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DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 1 Leptospirose DEFINIÇÃO • Zoonose aguda e febril, potencialmente grave, causada por bactérias do gênero Leptospira, cujo espectro clínico pode variar desde quadros assintomáticos, oligossintomáticos (leves e de evolução benigna) a formas graves. As leptospiras são espiroquetas, grupo que se destacou precocemente na evolução das bactérias. Ocorre principalmente nas regiões tropicais e subtropicais. ETIOLOGIA • Bactéria do gênero Leptospira, helicoidal (permite que se movimente tanto na urina quanto no sangue), aeróbia obrigatória. • Extremidades em forma de gancho; móveis Duas espécies(*): • Leptospira biflexa – saprófíta • Leptospira interrogans - patogênica • Mais de 200 tipos sorológicos, chamados sorovar • Leptospiras infectam qualquer animal, mas, cada sorovar tem um hospedeiro preferencial e uma espécie animal pode albergar um ou mais sorovares • (*) Há uma nova classificação microbiológica baseada em tipagem genômica, que não apresenta correlação clínica. NOMENCLATURA • Atualmente (2013), na List of Prokaryotic names with Standing in Nomenclature do organizador e pesquisador JP Euzeby há citação de 17 espécies e nenhuma subespécie no gênero Leptospira spp. • Dentre essas 16 espécies, há, pelo menos, quatro genomo espécies que ainda não foram nominadas. • São 16 espécies no total: Grupo 1 - São 12 espécies: L. borgpetersenii, L.broomii, L.fainei, L.inadai, L.interrogans, L.licerasiae, L.noguchii, L.santarosai, L.weilii, L.wolffii, L.kirschneri e L.kmetyi, que possuem sorovares patogênicos. Grupo 2 - L.meyeri, possui sorovares saprófitas e sorovares patogênicos. Grupo 3 - L.alexanderi, possui sorovares saprófitas e outro desconhecidos. Grupo 4 - L.biflexa e L.wolbachii, contem cepas saprófitas. SOROVARES MAIS FREQUENTE EM HUMANOS NO BRASIL • Icterohaemorrhagiae (principal) • Grippotyphosa • Panama • Canicola • Pomona • Andamana • Wolffi • Australis • Javanica DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 2 • Autumnalis e outros • O principal é o rato. CONDIÇÕES DE SOBREVIVÊNCIA DE LEPTOSPIRAS • A condição ideal é o solo saturado de água, com pH entre 7,2 e 7,4, (não tolera o pH ácido) a 28o C (180 dias). • Resistem por longos períodos em água doce • Sobrevivem em carcaças e líquidos a -20ºC por 100 dias. • Morrem em 30 minutos em ambientes secos. • Curta sobrevivência na água salgada. • Morrem a 100ºC em 15 segundos. • Morrem em ambiente ácido. • Não resistem aos desinfetantes à base de cloro. • Urina alcalina e neutra de animais (roedores, cães, ruminantes, equinos) possibilita sua sobrevivência. EPIDEMIOLOGIA I Cadeia Epidemiológica: • Homem é considerado hospedeiro final. • Transmissão pessoa-pessoa não tem valor epidemiológico. • Maior importância epidemiológica é a urina de roedores e de animais domésticos por contato direto ou contaminação ambiental: água, solo, estábulos, cocheiras, alimentos. • Transmissão por mordeduras de roedores possível, porém, rara. • Na medicina veterinária: urina, sangue, secreções vaginais e fetos abortados. • Alvejantes são capazes de eliminar a bactéria. EPIDEMIOLOGIA II • Há correlação entre o número de casos, quantidade de chuvas, presença de roedores no domicílio e condições precárias de habitação. • O principal reservatório é o rato, que elimina a leptospira viva pela urina. • Estes microrganismos podem permanecer viáveis e infectantes durante semanas, se as águas que os conterem forem neutras ou alcalinas e pouco poluídas. EPIDEMIOLOGIA III • Leptospirose está associada a algumas atividades profissionais, como os trabalhadores de serviços de água e esgoto, lixeiros, garis, catadores de material para reciclagem, tratadores de animais, plantadores de arroz, cortadores de cana-de açúcar, operários em construção, magarefes, veterinários, entre outras. • Pela associação com atividades profissionais de risco e pelo fato de existir nos Estados um número considerável de pessoas residindo em precárias condições, a leptospirose ocorre durante o ano todo. • Contudo, surtos da doença ocorrem em épocas de grande pluviosidade, com consequentes enchentes e contaminação das águas por urina de roedores. QUADRO GERAL Hospedeiro Sorovares Roedores L. autumnalis, gryppotyphosa Equinos L. bratislava, castellonis Caninos L. canicola, castellonis, perogenes Bovinos L. hardjo, wolffi e pomona Ratos L. icterohaemorrageae Suínos L. pomona, tarassovii DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 3 • O paciente com leptospirose poderá ter lesão renal, pulmonar, hepática, vasculites, insuficiência renal, icterícia, hemorragias e retinite. PATOGENIA I • A penetração da leptospira se dá através da pele lesada e mucosas ou pele íntegra se imersa na água por longo tempo. • Após a penetração a Leptospira entra na circulação e se dissemina rapidamente pelos tecidos. • Há um período de incubação que varia de sete a 14 dias. • Segue-se uma fase leptospirêmica (disseminação pelo sangue) que dura de quatro a sete dias, onde o microrganismo é detectado no sangue, líquor e outros tecidos, ocorrendo uma pancapilarite. A motilidade da leptospira parece ter importância nesta fase. • Duração da fase leptospirêmica – 4 a 7 dias (período assintomático) • PATOGENIA II • Segue-se um período imune caracterizado pela presença de anticorpos específicos detectáveis (Fase tissular). • Apesar do nome, acredita-se que as lesões teciduais possam decorrer da ação direta de toxinas sintetizadas ou liberadas durante a lise das leptospiras (GLP ou glicolipoproteína). • É nesta fase que acontece as lesões hepática e renal, podendo evoluir ainda com pneumonite, miocardite, miosite, pancreatite e síndrome hemorrágica. • Duração desta fase imune – 10 a 30 dias • Nessa fase a leptospira não está mais no sangue e sim em tecidos específicos. • É chamada de fase imune devido a sua a produção por parte do hospedeiro de mediadores de processo inflamatório. PATOGENIA III • Há evidência substancial de que os mecanismos imunopatológicos contribuem para a evolução da doença. • O lipopolissacarídeo (LPS) da leptospira seria capaz de induzir a secreção de IL-1β, como resultado do transporte de potássio alterado nos macrófagos e com a respectiva ativação de NLRP3-inflamassomas. • Outras citocinas como TNFα, IL-6, IL-8, IL-10 e IL-12 parecem também estarem envolvidas na resposta inflamatória. PATOGENIA IV • Há colestase intra-hepática (parada ou diminuição do fluxo biliar), decorrente de lesão no polo excretor de bilirrubina do hepatócito. • O hepatócito é capaz de pegar a bilirrubina não conjugada e conjugá-la ao ácido glicurônico, formando a bilirrubina conjugada, mas no momento em que ele for excretar a bilirrubina conjugada para os canais biliares haverá dificuldade por conta da lesão. PATOGENIA V – LESÃO RENAL • Nefrite tubulointersticial é a principal lesão encontrada na Leptospirose sendo vistos edema intersticial e infiltrados celulares sobretudo mononucleares. Não costuma haver alterações glomerulares. • Não está definido se o processo inflamatório é primário, mediado pela Leptospira ou DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 4 secundário à lesão das células epiteliais tubulares. • Sabe-se que a GLP da Leptospira pode inibir o funcionamento da Na/K ATPase principalmente no túbulo proximal podendo esta ser a razão da hipopotassemia, decorrente de uma maior reabsorção distal do sódio. • Esses pacientes não costumam ser oligúricos. • A glicolipoproteína interfere no mecanismo de absorção e liberação de K+, gerando maiorperda de K+ pela rede tubular (diferente dos pacientes com insuficiência renal por outros motivos) PATOGENIA VI – LESÃO RENAL • A GLP pode também ativar monócitos através de receptores, principalmente CD. Citocinas próinflamatórias, incluindo TNFa e interleucinas são liberadas e induzem o processo inflamatório através de diversos mediadores vasoativos e inflamatórios. • Tanto os linfócitos Th1 e Th2 estão envolvidos, resultando em uma nefropatia de mediação imune. A resposta imunológica na leptospirose é principalmente humoral, como indica a deposição de IgM e complemento mesangial. • Como na sepsis, diversos mediadores vasoativos são liberados e a resistência vascular sistêmica está predominantemente reduzida devida ao óxido nítrico. • Esta diminuição do fluxo renal colabora para a redução na taxa de filtração glomerular dos pacientes. PATOGENIA VI – LESÃO PULMONAR • Acredita-se que o quadro hemorrágico pulmonar se deva a uma capilarite mediada por toxina e componente inflamatório do próprio paciente, talvez GLP, hemolisina ou glicopolissacarídeos. • A microscopia óptica mostra edema do septo intra-alvelolar, infiltrado inflamatório com predominância de macrófagos, linfócitos e plasmócitos, tumefação endotelial e hemorragia alveolar. QUADRO CLÍNICO – FORMA ANICTÉRICA • 90% dos casos de leptospirose sintomática cursam sem icterícia. • Início súbito, com febre elevada, mialgias (principalmente de panturrilhas), calafrios, cefaleia, hiperemia conjuntival, dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia; hepatomegalia dolorosa, exantema (macular, maculopapular, petequial); sufusões hemorrágicas de conjuntiva ocular; desidratação. • Dura de 3 a 7 dias e regride. • Sintomas podem retornar após 1 a 3 dias, mais brandos, configurando evolução bifásica da fase toxêmica. Pode ocorrer meningite e uveíte anterior. • Dura de 10 a 30 dias SÍNDROME DE WEIL I • Início súbito com febre elevada, calafrios, mialgias intensas (sobretudo panturrilhas) e vasodilatação cutânea e das mucosas, sobretudo ocular (hiperemia conjuntival). • Há cefaleia constante e intensa, às vezes com sinais de irritação meníngea (meningite asséptica). • A icterícia surge entre o terceiro e o sétimo dia de doença, podendo apresentar tonalidade amarelo-avermelhada (“rubínica”). O fígado é palpável a alguns centímetros da RCD, de consistência firme e levemente doloroso. SÍNDROME DE WEIL II DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 5 • Insuficiência renal aguda ocorre entre 16 a 40% dos casos e habitualmente é não- oligúrica. Quando presente a oligúria, é considerada preditora significante de mortalidade. • O envolvimento pulmonar ocorre de 20 a 70% dos pacientes e inclui de tosse, dispneia e hemoptise até SARA. A radiografia mostra infiltrados alveolares, que podem coalescer de modo a formar imagens de consolidação, que correspondem a áreas de hemorragia. SÍNDROME DE WEIL III • Outras manifestações incluem: alterações eletrocardiográficas diversas, mialgias, (rabdomiólise), petequias, hematomas, uveíte anterior, hemorragia conjuntival, coriorretinite, papiledema, neurite óptica e hemorragia retiniana. SÍNDROME DE WEIL PADRÃO BIFÁSICO DA TEMPERATURA • No inicio da doença a febre é alta e súbita e no decorrer da doença (3-4 dias) há melhora da febre, permanecendo elevada, mas não como no inicio. ICTERÍCIA RUBÍNICA I ICTERÍCIA RUBÍNICA II LESÕES CUTÂNEAS (PRINCIPALMENTE HEMORRÁGICAS) LESÕES CUTÂNEAS FORMA PULMONAR GRAVE Características: • Hemorragia pulmonar maciça • Insuficiência respiratória aguda ◦ Óbito > 50% dos casos • Não tem relação com presença ou intensidade da icterícia (ocorre em formas ictéricas e anictéricas) DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 6 • Espectro clínico: taquipneia/dispneia → hemoptoicos/hemoptise ; tosse; dispnéia, hemorragia bronco-alveolar Diagnóstico: • Alterações radiológicas (intersticiais e alveolares) • Hematológicas (plaquetopenia) – • Gasométricas (hipoxemia). DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Formas ictéricas: hepatite viral aguda, colicistite aguda, febre amarela, sepse, malária e febre tifóide. • Formas anictéricas: dengue, influenza, menigoencefalite a líquor claro, coxsackioses e piomiosite tropical. • Formas pulmonares graves: hantavirose e estrongiloidíase disseminada. EXAMES COMPLEMENTARES I • Hemograma completo pode mostrar anemia e leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda; trombocitopenia ocorre em metade dos pacientes. • A bilirrubina sérica pode estar bem elevada (até 30 a 40mg/dl), com predomínio da forma conjugada, e demora de dias a semanas para normalizar. • As concentrações de AST e ALT elevam-se moderadamente (até 100U/L) e a fostatase alcalina pode também apresentar-se aumentada. • Pode haver aumento da CPK e amilase séricas. EXAMES COMPLEMENTARES II • O exame de urina pode apresentar piúria, proteinúria e hematúria microscópicas. • Ureia e creatinina plasmáticas elevam-se quando há insuficiência renal aguda e a hipopotassemia é característica. • Líquor pode apresentar aumento moderado do número de células (1000/mm3). EVOLUÇÃO DO LABORATÓRIO I BILIRRUBINAS EVOLUÇÃO DO LABORATÓRIO II UREIA E CREATININA SÉRICAS DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO I DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 7 Primeira semana de doença: • Exame direto do plasma ou líquor por microscopia de campo escuro – baixa sensibilidade. • Cultura do plasma ou líquor em meio de Fletcher ou Stuart ou Korthof ou Tweenalbumina – caro, tecnicamente complicado, demorado e de baixa sensibilidade. • Dot-ELISA (IgM) – a partir do 2º ao 4º dia de doença, apresenta alta sensibilidade. Técnicas moleculares – PCR. DIAGNÓSTICO ESPECÍFICO II Segunda semana de doença: • Exame direto da urina alcalinizada por três dias – apresenta baixa sensibilidade. • Reação de macroaglutinação (Leptotest-S®) – aconselhado para triagem. • Teste de aglutinação microscópica (MAT) – preconizado pela OMS; são considerados valores positivos iguais ou superiores a 1:100. • ELISA e Dot-ELISA – IgM, IgG – são mais sensíveis que os testes de aglutinação, apresentando positividade a partir do 2º ao 4ºdia de doença; têm menor especificidade do que o MAT. • Para procurar a leptospira na urina primeiro deve-se alcaliniza-la, já que a mesma não suporta pH ácido. TRATAMENTO • Medidas gerais: hidratação, terapêutica renal substitutiva (HD ou HF), suporte ventilatório e fisioterapia respiratória. Antibioticoterapia: Formas Graves: • Penicilina G ou Ampicilina • Ceftriaxona ou Cefotaxima Formas leves a moderadas : • Doxiciclina • Ampicilina ou Amoxicilina • Azitromicina ou Claritromicina RELATO DE CASO CLÍNICO: LEPTOSPIROSE • Paciente refere início do quadro há 5 dias com dor generalizada e prostração importante, mialgia e artralgia, febre não aferida, icterícia, cefaleia frontal de moderada intensidade. Procurou atendimento médico, sendo liberado com sintomáticos. Foi transferido de UPA com suspeita de Leptospirose. • História epidemiológica contato com enchente. • HPP,HS e HF sem dados relevantes. EXAME FÍSICO • Fácies atípica, lúcido e orientado, cooperativo, ictérico (3+/4+), hidratado, eupneico em ar ambiente, acianótico, febril. • PA=110/60; FC=96; FR=26; TAX=38,3. • Presença de hemorragia conjuntival. • Orofaringe e pele sem alterações. • Ausculta cardiopulmonar sem alterações. • Abdome doloroso à palpação superficial e profunda, hepatomegalia de 3 cm RCD, dolorosa(?). EVOLUÇÃO DIP HUPE Exames laboratoriais: • Hb = 9g/dl; Hematócrito= 25,7%. • Leucócitos = 15.920/mm³ com 3% bastões. • Plaquetas = 64.000/mm³. • Ureia = 123mg/dl; Creatinina = 4.2mg/dl • K = 2.9mmol/l. • BT = 28.27mg/dl; BD = 14.4mg/dl. • TGO (AST) = 326 U/l; TGP (ALT) = 97 U/l. • CPK = 2.591 U/l (normal até 200). • EAS com proteinúria. EXAMES COMPLEMENTARES DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 8 EVOLUÇÃO 06/02: Internação na DIP. • Medidas de suporte e Antibioticoterapia parenteral. • Solicitados sorologias, hemocultura e outros exames complementares. 07/02: PG • Hipotensão arterial, taquicardia, taquipneia • Oligúria → Anuria • Acidose metabólica PH = 7.36; PCO2 = 16mmHg; PO2 = 149mmHg; HCO3 = 9mmol/l; satO2=99%. • Piora dos exames: Ureia = 177mg/dl e Creatinina = 5.6mg/dl; K = 3.1mmol/l. • Insuficiência Renal Aguda!! • Parecer para Nefrologia: PVFD e iniciada HD 08/02: 2 HD • Piora do padrão ventilatório e da gasometria. PH = 7.33; PCO2 = 25; PO2 = 53; HCO3 = 13.2; Sat O2= 84%. • Esforço respiratório, tiragem subcostal e hemoptise. • Insuficiência Respiratória. • IOT com exteriorização de grande quantidade de sangue. • Cirurgia: dissecção v. basílica D UI CLÍNICA/ CTI 09/02: • Aminas vasoativas; BH (+) e oligúrico com HD diária. • 10/02: Transferido para CTI • 12/02: Contato com FIOCRUZ. ➢ PCR DNA de leptospira não detectado ➢ Sorologia Microaglutinação positiva. EVOLUÇÃO II Febre/PAVM: • Iniciados Tazocin®, Meropenem e Polimixina B. • Hipertensão/Nitroprussiato de Na. • 20/02: Extubação • 25/02: Reintubação (EAP) Última HD • 27/02: Extubado • 01/03: diurese: 950ml • 05/03: diurese = 4.190ml/24h (Fase poliúrica); Ureia=136mg/dl; Creatinina = 5mg/dl; K = 4,1mmol/l; , PH = 7.45 e HCO3=20,2mmol/l. • 07/03: UI Clínica para controle pressórico • 11/03: Readmissão na DIP • 19/03: Alta hospitalar EVOLUÇÃO FINAL DIP- Prof. Lúcio Caparelli. Letícia Andrade-103 9
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