
1Instituto Federal do Espírito Santo, campus São Mateus, Rodovia BR 101 Norte, Km 60, Litorâneo, 29.932-540 São 
Mateus - ES, endereço para correspondência 
 
 
Resumo: As atividades pedagógicas não presenciais foram instituidas no Ifes pela Resolução do Conselho Superior do 
Ifes n° 01/2020, que ocorreu em função da situação de excepcionalidade da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), 
e foi regulamentada pelo Conselho Superior no dia 7 de maio de 2020 e alterada pela Resolução 25/2020, de 14 de julho 
de 2020. Este trabalho visa explorar a experiencia dos alunos do Ifes campus São Mateus sobre suas percepções do 
modelo, coletando dados do panorama atual e dados que possam subsidiar decisões futuras da gestão, além de oferecer 
um paralelo com o modelo de educação 4.0 e a oportunidade de acelerar algumas mudanças. Foi aplocado uma pesquisa 
entre os alunos do integrado, concomitante e engenharias que identificou prós e contras na visão dos discentes sobre as 
APNP’s. 
 
Palavras-chave: educação, apnp, ensino distância, pandemia 
 
INTRODUÇÃO 
 
As atividades pedagógicas não presenciais, foram uma solução rápida e urgente encontrado pela comunidade 
acadêmica para atender as necessidades de ensino visto a excepcionalidade imposta pelo isolamento social, a fim de 
diminuir os riscos de contágio com Covid-19 na segunda quinzena de março de 2020 no Ifes. As APNP’s surge como 
alternativa para a substituição de carga horária presencial, observados os termos de sua resolução do Conselho Superior 
do Ifes nº 25/2020. A proposta é que atividades possam ser realizadas preferencialmente em ambiente virtual de ensino - 
pelo aplicativo Moodle, pela plataforma web AVA e também por outros meios eletrônicos como vídeo, e-mail, aplicativo 
de mensagens instantâneas, entre outros. 
A mudança impactou toda a comunidade acadêmica, tendo que se adaptar em tempo recorde, exigindo esforços de 
toda a comunidade acadêmica. Em 25 de maio as atividades letivas foram retornadas no modelo não presencial e desde 
então estiveram em constante em constante evolução. Contudo, ainda existem dúvidas sobre como cada aluno lida com 
esse modelo, e se tratando de uma intuição que exige profundo envolvimento do aluno com as disciplinas e projetos 
ofertados para se obter os seus títulos de bacharéis e técnicos, faz-se o seguinte questionamento, até que ponto o modelo 
adotado durante a pandemia tem sido satisfatório para a formação de seus alunos? 
Buscou-se ainda identificar os prós e contras do modelo APNP’s. Santos, (2000) enúmera como vantagens deste 
modelo de ensino a possibilidade de ampliar a oferta de programas adequados as necessidades atuais; A possibilidade de 
métodos de trabalhos e formatos mais abertos, com partilha de experiências; a formação com menor custo por aluno; a 
compatibilidade da aprendizagem com a atividade profissional e familiar; a possibilidade de estudar um curso de uma 
localidade diferente de sua residência; a utilização de tecnologias de informação que permite acesso a um grande número 
de informações e dados; e a economia significativa de tempo e deslocamentos. 
Gutierrez e Prieto (1994) enumeram entre as desvantagens desse modelo: reduzida confiança por parte dos educadores 
neste modelo de ensino, com forte resistência; necessidade de alterar as práticas tradicionais de trabalho; necessidade de 
adaptação da instituição e da estrutura; não permite uma relação humana formando/formador típica de uma sala de aula; 
custos com acesso a internet de boa qualidade; não permite as aulas práticas em laboratórios, ensino massificante, entre 
outros pontos. 
Vários autores, entre eles Rurato & Gouveia (2004), Vidal (2002), Carvalho & Machado (2019), Nicolini (2003), 
ressaltam que o ensino a distância promove uma prática inovadora e de qualidade, com garantia do acompanhamento dos 
tutores, fomentando a educação permanente, com a figura de um aluno ativo, autodisciplinado e protagonista de seu 
processo de aprendizagem. 
Dentro do contexto de quebra de paradigmas e ruptura com o tradicional, este trabalho realiza um link com a educação 
4.0, que marca o uso intensivo de tecnologias digitais e atende uma demanda de otimização de informações, sendo 
apontada como a educação do futuro. Segundo Masseto (2004), a inovação na educação já é um processo que vem sendo 
discutido a vários anos. O isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 somente acelerou um processo de 
mudança. Assim, para Melo & Oliveira, (2019) a educação a distância passa a configurar um papel importante e englobar 
os grandes desafios na modernidade, atendendo vários requisitos para a Educação 4.0, e não obstante já advém de uma 
formação e tecnologias voltadas ao desenvolvimento de habilidades e competências importantes que estão sendo e serão 
exigidas pelo mercado neste novo contexto. 
 
METODOLOGIA 
 
A fim de obter-se um diagnóstico preciso sobre o andamento das APNP’s procurou-se obter um conjunto de resposta 
individuais dos alunos em todas as faixas de ensino do campus, para isso disponibilizou-se um questionário online criado 
com a ferramenta Google formulários (https://forms.gle/k78YCZeiirLYjaYC8) entre os dias 19 de agosto de 2020 e 28 
de agosto de 2020, onde foram coletadas de 125 respostas válidas, em 6 modalidades de ensino diferentes do campus, O 
formulário trouxe aos discentes perguntas em relação ao ambiente no qual estão em isolamento durante a pandemia, o seu 
acesso ao aparato tecnológico necessário para acessar as plataformas onde suas disciplinas são lecionadas, e os desafios 
enfrentados durante a mudança do ambiente da sala de aula para o sala virtual. 
Organizou-se, portanto, uma pesquisa qualitativa que busca argumentar os resultados do estudo por meio de análises, 
percepções e opiniões dos participantes. De acordo com Neves (1996, p. 01), a pesquisa qualitativa não busca enumerar 
ou medir eventos. Ela serve para obter dados descritivos que expressam os sentidos dos fenômenos. Quanto a natureza é 
uma pesquisa básica, com objetivo de gerar conhecimentos para a prática pedagógica e contribuir para melhorar o 
processo de ensino. 
 
DISCUSSÃO E RESULTADOS 
 
Do público pesquisado observou-se uma predominância do público masculino, representando cerca de dois terços do 
total de pesquisados, ambos os sexos distribuídos em sete faixas de rendimentos mensais, com uma renda média mensal 
familiar de ~R$ 1045,00 para ~27,8% dos alunos; ~R$ 2090,00 para ~20,6% e ~R$ 3135,00 para ~19%, conforme Gráfico 
1, o que sugere famílias carentes e possibilidade de desemprego e consequente perda do poder aquisitivo neste período 
de isolamento social. Somente ~12,7% tem uma renda igual ou superior a seis salários mínimos. 
 
Gráfico 1 – Renda média mensal do grupo familiar dos entrevistados 
 
O público entrevistado predominou jovens, com ~57,9% dos entrevistados (faixa etária 15 a 18 anos). Se 
estendermos a faixa até os 26 anos, o grupo de representação salta para 91,2% da amostra, o que demonstra uma 
tendência a formação e capacitação de jovens na instituição. O Gráfico 2 ilustra as faixas de escolaridades. 
 
Gráfico 2 – Faixa etária dos entrevistados 
 
A pesquisa buscou entrevistar todas as faixas de ensino ofertado pelo campus São Mateus para assegurar um 
trabalho homogêneo e garantir um universo amostral satisfatório. Neste sentido o Gráfico 3 ilustra por curso as 
https://forms.gle/k78YCZeiirLYjaYC8
respostas coletadas, com boa participação das turmas do integrado (~53,9% das respostas), seguido das engenharias 
(~23,8%) e concomitante (~22,2%). O curso técnico é importante, pois, garante tanto a formação do ensino médio 
quanto a técnica profissional eprepara o jovem para ingressar diretamente no mercado de trabalho ou empreender 
alguma atividade no eixo tecnológico. 
 
Gráfico 3 – Representatividade das respostas por curso ofertado no Ifes São Mateus 
 
~15,9% dos entrevistados tem previsão de formatura para 2020, e ~30,2% para 2021, conforme Gráfico 4. Este 
número representa quase metade dos estudantes hoje matriculados na instituição e demonstra uma dinâmica rápida 
de entrada e saída de alunos no campus. Também reforça a importância das APNP’s para não prejudicar os planos 
desses jovens e garantir a abertura de novas vagas para comunidade. Embora a pandemia tenha gerado um atraso no 
calendário escolar de aproximadamente 60 dias, as atividades pedagógicas não presenciais têm garantido a dinâmica 
de ensino remoto e contribuindo para garantir a conclusão de curso desses alunos. A educação é a porta de entrada 
para conquistar um bom emprego e realizar o sonho de conseguir construir uma carreira de sucesso. Todos os anos 
há bons programas de trainee e estágio nas empresas, em que as oportunidades permanecem ativos. Assim, diminuir 
os transtornos pelo atraso no calendário e essencialmente importante. 
 
Gráfico 4 – Ano de previsão de conclusão do curso 
 
A grande maioria dos estudantes tem acesso à internet, conforme ilustra o Gráfico 5. Estes dados abertos revelam 
que em casa, ~67,5% têm computador ou notebook e ~31% celular. Somente dois alunos (~1,6%) respondeu não ter 
acesso à internet. Os dados demonstram a excelente cobertura de abrangência da rede aos alunos e ilustra a capacidade 
técnica de acompanhar os trabalhos propostos a distância. Também foi perguntado sobre se algum aluno fazia uso do 
material impresso disponibilizado pela instituição, e nenhum alunos optou por essa modalidade. A pesquisa ainda 
buscou aferir a qualidade da internet, conforme ilustra o Gráfico 6 com a seguinte pergunta “Encontra dificuldades 
com o acesso à internet?” Certamente vai demorar um pouco até que todos se adaptem ao “novo normal” da educação, 
mas o momento é propício para estabelecer novas práticas, tirando da tecnologia todos os benefícios que ela pode 
trazer ao processo de aprendizado. Muito além do conforto e da comodidade de obter as informações de maneira 
rápida, a internet e suas diversas conexões e gadgets possuem um alto impacto socioeconômico. 
De acordo com a Forbes, ao aumentar 10% das pessoas que utilizam a internet móvel, o PIB (Produto Interno 
Bruto) tem um crescimento de 0,5% por ano. A popularização de tablets e smartphones, paralelamente à revolução 
da internet e à disseminação da banda larga, aproximou a tecnologia do cotidiano das pessoas, possibilitado um 
universo de ensino e trabalho talvez não possível há dez anos atrás. 
 
Gráfico 5 – Resposta de discentes com acesso à internet para estudar 
 
Menos de ~10% dos estudantes relataram dificuldade de acesso à internet. ~91% da amostra relatou nenhum, 
raro ou pouca dificuldade de conexão, o que aliado as informações do Gráfico 5 reporta uma ótima notícia. Em 
tempos de pandemia a conectividade é uma aliada para que as pessoas continuassem seus trabalhos e aprendizados, 
reinventando o modo de ensino. Segundo levantamento realizado pela Organização das Nações Unidas para a 
Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), mais de 1,5 bilhão de estudantes foram afetados pela paralisação das 
aulas e fechamento temporário de escolas em 191 países. No Ifes os professores começaram a planejar aulas mediadas 
por telas junto a seus coordenadores pedagógicos, ao mesmo tempo em que descobriram sobre o funcionamento de 
ferramentas tecnológicas. Com aulas online, surgiram novos desafios que não eram comuns nos encontros 
presenciais, como dúvidas de conexão e engajamento dos estudantes à distância. 
 
Gráfico 6 – Ilustração das dificuldades de conectividade com a internet 
 
Destaque positivo a APNP’s é a presença dos estudantes em seus locais de origem, Gráfico 7, flexibilizando o 
acesso a instituição de casa. ~25% dos estudantes informaram estar em uma localidade diferente da instituição, como 
nos municípios de Conceição da Barra (4,8%), Jaguaré (4%), Linhares, Pedro Canário e Nova Venécia com ~2,4% 
cada, além de municípios mais distantes como Ponto Belo e a presença em outros Estados: Mucuri, São João Batista 
da Glória, Águas Formosas, Teixeira de Freitas e Palmópolis. Estes números reforçam a presença dos alunos 
próximos de suas famílias, impacta na questão financeira com menor despesas com deslocamento, aluguel, 
alimentação, uniformes, entre outros custos. 
Entre os diversos aspectos positivos das APNP’s, o fator geográfico é evidente em um país de dimensões 
continentais. As APNP’s conseguem alcançar cidades afastadas dos maiores centros urbanos, garantindo acesso ao 
ensino a estudantes da zona rural, de cidades menores e estudantes que trabalham e não poderiam frequentar uma 
faculdade no horário regular. 
 
Gráfico 7 – Distribuição geográfica dos estudantes do Ifes campus são Mateus durante a pandemia 
 
A modalidade de ensino a distância economiza tempo no deslocamento pelo trânsito de alunos e servidores, 
permite estudar de qualquer local e a hora que desejar, visto a flexibilidade que proporciona. Também foi perguntando 
na pesquisa se os alunos consideravam “(...) que o ambiente em que você se encontra em isolamento é adequado 
para as APNP's?” ~55,6% das respostas foram que sim e 38,9% disseram que não. ~5,5% dos estudantes responderam 
com alguma observação, com fatores que atrapalham o processo, como barulho, interrupção de um familiar ou visita, 
compartilhamento do local de estudo, entre outros. 
No segundo momento da pesquisa foi abordado os métodos pedagógicos utilizados pelos professores para 
lecionar o conteúdo, conforme Gráfico 8. ~96% dos alunos declaram que os professores utilizam as vídeo aulas como 
principal meio e 94% fazem uso das aulas online ao vivo. Seguido de material complementar (*.pdf), listas de 
exercícios e trabalhos em grupos como os principais meios de atividades. Cabe aqui uma ressalva, que embora as 
APNP’s tenham implementado uma nova forma de ensino do presencial x remoto, o modelo pedagógico de ensino 
ainda está agarrado no tradicional, sem criatividade e algo novo no conjunto de atividades de aula. Tal tendência é 
reforçada na Gráfico 9, com os modelos de avaliação. 
Cabe uma ressalva aqui para refletir do tipo de escola queremos no séc. XXI? As tecnologias propiciaram aos 
estudantes um cérebro hiper conectado, como autonomia no processo de criação e inovação, pensando uma escola 
4.0 das metodologias ativas e metodologias inovadoras, dentro das novas tecnologias, para atender um mercado, de 
uma rapidez, para trazer uma nova perspectiva na planificação desse universo. O desafio é colocar a escola dentro de 
um processo de tecnologia altamente avançada, saindo de uma escola dos nossos pais de datilografar, de mimeógrafo, 
para uma realidade de uma escola de um contexto atual, da realidade das crianças e dos adolescentes, para não ficar 
para trás e adotar estes predicados. O aluno passa a ser protagonista. A tecnologia é uma propulsora do aprendizado. 
A partir do momento que usa a tecnologia você tira o aluno da passividade, do corpo presente dentro da sala de aula 
e traz ele para o centro do processo de ensino, onde naturalmente se torna protagonista. 
 
 
Gráfico 8 – Métodos utilizados pelos professores para lecionar durante a pandemia 
 
O Gráfico 9 buscou identificar os métodos de avaliação presentes durante a pandemia. O método avaliativo por 
provas (~94,4%) foi predominante, seguido de estudos dirigidos, listas de exercícios, debates online e produção de 
artigos. Este componente ligado a educação remota é importante por permitir acompanhar o aluno e seu processo de 
aprendizado, mensurar a qualidade do ensino, aprimorar a didática do professor, observar a motivação do aluno, 
medir os objetivos da instituiçãoe aperfeiçoar modelos avaliativos. O maior desafio para equipe de educação neste 
momento é na nova era da educação, aplicar métodos de avaliação que considera as diferenças de cada aluno para 
criar um processo de aprendizagem personalizado, em que o aluno será avaliado conforme seu desenvolvimento nos 
temas que possui maior interesse. 
 
Gráfico 9 – Métodos de avaliação de conteúdo durante o período de pandemia 
 
A avaliação sobre as APNP’s deixa os alunos do campus dividido para dar um posicionamento, conforme Gráfico 
10. ~43,9% afirmam que o método é proveitoso, em contrário a ~39% dos discentes que não concordam. ~17,1% 
fizeram a avaliação com alguma ressalva, como a metodologia adotada pelo professor ou posicionamento de acordo 
com a disciplina. Certamente as disciplinas com práticas de laboratório possam ser as que representam maior perda 
para os estudantes, principalmente se tratando de uma instituição com ensino técnico e a presença da prática 
fundamental para formar bons profissionais. 
 
Gráfico 10 – Avaliação qualitativa do método de ensino das APNP’s 
 
As maiores dificuldades listadas pelos estudantes durante o período de APNP’s estão ligados principalmente a 
fatores do corpo, como falta de concentração (~73,4%), sono (27,4%), desanimo com o estudo (66,1%), cansaço, 
fadiga. Também foram relatados problemas como ruído do ambiente (~52,4%), problemas de conexão com a internet 
(29%), compartilhamento dos computadores, interrupções externas, além de outros (~13,7%), conforme registrado 
no Gráfico 11. 
 
Gráfico 11 – Maiores dificuldades apontadas pelos estudantes durante as APNP’s 
 
Também foi considerado a opinião dos estudantes sobre o modelo. Novamente houve uma divergência nas 
respostas, de favoráveis e não favoráveis, demonstrando que os estudantes estão divididos sobre o assunto. O Gráfico 
12 busca ilustrar essa situação, perguntou-se aos discentes: “Qual opção melhor representa sua opinião em relação 
as APNP's?” Menos de ~8,9% disseram gostar do modelo adotado pelo Ifes, com uma divergência em relação ao 
Gráfico 10 onde 43,9% apontaram como proveitoso o modelo. Quase ¼ dos estudantes prefere repor as aulas em 
outro momento e ~32,5 está satisfeito com o ensino. ~14,6% apontam desejar um modelo híbrido de ensino, 
presencial x remoto e ~13% expressaram não gostar do modelo. 
 
Gráfico 12 – Opinião dos estudantes sobre as APNP’s 
 
Em seguida insistimos para que os alunos fizessem uma avaliação do ensino, com a seguinte pergunta direta “de 
0 a 10, qual a nota você daria para o sistema de ensino adotado pelo Ifes campus São Mateus durante a pandemia?” 
As notas abaixo de 5 representaram ~56,4% das respostas e uma avaliação numa margem positiva (acima de 6) 
corresponderam a 43,6% da amostra, conforme Gráfico 13. Há tendência indicativa de um ligeiro descontentamento 
dos alunos com os trabalhos remotos, pelo que se pode extrair do Gráficos 10, 12 e 13, que seriam interessantes 
buscar avaliar e ratificar tal situação. 
 
Gráfico 13 – Avaliação numa escala de 0 a 10 das APNP’s 
 
A última pergunta aos estudantes é sobre a Educação 4.0, muito teórica ainda e ligado a ruptura de um modelo 
tradicional de ensino para um ensino moderno e contemporâneo. Nessa vertente procurou-se lincar se os estudantes 
conhecem o modelo, até para fazer um paralelo com as respostas anteriores. A educação 4.0 exige um maior domínio 
do uso de tecnologias como, computadores, tablets, smartphones, dispositivos e aplicativos diversos, inclusive, saber 
analisar dados e tomar decisões com base nessas informações. Conforme repostas obtidas e ilustradas no Gráfico 14, 
~85,7% não conhecem esse modelo de ensino, o que é coerente com as respostas de algumas questões anteriores, 
inclusive a tendência de resistência ao tradicional. 
 
Gráfico 14 – Representatividade dos alunos que conhecem o modelo de Educação 4.0 
 
Se tirarmos uma foto da sala de aula, quais as diferenças da escola de 1960 para a escola de 2020? Talvez pouca ou 
nenhuma. A pandemia causou uma ruptura e acelerou um processo que poderia levar anos, saindo de uma escola 1.0 e 
direcionando há um modelo de Educação 4.0. Contudo essa ruptura drástica empurrada pelo contexto da pandemia do 
novo Corona vírus, trouxe mudanças nada sutis aos estudantes que não se prepararam adequadamente para esse cenário. 
Como é evidenciado no gráfico 14, onde ~86% dos alunos afirmaram desconhecer o modelo de educação 4.0, o que 
naturalmente tendência uma resistência ao aceitar as mudanças positivas no modelo de ensino, antes, durante e depois da 
pandemia. Ao avaliar-se o Gráfico 5, nota-se que 96% dos alunos possuem acesso irrestrito a internet, e mais de 90% 
possuem computador/notebook ou celular em casa para acessar o ambiente virtual e exercer suas obrigações enquanto 
aluno, ou seja, existe um ambiente sob circunstancias técnicas propício a realização da APNP’s, porem ao avaliar os 
Gráficos 6 e 11 observa-se uma clara interferência do fator tecnológico e do fator humano em desempenhar as atividades, 
problemas relacionados a conectividade e estima do aluno, como falta de concentração, sono e os problemas intrínsecos 
ao ambiente ao qual o aluno está inserido podem interferir na performance do aluno durante os seus estudos e assim 
possivelmente refletir em suas notas. 
 
 CONCLUSÕES 
 
Este trabalho apresentou importantes contribuições e reflete um panorama atual do ensino no Ifes campus São Mateus. 
Demonstrou o avanço da incorporação de tecnologias pelos alunos do Ifes e a tendência e importância de uma Educação 
4.0, saindo de um modelo diretivo de educação e caminhando para um modelo colaborativo, onde há a socialização do 
conhecimento e o permitir do saber da inovação. 
Vivemos em um mundo conectado, e o interesse do aluno precisa estar atrelado a essa nova ordem contemporânea, 
onde o papel do educador cabe fazer o link. Um exemplo dessa incorporação de tecnologia é a realidade aumentada, onde 
dentro da sala de aula é possível levar o aluno para visitar um museu ou centro de pesquisa. 
As atividades a distância introduzem o modelo de uma sala de aula invertida, onde o estudante precisa fazer uma 
prévia do estudo antes da aula, com temas que cativem a atenção do aluno e desperte seu interesse. O ensino em plataforma 
permite rever os conteúdos, acessar materiais e fontes complementares de apoio ao ensino. 
Recomendamos como trabalhos futuros a pesquisa detalhada com os alunos, identificado as causas dos 
descontentamentos com o modelo das APNP’s e com a instituição de ensino, além de explorar os dados por níveis de 
ensino (técnico, graduação e pós) para verificar se há diferenças verticais nas respostas. 
Certamente há muitos desafios nesse novo modelo, e os educadores (docentes e pedagogos) refletem essa maior 
preocupação em garantir um ensino de qualidade, porém incorporando mudanças. A pandemia acelerou essa necessidade 
de repensar e aplicar novas metodologias, que podem trazer um aprendizado e incorporar no futuro um misto de ensino 
(presencial e a distância) para agregar a uma educação do século XXI. 
 
REFERÊNCIAS 
 
CARVALHO, Daniela Silva., MACHADO, Michele Santos. Ensino tradicional x ensino a distância: um estudo 
crítico sobre a evolução da formação em administração. (2019) Revista Innovare. Disponível em < 
http://cescage.com.br/revistas/index.php/Innovare/article/view/733 > Acesso em 29 agos. 2020. 
Gutierrez, F, e Prieto, D. (1994). A mediação pedagógica na educação a distância alternativa. Campinas, Papirus. 
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia científica. 5. ed. São Paulo: 
Atlas, 2003. 
MASETTO, Marcos. Inovação na educação superior. 2004. 
MELLO, Melissa Sabrina Salgado de., OLIVEIRA, Edson A. de Araújo Querido. (2019) Educação a Distância: 
Desafios da modalidade para uma educação 4.0. Revista Interdisciplinar de Tecnologias e Educação. Vol. 5 nº 1. 
Disponível em < http://rinte.ifsp.edu.br/index.php/RInTE/article/view/473/pdf> Acesso em 28 agos. 2020. 
NICOLINI, Alexandre. (2003). Qual será o futuro das fábricas de administradores? Fórum Educação em 
Administração; Universidade Cândido Mendes - UCAM ERA; VOL. 43 abril/maio/junho/2003. Disponível em < 
https://www.scielo.br/pdf/rae/v43n2/v43n2a03.pdf > Acessado em 25/08/2020. 
RURATO, Paulo., GOUVEIA, Luis Borges. (2004). Contribuição para o conceito de ensino a distância: vantagens e 
desvantagens da sua prática. Edições Universidade Fernando Pessoa. Disponível em < 
https://bdigital.ufp.pt/handle/10284/563 > Acesso em 31 ago. 2020. 
SANTOS, A. (2000). Ensino à Distância e Tecnologia de Informação - E-learning. Editora Lidel. 
VIDAL, Elisabete (2002). Ensino a distância vs ensino tradicional. Universidade Fernando Pessoa. Disponível em < 
http://homepage.ufp.pt/lmbg/monografias/evidal_mono.pdf > Acesso em 30 ago. 2020. 
 
	REFERÊNCIAS

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