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A3 - Sistema Digestório e Endócrino

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“A hiperatividade do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) na depressão maior é um 
dos achados mais consistentes em psiquiatria. Um percentual significativo de 
pacientes com depressão maior apresenta concentrações aumentadas de cortisol (o 
glicocorticóide endógeno nos seres humanos) no plasma, na urina e no fluido 
cerebrospinal; resposta exagerada de cortisol após estimulação com hormônio 
adrenocorticotrófico (ACTH); e aumento tanto da hipófise como das glândulas 
adrenais. Hipertrofia da adrenal tem sido encontrada em pacientes deprimidos e esse 
achado provavelmente explica porque a resposta do cortisol ao hormônio liberador de 
corticotrofina é similar em indivíduos deprimidos e em controles, já que a glândula 
adrenal aumentada é capaz de compensar a resposta achatada de ACTH ao hormônio 
liberador de corticotrofina, geralmente observada em pacientes deprimidos. Também 
foi observado volume hipofisário aumentado nesses pacientes, o que pode ser 
considerado um marcador da ativação excessiva do eixo HPA”. 
 
JURUENA, M. F.; CLEARE A.J.; PARIANTE, C. M. O eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, a função dos 
receptores de glicocorticoides e sua importância na depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria, v. 
26, n. 3, p.189-201, 2004. 
 
O texto acima apresenta a relação entre a desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-
adrenal e a depressão, considerada a doença do século XXI. Baseado no trecho acima 
e nos conhecimentos adquiridos ao longo da unidade, elabore um texto dissertativo, 
com cerca de 20 linhas, apresentando os hormônios liberados pelo eixo hipotálamo 
hipofisário e suas respectivas funções nos órgãos (glândulas) alvo, bem como as 
doenças originadas de disfunções hormonais. Utilize em sua resposta, dois exemplos 
de eixo hipotálamo-hipófise e órgão alvo, diferentes do exemplo dado acima. 
 
 
O eixo hipotálamo-hipófise fica localizado na base do sistema nervoso. A 
hipófise se localiza, mais especificamente, na sela túrcica (uma pequena fosseta do 
osso esfenoide), e é considerada glândula mestre, pois secreta hormônios que 
controlam outras glândulas no organismo e desempenham inúmeras atividades. A 
hipófise se divide em o lobo anterior, ou adeno-hipófise, e o lobo posterior, ou neuro-
hipófise. Esta é uma porção da glândula que não produz hormônios, apenas realiza 
armazenamento e secreção. Já a adeno-hipófise produz e secreta hormônios. 
 
A interação hipotálamo e neuro-hipófise se dá por de tractos neuronais, ou seja, 
por axônios que partem do hipotálamo e se estendem até o lobo posterior da hipófise. 
Os hormônios produzidos por células localizadas no hipotálamo migram por meio dos 
axioplasmas até a hipófise e então são armazenados e posteriormente secretados. 
São dois os axônios que pertencem a esse sistema: 1) axônios do núcleo supra-óptico, 
2) axônio do núcleo paraventricular. Ambos localizados no hipotálamo. Desta forma, 
os hormônios produzidos pelo hipotálamo são a ocitocina e o ADH (hormônio 
antidiurético). 
 
Já a interação do hipotálamo com a adeno-hipófise ocorre por meio de sistema 
vascular (sistema porta). O hipotálamo anterior produz seus hormônios, os lança na 
corrente sanguínea pelo sistema porta então atinge o lobo anterior da hipófise que, 
estimulada pelos hormônios hipotalâmicos (estimulantes de liberação), produz outro 
hormônio que será lançado na corrente sanguínea. O hipotálamo libera sete tipos de 
hormônios para atuar na adeno-hipófise, dentre esses, cinco são estimulantes de 
liberação: 1) PRH – Hormônio liberador de prolactina; 2) GHRH – Hormônio liberador 
de hormônio do crescimento; 3) CRH – Hormônio liberador de corticotrofina; 4) TRH 
– Hormônio liberador de tireotrofina; 5) GNRH – Hormônio liberador de Gonadotrofina. 
 
Os outros dois hormônios secretados pelo hipotálamo atuam sobre a adeno-
hipófise com a função de inibição: 1) Dopamina (inibe produção de prolactina); 2) 
Somatostatina (inibe produção de GH). 
 
A partir da estimulação pelos hormônios estimulantes, a adeno-hipófise secreta 
seis hormônios: 1) Prolactina; 2) GH (Hormônio do Crescimento); 3) ACTH (Hormônio 
Adrenocorticotrófico); 4) TSH (Hormônio estimulante da Tireoide); 5) LH (Hormônio 
Luteinizante); 6) FSH (Hormônio Folículo estimulante). 
 
A regulação do eixo hipotálamo-hipofisário ocorre por meio das alças de 
feedback ou retroalimentação a fim de que não haja excesso nem deficiência na 
produção hormonal, visando a homeostase, sendo que os próprios hormônios 
liberados fazem essa regulação. 
 
O feedback pode ser negativo ou positivo. O feedback negativo 
(retroalimentação) é aquele no qual os hormônios (finais) atuam, na hipófise e no 
hipotálamo, para reduzir a secreção, inibindo-a. Já o feedback positivo 
(anteroalimentação) é aquele em que os hormônios (finais - sinais) atuam, na hipófise 
e no hipotálamo, para aumentar a secreção, estimulando-a. Assim, com o controle da 
quantidade hormonal lançada no organismo, há a manutenção dos níveis de 
hormônios e o correto funcionamento do organismo como um todo. 
 
Havendo desregulação na produção hormonal, podem ocorrer doenças 
endócrinas. Essas pode ser ocasionas por um problema na própria glândula ou 
porque o eixo hipotálamo-hipófise está fornecendo estímulo excessivo ou 
insuficiente. Às vezes, o sistema imunológico do organismo ataca uma glândula 
endócrina (doença autoimune), causando diminuição da produção hormonal. Como 
exemplos de doenças endócrinas pode-se citar: 1) o hipertireodismo – quando há 
hiperprodução de TSH; 2) hipotireoidismo, quando há produção insuficiente de TSH; 
3) Doença de Cushing, quando há hiperprodução de CRH; 4) Doença de Addison, que 
ocorre quando as glândulas adrenais ficam hipoativas, influenciando no níveis de 
sódio, potássio, cortisol e corticotrofina; 5) Acromegalia, quando há hiperprodução do 
hormônio do crescimento (GH); 6) Baixa estatura em crianças, quando há deficiência 
na produção do GH. 
 
Outros exemplos: 
1) o frio estimula o hipotálamo a liberar o TRH – Hormônio liberador de 
Tireotrofina. Esse TRH estimula a hipófise a produzir e secretar o TSH – 
Hormônio Estimulante da Tireoide, que então é liberado e vai estimular a 
tireoide. A tireoide, por sua vez, sintetiza os hormônios T3 e T4 (são os 
hormônios finais), que realizam suas ações no organismo. Os hormônios 
liberados em quantidade normal pela tireoide, T3 e T4, fazem uma regulação 
por meio de feedback negativo, inibindo a hipófise (para reduzir a liberação de 
TSH) e inibindo também o hipotálamo (para reduzir a liberação de TRH). Da 
mesma forma, pode haver retroalimentação positiva e ela ocorre quando os 
níveis de hormônios finais, no caso T3 e T4, estão reduzidos. Então, ocorre 
uma retroalimentação, ou feedback positivo, estimulando a hipófise a liberar 
maior quantidade de TSH, e estimula o hipotálamo a produzir maior quantidade 
de TRH. 
2) Prolactina: a regulação hipotalâmica de sua secreção é predominantemente 
inibitória; seu principal regulador é a dopamina (DA), a qual inibe sua secreção. 
A prolactina atua principalmente em mulheres na gravidez e no pós-parto em 
mulheres que amamentam. A sucção ou manipulação das mamas aumentam 
muito os níveis de prolactina, podendo corresponder a uma elevação de 10-
100 vezes 30 minutos após estimulação. Efeitos fisiológicos são limitados aos 
tecidos que expressam o receptor de prolactina, como a glândula mamária. 
Induz crescimento e diferenciação dos epitélios ductais e túbulo-alveolares, 
sendo essencial para a lactação.

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