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Módulo 9 - Medicações e Orientações Pós-operatórias

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Módulo 09
Medicações e Orientações 
Pós-Operatórias
3
SUMÁRIO
ANALGESIA PÓS-OPERATÓRIA .................................................................................04
PARACETAMOL ............................................................................................................04
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO .........................................................................................05
DIPIRONA ......................................................................................................................05
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES) ............................................06
OPIOIDES ......................................................................................................................08
RESUMO DE ESQUEMA ANALGÉSICO ....................................................................10
COMO CALCULAR A DOSE PARA PACIENTES PEDIÁTRICOS? ...........................11
ANTIBIOTICOTERAPIA .................................................................................................12
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA .........................................................................................15
ANTIBIOTICOTERAPIA PARA INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA PRESENTE .........18
RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS ................................................................21
4
ANALGESIA PÓS-OPERATÓRIA
Muito além do cuidado pré e transoperatório, também devemos estar atentos ao 
período pós-operatório, para que o paciente não tenha sintomatologia dolorosa 
intensa associada ao procedimento e para que o mesmo não desenvolva um 
processo infeccioso neste período.
A sintomatologia dolorosa no período pós-operatório poderá ser leve, moderada 
ou intensa, dependendo da abordagem cirúrgica. Para manejar essa situação, 
dispomos de uma gama de opções analgésicas:
PARACETAMOL
• Analgésico e antitérmico de boa eficácia.
• Não possui reações adversas em doses terapêuticas, mas em altas doses 
pode gerar hepatotoxicidade. Por isso, deve-se evitar o uso concomitante do 
paracetamol com álcool ou outras substâncias com potencial hepatotóxico 
(ex: estolato de eritromicina).
• Ausência de efeito sobre agregação plaquetária e reações gastrointestinais ou 
renais, como os AINES.
• Contraindicado para pacientes com história de alergia ao medicamento. No 
caso de alergia a sulfitos, a solução de paracetamol (gotas) está contraindicada, 
visto que contém metabissulfito de sódio em sua composição.
• Dose máxima diária: 4 gramas.
 
5
ÁCIDO ACETILSALICÍLICO
• Analgésico e antitérmico de boa eficácia.
• Além disso, atua também como anti-inflamatório e como antiagregante 
plaquetário.
• Como reações adversas, temos hipersensibilidade, diminuição da função renal 
e agravamento de asma brônquica e rinite alérgica.
• Seu uso é contraindicado para crianças que possam estar com catapora ou 
gripe, pois poderá gerar a Síndrome de Reye (e esta pode ser fatal).
• Dose máxima diária: 4 gramas. 
DIPIRONA
• É um analgésico de boa eficácia.
• Deve ser utilizado com cautela, pois apresenta muitas reações adversas: 
leucopenia, agranulocitose, pancitopenia, anafilaxia, reações dermatológicas 
e entre outras.
• O uso da dipirona deve ser evitado: no primeiro ou terceiro trimestre de 
gravidez, no período de lactação e em pacientes com história de anemia ou 
leucopenia.
100 mg/dia → efeito antiagregante plaquetário
365-500 mg/dose → efeitos antiagregante plaquetário, analgésico e antitérmico
4g/dia → efeitos antiagregante plaquetário, analgésico, antitérmico e anti-
inflamatório
6
• Por fim, é contraindicada para pacientes com hipersensibilidade aos derivados 
da pirazolona (pelo risco de alergia cruzada), crianças menores de 3 meses de 
idade/com peso inferior a 5kg ou para portadores de doenças metabólicas 
como a porfiria hepática ou a deficiência congênita da glicose-6-fosfato-
desidrogenase.
• Dose máxima diária: 4 gramas.
ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINES)
• Os AINEs são medicamentos que fazem o controle da dor aguda de intensidade 
moderada a severa; entretanto, estão indicados apenas para as situações 
onde o efeito anti-inflamatório (p. ex. controle de extenso edema) seja mais 
necessário do que o benefício da regeneração tecidual gerado pela reação 
inflamatória.
• Os efeitos adversos mais comuns do AINEs são os distúrbios gastrointestinais, 
como gastrite, eritema e erosões gástricas, ulceração gástrica e duodenal, 
dispepsia, dor epigástrica, náuseas e vômitos, anorexia, flatulência, diarreia e 
perda de sangue pelo tubo digestivo.
• Além destes distúrbios, os AINEs também podem gerar retenção de sódio e 
água, reações de hipersensibilidade, agravamento de asma brônquica e rinite 
alérgica, risco de sangramento, nefrotoxicidade e problemas renais (em uso 
prolongado).
• Os exemplos de AINES são: Ibuprofeno, Cetorolaco, Diclofenaco potássico, 
Nimesulida, Cetoprofeno, Piroxicam, Tenoxicam, Meloxicam, Celecoxibe e 
Etoricoxibe. Todos estes apresentam eficácia anti-inflamatória similar.
7
AINEs mais utilizados em odontologia
IBUPROFENO: possui menos reações adversas gastrointestinais que os 
demais AINEs. É também o único AINE aprovado para uso em crianças, de 
acordo com as recomendações do FDA (Food and Drug Administration).
Dose máxima diária: 3,2 gramas
DICLOFENACO: é o segundo fármaco mais seguro. Possui ótima indicação 
no tratamento de dores relacionadas à ATM.
Dose máxima diária: 150 miligramas
CETOROLACO DE TROMETAMOL (Toragesic®): possui muitos efeitos 
adversos gastrointestinais (sangramento do trato gastrointestinal) e renais 
(perda de função). Por isso, se indicado, deve ser administrado em doses 
baixas (7,5-10mg a cada 6 horas) e seu período de uso não deve ultrapassar 
de 5 dias.
Dose máxima diária: 40 miligramas
NIMESULIDA: apresenta hepatotoxicidade e, por isso, não é comercializada 
em diversos países. Requer cuidado ao utilizar esta medicação.
Dose máxima diária: 400 miligramas
8
OPIOIDES
• Os medicamentos opioides são indicados para o tratamento de dores moderadas 
a intensas, que não respondem ao tratamento com outros analgésicos.
OPIOIDES FORTES: morfina, oxicodona, metadona e fentanil
OPIOIDES FRACOS: codeína, tramadol e propoxifeno
• Os efeitos dos opioides são: analgesia, sonolência, supressão da tosse, redução 
dos movimentos peristálticos e da secreção ácida gástrica.
• Como efeitos adversos temos a constipação, náuseas e vômitos, depressão 
respiratória, confusão mental (principalmente em idosos) e interações 
medicamentosas com inibidores do SNC.
• Caso haja depressão respiratória com uso de analgésico opióides, podemos 
lançar mão da naxolona, medicamento que permite reverter o quadro de 
toxicidade.
Opioides mais utilizados em odontologia
CODEÍNA: se utilizado de forma isolada, possui o mesmo efeito analgésico 
do que o paracetamol. A sua associação com paracetamol potencializa o seu 
efeito, permitindo a analgesia de dores moderadas a intensas.
Dose máxima diária: 240 miligramas
isabelamiquilini
Realce
isabelamiquilini
Sublinhado
9
TRAMADOL: possui potência analgésica 5 a 10 vezes menor do que a 
morfina e produz mais efeitos adversos do que a codeína em associação 
com o paracetamol.
Dose máxima diária: 400 miligramas
METADONA: é um opioide forte e com baixo custo. Utilizada quando a 
associação de analgésico não opioide + analgésico opioide fraco (ex: 
paracetamol e codeína) não traz a analgesia necessária.
Dose máxima diária: 40 miligramas
MORFINA: mais utilizada no pós-operatório de cirurgias de grande porte ou 
em pacientes com câncer.
10
RESUMO DE ESQUEMA ANALGÉSICO
Dor leve: exodontias simples e cirurgias menos invasivas (ex: frenectomia).
Dor moderada: exodontias complexas e remoção cirúrgica de terceiros molares.
Dor intensa: cirurgias bucomaxilofaciais extensas (ex: trauma e ortognáticas).
DOR LEVE Paracetamol 500-750mg de 6/6horas
Dipirona 500mg de 6/6horas
Ibuprofeno 400 a 600mg de 8/8horas
AAS 500mg de 6/6horas
DOR Paracetamol1g de 6/6horas
MODERADA Ibuprofeno 600 a 800mg de 6/6horas
Paracetamol 500mg + Codeína 30mg de 6/6horas
Tramadol 37,5mg + Paracetamol 325mg de 6/6horas
Cetorolaco de trometamol 10mg de 8/8horas (uso sublingual)
Propoxifeno 50mg + AAS 325mg de 4/4horas
DOR INTENSA Paracetamol 1000mg + Codeína 60mg de 6/6horas
Cetorolaco (intramuscular)
Morfina (endovenosa)
11
COMO CALCULAR A DOSE PARA PACIENTES PEDIÁTRICOS? 
PARACETAMOL
Solução oral (gotas) com 200mg/ml
10-15 mg/kg de 4/4h ou de 6/6 h = 1 gota/kg/peso (cada gota possui 15mg de 
fármaco)
Máximo: 60mg/kg/dia
DIPIRONA (crianças com mais de 3 meses de idade e acima de 5 kg)
Solução oral (gotas) com 500mg/ml
10-25 mg/kg/dose de 6/6 horas = 1 gota/kg/peso (cada gota possui 25mg de 
fármaco)
Máximo: 40 gotas/dose ou 4 gramas/dia
IBUPROFENO
Solução oral (gotas) com 50 mg/ml ou 100mg/ml
50mg/ml → 5 a 10 mg/kg, de 8/8 horas = 2 gotas/kg/peso 
100mg/ml → 5 a 10 mg/kg, de 8/8 horas = 1 gota/kg/peso 
Máximo: 800mg/dia
OPIOIDES
Não são recomendados para uso em crianças.
Se houver extrema necessidade, utilizaremos codeína (solução oral/gotas com 
2mg/ml): 0,5-1mg/kg de 6/6 horas.
12
ANTIBIOTICOTERAPIA
A antibioticoterapia na odontologia é indicada em 4 situações:
• Profilaxia em pacientes com risco de desenvolver endocardite bacteriana;
• Profilaxia em pacientes imunocomprometidos;
• Cirurgias extensas;
• Tratamento de infecção aguda.
Na ausência de sinais de infecção, em pacientes imunocompetentes e que não 
apresentam risco de complicações infecciosas, a profilaxia antibiótica não é 
recomendada na maioria dos casos. Entretanto, pelo fato de acharem que estão 
intervindo em uma área “contaminada”, muitos profissionais ainda prescrevem os 
antibióticos de forma indiscriminada, na expectativa ou tentativa de “prevenir” a 
contaminação da ferida cirúrgica e suas sequelas pós-operatórias. Na medida em 
que todos os cuidados com a manutenção da cadeia asséptica são mantidos como 
um protocolo, entendemos que a prescrição de antibióticos não traz benefício ao 
paciente.
A prevenção de processos infecciosos inclui medidas não medicamentosas que 
são bastante eficazes no controle dos microorganismos:
 9 Uso de barreiras de proteção (desinfecção do ambiente, assepsia, uso de EPIs 
e esterilização do instrumental).
 9 Antissepsia do paciente (com clorexidina aquosa).
 9 Manutenção da cadeia asséptica no transoperatório.
 9 Bochecho pós-operatório com clorexidina aquosa 0,12% (1 minuto a cada 12 
horas por 7 dias).
13
 9 Instrução de higiene oral (iniciar após 24 horas do procedimento cirúrgico).
 9 Orientações pós-operatórias (repouso, evitar exposição ao sol, não fumar, não 
ingerir substâncias alcoólicas, não praticar exercícios físicos).
Entretanto, nas 4 situações mencionadas no início, a antibioticoterapia tem um 
propósito claro e o protocolo padrão para cada abordagem será descrito logo 
abaixo.
Na presença de infecção pós-operatória, a prescrição de anti-inflamatórios 
está CONTRA-INDICADA, pois estes medicamentos não irão proporcionar 
a regeneração tecidual gerada pela reação inflamatória e, com isso, a infecção 
poderá se disseminar mais facilmente, atingindo espaços fascias e podendo 
evoluir para Angina de Ludwig.
ATENÇÃO:
Antes de iniciarmos a prescrição de antibioticoterapia, devemos estar 
atentos e perguntar ao nosso paciente se o mesmo já apresentou 
alguma reação alérgica a algum antibiótico, principalmente à penicilina.
isabelamiquilini
Realce
isabelamiquilini
Realce
14
ALERGIA À PENICILINA
TARDIA: urticária na pele ocorre após algumas horas do uso de penicilina.
Medicamentos que poderão substituir: clindamicina, eritromicina (indicada para 
tratamento de infecções), azitromicina (indicada para profilaxia antibiótica), 
metronidazol (para bactérias anaeróbias = infecções periodontais) ou 
cefalosporina (ex: cefalexina, cefazolina e cefalotina).
IMEDIATA: edema em lábio, orofaringe e glote, gerando obstrução 
respiratória, que pode levar à parada respiratória e morte. Ocorre em até 1 
hora após o uso de penicilina.
Medicamentos que poderão substituir: clindamicina, eritromicina (indicada 
para tratamento de infecções) e azitromicina (indicada para profilaxia 
antibiótica). 
NÃO UTILIZAR CEFALOSPORINA (ex: cefalexina, cefazolina e cefalotina).
Após uma anamnese cuidadosa, podemos optar pelo nosso medicamento com 
base nos esquemas descritos a seguir.
15
PROFILAXIA ANTIBIÓTICA
A profilaxia é a administração de antimicrobianos em situações de ausência de 
infecção, nas quais há risco de que essa se instale, por condições do paciente ou 
do procedimento.
PACIENTE: imunossupressão (ex: tratamento oncológico, pacientes 
que fazem hemodiálise, pacientes HIV+ que não estão com carga viral 
indetectável, pacientes que já realizaram radioterapia, uso crônico de 
corticoides e pacientes transplantados), risco de endocardite bacteriana, 
comorbidades sistêmicas (diabetes descompensada¹, lúpus, artrite 
reumatoide) e extremos de idade (paciente idoso) 
PROCEDIMENTO²: quebra da cadeia asséptica no pré ou transoperatório, 
cirurgia extensa (mais de 2 horas), instalação de corpos estranhos (ex: 
implantes dentários e enxertos ósseos), realização de exodontia múltiplas 
e grande sangramento transoperatório.
¹ Pacientes diabéticos que estão com a doença descompensada deverão passar 
por cirurgias apenas em casos de urgência
² Nos casos onde foram observadas essas condições no transoperatório, não 
será possível realizar profilaxia antibiótica pré-operatória e, por isso, devemos 
realizar o protocolo descrito na seção “Antibioticoterapia para infecção pós-
operatória presente”
16
Pacientes com maior risco de desenvolver a endocardite bacteriana 
com base nas atuais diretrizes da American Heart Association 
(AHA) e que possuem indicação de profilaxia antibiótica:
1. Portador de prótese cardíaca valvar ou válvula cardíaca reparada com 
material protético.
2. Portador de doença cardíaca congênita (DCC): cardiopatia congênita 
cianogênica não corrigida, cardiopatia congênita corrigida com material 
protético ou cardiopatia congênita cianogênica corrigida que evoluiu com 
defeito residual, impedindo a nova epitelização.
3. Paciente com história prévia de endocardite infecciosa.
4. Paciente com valvulopatia adquirida em transplante cardíaco.
COMO REALIZAR A PROFILAXIA ANTIBIÓTICA?
Quadro 1 - Profilaxia geral padrão.
MEDICAMENTO DOSE HORÁRIO VIA
ADULTOS Amoxicilina 500mg
Tomar 2g (4 
comprimidos)
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
CRIANÇAS Amoxicilina 125mg/5ml Tomar 2ml/kg
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
CRIANÇAS Amoxicilina 250mg/5ml Tomar 1ml/kg
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
17
CRIANÇAS Amoxicilina 500mg/5ml Tomar 0,5ml/kg
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
Fonte: Elaborado pelos autores e adaptado de Wannmacher e Ferreira (2007).
Quadro 2 – Profilaxia para alérgicos à penicilina.
MEDICAMENTO DOSE HORÁRIO VIA
ADULTOS
Clindamicina 
300mg
Tomar 
600mg (2 
comprimidos)
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
ADULTOS
Azitromicina 
500mg
Tomar 
500mg (1 
comprimido)
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
ADULTOS
Cefalexina 500mg 
**
Tomar 2g (4 
comprimidos)
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
CRIANÇAS
Clindamicina 
150mg/ml
Tomar 20mg/
kg
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
CRIANÇAS
Azitromicina 
200mg/5ml ou 
600mg/15ml
Tomar 15mg/
kg
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
CRIANÇAS
Cefalexina 
250mg/5ml ou 
50mg/ml **
Tomar 50mg/
kg
1 hora 
antes do 
procedimento
Via oral
** Utilizar cefalexina apenas nos pacientes que relatam alergia tardia à penicilina.
Fonte: Elaborado pelos autores e adaptado de Wannmacher e Ferreira (2007).
18
ANTIBIOTICOTERAPIA PARA INFECÇÃO PÓS-OPERATÓRIA PRESENTE
A infecção pós-operatória é a complicação mais frequente nas cirurgias 
odontológicas. O paciente pode apresentar dor localizada que se potencializa 
entre o 3º e 4º dia pós-operatórios, irradiando na região.Quando observamos grande comprometimento local (edema, trismo ou 
hematoma exacerbados), drenagem de secreção purulenta pelo alvéolo dentário 
e comprometimento sistêmico (febre, linfoadenopatia e fraqueza), a terapia com 
antibiótico está indicada e deverá seguir os protocolos descritos abaixo.
Quadro 3 - Protocolo padrão para antibioticoterapia.
MEDICAMENTO DOSE HORÁRIO VIA
ADULTOS
Amoxicilina 
500mg
Tomar 1 
comprimido
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Amoxicilina 
125mg/5ml
Tomar 0,26-
0,53ml/kg ou 
6,6-13,3mg/kg
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Amoxicilina 
250mg/5ml
Tomar 0,13-
0,26ml/kg ou 
6,6-13,3mg/kg
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Amoxicilina 
500mg/5ml
Tomar 0,06-
0,13ml/kg ou 
6,6-13,3mg/kg
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
Fonte: Elaborado pelos autores e adaptado de Wannmacher e Ferreira (2007).
isabelamiquilini
Realce
19
Quadro 4 - Protocolo de antibioticoterapia para infecções que não regridem 
com amoxicilina/pacientes resistentes.
MEDICAMENTO DOSE HORÁRIO VIA
ADULTOS
Amoxicilina 
500mg + Ácido 
clavulânico 
125mg
Tomar 1 
comprimido
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Amoxicilina 
250mg + Ácido 
clavulânico 
62,5mg/5mL
Tomar 0,13-
0,33ml/kg ou 
6,6-16,6mg/
kg
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Amoxicilina 
125mg + Ácido 
clavulânico 
31,25mg/5mL
Tomar 0,26-
0,66ml/kg ou 
6,6-16,6mg/
kg
8 em 8 horas 
por 7 dias
Via oral
Fonte: Elaborado pelos autores e adaptado de Wannmacher e Ferreira (2007).
Quadro 5 - Protocolo de antibioticoterapia para alérgicos à penicilina.
MEDICAMENTO DOSE HORÁRIO VIA
ADULTOS
Clindamicina 
300mg
Tomar 1 
comprimido
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
ADULTOS
Estearato de 
eritromicina 
500mg
Tomar 1 
comprimido
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
20
ADULTOS
Cefalexina 
500mg **
Tomar 1 
comprimido
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Clindamicina 
150mg/ml
Tomar 0,05-
0,1ml/kg ou 7,5-
15mg/kg
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Estolato de 
eritromicina 
250mg/5ml
Tomar 0,15-
0,25ml/kg ou 
7,5-12,5mg/kg
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Estolato de 
eritromicina 
125mg/5ml
Tomar 0,3-
0,5ml/kg ou 7,5-
12,5mg/kg
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Cefalexina 
250mg/ml**
Tomar 0,025-
0,03ml/kg ou 
6,25-8,33mg/kg 
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
CRIANÇAS
Cefalexina 50mg/
ml **
Tomar 0,125-
0,16ml/kg ou 
6,25-8,33mg/kg
6 em 6 horas 
por 7 dias
Via oral
** Utilizar cefalexina apenas nos pacientes que relatam alergia tardia à penicilina
ERITROMICINA
Estolato de eritromicina deve ser utilizada em crianças.
Estearato de eritromicina deve ser utilizada em adultos.
Fonte: Elaborado pelos autores e adaptado de Wannmacher e Ferreira (2007).
21
RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Nesta seção, vamos sugerir um modelo de recomendações pós-operatórias, 
seguindo as recomendações descritas durante todo o curso. Fique à vontade para 
imprimi-lo e entregá-lo aos seus pacientes!
Lembre-se: uma orientação clara por parte do profissional a fim de proporcionar 
o entendimento do paciente sobre as etapas do período pós-operatório é crucial 
para uma cicatrização adequada, não exacerbação da sintomatologia dolorosa e 
o não desenvolvimento de um processo infeccioso.
No modelo abaixo, você poderá ver algumas lacunas para preenchimento.
Nossa sugestão:
• O bochecho mais indicado para pós-operatório de procedimentos bucais 
é a clorexidina aquosa 0,12% por 1 minuto de 12 em 12 horas durante 7 
dias.
• A duração do período sem realizar atividade física pode variar. No caso 
de exodontia simples, podemos recomendar 7 dias. Já para procedimentos 
cirúrgicos mais complexos (como remoção de terceiro molar retido), podemos 
indicar até 21 dias, dependendo do trauma e dificuldade cirúrgica.
• Assim como o item anterior, o período sem exposição ao calor e sol 
excessivo também pode variar. Para casos de exodontia simples, 7 dias. Este 
período poderá variar por até 45 dias pós-operatórios, de acordo com o 
procedimento e dificuldade cirúrgica.
* A exposição ao calor/sol e a realização de exercícios físicos em período 
anterior ao processo de cicatrização inicial poderá desencadear um quadro 
infeccioso.
22
RECOMENDAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
1º DIA APÓS O PROCEDIMENTO (PRIMEIRAS 24 HORAS):
Aplique bolsa de gelo na face, sobre o lado operado, por 30 minutos a cada 1 ou 2 horas.
Alimentação: líquida/pastosa, fria/gelada (ex.: suco, gelatina, sorvete, batida de fruta).Mas não faça 
uso de canudos.
Mantenha-se em repouso absoluto.
Sempre que for se deitar, apoie a cabeça em dois travesseiros.
Neste dia, não exerça atividades que exijam raciocínio e concentração (estudantil/profissional, 
mexer no celular com a cabeça baixa) ou atividades motoras (dirigir veículo, por exemplo).
Não faça bochechos e não realize higiene bucal.
Siga corretamente a medicação prescrita. 
2º DIA APÓS O PROCEDIMENTO (48 HORAS APÓS):
Não realize mais aplicação de gelo.
Inicie a higiene bucal com escova e creme dental, evitando a região da cirurgia.
Inicie bochecho com _________________________ , de ____ em _____ horas.
Siga corretamente a medicação prescrita.
Siga a alimentação líquida ou pastosa. A partir deste momento ela pode ser levemente aquecida.
 A PARTIR DO 3º DIA APÓS O PROCEDIMENTO:
Escove normalmente os dentes. Higienize bem o local operado.
Passe a ingerir alimentos progressivamente aquecidos e com maior consistência, conforme 
tolerância.
OUTRAS RECOMENDAÇÕES (estas precisam ser seguidas todos os dias até, pelo menos, a remoção dos 
pontos)
Não faça uso de bebidas alcoólicas.
Não fume. 
Evite cuspir e não realize movimentos de sucção (como a utilização de canudos).
Não se exponha ao sol ou a calor excessivo por _____ dias pós-operatórios.
Não pratique esportes ou exercícios físicos por _____ dias pós-operatórios.
Em caso de dor intensa, sangramento excessivo, febre (acima de 38ºC), calafrios ou vômito, procure 
um serviço de emergência.
23
REFERÊNCIAS
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Janeiro: Guanabara Koogan, 2007. Cap 34, p. 351-359.
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EQUIPE RESPONSÁVEL
Coordenação Geral
Roberto Nunes Umpierre
Marcelo Rodrigues Gonçalves
 
Gerência do projeto
Ana Célia da Silva Siqueira
 
Coordenação Executiva
Rodolfo Souza da Silva
 
Responsável Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
 
Gestão educacional
Ylana Elias Rodrigues
Coordenação do curso
Adriana Corsetti 
Taíse Simonetti 
Conteudistas
Adriana Corsetti 
Taíse Simonetti 
Elaboração de questionários e testes
Adriana Corsetti
Angelo Luiz Freddo
Taíse Simonetti 
Gravação das etapas cirúrgicas
Adriana Corsetti
Carlos Eduardo Baraldi
Bruna Pires Porto
Camila Longoni
Luiza Bastos Nozari
Taíse Simonetti
Revisores
Angelo Luiz Freddo
Carlos Eduardo Baraldi
Deise Ponzoni
Vinicius Coelho Carrard
Revisão ortográfica
Ana Paula Borngräber Corrêa
Angélica Dias Pinheiro
Normalização
Geise Ribeiro da Silva
Projeto gráfico
Lorenzo Costa Kupstaitis
Diagramação e Ilustração 
Davi Perin Adorna
Lorena Bendati Bello 
Michelle Iashmine Mauhs
Pedro Vinícius Santos Lima 
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Filmagem/ Edição/Animação
Héctor Gonçalves Lacerda
Luís Gustavo Ruwer da Silva
Camila Alscher Kupac 
Divulgação
Angélica Dias Pinheiro
Camila Hofstetter Camini
Carolina Zanette Dill
Laíse Andressa de Abreu Jergensen
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br
Telefone: 51 3308-2098 ou 51 3308-2093
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