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Farmacologia (teórica) aulas Farmacologia e terapêutica em medicina dentária * O médico dentista usa e prescreve uma fracção limitada de medicamentos, mas tem que ter conhecimentos de farmacologia dado que os doentes que vai tratar podem estar a fazer que pode interferir ou sofrer a interferência de medicamentos a ser prescritos. * O médico dentista tem que ter conhecimentos de: · Farmacologia geral · Medicamentos disponíveis · Medicamentos utilizados em medicina dentária Farmacologia * É a ciência que estuda os fármacos (medicamentos)e as suas acções no organismo. Fármaco * Os agentes químicos são capazes de modificar as funções dos seres vivos. Eles vão ser sujeitos a acções farmacológicas que podem ter efeitos terapêuticos ou laterais, que podem ser tóxicos e não tóxicos. Acções farmacológicas * efeitos benéficos no tratamento da doença – efeitos terapêuticos ; * efeitos que não contribuem para a melhoria das doenças · efeitos laterais (de uma forma geral podem ser previsíveis mas podem ser inesperados – idiossincrasia), · efeitos adversos e · efeitos não adversos. Resposta farmacológica * Resulta da interacção do fármaco com um local específico no organismo (receptores, enzimas, canais iónicos). * A intensidade da resposta depende da concentração do fármaco no local de acção. Medicamento * É um fármaco usado com fins terapêuticos. · Medicamento organotrópico – medicamento cujo efeito resulta de uma acção directa sobre o organismo doente. · Medicamento Etiotrópico – medicamento cujo terapêutico resulta de uma acção sobre agentes patogénicos (vírus, fungos, bactérias) que infectam o Homem causando-lhe doença. Designação: * Fármaco, Principio activo, Substância activa. · Nome químico – descreve a sua estrutura química. · DCI – denominação comum internacional. · Nome comercial – atribuído pela empresa responsável pela sua comercialização (detentor da patente). · Genérico – principio activo comercializado por outras empresas após ter caducado a patente. A prescrição e o uso de medicamentos genéricos é uma das componentes fundamentais na Qualidade das práticas profissionais e das Organizações de Saúde. Medicamento Genérico Vantagens de utilização: * Substâncias activas que se encontram no mercado há vários anos – garantia de eficácia e segurança. * Apresentam a mesma equivalência terapêutica ao medicamento de referência (demonstração de bioequivalência por estudos de biodisponibilidade) – assegurada pelo Infarmed. * Apresentam preços mais baixos – vantagem económica, Condições * Medicamentos essencialmente similar do medicamento de referência. * Tenham caducado os direitos de propriedade industrial relativo às respectivas substâncias activas. * Ter indicações terapêuticas semelhantes relativamente ao medicamento de Referência já autorizado. Indentificação * Pela DCI da substância activa * Nome do titular da autorização de introdução no mercado * Dosagem * Forma farmacêutica * Sigla MG Medicamento Essencialmente Similar * Medicamento com a mesma composição qualitativa e quantitativa em substâncias activas, sob a mesma forma farmacêutica e para o qual foi demonstrado bioequivalência com um medicamento de referência com base em estudos de biodisponibilidade. Medicamento de Referência * Medicamento cuja substância activa foi autorizada e comercializada com base em documentação completa, incluindo resultados de ensaios químicos, biológicos, farmacêuticos, farmacológicos toxicológicos e clínicos. Prescrição Terapêutica Ordem escrita por um médico que contém as informações terapêuticas: * Nome principio activo/ nome comercial * Formulação farmacêutica * Via de administração * Dose * Frequência de administração * Assinatura do médico prescritor. Prescrição Médica * Liberdade de prescrição. * Impossibilidade de alteração ou substituição da prescrição médica pelo farmacêutico. * Exigência de uma garantia que qualidade do medicamento que prescreve. Dosagem (a via influÊncia a dosagem) * Quantidade de um fármaco prescrito para determinado doente ou situação. Dose * Quantidade calculada de um medicamento que deve ser administrada de cada vez. Factores que podem influenciar a dosagem * Idade * Patologia associada (estado geral debilitado, insuficiência renal, insuficiência hepática). * Via de administração. * Factores genéticos: · idiossincrasia – reacção anormal a um fármaco por susceptibilidade anormal do indivíduo. Margem terapêutica * Dose terapêutica – dose necessária para que se obtenham efeitos terapêuticos. * Dose tóxica – dose em que aparecem manifestações tóxicas. * Margem terapêutica – diferença entre a dose tóxica e a dose terapêutica. Janela terapêutica * Gama de concentrações entre a concentração mínima eficaz e uma concentração máxima, acima da qual os efeitos tóxicos ultrapassam o efeito terapêutico desejado. * Estas concentrações séricas incluídas na janela terapêutica estão associadas ao efeito terapêutica: Alto grau de eficácia e Baixo risco de toxicidade. Semi-Vida * Intervalo de tempo requerido para que a concentração sérica do fármaco caía para 50%. * Importante para o planeamento do esquema terapêutico. Concentrações Séricas * A maior parte dos regimes terapêuticos provocam nas concentrações séricas: * Valor pico – concentração sérica máxima do fármaco. * Depressão ou vale (valor basal) – concentração sérica mais baixa do fármaco. Iatrogenia * Doença provocada por medicamento. Polipragmasia * Utilização simultânea de vários medicamentos. * Necessidade de reforço de efeitos: · T. das infecções graves · T. da Tuberculose. · T. da Hipertensão arterial · T. das Neoplasias · Necessidade terapêutica: doente diabético ou hipertenso com intercorrência. Desvantagens: · Interacções entre os efeitos farmacológicos dos fármacos (potenciação ou anulação). · Potenciação de efeitos tóxicos. · Custos aumentados. · Má aderência, Sinergismo * Acção conjunta de dois fármacos no qual a soma dos seus efeitos é mais intensa que a soma dos efeitos individuais. Ex:. Penicilina + Aminoglicosídeo no tratamento das infecções por bactérias G-. Potenciação * Efeito que surge quando um fármaco (que não tem esse efeito) aumenta o efeito de outro fármaco, EX:. Adrenalina + Anestésico local – associação usada para prolongar o efeito do anestésico local pela vasoconstrição provocada pela Adrenalina. Adição * Efeito combinado de dois fármacos , cujo resultado é igual a soma dos efeitos de cada fármaco dado isoladamente. Ex:. Diurético + Bloqueador Beta no tratamento da Hipertensão arterial. Terapêutica * Arte de tratar as doenças apoiadas em conhecimentos científicos Medicamentosa e não medicamentosa (cirurgia, fisioterapia, dietética, psicoterapia). · Terapêutica curativa – usada para curar doenças · Terapêutica profilática – usada para prevenção da doença · Terapêutica paliativa – usada para o alívio de sintomas. Farmácia (objectivo) * Preparar fármacos de forma a permitir a sua administração de uma forma cómoda, * Conservar os fármacos * Analisar os fármacos. Farmacogenética * Estuda as relações entre factores genéticos e alterações na resposta farmacológica. * Estudas as modificações no material genético induzidas pela actuação dos fármacos. Toxicologia * É o estudo das acções tóxicas dos fármacos/medicamentos. Farmacologia Farmacocinética * Estudo dos fenómenos que acontecem ao fármaco após a sua administração (é o que o organismo faz ao fármaco). Farmacodinamia * Estudo das acções farmacológicas e dos seus mecaonismo celulares, bioquímicos e moleculares. Grupos farmacoterapêuticos 1. Medicamento anti-infecciosos 2. Sistema nervoso cérerbro-espinal 3. Aparelho cardiovascular 4. Sangue 5. Aparelho respiratório 6. Aparelho digestivo 7. Aparelho genitourinário 8. Hormonas e outros medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas. 9. Aparelho musculo-esquelético 10. Medicação antialérgica 11. Medicamentos usados em dermatologia12. Antineoplásicos e imunomoduladores 13. Mediamentos usados no tratamento de … Subgrupos farmacoterapêuticos 1.1.a) Penicilinas 1.1. b) Cefalosporinas 1.1. c) 1.1. d) 1.1. e) Penicilinas e inibidores das lactamases 1.1.f) Cloranfenicol e Tetraciclinas 1.1.g) Aminoglicosídeos 1.1.h) 1.1.i) Sulfonamidas Pesquisa de Informação Índice Nacional Terapêutico: Modo de consulta 1. Classificação fármaco – terapêutica * Quando se pretende seleccionar um fármaco para actuar num órgão, aparelho ou sistema com uma finalidade terapêutica. * Ex:. fármaco para o tratamento das doenças endócrinas (Diabetes). * Na classificação fármaco-terapêutica estão classificados os produtos terapêuticos por ordem alfabética. * No final há um resumo do grupo que permite uma visão global de todos os similares químico-terapêuticos. 2. Índice Alfabético * Possibilita a pesquisa de várias formas: · pelo nome comercial, · pelo nome genérico. * Maiúsculas Fino – nome comercial * Minúsculas negro – principio activo * Maiúsculas negro – grupo terapêutico * Medicamento sujeito a receita médica * Medicamento não sujeito a receita médica * Medicamento com substâncias associadas Classificação fármaco-terapêutica I - Medicamento anti-infecciosos II - Sistema nervoso cérebro-espinal III - Sistema nervosos vegetativo IV - Aparelho cardiovascular V - Sangue VI - Aparelho respiratório VII - Aparelho digestivo VIII - Aparelho génito-urinário IX - Hormonas e outros medicamentos usados no tratamento das doenças endócrinas X - Aparelho músculo-esquelético XI - Medicação anti-alérgica XII - Nutrição XIII - Correctivos da volémia e das alterações hidroelectrolíticas XIV - Medicamentos e outros produtos XV - Medicamentos e outros produtos usados em Dermatologia XVI - Medicamentos e produtos usados em Oftamologia XVII - Anti-neoplásicos e Imunomoduladores XVIII - Medicamentos usados no tratamento das Intoxicações XIX - Meios de diagnóstico XX - Vacinas e outros Imunoterápicos XXI - Outros medicamentos e produtos Pesquisa de Informação simposium terapêutico Encicliopédias de Especialidades farmacêuticas portuguesas * Classificação fármaco-terapêutica * Classificação por princípios activos * Especialidade farmacêuticas portuguesas. Ciclo geral de fármacos no organismo * É o conjunto de processos responsáveis pelo movimento dos fármacos no organismo (FARMACOCINETICA). Constituído por: · Absorção · Distribuição · Metabolização · Excreção * É o conjunto de fenómenos biológicos a que está sujeito o fármaco desde a sua administração até atingir o local de acção. * Para atingir os seu local de acção, o fármaco tem que percorrer um longo percurso e sofrer uma série de transformações. ( Locais acção ) ( DISTRIBUIÇÃO ) ( Metabó litos sss ) ( Fármaco Circulação sistémica ) ( METABOLIZAÇÃO ) ( Excreção ) ( ABsorção ) * A movimentação dos fármacos no organismo durante a sua absorção, distribuição, metabolização e excreção envolve a travessa de barreiras biológicas constituídas pelas membranas celulares e paredes capilares. * Desde o momento em que é administrado até ao seu efeito final, o fármaco (principio activo, substância activa) passa por diferentes fases: · Fase farmacêutica · Fase farmacocinética · Fase farmacodinâmica Desintegração da forma farmacêutica Dissolução do fármaco Fase Farmacêutica(libertação) Absorção Fase Farmacocinética Distribuição Metabolização Excreção Fármaco no local de acção Fase Farmacodinâmica Fase FarMacêutica * Libertação do fármaco da formulação em que está contido até à sua formação activa. * Há desagregação, desintegração, originando-se partículas a partir das quais se dá a Dissolução (no caso de formulações orais). * A velocidade de dissolução é tanto maior, quanto maior fora superfície de contacto com o conteúdo gástrico. * Após a dissolução em que há libertação do principio activo. * fármaco em condições de ser absorvido. * Esta fase depende: · Factores de ordem galénica · Características físico-químicas · Excipientes utilizados · Processo de manufactura Farmacocinética Absorção * É a passagem do fármaco desde o local de administração até ao plasma. * É a entrada do fármaco na circulação sanguínea. * É importante para todas as vias de administração, excepto para a via E-V. * Na via E-V o fármaco é introduzido directamente na corrente sanguínea (não há absorção-biodisponibilidade de 100%). * A absorção implica a passagem por membranas biológicas (membranas fosfolípidicas), dependendo da via administração utilizada: · Epitélio gastrintestinal – via oral · Paredes capilares – via I-M, via S-C · Alvéolos pulmonares – via inalatória * Esta passagem faz-se por diferentes mecanismo (dependentes das características físico-químicas do fármaco): · Difusão passiva · Difusão através de poros aquosos · Transporte activo Factores que influenciam a Absorção * Via de administração * Características químicas do fármaco * Área da superfície de absorção: · > área - > absorção * Tempo de contacto com a superfície de absorção: · mais tempo de contacto - > absorção * Intimidade do contacto · > intimidade - > absorção * Intensidade de irrigação da área de absorção: · > irrigação - > absorção * Espessura da área de absorção · < espessura - > absorção Passagem dos fármacos através das barreiras biológicos Difusão Passiva * A maior parte dos fármacos atravessa as membranas celulares por difusão passiva (administração por via oral). * A taxa de difusão do fármaco é proporcional à sua solubilidade lipídica (lipossolubilidade) e ao gradiente de concentração do fármaco. * A maioria dos fármacos são ácidos e bases fracas, existindo na forma ionizada (não lipossolúvel) e não ionizada (lipossolúvel). * A proporção relativa entre estas duas formas depende de: · Tendência do fármaco para se ionizar. · PH do meio em que está dissolvido * Um fármaco com características ácidas – está predominantemente na forma não ionizada em meio ácido. * Um fármaco com caracterísitcas básicas – está predominantemente na forma não ionizada em meio básico. * A forma não ionizada é lipossolúvel e difunde rapidamente através das membranas. * O grau de ionização interfere com a velocidade com que um fármaco atravessa as membranas, mas não com a quantidade total. pH de alguns fluidos biológicos Suco gástrico 1 – 3 Duodeno 5 – 6 Íleo 8 Plasma 7,35 – 7,45 Saliva parotídea 5,8 – 7,7 Saliva mandibular 6,5 – 7,4 Urina 5 - 8 Difusão através de poros/canais iónicos * As membranas celulares possuem pequenos poros permeáveis à água. O fluxo de água pode transportar moléculas como ureia, etanol. * Os iões orgânicos utilizam canais iónicos selectivos(canal de sódio). Transporte activo * A absorção de substâncias não lipossolúveis (hidratos de carbono, aminoácidos, neurotransmissores) faz-se por transporte activo, que necessita de um transportador. * Este mecanismo é importante em: túbulo renal, tracto biliar, barreira hematoencefálica, intestino. Pinocitose * Processo de transporte activo que envolve a vacuolização da membrana e permite a travessia de macromoléculas (Imunoproteínas). * Importante nas paredes capilares e intestino. Passagem dos fármacos através dos capilares * As células endoteliais dos capilares estão rodeadas por uma membrana basal e têm espaços intercelulares. Passagem de moléculas de grandes dimensões e não lipofílicas. * Os capilares do fígado não têm membrana basal travessia fácil. * Os capilares do SNC e da retina têm um endotélio contínuo, rodeado por uma membrana contínua e estão envolvidos por uma malha densa de prolongamentos das células gliais passagem de substâncias lipofílicas passagem por transporte activo. Biodisponiblidade * Proporção de fármaco que atinge a circulação sistémica após a sua administração: fracção de fármaco que é absorvida por uma determinada via. * Factores que interferem com a biodisponibilidade: - preparação farmacêutica * A quantidade de fármaco por uma determinada via pode ser aliviadaa partir da curva de concentração plasmática vs tempo, pela determinação da área total sob a curava de concentração (AUC): reflecte a quantidade de fármaco que atinge a circulação sistémica. * Após a administração de um fármaco, a concentração sanguínea vai aumentando porque a absorção é superior à eliminação. * À medida que o tempo decorre a quantidade que é absorvida reduz-se e a quantidade que é eliminada vai aumentando o que faz com que a concentração sanguínea se reduza progressivamente. * Fracção de Absorção F= AUCX AUCIV Para avaliação da quantidade absorvida: F x dose adm. BIODISPONIBILIDADE * A fracção de absorção é expressa em percentagem * Traduz a biodisponibilidade do fármaco pela via de administração em estudo * Por via E-V: · Fracção de absorção = 1 · AUC máxima *Importante na avalição dos MEDICAMENTOS GENÉRlCOS em relação ao Medicamento de Referência/ Medicamento Inovador * Os genéricos têm que demonstrar: · Eficácia terapêutica · Biodisponibilidade igual DISTRIBUIÇÃO * Após ter sido absorvido ou ter sido introduzido directamente no sangue (por via E-V) o fármaco vai chegar pela circulação sanguínea a todo o organismo incluindo os seus locais de acção - processo de DISTRIBUIÇÃO * A_djstribuição dos fármacos no organismo não é uniforme, sendo influenciada por:. · fluxo sanquíneo · tipo de barreira a atravessar (barreira placentária, barreira hemato-encefálica) · características fisico-químicas do fármaco * A entrada dos fármacos nas células depende de: · lipossolubilidade · tamanho da molécula · grau de ionização, * Os fármacos hidrossolúveis não entram nas células * Os fármacos lipossolúveis entram nas células facilmente. LIGAÇÃO ÀS PROTEÍNAS PLASMÁTICAS * Há muitos fármacos que se ligam reversivelmente às proteínas plasmáticas (P .P) * O deslocamento de um fármaco dos locais de ligação, pode levar a aumento da fracção livre (activa) de um dado fármaco, com aumento dos seus efeitos. Ex: AINEs e anti-coagulante oral (varfarina) Consequências: · apenas o fármaco na forma livre está disponível para a difusão através dos capilares, para a distribuição e para actuar nos locais de acção · o fármaco ligado à proteína não atravessa o endotélio capilar · A ligação dos fármacos às proteínas plasmáticas pode levar a INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS entre Fármacos que são administrados simultaneamente e que vão competir para os mesmos locais de ligação · Interacções entre diferentes fármacos administrados simultaneamente por competição para o mesmo local de ligação fracção livre/ activa efeitos · Aumento dos níveis séricos dos fármacos (hipoalbuminemia) INTERACCÕES MEDICAMENTOSAS * Fármaco A ligado à * Fármaco A livre Albumina (fracção activa) 90% 10% * Fármaco B * Fármaco A * Fármaco A livre (fracção activa) 60% 40% 60% importante: * fármacos com margem terapêutica estreita * fármacos com toxicidade significativa DISTRIBUIÇÃO DOS FÁRMACOS Á SALIVA * Os fármacos podem atingir os fluidos orais por difusão passiva através das glândulas salivares e do epitélio oral *A concentração na saliva depende de: · lipossolubilidade · tamanho da molécula · pH · taxa de fluxo salivar * Efeitos terapêuticos na cavidade oral · tratamento de processos infecciosos · tratamento de processos inflamatórios * Administração do fármaco por via sistémica: concentração constante na saliva. * Aplicação tópica não recomendada: contacto com dente de curta duração (a saliva é constantemente deglutida). Implicações farmacológicas: * Efeitos indesejáveis: · < secreção salivar (anticolinérqjcos, antidepressivos, anti-histamínicos, antiparkinsónicos)-alteração da limpeza oral · desequilíbrios da flora oral - aparecimento de infecções_ por microorganismos oportunistas (uso de antibióticos de largo espectro) , METABOLIZAÇÃO *A Metabolização ou Biotransformação é a alteração da estrutura química dos fármacos por acção enzimática, formando-se compostos com diferentes características fíSico-químicas e farrnarcológicas METABOLITOS * A Metabolização é responsável por: 1. transformação dos fármacos em compostos inactivos perda de efeito 2. transformação dos fármacos em produtos hidrossolúveis mais facilmente excretados pelo rim * Mas a Metabolização pode: 3. dar origem à formação de metabólitos que são farmacologicamente activos: Ex: Benzodiazepinas (os metabólitos têm uma actividade farmacológica semelhante e duração de acção > ) 4. Formação de metabólitos com toxicidade elevada Ex: O Paracetamol tem um metabólito com toxicidade elevada que é rapidamente inactivado por conjugação com glutatião Nos casos de Intoxicação o glutatião disponível é insuficiente para inactivar o Metabolito formado – necrose hepática * O principal local de Metabolização é o fígado (enzimas microssomáticas - enzimas localizadas no retículo endoplasmático liso dos hepatócitos) * A metabolização envolve vários tipos de reacções químicas: oxidação, redução, hirdólise (reacções de fase I); conjugação (reacções de fase II); * Alguns fármacos não são metabolizados, sendo excretados na forma original activa: _Benzilpenicilina, Gentamicina * Há outros tecidos que estão envolvidos na metabolização dos fármacos (rim, pulmão, intestino, plasma) * Alguns fármacos são administrados sob a forma Inactiva e só se tornam activos após a metabolização pró-fármacos * A síntese das enzimas hepáticas responsáveis pela Metabolização os fármacos pode ser estimulada/ inibida: · fenómeno de Indução enzimática · Fenómeno de Inibição enzimática Interacções farmacológicas PRÓ-FÁRMACOS * Justificação para a utilização: · melhor absorção · não destruição pelo suco gástrico · não destruição pelas enzimas intestinais · produção selectiva de metabólitos activos em alvos específicos INDUÇÃO ENZIMÁTICA * Processo pelo qual uma substância aumenta a taxa de metabolização dos fármacos que são substratos das enzimas induzidas INIBIÇÃO ENZIMÁ TICA * Processo pelo qual uma substância diminui a taxa de metabolização dos fármacos que são substratos das enzimas inibidas Fenómeno de Indução enzimática * A estimulação das enzimas por outros fármacos, tabaco, poluentes pode acelerar a metabolização < a duração de acção do fármaco Ex: Fenobarbital; níveis de estrogénios nas fumadoras INDUÇÃO ENZIMÁTICA Interacções farmacológicas * Enzimas hepáticas Metabolização fármaco A nível plasmático estável * Fármaco B Enzimas hepáticas fármaco A nível plasmático efeito terapêutico do fármaco A Fenómeno de Inibição enzimática * A inibição da síntese das enzimas por outros fármacos pode diminuir a: metabolização de alguns fármacos > níveis circulantes activos ; > aumento da duração de acção Ex:. Cimetidina VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS VIAS SISTÉMICAS * ENTÉRICAS - os fármacos passam através do tubo gastrintestinal * PARENTÉRICAS - Inclui todas as formas de administração por intermédio de uma seringa, agulha ou catéter ENTÉRICAS ORAL SUBLINGUAL RECTAL VIA ORAL . A Absorção faz-se através da mucosa gástrica e da mucosa do intestino delqado É influenciada por: · presença de alimentos no estômago · esvaziamento gástrico · motilidade intestinal · pH do estômago e intestino · natureza do fármaco (pequenas moléculas lipossolúveis são absorvidas mais rapidamente), · velocidade de desintegração · dissolução do fármaco · circulação sanguínea,do trato qastrintestinal · as substâncias lipossolúveis (fracção não ionizada dos ácidos e bases fracasdependente, do pka e do, pH do meio) são, absorvidas por difusão passiva * Ex: o ácido acetilsalicílico em meio ácido está na forma não ionizada pelo que é facilmente absorvido na mucosa gástrica. No intestino delgado acontece o inverso Vantagens * Via cómoda, segura e económica * Permite a auto-administração Limitações * Grande tempo de latência entre o momento de administração e o início de efeitos não útil em situações de urgência * Não pode ser utilizada em doentes em coma * Não pode ser utilizada em doentes com vómitos *Possibilidade de irritação da mucosa gástrica - os fármacos irritantes devem ser administrados com as refeições para minimizar o seu efeito Irritante da mucosa gástrica. * Possibilidade de inactivação pelos fermentos digestivos administrar entre as refeições ou com o estômago vazio . * Possibilidade de inactivação rápida no fígado antes de exercer o seu efeito Fenómeno de 1ª passagem * Possibilidade de interferência com alguns alimentos: . · Alimentos ácidos: queijo, ovos, peixe, uvas, ameixa, gelatina, macarrão, maionese, carne, nozes, milho · Alimentos básicos: leite, creme, geleia, castanha. · Alimentos neutros: manteiga, café, chá, açúcar Preparações para administração por via oral Comprimidos/ cápsulas * Não devem ser cortados (excepto se tiver uma marca de corte_): · risco: de dose incorrecta · irritação gástrica. · destruição num pH incompatível Cápsulas de libertação lenta/Comprimidos revestidos * Não devem ser manipulados, mastigados. triturados ou abertos Emulsões_ * podem ser diluídas com água Suspensões * devem ser bem agitadas, até que não haja material sólido visível Elixir *não deve ser diluído - o diluente pode causar precipitação do fármaco VIA SUBLINGUAL Vantagens * Absorção rápida: · pequena espessura da mucosa · vascularização rica * Útil em situações de urgência Ex: alívio da dor da angina de peito controlo das crises hipertensivas - Permite a auto-administração Limitações * Uso em casos raros: fármacos irritantes e com sabor desagradável Preparações para administração por via sublingual Comprimidos sublinguais * São colocados debaixo da língua e retidos até serem dissolvidos ou absorvidos VIA RECT AL Vantagens * Útil em crianças, doentes com vómitos, doentes com alteração do estado de consciência * Permite a auto-administração * Permite a prevenção da irritação gástrica . * Impede a inactivação hepática (o fluxo sanguíneo venoso do recto não atravessa o fígado) impede o fenómeno de 1ª passagem. *Impede a inactivação pelos fermentos digestivos Limitações * Pode provocar irritação da mucosa rectal - não deve ser utilizada em doentes com hemorróidas * Não deve ser utilizada em doentes com diarreia * Absorção muito irregular: · presença de fezes na ampola rectal · rápido reflexo da defecação * Deficiente absorção nos Idosos: · menor irrigação sanguínea · menor temperatura corporal, incontinência ( perda de controlo esfincteriano) Preparações para administração por via rectal * Supositórios * Enema de retenção PARENTÉRICAS * Inclui todas as formas de administração por intermédio de uma seringa, agulha ou catéter · INTRAVENOSA(I-V) · INTRAMUSCULAR (I-M) · SUBCUTÂNEA (S-C) · INTRADÉRMICA · INTRATECAL. VIA ENDOVENOSA/INTRA VENOSA * Injecção intravenosa directa infusão contínua Vantagens * Útil em situações de urgência * Permite a utilização de fármacos que não são absorvidos por outras_ vias * Permite a administração de grandes quantidades de líquidos * Permite a administração de substâncias irritantes (citostáticos) *Permite controlar a administração de fármacos com pequena margem de segurança (concentrações sanguíneas terapêuticas próximas das tóxicas) Limitações * Só podem ser administradas soluções aquosas * Necessário pessoal treinado * Necessário material esterilizado *As reacções anafilácticas são mais graves * Possibilidade de efeitos cardiovasculares se injecção rápida: · queda brusca da, pressão arterial · arritmias cardíacas · depressão respiratória * Risco de tromboflebite: dor, rubor e tumefacção no trajecto venoso) *Risco de embolismo Infusão Endovenosa contínua * A quantidade de fármaco administrado por unidade de tempo e constante A concentração plasmática aumenta gradualmente até atingir um valor estável . VIA SUBCUTÂNEA Vantagens * Permite a auto-administração (Ex: Insulina nos doentes diabéticos) * Útil para a administração de fármacos solúveis Limitações * Só permite a administração de fármacos não irritantes * Só permite a administração de pequenos volumes (o,5-1mL)-de soluções aquosas * Se administrações repetidas: · possibilidade de formação de abcessos estéreis · possibilidade de necrose tecidular VIA INTRAMUSCULAR Vantagens * Permite a administração de maiores volumes * Permite a administração de substâncias mais irritantes * Leva a uma resposta sistémica mais rápida do que a via subcutânea * Massagem da área de aplicação após a administração aumento da circulação absorção do fármaco. Contra-indicada para fármacos com absorção lenta, (Penicilina G benzatínica) Limitações * O doente tem que ter um razoável estado de nutrição * Não permite a auto-administração * Implica o uso de material esterilizado VIA INTRADÉRMICA / INTRACUTÂNEA * As injecções são feitas na camada externa da pele (derme) e produzem efeitos locais * Uso: · anestesia local · testes de sensibilidade (testes de alergia, teste da tuberculina). São feitos na face interna do antebraço para uma boa visualização VIA INTRA-ARTICULAR * Uso para alívio da dor articular * Uso para aplicação local de medicação (Corticosteroides) VIA INTRA-TECAL/INTRAESPINHAL/SUBDURAL * Permite a administração directa da medicação (citostáticos, anestésicos, analgésicos opiáceos) no espaço subaracnoideu da medula espinhal Curvas de concentração Plasmática vs Tempo Fármaco administrado em igual dose por via E-V, I-M e oral * Por via E-V, a concentração plasmática máxima é obtida cerca de 1 min após a injecção * Por via I-M. a concentração plasmática máxima é obtida mais tarde devido ao tempo necessário para se dar absorção * Por via oral, a concentração; plasmática máxima e ainda menor e atinge-se mais tarde VIAS DE ADMINISTRAÇÃO * A via de administração dos fármacos tem um efeito importante na absorção, distribuição, metabolização e eliminação dos fármacos Vias de administração tópica CUTÂNEA INALATÓRIA NASAL AURICULAR VAGINAL INFRA-RAQUIDIANA INTRACARDÍACA *Visam obter um efeito terapêutica numa área localizada * A frequência de utilização destas vias é variável * Em Medicina Dentária a aplicação tópica de fármacos é muito frequente: Anestésicos locais, Anti-sépticos, Anti-fúngicos * Podem ser utilizadas para se obter efeitos sistémicos: Ex: administração de hormonas, calcitonina por via nasal Vias de administração sistémica * Podem ser utilizadas para obter efeitos tópicos: · via oral · via rectal · via pulmonar MECANISMOS DE ACÇÃO DOS FÁRMACOS LOCAIS DE ACÇÃO DOS FÁRMACOS * Na grande maioria, os fármacos exercem as suas acções porque interactuam com componentes celulares existentes no organismo * Desta interacção resulta uma modificação das funções fisiológicas existentes * A existência de locais de ligação para compostos que são administrados do exterior indica que os fármacos mimetizam ou inibem as acções de substâncias endógenas (hormonas, neurotransm issores) * Os locais com os quais os fármacos interactuam para produzir os seus efeitos são proteínas específicas que estão envolvidas em funções fisiológicas definidas: · Receptores · Canais iónicos · Enzimas *A ligação do fármaco com o seu local de acção envolve vários tipos de ligação química : · ligações covalentes · ligações iónicas · ligações de hidrogénio · forças de Van der Waals *As ligações covalentes têm uma energia muito forte e são irreversíveis acção farmacológica de longa duração * O restabelecimento do processo fisiológico implicaa síntese de novos locais de ligação (receptores ou proteínas alvo) * Na maior parte dos casos a interacção entre o fármaco e o local de acção envolve ligações fracas RECEPTORES * São proteínas que têm como função reconhecer e ligar-se a uma substancia endógena (neurotransmissor hormona) e mediar um efeito fisiológico ACTIVAÇÃO DE RECEPTORES * A interacção do ligando endógeno com o receptor resulta na sua activação por alteração conformacional geração de sinais resposta da célula * Mecanismos de Transdução de Sinal · alteração do movimento de iões · fosforilação de proteínas · activação de proteínas * Há no organismo receptores próprios para cada substância endógena com funções fisiológicas. * As substâncias exógenas podem activar estes receptores porque têm uma estrutura molecular semelhante. * As substâncias usadas na terapêutica actuam: · como agonistas · como antagonistas dos receptores que existem para os mediadores endógenos * A utilização de Radioligandos (fármacos radiactivos com afinidade para os receptores) permitiu demonstrar que os receptores não são estruturas estáticas e variam em função da presença crónica de agonistas e antagonistas: · variam em número · variam nas suas propriedades Tipos de Receptores e Mecanismos de Transdução de Sinal * Receptores ligados a canais iónicos, ligação do agonista abertura do canal iónico resposta celular * Receptores acoplados à proteína, ligação do aqonista activação da proteína G regulação da actividade do sistemaefector adenilcíclase fosfolipase, canais iónicos reposta celular * Receptores catalíticos ligação do agonista guanililcÍclase cínase de tirosina fosforilação de proteínas resposta celular LIGAÇÃO FÁRMACO/RECEPTOR Agonista * Fármaco que se liga ao receptor no mesmo local que o ligando endógeno e produz o mesmo sinal. Antagonista * Fármaco que se liga ao receptor no mesmo local que o ligando endóqeno, mas é incapaz de iniciar uma resposta. Actua de forma competitiva, impedindo o acesso ao ligando endógeno ao receptor. Upregulation * O uso prolongado de um antagonista pode levar a um aumento do numero de receptores: Upreglation *A suspensão brusca do tratamento com um fármaco antaqonista pode levar a uma super estimulação resultante da activação de um maior número de receptores. Clínica * Ex: > mortalidade nos doentes com E.A.M, com a suspensão brusca do Bloqueador (antagonista dos receptores adrenérgicos) DESSENSIBILIZAÇÃO/TAQUIFILAXIA TOLERANCIA * O efeito dos fármacos pode diminuir gradualmente quando é administrado de_ forma contínua ou de forma repetida * se ocorre em min: · DESSENSIBIUZAÇÃO/TAQUIFILAXIA * se ocorre dias ou semanas: · TOLERÂNCIA DESSENSIBILIZAÇÃO/TAQUIFILAXIA * A diminuição da resposta pode resultar de: · <número de receptores. · alteração do receptor · exaustão de mediadores: · > da metabolização (inactivação) · adaptação fisiológica · expulsão rápida do fármaco do interior da célula * Diminuição do número de receptores · A administração prolongada a fármacos agonistas leva a uma diminuição gradual do número de receptores · Ex: < do nª de Adrenoceptores na presença de Isoprenalina * Alteração da conformação de receptores · É comum entre os receptores acoplados a canais iónicos Ex: R. da junção neuromuscular Adrenoceptores que se tornam incapazes de activar a adenilcíclase * Deplecção de mediadores Ex: A Anfetamina que actua porque provoca libertação de noradrenalina dos depósitos dos nervos adrenérgicos desenvolve taquifilaxia porque há deplecção dos depósitos de noradrenalina. * Metabolização · A tolerância Que se desenvolve a alguns fármacos é justificada pela diminuição progressiva dos níveis plasmáticos porque há estimulação da sua inactivação metabólica Ex: Etanol, Barbitúricos * Adaptação fisiológica A diminuição do efeito pode resultar de uma resposta compensadora que o anula Ex: < do efeito anti-diurético das tiazidas porque há activação gradual do sistema renina-angiotensina * Expulsão activa do interior da célula Este mecanismo é importante para justiificar a perda de eficácia dos citostáticos RESISTÊNCIA * Perda de eficácia dos antibióticos ou citostáticos RECEPTORES * Há receptores diferentes para cada família de fármacos: · Receptores para a Acetilcolina (Muscarínicos) Agonista: Acetilcolina Antagonista: Atropina · Receptores para Noradrenalina (Adrenérgicos) Agonista: Noradrenalina Antagonista: Propranol · Receptores para a Histamina (Histaminérgicos) Agonista: Histamina Antagonista: Loratadina · Receptores para a Morfina (Opiáceos) Agonista: Morfina Antagonista: Naloxona Liqação dos fármacos a canais iónicos * Há fármacos que se ligam a um determinado local da estrutura do canal iónico Bloqueio do movimento de iões através do canal iónico * Anestésicos locais - ligação ao canal de sódio - bloqueio dos canais de sódio bloqueio da permeabilidade ao sódio da membrana das células nervosas * Vasodilatadores (BEC),- bloqueadores dos canais de cálcio bloqueio da entrada de cálcio na célula. Ligação dos fármacos a enzimas * Há fármacos que exercem os seus efeitos por interacção com uma enzima porque têm uma estrutura semelhante ao substracto normal da enzima). * Actuam como Inibidores: * Reversível: inibição da enzima de conversão da anqiotensina - Captopril * Irreversível: inibição da cicloxiqenase –Ácido acetilsalicílico Ligação dos fármacos a moléculas transportadoras * O transporte de iões e pequenas moléculas através das membranas celulares envolve uma proteína transportadora. Estas proteínas possuem locais específicos de ligação * Há fármacos que se ligam a estes locais com bloqueio do sistema de transporte Ex: bloqueio da recaptação de NA/ 5 - HT para o interior dos nervos Fármacos cl acções independentes da ligação a proteínas -alvo Acções de natureza física * Expansores plasmáticos (Manitol) * Laxantes osmóticos Acções de natureza química * Anti-ácidos - neutralizam a acidez gástrica. * Compostos quelantes (Dimercaprol) - forma complexos com mercúrio e outros metais pesados. * Solução de hipoclorito de sódio libertação do ácido hipocloroso destruição da matéria orqânica. Anti-séptico que facilita o desbridamento de canais durante tratamentos endodônticos * Análogos de constituintes biológicos, · Incorporação o ARN nuclear Ex: 5-Fluoruracilo (usado no tratamento de neoplasias) Representação gráfica da relação Concentração do fármaco - Resposta (CURVAS DOSE-EFEITO) * Escala aritmética – curva hiperbólica * Escala Ioga rítmica - curva sigmoidal Curvas de concentração/ resposta do Agonista Curva hiperbólica Curva Sigmóide Curvas de concentração/resposta de fármacox Curvas DOSE – EFEITO Características * As curvas dose-efeito permitem estudar e compara fármacos: · Posição – variação do efeito com a concentração: quanto mais à esquerda menor é a concentração necessária para obter o mesmo efeito. Está relacionada com a quantidade de fármaco necessária para produzir um determinado efeito. A posição na curva permite avaliar: - Potência – expressa EC50/PD2 - Eficácia – relacionada com a quantidade de resposta que o fármaco pode dar · AMPLITUDE AGONISTA TOTAL - quando provoca resposta máxima AGONISTA PARCIAL- quando não provoca resposta máxima . · INCLINAÇÃO variação da margem de segurança: quanto mais inclinada menor é a margem de segurança Parâmetros *EC50 - concentração do fármaco que produz 50% do efeito máximo * PD2 - logaritmo negativo da concentração molar do fármaco que produz: 50% do efeito máximo PD2 do fármaco A = 7 (10-7 causa 50% do efeito máximo); PD2 do fármaco B =6 (10-6 causa, 50%, do efeito máximo) LIGAÇÃO FÁRMACO-RECEPTOR AFINIDADE * Capacidade de o fármaco se fixar ao receptor EFICÁCIA * Capacidade de o fármaco produzir um efeito após fixação ao receptor AGONISTA * Fármaco com: AFINIDADE (liga-se ao receptor) EFICÁCIA porque (resposta biológica após a ligação ao receptor) ANTAGONISTA * Fármaco com: AFINIDADE (liga-se ao receptor) mas sem EFICÁCIA (não há resposta biológica após a ligação ao receptor. A presença do antagonista impede a acção do agonista TIPOS DE ANTAGONISMO *Antagonismo competitivo O antaqonista compete com o agonista (ligando endógeno ou fármaco exógeno) para os mesmos receptores: · < disponibilidade de locais de ligação para o agonista · < da resposta/anulação da resposta 1. Antagonismo competitivo em -equilíbrio 2. Antagonismo competitivo em não equilíbrio ou irreversivel *Antagonismo, não competitivo 1. Antagonismo competitivo em equilíbrio * O bloqueio é reversível e pode ser revertido por um aumento da concentração do agonista Ex:. Atropina (antagonista); acetilcolina (agonista) Prometazina( antagonista), Histamina (agonista) 2. Antaqonismo competitivo não equilíbrio ou irreversível * O agonista não pode remover o antagonista porque este liga-se de forma irreversível aos receptores < _úmero de receptores < progressiva da resposta máxima à medida que a concentração da antagonista > Ex: Fenoxibenzamina (antagonista) Noradrenalina (agonista) Antagonismo não competitivo ou Antagonismo funcIonal * Os fármacos têm funções antagónicas porque actuam sobre receptores diferentes . Ex: Histamina - Broncoconstrição por activação de receptores H1 dos brônquios . Salbutamol - Broncodilatação por activação dos receptores dos brônquios. Curvas de concentração/ Resposta do Agonista na presença do Agonista reversível Há desvio da curva do agonista para a direita e paralelamente FÁRMACOS COM ACÇÃO NO SNC ESTIMU LANTES: Xantinas, Anfetaminas, Cocaína DEPRESSORE5: Benzodiazepinas, Barbitúricos, Etanol, * O SNC é constituído por sistemas complexos de neurónios e sinapses que regulam o funcionamento e as funções do SNC *A transmissão nervosa faz-se pela libertação de numerosos mediadores que podem ser excitatórios e inibitórios MEDIADORES SNC * MEDIADORES INIBITÓRIOS * GABA (ácido gama-aminobutírico) * PURINAS (ADENOSINA) * MEDIADORES EXCITATÓRIOS * ÁCIDO GLUTÂMICO * ÁCIDO ASPÁRTICO FÁRMACOS Com ACÇÃO NO SNC * Fármacos que interferem com GABA: · Benzodiazepinas, Barbitúricos · Vigabatrina, Gabapentina, Baclofeno * Fármacos que interferem com ADENOSINA: · Xantinas * ESTIMULANTES - São fármacos que têm acção estimulante sobre a disposição, fatigabilidade, vigília · Xantinas: Cafeína, Teofilina, Teobromina . · Anfetaminas · Cocaína ESTIMULANTES / SNC - XANTINAS * Existem nas bebidas correntes: · Cafeína- café · Teofilina- chá · Teobromina- cacau * Mecanismo de acção: · Antagonizam os receptores da adenosina (mediador inibitório) * A teofilina é a xantina que se usa em terapêutica * A cafeína é de uso comum como estimulante SNC (da vigília) ACÇÕES FARMACOLÓGICAS * Acções centrais: Estimulação do SNC (dependente da concentração): * aumento de estado de vigília, redução da fadiga, aumento da atenção, melhoria da actividade intelectual, estimulação da respiração * ansiedade, insónias, tremores, convulsões ACÇÕES PERIFÉRICAS * Músculo liso: Relaxamento do músculo liso brônquico- efeito importante no tratamento da Broncoconstrição * Músculo esquelético trabalho muscular * Aparelho cardiovascular frequência cardíaca força de contracção pressão - venosa, * resistência vascular pressão venosa força de contracção * Efeitos diuréticos * Estimulação da secreção gástrica: risco de agravamento da úlcera péptica * ácidos gordos Comparação da intensidade dos efeitos das xantinas xantina Estimulação SNC Relaxamento m. liso Estimulação cardiaca Efeito diurético cafeína +++ + + + Teofilina ++ +++ +++ +++ Teobromina + ++ ++ ++ EFEITOS LATERAIS * Ansiedade, nervosismo, inquietação * Taquicardia e extrassístoles * Irritação gástrica, efeito ulcerogéneo * As xantinas dão facilmente tolerância (necessidade aumentar a dose para se obter o mesmo efeito) . A cafeína leva a dependência psíquica Contra-indicações das bebidas que contém xantinas : * Crianças e Indivíduos com insónias * Doentes hipertensos * Doentes com patologia cardíaca * Doentes com úlcera péptica XANTINAS - TEOFILINA Farmacocinética * Boa absorção oral * Atravessa facilmente a BHE (barreira hemato-encefálica) * Semi-vida 3-9 H (variável com a idade, tabagismo, Insuficiência cardíaca) * Excreção renal * Teofilina+Etilenodiamina: AMINOFILINA Formas de administração * Via oral * Via rectal * Via E-V (Aminofilina) Efeitos laterais/ TOXICIDADE * Hiperdosagem: náuseas, vómitos, extrassístoles, convulsões, morte . * Administração rápida: morte súbita (arritmia) *A administração por via E-V da teofilina deve ser muito: lenta e diluída em: soro TOXICIDADE * Margem terapêutica estreita: níveis plasmáticos: 10-20 µg/1 * Numerosas interacções medicamentosas * Semi-vida variável *importante a Monitorização dos níveis sanguíneos . USOS TERAPÊUTICOS * Tratamento da broncoconstrição: Uso isolado ou em associação a outros broncodilatadores (aminas simpaticomiméticas, anticolinérgicos) * Tratamento da broncoconstrição: · Asma brônquica aguda/crónica · Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) * Apneia do recém-nascido Interacções medicamentosas * efeitos tóxicos: cimetidina, eritromicina, nifedipina * efeito: tabaco considerações de Enfermagem * Vigiar: * Efeito terapêutica: melhoria da dificuldade respiratória, ,< esforço respiratório, *Efeitos laterais: · palpitações, ansiedade, dor epigástrica · cefaleias, náuseas, vómitos ESTIMULANTES / SNC - ANFETAMINAS * Anfetamina * Dextroanfetamina * Metanfetamina * Metilfenidato * Metilenodioximetanfetamina(MDMA, ECST ASY) * Fenfluramina * Constituem um grupo de substâncias com propriedades farmacológicas semelhantes: · Efeitos estimulantes centrais · Efeitos simpaticomiméticos: por libertação de catecolaminas nos terminais nervosos do SNC e nos terminais nervosos periféricos Acções farmacológicas *A nível do SNC · estimulação da actividade motora, euforia, excitação, insónias, < da fadiga física e mental, melhoria do desempenho · anorexia * A nível periférico (resultante de estimulação adrenérgica): · taquicardia, arritmias cardíacas, HTA · inibição da motilidade intestinal Farmacocinética * Absorção rápida pelo tubo gastrintestinal e mucosa nasal . * Atravessa facilmente a BHE. * Excreção na forma inalterada pela urina: facilmente detectada na urina . * Semi-vida variável:. 5 - 20H . * Excreção > pela acidificação da urina (a anfetamina é uma base: ionização fácil em meio ácido) Vias de administração * Via oral * Via E-V * via nasal Efeitos laterais * Efeitos simpaticomiméticos adrenégicos periféricos: taquicardia, arritmias cardíacas, HTA, inibição da motilidade intestinal * Desenvolvimento de tolerância para os efeitos simpaticomiméticos e para o efeito anorexiante * Risco de Hipertensão pulmonar * Forte capacidade de dar Dependência psíquica * Administração repetida: Estado de psicose semelhante a Esquizofrenia com alucinações, sintomas paranoides e comportamento agressivo USOS CLÍNICOS * Tratamento da narcolepsia . * Tratamento da hipercinesia da criança: Metilfenidato . * Como anorexiantes - provocam inibição marcada do apetite por estimulação do centro da saciedade: eficácia de curta duração pelo desenvolvimento de tolerância ESTIMULANTES / SNC - Cocaína * É o principal alcaloide das folhas do Erythroxy/on coca (arbusto da América do Sul, onde o mascar das folhas de coca era uma prática comum para diminuição da fadiga) * Disponível como: · base livre (crack; para ser fumada) · como cloridrato na forma de pó solúvel em água (uso intranasal ou E-V) Mecanismo de acção * Inibição da recaptação das catecolaminasno SNC: aumento dos efeitos da actividade nervosa simpática * Inibição da recaptação das catecolaminas a nível periférico: aumento dos efeitos da actividade nervosa simpática Efeitos farmacológicos * Potente estimulante psicomotor: · euforia, sensação de prazer · aumento da actividade motora, melhoria do desempenho em tarefas de vigilância e alerta · sensação de auto-confiança e de . bem-estar, sensação de maior competência e aumento da actividade sexual * Administração repetida: · actividade motora involuntária e comportamento estereotipado irritabilidade e violência , Farmacocinética * Absorção rápida * Cloridrato: inalado, por via E-V * crack: inalado após aquecimento. Pode ser fumada com absorção rápida: instalação de efeitos rápida e intensos como a via E-V * Metabolização rápida: metabólitos com detecção fácil na urina ou. no cabelo (metabólito que. se deposita no cabelo) Efeitos laterais * Desenvolvimento de Tolerância * Desenvolvimento de Dependência psíquica: complicação mais comum * Nem todos os utilizadores se tornam dependentes podendo alguns manter o uso intermitente durante anos * Dependência física? FÁRMACOS COM ACÇÃO NO SNC/ DEPRESSORES * SEDATIVOS E HIPNÓTICOS · Barbitúricos · Benzodiazepinas * ANESTÉSICOS · Gerais e locais * ANALGÉSICOS · Opiáceos SEDATIVOS, HIPNÓTICOS E TRANQUILIZANTES BARBITÚRICOS ,BENZODIAZEPINAS Depressão do SNC * Pode apresentar graus de intensidade crescente: · Sedação - diminuição da excitabilidade . · Hipnose- indução do sono · Anestesia geral · Coma Depressão do SNC - BARBITÚRICOS * Longa duração de acção - FENOBARBITAL * Curta duração de acção - TIOPENTAL * Derivados do ácido barbitúrico * Mecanismo de acção: facilitação da acção do GABA (mediador inibitório do SNC) Acções farmacológicas * A nível do SNC (dependente da dose, via de administração, tolerância) · sedação- diminuição da excitabilidde . · hipnose - semelhante ao sono normal. · anestesia geral - de curta duração · anticonvulsivante (actividade selectiva do fenobarbital) · depressão respiratória *Indução de enzimas hepáticas · aceleração da inactivação de outros fármacos: < duração do efeito · aceleração da sua própria inactivação Desenvolvimento de TOLERÂNCIA Farmacocinética * Absorção lenta (oral/ I-fv1): Fenobarbital *Metabolização hepática * Distribuição preferencial para o tecido nervoso e tecido adiposo * Excreção renal: com alcalinização da urina * Semi-vida: 2-6 dias *Administração por via E-V: Tiopental USOS clínicos * TI0PENTAL · Indução da Anestesia Geral * FENOBARBITAL · Epilepsia –tratamento crónico: administração por via oral · Estado de mal epiléptico administração por via I-M · Convulsões dos estados febris administração por via I-M · Hiperbilirrubinemia do r-n (uso absoleto) Interacções medicamentosas * efeitos: · anti-histamínicos, etanol, benzodiazepinas * efeitos: · Varfarina · estrogéneos (contraceptivos orais) . · Cortiocosteroides · Bloqueadores beta Considerações de Enfermagem * Vigiar · efeito terapêutica: actividade convulsiva · efeitos laterais: sedação excessiva BARBITÚRICOS (Fenobarbital) Efeitos laterais * Sonolência * Ressaca matinal: mal-estar, visão turva, lentificação de pensamento e reflexos * Dependência psíquica, Dependência física não uso como sedativo, hipnótico SEDATIVOS, HIPNÓTICOS TRANQUILIZANTES -BENZODIAZEPINAS * Duração de acção longa * Duração de acção intermédia . Duração de acção curta * Duração de acção muito curta Mecanismo de acção * Ligação ao receptor das Benzodiazepinas facilitação da ligação do GABA ao seu receptor entrada de CI- para dentro da célula REDUÇÃO DA EXCTABILIDADE. Farmacocinética * Muito lipossolúveis – atravessam facilmente para o SNC: · Midazolam · Diazepam · Clonazepam * Metabolização: conjugação com formação de metabólitos intermediários activos excepto Lorazepam, Oxazepam, Temazepam (uso em idosos preferível ) * Semi-vida variável Classificação (semi-vida) *Longa duração de acção · Diazepam * Duração de acção intermédia · Bromazepam, Lorazepam * Duração de acção curta · Alprazolam, Oxazepam, Temazepam * Duração de acção muito curta · Triazolam · Midazolam USOS CLÍNICOS * Tranquilizantes · Diazepam, bromazepam, Lorazepam, Alprazolam, Oxazepam * Hipnóticos · Midazolam, Triazolam * Anticonvulsivantes · Diazepam, Clonazepam * Pré-anestésicos · Díazepam, Midazolam * Como Tranquilizantes: o provocam redução da ansiedade *Como Hipnóticos: provocam sono profundo e reparador; devem ser usados durante curtos períodos de tempo (efeito rebound) * Como Anticonvulsivantes: no controlo das crises convulsivas: tratamento agudo das convulsões da epilepsia, pela rapidez de efeito * No pré operatório: · sedação pré-anestesia antes de manobras de diagnóstico - Diazepam · indução de anestesia: início de acção muito rápido, curta duração, grande grau de amnésia (anterógrada) Midazolam * Tratamento de espasmos musculares e no tétano: Diazepam * Na privação alcoólica Efeitos laterais * Sonolência * sensação de cansaço * Moleza muscular * Indiferença * Tratamentos prolongados e doses altas: · Tolerância, dependência psíquica, dependência física · Síndrome de abstinência: ansiedade, trémulo, insónias, ilusões Interacções medicamentosas * Potenciação dos efeitos depressores: Etanol, Barbitúricos (depressores SNC) Cimetidina (inibição das enzimas hepáticas) Intoxicação * Não é grave e raramente leva à morte . * Antagonista: FLUMAZENIL ETANOL - ÁLCOOL ETÍLICO * Interesse médico>interesse terapêutica . * Alcoolismo: problema médico e social (morte e incapacidade precoce: cirrose hepática, atrofia cortical, acidentes de viação) Farmacocinética * Solubilidade em água- difusão rápida pelas membranas biológicas . * 2-3horas - absorção completa . * Metabolização hepática; desidrogénase alcoólica Etanol Aldeído acético Desidrogenase aldeídica Aldeído acético Ácido acético desidrogénase aldeídica Aldeído acético Ácidoacético Dissulfiram *O dissulfiram inibe a desidrogénase aldeídica provocando o efeito antabus : · 5-l10min após a ingestão de etanol surge: rubor facial, náuseas, vómitos e hipotensão por acumulação de aldeído acético Efeitos agudos no SNC * alteração do comportamento * hiperactidade motora * aumento da frequência de erros por erro de auto-avaliação * fluxo verbal aumentado * labilidade emocional: modificação do humor (euforia, depressão) dependente da personalidade, do ambiente e de experiências anteriores * Doses mais elevadas: · desatenção crescente · alívio da ansiedade · menor actividade motora · sono · coma · depressão respiratória Efeitos crónicos no SNC * Dependência psíquica, * Dependência física (Toxicomania): Síndrome de privação quando o Etanol é suspenso Síndrome de Abstinência * 6-8 horas após a última ingestão: trémulo ,sudação ,rubor facial, irritabilidade . * 24 - 48 horas após a última ingestão: convulsões (>risco nos epilépticos) * 72-96 horas após a última ingestão: Deilirium tremens Delirium Tremens * Quadro caracterizado por: confusão, alucinações, grande agitação motora, trémulo, hipertermia, sudação taquicardia, midríase * Tratamento · Diazepam E-V/rectal · Fluidoterapia Efeitos crónicos-Doenças carenciais * ataxia, desintegração da memória . * degenerescência cerebelosa, atrofia cerebral * polineuropatia alcoólica, nevrite óptica retrobulbar * pelagra, anemia macrocítica Efeitos crónicos * EFEITOS HEPÁTICOS · Esteatose hepática · Hepatite · Cirrose * EFEITOS METABÓLICOS · hipoglicemia por: inibição da gliconeogénese e deplecção do glicogéneo hepático * Efeitos cardiovasculares: arritmias . Impotência: < formação de testosterona * Aumento da secreção gástrica * Alteração do desenvolvimento intelectual do feto Interacções medicamentosas *Potenciação dos efeitos sobre o SNC: · sedativos e hipnóticos · anti-histamínicos * Potenciação dosefeitos de hipoglicemia · antidiabéticos (orais, Insulina) * > da inactivação (indutor enzimático) · fenítoína, barbitúricos, anticoagulantes * Reacção tipo dissu!firam Cantabus) · metronidazol,. Cefalosporinas Usos terapêuticas * Uso preferencial como droga social e tem interesse clínico limitado: · aplicação tópica: < da temperatura corporal por promoção da evaporação · aplicação tópica: < a formação de escaras em doentes acamados · aplicação em injecção para provocar bloqueio nervoso irreversível e destruição tumoral · tratamento da intoxicação por Metanol METANOL - Intoxicação * Tratamento · Administração de Etanol que compete com Metanol para a desidrogenase alcoólica · N/ formação de metabólitos tóxicos · Diálise * Quadro clínico · Lesão do nervo óptico- cegueira · Acidose metabólica · Metabolização pela desidrogenase alcoólica e desidrogenase aldeídica · Formaldeído e ácido fórmico (responsáveis pela toxicidade) ANALGÉSICOS * Fármacos que controlam a dor * DOR- experiência emocional ou sensorial desagradável associada a lesão tecidular * A dor está relacionada com a NOCICEPÇÃO - resposta neuronial a um estímulo traumático. Toda a nocicepção desencadeia dor. DOR Clínica * DOR AGUDA desencadeada pela nocicepção * DOR CRÓNICA não é desencadeada exclusivamente pela nocicepção. Resulta também de factores de ordem psicológica e social DOR Físiopatologia *Existem duas vias que processam o estímulo doloroso: * Via ascendente - conduz a informação nociceptiva. da periferia através das; fibras nervosas até ao: cordão posterior da medula e daí ao cérebro * Via descendente - exerce um controlo inibitório no tráfego nociceptivo ascendente Via ascendente * A activação dos nociceptores está relacionada com a localização e extensão dos tecidos lesados e traduz-se por dor somática e/ou dor visceral * DOR SOMÁTICA- descrita como aguda e localizada * DOR VISCERAL- dor difusa e profunda. Pode resultar de distensão de órgãos maciços ou vísceras ocas * A percepção normal da dor (estímulo nociceptivo) depende de neurónios que funcionam como receptores. Estes detectam o estímulo, transformam-no e conduzem-no ao SNC. Os receptores nociceptivos estão distribuídos pela pele, músculos, vísceras e ossos Via descendente * Exerce um efeito inibitório e modulador sobre o cordão posterior da medula * Há libertação de substâncias neuromoduladoras: endorfinas que têm acção analgésica ANALGÉSICOS * DE ACÇÃO CENTRAL: OPIÁCEOS * DE ACÇÃO PERIFÉRIO: AINES OPIÁCEOS * Fármacos semelhantes aos alcalóides do ópio Mecanismo de acção estimulação dos receptores opiáceos: OP1(), OP2(), OP3,() Mecanismo de acção * Estimulação dos receptores opiáceos: · OP1 ()- analgesia · OP2 ()- analgesia sedação · OP3. ()- analgesia, euforia,. depressão respiratória, dependência, tolerância Uso crónico/Toxicomania * DEPENDÊNCIA PSÍQUICA - desejo compulsivo de estar sob a influência de um Fármaco * DEPENDÊNOA FÍSICA - necessidade que o organismo tem da presença do Fármaco, sem o qual se desencadeia o Síndrome de Abstinência * TOLERÂNCIA - necessidade de aumentar a dose para obter o mesmo efeito. SÍNDROME DE ABSTINÊNCIA * Resulta da suspensão de um Fármaco que condiciona toxicomania a um toxicómano * Caracterizado por: inquietação, nervosismo, ansiedade, sudação, horripilação dos pêlos, fasciculações musculares dolorosas, náuseas, vómitos, hipertensão arterial (estimulação adrenérgica) , Classificação * Opiáceos Fortes - Morfina, Petidina, Metadona, Pentazocina, Fentanil, Buprenorfina * Opiáceos Fracos - Codeína, Diidrocodeína, Dextropropoxifeno, Tramadol * AGONISTAS - Morfina, Codeína, Petidina, Metadona * AGONISTAS PARCIAIS - Buprenorfina * AGONISTAS/ANTAGONISTAS - Pentazocina * ANTAGONISTAS - Naloxona, Naltrexona MORFINA Acções farmacológicas * A nível do SNC · ANALGESIA eficaz em todos os tipos de dor (dor visceral, dor somática) dor não sensível: dor neuropática, dor talâmica . · < ANSIEDADE e MEDO; EUFORIA · SEDAÇÃO · DEPRESSÃO RESPIRATÓRlA · MIOSE - pupilas puctiformes . · EFEITO ANTI-TÚSSICO . · NÁUSEAS E VÓMITOS - estimulação da zona gatilho · MARCHA ATÁXlCA - inibição da coordenação motora Acções farmacológicas/periféricas * A nível cardiovascular: · Sobre o coração: trabalho cardíaco, consumo de O2 · Vasodilatação: hipotensão arterial (libertação de histamina) · Estes efeitos em associação com efeito analgésico/ diminuição da ansiedade: útil no enfarte agudo do miocárdio. * Obstipação (Contracção espasmódica das fibras musculares lisas intestinais). * Contracção espasmódicas das fibras musculares lisas da árvore biliar e urinária (agravamento das cólicas). Efeitos laterais/ SNC * São relacionados com a dose e com o tempo de exposição * Há desenvolvimento de TOLERÂNCIA TRATAMENTO * Confusão e delírio: neuroiéptico (Haloperidol) * Mioclonias multifocais: Benzodiazepina, (Midazolam, Clonazepam) Efeitos laterais periféricos * Não se desenvolve tolerância para estes efeitos TRATAMENTO/PREVENÇÃO * Obstipação: administração profiláctica de laxativos * Náuseas e vómitos (efeito transitório): anti-emético Farmacocinética * Absorção lenta pelo tubo gastrintestinal - uso por via oral (comprimidos de absorção prolongada /s. oral) * Absorção rápida. por via Subcutânea (uso clínico frequente);via intramuscular . * Uso por via endovenosa ) * Uso por via subdural / epidural- grande número de receptores a nível medular *Metabolização hepática: fenómeno de 1ª passagem * Doentes cl insuficiência hepática: potenciação dos efeitos * Excreção renal INTOXICAÇÃO AGUDA * Surge quando há administração de uma dose superior à terapêutica . * Situação grave: morte . * Diminuição progressiva do estado de consciência: sonolência, coma . * Hipotensão e bradicardia . * Depressão respiratória: bradipneia, paragem respiratória TRATAMENTO * Administração de NALOXONA (antagonista dos receptores opiáceos) Via E-V, Efeito rápido (1-2 min), Duração de efeito curta (20-40 min) MORFINA/HEROÍNA TOXICOMANIA * TRATAMENTO · Dependência física e psíquica cruzada entre todos os opiáceos agonistas · Substitução por METADONA: - síndrome de abstinência mais fácil de suportar - quadro de euforia menos acentuado OUTROS ANALGÉSICOS CODEÍNA * menos potente que a Morfina . * absorção por via oral * uso clínico como anti-tússico TRAMADOL * Ligação aos receptores opiáceos com baixa afinidade . * Tem outros mecanismos de acção . * Eficaz em dores viscerais pouco intensas. * Uso por via oral, via I -M e via E_V HEROÍNA * Potente analgésico * Uso interdito na clínica pela forte capacidade de desencadear toxicomania. METADONA * Menos euforizante * Sintomas de privação menos intensos * dependência cruzada cios outros opiáceos Uso nas curas de desintoxicação * Semi-vida longa * Uso por via oral e via E-V PETIDINA/MEPERIDINA * Eficaz nas dores agudas * Semi-vida curta: 2- 4 H * Efeitos anti-colinérgicos: hipertensão, taquicardia PENTAZOCINA * Eficaz nas dores agudas * Semi-vida curta: 2-4 H * Disforia * Taquicardia e hipertensão (estimulação simpática) * Pode precipitar um Síndrome de abstinência (agonista parcial) BUPRENORFINA * Efeitos laterais menos acentuados que a Morfina * Semi-vida longa * Uso por via sublingual e via transdérmica FENTANIL * Mais potente que a Morfina * Semi-vida curta * Uso como analgésico na: dor crónica por via transdérmica ( 72/72 H) * Uso como analgésico na anestesia geral ANALGÉSICOS, ANTI -PIRÉTICOS E ANTI-INFLAMATÓRIOS AINES * São fármacos eficazes no tratamento de dor, febre e inflamação. DOR * Provocam alívio da dor de origem inflamatória (reumatismal) e da dor de intensidade moderada- inibição da síntese de prostaglandinas. * Actuam ainda a nível da formação da sensação dolorosa, no hipotálamo. FEBRE * Baixam a temperatura corporal quando provocada por desrregulação do centro termorregulador por acção dos pirogénios bacterianos e víricos: efeito anti-pirético * Interferem com a síntese de PGs a nível hipotalâmico * Infecção, pirogénios, toxinas, r.imunológicas ↓ Fagócitosactivados ↓ pirogénio endógeno (IL -1) ↓ hipotálamo anterior ↓ ↑ síntese de prostaglandinas ↓ FEBRE INFLAMAÇÃO * Processo complexo e dinâmico constituído por alterações celulares e humorais múltiplas em resposta a uma agressão tecidular. Estas alterações conduzem a neutralização do agente agressor e à, reparação dos tecidos: papel importante das PROSTAGLANDINAS. ÁCIDO ARAQUIDÓNICO COX-1 (constitutiva) * Responsável pelos efeitos fisiológicos: · Protecção gastrintestinal · Regulação fisiológica renal COX-2 (indutível) * Envolvida na febre, inflamação e dor * Funções fisiológicas COX-2 Funções fisiológicas * Efeitos ováricos e uterinos · A indução hormonal cíclica da COX-2 é importante na ovulação · A COX-2 uterina é induzida no fim da gravidez sendo importante no início do trabalho de parto · Efeitos na cicatrização · A COX-2 tem acções fisiológicas na cicatrização: · ↑ expressão da COX- 2: Gastrite por Helycobacter Pylori Doença inflamatória intestinal (D. Crohn, colite ulcerosa) * Efeitos vasculares Alteração do balanço tromboxanoprostaciclina ↓ Inibição da formação de prostaciclina (dependente da COX-2 das células endoteliais) AINES * Constituem um grupo heterogéneo de fármacos sob o ponto de vista químico, mas que têm um mecanismo de acção comum, partilhando · Efeitos terapêuticos: efeito analgésico, anti-pirético e anti-inflamatório · Efeitos laterais Mecanismo de acção *Inibição da CICLOXIGENASE Inibição da síntese de PROSTAGLANDINAS * Inibem em grau variável ambas as isoformas da cicloxigenase efeitos terapêuticos indissociáveis dos efeitos indesejáveis * Interferência com activação dos neutrófilos e adesão às células endoteliais * Facilitação da apoptose CLASSIFICAÇÃO * Salicilados: AAS, Diflunisal * D. ácido antranílico: Etofenamato * D. ácido acético: Diclofenac * D. á. propiónico: Ibuprofeno, Naproxeno; * Derivados pirazolónicos: Dipirona * D. indólicos: Indometacina, Sulindac * Oxicans: Piroxicam, Meloxicam * Alcanonas: Nabumetona * Coxibes: Celecoxibe, Rofecoxibe * D. paraminofenólicos: Paracetamol Efeitos laterais * Efeitos renais ↓ Fluxo sanguíneo renal ↓ Filtração glomerular ↓ Excreção de sódio e potássio ↓ Retenção hídrica, edema, hipertensão e hipercaliemia * A regulação homeostática da função renal dependente das prostaglandinas é mais importante em doentes com restrição salina (doentes com insuficiência cardíaca, doentes medicados com diuréticos, com cirrose) * Os efeitos laterais renais são mais importantes nestes doentes * A COX2 é expressa constitutivamente no rim, na mácula densa * É induzida em resposta a restrição salina tendo papel na regulação da libertação de renina papel na manutenção da hemodinâmica renal e homeostasia dos electrólitos * Utilização dos inibidores da COX1 e da COX2 redução da filtração glomerular (doentes com I. cardíaca, medicados com diuréticos, com cirrose e com I. renal) Utilização * Grande variabilidade na resposta de cada doente aos AINES: pode ser necessário o emprego sequencial de vários, até se encontrar o mais eficaz e melhor tolerado: * Prevenção da neoplasia intestinal em doentes cl polipose múltipla e história familiar de neoplasia intestinal COXIBES * CELECOXIBE, ROFECOXIBE · Inibição selectiva da COX-2 incidência mais baixa de complicações gastrintestinais AINES/COX CLASSIFICAÇÃO * Inibição preferencial da COX-1: · AAS , Ibuprofeno ,Indometacina, Piroxicam * Inibição selectiva da COX-2: · Meloxicam, Nimesulide, Coxibes * Inibição idêntica da COX-l/ COX-2: · Diclofenac, Naproxeno ÁCIDO ACETILSALICILICO * Efeito analgésico: eficaz na dor de tipo somático (dores músculo-esqueléticas) e pouco intensa * Efeito antipirético: baixa a temperatura na febre * Efeito anti-inflamatório: atenua os sintomas da inflamação (doses superiores) * Inibição irreversível da cicloxigenase das plaquetas Efeito anti-trombótico o profilaxia do AIT e prevenção do enfarte agudo do miocárdio Farmacocinética * Absorção por via oral * (dependente do pH, velocidade de esvaziamento gástrico) * Atravessa a BHE * Ligação às proteínas plasmáticas (80/90% ) * Metabolização hepática * Excreção renal Efeitos laterais * Inibição da síntese de Prostaglandinas · Mucosa gástrica · Renais ↓ · Irritação gástrica (dispepsia,úlcera péptica) · Edemas periféricos · I´. renal aguda * Fenómenos de hipersensibilidade: · rinite vasomotora · edema angioneurótico · urticária · asma brônquica * Agressão hepática ↑das transaminases * Síndrome de Reye: doença hepática grave e encefalopatia que surgiu em doenças víricas: contra-indicado o seu uso como anti-pirético em crianças Intoxicação * Quadro clínico · Cefaleias, tonturas, vertigens, confusão mental * Tratamento · Medidas gerais - lavagem gástrica, carvão activado hidratação, diminuição da temperatura, alcalinização da urina Prostaglandinas Acção * A nível gástrico · inibição da secreção gástrica · formação da barreira de muco gástrico · ↑ fIuxo sanguíneo da mucosa gástrica · estimulação da multiplicação das células da mucosa Efeitos laterais gástricos * A incidência de complicações gástricas (hemorragia/ perfuração) não é igual para todos os AINES * Doentes de risco: prevenção com Misoprostol e inibidores da bomba de protões DIFLUNISAL * Sem efeitos anti-piréticos (penetra mal no SNC) * Semi-vida mais longa que o AAS * ↓ incidência de efeitos laterais * Uso como analgésico de longa duração ETOFENAMATO * Boa absorção cutânea * uso tópico em processos inflamatórios locais: miosites, tendinites, bursites DICLOFENAC * Inibição da libertação do ácido araquidónico intracelular Inibição da síntese de Prostaglandinas e Inibição da síntese de Leucotrienos * Não interferência com os anti-coagulantes orais PARACETAMOL * Sem efeito anti-inflamatório - não eficaz na dor de etiologia inflamatória (não inibição das prostaglandinas a nível periférico) * Inibição das prostaglandinas do Hipotálamo EFEITO ANTI -PIRÉTICO * Boa tolerância digestiva * Não interfere com a acção dos anti-coagulantes orais * Não interfere com a agregação plaquetária Toxicidade * Doses superiores às terapêuticas: · NECROSE HEPÁTICA - formação de um metabolito tóxico que leva a deplecção do glutatião * Tratamento: · Administração de acetilcisteína (leva à formação de glutatião) ANTI-HISTAMÍNICOS ANTI-HISTAMÍNICOS H1 ANTI-HISTAMÍNICOS H2 HISTAMINA * Autacoíde produzido e armazenado em muitos órgãos (SNC, pulmão, estômago, intestino, pele, fígado) * Libertada por acção de alguns estímulos: · Lesão tecidular · Reacção alérgica · Frio, calor · Fármacos (opiáceos, AINES, meios de contraste curare) RECEPTORES * ReceptoresH1- existentes em: · músculo liso vascular · músculo liso dos brônquios · pele · SNC * Receptores H2 - existentes em: · células parietais da mucosa gástrica · coração · vasos ACÇÕES * Dilatação da microcircuiação – choque histamínico * Aumento da permeabilidade vascular * Broncoconstrição (dificuldade respiratória) * Estimulação da secreção gástrica * Estimulação das terminações nervosas, sensitivas - prurido cutâneo. ANTI-HISTAMÍNICOS * Competem com a Histamina para os receptores, antagonizando os efeitos farmacológicos da histamina: * Efeitos resultantes do bloqueio dos receptores H1: · sedação · inibição da broncoconstrição · bloqueio das reacções, vasculares ( < da permeabilidade e < do edema) ACÇÕES FARMACOLÓGlCAS * inibição da acção estimulante sobre as terminações nervosas sensitivas- efeito anti-prurÍtico * efeito anestésico local - efeito anti-prurítico * efeito anti-arritmico * activação de focos corticais-convulsões (efeito epileptogénico) *Efeitos resultantes do bloqueio dos receptores H2: diminuição da secreção de HCL (em condições basais e quando está estimulada) OUTRAS ACÇÕES FARMACOLÓGICAS * Efeitos resultantes do bloqueio dos receptores colinérgicos muscarÍnicos: . Efeito anti-colinérgico central que contribui para:· sedação · efeitos benéficos em: - cinetose (enjoo do movimento) - vómitos - Parkinsonismo * Efeitos anti-colinérgicos periféricos (responsáveis pelos efeitos laterais): · espessamento das secreções brônquicas · dificuldade na micção · xerostomia * Efeito anti-emético e anti-cinetósico (efeito no enjoo do movimento e nas vertigens das labirintites) * Bloqueio dos receptores da 5-HT * Inibição da desgranulação dos mastócitos Anti-histamínicos H1 1ª geração * Clemastina * Clorfeniramina * Difenidramina * Dimenidrato * Dimetindeno * Pizotifeno * Prometazina 2ª geração * Astemizol * Loratidina * Terfenadina * Cetirizina * Fexofenadina * Sem efeitos a nível do SNC: · Não sedação, não efeitos convulsivantes * Sem efeitos anticolinérgicos Farmacocinética * Boa absorção oral * Administração por via oral, I-M, E-V . Aplicação por via tópica na pele e mucosas * Semi-vida variável: · curta: Anti-histamínicos H1 1ª geração · longa: Anti-histamínicos H1 2ª geração Indicações terapêuticas * Tratamento da Reacções alérgicas (associadas a fármacos, meios de contraste radiológico, picadas de insectos, transfusões de sangue) · inibição da broncoconstrição · inibição das reacções cutâneas · inibição das reacções vasculares · inibição do prurido * Alívio sintomático das doenças alérgicas (rinites, conjuntivites, dermatites) * Tratamento da urticária crónica * Indução de sedação no pré-operatório * Sedativo para indução do sono * Estimulação do apetite, * Doença de Parkinson * Prevenção do enjoo do movimento * Tratamento das vertigens provocadas por lesão do sistema vestibular (labirintites ) Difenidramina * Indicações clínicas: · Tratamento da anafilaxia com adjunto de adrenalina e outras medidas de suporte. · Tratamento e prevenção de reacção do plasma e sangue · Tratamento do Parkinson · Alivio sintomático de reacções alérgica · Tratamento e Prevenção do enjoo de movimento, vertigens · Reacções extrapiramidas induzida por fármaco (anti-colinérgico) · Supressão da tosse · Sedativo e hipnótico na insónia * Vias de administração · Via oral · Via tópica · Via I-M · Via E-V PROMETAZINA * Indicações clínicas: · Choque anafilático · Alivio sintomático de reacções alérgica · Tratamento e prevenção de reacção do plasma e sangue · Tratamento e Prevenção do enjoo de movimento, vertigens · Tratamento e Prevenção de náuseas e vómitos · Sedação pré e pós-operatório · Adjunto dos analgésicos no controlo da dor * Vias de administração · Via oral · Via tópica · Via I-M · Via E-V DIMENIDRATO * Indicações clínicas: · Tratamento e Prevenção de náuseas e vómitos de Síndrome de Méniere, anestesia e outros fármacos. · Tratamento e Prevenção da cinetose (enjoo de movimento) · Tratamento vertigens Anafilaxia * É uma reacção alérgica grave caracterizada por: · Dificuldade respiratória súbita · Hipotensão severa · Potencial risco de vida * Resulta da interacção do alergénio com anticorpos Ig E específicos através de receptores dos mastócitos e basófilos * Há libertação de: · mediadores pré-formados: Histamina, proteases · mediadores formados de novo: Prostaglandinas, leucotrienos, PAF * Estes mediadores são responsáveis pejas manifestações clínicas da anafilaxia Causas * Alimentos: frutos secos (noz; amêndoa, avelã, peixe, marisco, ovo, leite e amendoim) * Medicamentos: · Antibióticos- Penicilina: 0,002% reacções, anafilácticas não fatais;, 0,7-1 % reacções fatais; · Anestésicos; AINES (0,9%); contrastes. iodados (0,4%); látex · Picadasde: insectos (abelha, vespa,.. Factores de risco * Idade (adulto> criança) * Sexo (feminino> masculino) * Via ( parentérica > oral) * Exposição ao alergénio (recente> remota ) * Atopia * Mastocitose sistémica Diagnóstico diferencial * Síndrome carcinoide * Tromboembolismo pulmonar * Arritmia cardíaca * Enfarte do miocárdio * Sépsis * Epilepsia * Reacção vagaI * Histeria Tratamento * Adrenalina: via subcutânea 0,3-0,5 ml de uma solução de 1/1000 * Nos casos refractários: infusão contínua e-v . * Doentes de risco: Devem ser portadores de adrenalina para auto-administração (Epipen@ 0,3 mg:adultos; Epipen@ 0,15: crianças para injecção I-M) Contra - indicações * Glaucoma * Hipertrofia prostática * Gravidez * Lactação * Crianças- excitação paradoxal * Epilepsia Interacções medicamentosas *Efeitos aditivos: · Etanol · Depressores do SNC · Anticolinérgicos · Eritromicina, cetoconazol: ↑ risco do efeito cardiotóxico do Astemizol e Terfenadina Considerações * Os anti-histamínicos de 1 a geração produzem sonolência: · avisar o doente do perigo de conduzir, ingerir álcool ou manejar máquinas perigosas. * Os anti- histamínicos de 2a geração não produzem sonolência, mas podem dar alterações cardíacas: · questionar patologia cardíaca (arritmias) * Avisar o doente da possibilidade de fotosensibilidade Anti – Histamínicos H2 CIMETIDINA,RANITIDINA,FAMOTIDlNA *Bloqueiam selectivamente os receptores H2 da histamina: bloqueio da secreção de HCL * Indicações clínicas * Tratamento da úlcera gástrica; duodenal * Tratamento e prevenção das hemorragias gastrintestinais * Tratamento do refluxo gastro-esofágico * Prevenção das lesões gástricas dos AINEs * Farmacocinética * Boa absorção por via oral * Excreção por via renal CIMETIDINA * Efeitos laterais * Inibição das enzimas hepáticas: interacções medicamentosas * Efeito anti-androgénico: ginecomastia e impotência * Bradicardia e hipotensão. * Confusão mental RANITIDINA, FAMOTIDINA, NIZATIDINA * Efeitos laterais * Fármacos bem tolerados * Sem efeitos laterais significativos * Sem interacções medicamentosas 5-HIDROXITRlPTAMINA SEROTONINA 5-HT * Sintetizada nas células enterocromafins a partir do Triptofano * Existente em: · Tubo gastrintestinal (90%) · Plaquetas · SNC * Metabolização (MAO): ácido 5 hidroxindol-3-acético (5-HIAA) Acções * Acções periféricas * cardiovasculares: vasoconstrição, estimulação cardíaca * Tubo digestivo: > motilidade * Brônquios: broncoconstrição * A nível do SNC * Regulação da actividade do aparelho cardiovascular * Regulação do sono * Regulação do apetite * Regulação da temperatura * Controlo da dor * Precursor da síntese de MELATONINA na glândula pineal (hormona reguladora dos ciclos cicardianos e da actividade sexual) Patologia * Ansiedade * Depressão * Esquizofrenia * Tumor Carcinoide: · tumor produtor de 5-HT · diagnóstico: doseamento na urina de 5-HT e 5-HIAA Fármacos que interferem com * 5-HT * BUSPIRONA · usado como tranquilizante * FLUOXETINA;PAROXETINA · usados como anti-depressivos * 5-HT SUMATRIPTANO * Agonista dos receptores 5-HT 1D : · vasoconstrição · inibição libertação de neuropeptídeos - inibição da inflamação neurogénica . usado no tratamento da crise aguda de enxaqueca *Não absorção por via oral: uso por via s-c * Semi-vida: 2 horas *Efeitos laterais: formigueiros, prurido, dor torácica (vasoconstrição coronária) * Contra-indicado e doentes com patologia cardíaca * 5-HT ZOLMITRIPTANO * Mecanismo de acção e efeitos laterais semelhantes ao Sumatriptano * Absorção por via oral * 5-HT SIBUTRAMINA * Inibe o uptake de 5-HT * Uso como anorexiante * Efeitos laterais: cefaleias, insónias, labilidade emocional, ansiedade, boca seca, alteração do paladar * 5-HT ONDASTERON, GRANISETRON; TROPISETRON * Antagonistas dos receptores 5-HT 3 (existentes na zona gatilho, centro do vómito e no tubo digestivo) * Usados como anti_méticos: · profilaxia dos vómitos provocados pelos citostáticos * Fármacos bem tolerados * Administração por via E-V foral FÁRMACOS PSICOTRÓPICOS * Afectam o humor e o comportamento Classificação * ESTIMULANTES PSICOMOTORES (Psicoestimulantes) * Provocam estimulação da vigília e euforia · Anfetamina · Cocaína · Xantinas * Fármacos que provocam melhoria das funções cognitivas (Nootrópicos) * Fármacos que melhoram a memória e as funções cognitivas (D. Alzheimer.) · Tacrina · Donepezil · Piracetam · Rivastigminal * ANSIOLÍTICOS E SEDATIVOS (Hipnóticos, Sedativos, Tranquilizantes) * Provocam sono e diminuem a ansiedade · Barbitúricos · Benzodiazepinas · Etanol * PSICOTICOMIMETICOS
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