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Resumo 2° Prova

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Resumo - Prova 2 
 
ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS T 
 
Linfócitos B e T possuem tipos diferentes de receptores de superfície para antígenos, 
o que justifica terem mecanismos diferentes de ativação 
- linfócito B - Imunoglobulinas (do tipo IgM) - 4 cadeias 
- macromoleculas - linfócito T - TRC ( T cell 
receptor) - 2 cadeias - peptídeo apenas ● ambos os 
receptores possuem regiões de alta variabilidade. 
 
* Os receptores de célula T diferem das imunoglobulinas ligadas a membrana que 
funcionam como receptores de célula B. O receptor de célula T possui apenas um 
sítio de ligação enquanto o de célula B possui dois. Os receptores de célula T 
nunca são secretados. 
 
O reconhecimento do antígeno por linfócitos T depende da participação de 3 
conjuntos moleculares: 
1. receptor de linfócito T (TCR) 
2. transdutores de sinal (CD 3, Zeta, CD 4/CD 8 e CD 28) - CD 3e Zeta possuem 
motivos intracelulares de ativação baseados em tirosinas (ITAM) 
3. moléculas de adesão ( CD 2, LFA-1 e outros) 
 
1º sinal - Além do contato com o antígeno (peptídeo), linfócitos T necessitam que 
APCs apresentem proteínas co-estimulatórias para iniciar sua ativação. (ex. B7) 
- o sinal co-estimulatório serve para confirmar que o peptídeo apresentado consiste 
em material estranho. 
2º sinal - Linfócitos T ainda necessitam estimulação via citocinas, especialmente IL-
2 
 
Linfócitos T ativados (efetores) deixam os nódulos linfáticos e vão exercer suas 
funções nos tecidos periféricos. 
 
Imunidade mediada por células - imunidade celular 
Imunidade mediada por fatores solúveis (anticorpos) - imunidade humoral 
 
Existem vias para ativação de linfócitos T 
- Th1 - via imunidade celular 
- Th 2 - via imunidade humoral 
- Th1 libera INFy - ativa macrófago e inibe via Th2 
- Th2 libera IL-10 que inibe Th1 / libera IL-4 e IL-5 ativa linfócito B que produz 
anticorpos - São auto reguladoras, quando se inicia uma via, a outra fica 
desativada. 
 
IMUNIDADE CITOTÓXICA 
 
O sistema imune emprega diferentes mecanismos efetores na resposta a diferentes 
tipos de micróbios, levando à erradicação dos patógenos por vias distintas. 
 
Patógenos Imunidade INATA imunidade ADQUIRIDA 
micróbios extracelulares complemento, fagócitos humoral (anticorpos) 
lise e/ou fagocitose do micróbio 
micróbios intracelulares 
 fagócitos, células NK celular (linf. T citotóxicos) 
 lise e/ou fagocitose da célula infectada (citotoxidade) 
 
Uma típica resposta imune contra parasita intracelular envolve ativação de 
macrófagos. 
● Macrófagos são ativados principalmente por INFy produzido pela células NK 
(fase inata) e linfócitos T (fase adquirida). 
● Quando estimulados por INFy, os macrófagos aumentam muito sua capacidade 
fagocítica e microbicida, e tornam-se potentes secretores de IL-12, IL-1 e TNF. 
- aumento da expressão de moléculas co-estimulatórias (B7) 
- aumento da capacidade microbicida 
- aumento da secreção de citocinas (IL-12, IL-1 e TNF) 
- aumento da expressão de moléculas MHC ● Sua atividade microbicida é 
melhorada por: 
- produção aumentada de enzimas lisossomais 
- produção de reativos intermediários de oxigênio (ROI) - podem ser nas vesículas 
ou sobre micróbios extracelulares 
- produção citoplasmática de óxido nítrico (NO) 
 
TNF - Fator de Necrose 
Tumoral 
● estimula o endotélio 
dos vasos a: 
- produzir moléculas de adesão, que capturam leucócitos que estejam em circulação 
- reorganizar a membrana basal que delimita o vaso sanguíneo para permitir a 
diapedese 
* Principais moléculas de adesão endoteliais: E-selectina, ICAM (intercelular) e VCAM 
(vascular) 
* Moléculas de adesão são produzidas pelo endotélio após estímulo pelas frações a do 
complemento (C5ae C3a) assim como por TNF 
* Assim, clones de linfócitos antígeno-específicos chegam e permanecem no local da 
infecção até a erradicação do corpo estranho, assegurando uma continuada estimulação 
dos macrófagos residentes no tecido através de INFy. 
 
 
Quando exacerbado esse estímulo pode levar a uma condição chamada de choque séptico. 
Manifestação clínica grave caracterizada por resposta inflamatória sistêmica, pela produção 
exacerbada de citocinas pró-inflamatórias: principalmente TNF 
- TNF em pequena quantidade - inflamação local 
- TNF em média quantidade - efeitos sistêmicos 
- TNF em quantidade elevada - choque séptico 
 
A ativação de linfócitos T citotóxicos demanda a participação de células 
apresentadoras de antígenos profissionais, e eventualmente de citocinas 
produzidas por linfócitos T auxiliares. 
 
Dois possíveis tipos de ativação de linfócitos T citotóxicos: 
- macrófagos apresentam peptídeos estranhos em MHC I para T CD8 e uma 
proteína co-estimulatória B7 confirma o corpo estranho (1º sinal) 
- macrófagos apresentam peptídeos estranhos em MHC I para T CD8 e T CD4, T 
CD4 libera IL-2 que estimula ainda mais T CD8. (2º sinal) 
 
Ação dos linfócitos T citotóxicos: 
1. reconhecimento de peptídeos estranhos e adesão entre células 
2. mobilização dos grânulos de granzima e perforina 
3. desgranulação cobre a célula alvo - golpe letal 
4. desprendimento das células 
5. morte da célula alvo 
 
Tipos de ação de linfócitos T citotóxico: 
Lise celular por Perforina desequilíbrio osmótico 
morte por choque 
osmótico 
Apoptose celular mediada por 
Granzima 
ativação da cascata de 
caspases 
morte por apoptose 
Apoptose celular mediada por 
FasFasL 
ativação da cascata de 
caspases 
morte por apoptose 
 
Importância da ativação de linfócitos T citotóxico: 
- infecções virais 
- vigilância de neoplasias 
- infecções por bactérias intracelulares 
- rejeição de aloenxertos 
 
Superantígenos 
- não sao processados - interação fora do sulco de MHC (I ou II) 
- dependem de Vbeta específica de TCR 
- ativam 1-10% das células periféricas 
- origens: toxinas bacteriana; proteínas de retrovívus 
- efeitos nocivos: ativação maciça de linfócitos; intensa liberação de citocinas; 
síndrome de choque tóxico; apoptose das células ativadas. 
 
Células Assassinas Naturais - NK (linfócitos atípicos) 
- cromatina frouxa e citoplasma granular abundante; célula grande 
- maturação extra-tímica 
- são CD3-, CD16+ (receptor para FC de IgG1) e CD56+ (moléculas de adesão) 
 
● Presente no intertício pulmonar, mucosa intestinal e fígado 
● Escassas no timo, nódulos linfáticos e sangue; ausente no ducto torácico. 
 
Células NK ativas produzem: 
- INFy - ativa macrófagos, induz evolução de linfócitos T em ativação para Th1 
(resposta celular) - TNF - induz quimiotaxia local 
- GM-CSF - produção de granulócitos e cacrofagos (aumenta hematopoese) 
 
* Células NK não produzem receptores por rearranjo genético. Possuem receptores 
inibitórios sensíveis ao teor de MHC de classe I no alvo: semelhantes a imunoglobulinas 
e a lectinas 
 
* Células alvo revestidas de IgG podem ser mortas por células NK, fenômeno 
mediado por CD16 (receptor para Fc de IgG); ausentes em linf. T CD8. 
 
 ● citotoxidade mediada por células e dependente de anticorpos 
Imunidade Citotóxica 
 
 Imunidade Inata Imunidade 
Adquirida 
Ação 
Micróbios 
extracelulares 
Complemento, 
fagócitos 
Anticorpos 
(humoral) 
Lise e/ou 
fagocitose do 
micróbio 
Micróbios 
Intracelulares 
Fagócitos 
Células NK 
Linfócitos T CD8 
(celular) 
Lise e/ou 
fagocitose da 
célula infectada 
 
Macrófago: 
o São ativados principalmente por IFN-γ produzido pelas células NK e linfócitos T. 
o Quando ativados, tem sua capacidade fagocítica e microbicida aumentadas, e se 
tornam potentes secretores de IL-12(Aumenta produção de IFN-γ), IL1(Pró-
inflamatória) e TNF, além de aumentar a expressão de moléculas coestimulatórias, 
capacidade microbicida e expressão de moléculas de MHC. 
o Atividade microbiota é melhorada devidoo aumento de enzimas lisossomais e 
reativos intermediários de oxigênio (ROI), que podem ser tanto direcionados para 
suas vesículas digestivas quanto secretadas. Macrófagos ativados também 
produzem no citoplasma o óxido nítrico. 
o O TNF secretado por macrófagos estimula o endotélio dos vasos a produzir 
moléculas de adesão e reorganizar a membrana basal para permitir a diapedese. o 
Principais moléculas de adesão endotelial: 
Molécula Célula 
E-selectina Neutrófilo 
ICAM Macrófago 
VCAM Linfócito 
o Frações C5a e C3a produzem moléculas de adesão assim como o TNF Linfócito 
T citotóxico: 
o A ativação demanda a participação de APCs seguido por citocinas (Ele pode se 
auto estimular e receber IL-2 vinda de TCD4) 
o Quando ativos são capazes de: 
o Lise celular mediada por perforina – desequilíbrio osmótico o Apoptose celular 
mediado por granzima – ativação de cascata de carpases 
o Apoptose celular FAS(toda célula do corpo tem) – FASL – ativação da cascata de 
caspases 
o Isso ocorre através do reconhecimento de peptídeos estranhos e adesão entre 
células, logo os grânulos de granzina e perforina são mobilizados e desgranulados 
sobre a célula alvo, depois o linfócito se desprende da célula que morre. 
Superantígenos 
o Não são processados : Interação fora do sulco de MHC o 
Dependem do v-Beta específica de TCR o Ativam 1-10% das 
células periféricas o Toxinas bacterianas / Proteínas de retrovírus 
o Ativação maciça de linfócitos, intensa liberação de citocinas, 
choque anafilático, apoptose das células ativadas. 
Celulas Assassinas Naturais (NK) 
o Linfócito atípico (maturação extra-tímica) o Matam célula alvo por perforinas e 
granzima o Quando ativas produzem IFN γ – ativa macrófagos e induz evolução 
de linfócito T para o perfil TH1; TNF – induz quimiotaxia local; GM – CSF 
produção de ganulócitos, aumenta a hematopoese 
o Possuem receptores inibitórios sensíveis ao teor de MHC de classe 1 (Quando há 
pouco MHC de classe 1 ela ativa). Ativa também por células-alvo revestidas de 
IgG. o Citotoxicidade mediada por células e dependente de anticorpos (ADCC 
 Imunidade Humoral 
o A resposta por anticorpos pode ser dividia em fases: Lag (Desafio com antígeno), Fase 
log (Aumenta números em escala algoritmia), Platô (Auge), 
Declínio (Redução de número – não se manter inflamado) o Os perfis dos anticorpos 
produzidos entre um estímulo antigênico primário e secundário são tanto quantitativa 
quanto qualitativamente diferentes: Na resposta primária terão menos anticorpos e IgM será 
predominante, na segunda terá mais anticorpos e predominante outras classes dependendo 
do tecido, assim como na segunda a resposta é mais rápida, a concentração de antígeno 
necessária para induzir resposta é menor na segunda, e a afinidade é maior na segunda 
também. 
o IgMs de membrana não possuem domínio transmembranârio longo, por isso, se 
associam às cadeias invariáveis de Ig alfa e Ig beta para formar o receptor 
linfocitário B completo (BCR). 
o Em regra, antígeno sozinho não ativa linfócitos B virgens. Necessário moléculas 
co-estimuladoras, sendo a C3d seu principal co-estimulador. O co-receptor do 
BCR é formado por CR2, CD19 e CD81. 
o 1º sinal: A ligação do antígeno + moléculas co-estimuladoras aos receptores de 
superfície do linfócito B promove várias respostas celulares chamadas 
estimulação T-independente. 
o Proliferação mitótica, aumento do volume celular, aumento das organelas, 
expressão de B7, expressão de receptores para citocinas, expressão de receptores 
de proteínas anti-apoptóticas. 
o 2º sinal: Depende de estimulação de linfócitos T auxiliares ativados, denominado 
de estimulação T-dependente o Secreção de anticorpos, mudança de isótopo, 
maturação de afinidade, célula B de memória; 
o Secreção de anticorpos: induzida por citocinas IL-2, IL-4 e IL-5, linfócitos 
passam a secretar anticorpos. 
o Mudança de isótipo: Citocinas oriundas de linfócitos T auxiliares ativados podem 
influenciar os isótipos de anticorpos produzidos pelos linfócitos B. 
o Maturação de afinidade: também por influência de citocinas, mutações de ponto 
são produzidas sobre as região variáveis (região V) dos genes para 
imunoglobulina (cadeias pesada e leve), de forma a produzir anticorpos de maior 
afinidade pelo antígeno. 
o Na imunidade humoral, as principais funções efetoras desempenhadas são 
complementadas pela ativação de macrófagos. 
o As funções são: Neutralização, Opsonização e fagocitose mediada pela porção 
Fc, Ativação do complemento (Lise, inflamação, fagocitose mediada por C3b) 
TÉCNICAS DE IMUNOENSAIOS 
 
o Reação de precipitação 
o Acontece quando á um excesso de anticorpo em relação ao antígeno ou quando a 
mesma quantidade de antígeno e anticorpo. 
o Quantidades constantes de antígenos e subjecentes de anticorpos. o Esse é 
colocado em concentrações como mostrado na figura e é diminuído sua 
concentração progressivamente 
o 
o Reagentes não marcados 
o (Aglutinação direta/indireta/ inibição de aglutinação) 
o Aglutinação: reação de um anticorpo solúvel com um antígeno aderido na 
superfície de hemácias, bactérias látex, formando agregados visíveis. 
o Aglutinação direta: Antigeno natural, faz parte naturalmente da partícula 
Resulta na reação de antígenos e anticorpo, sendo os antígenos naturais da 
superfície de hemácias, bactérias látex... (Tipagem sanguínea e toxoplasmose) 
o Sistema ABO: Para saber a tipagem sanguínea basta adicionar anticorpos anti A 
anti B anti AB e Fator RH, sendo que no sangue já possui o antígeno, se houver 
aglutinação significa que aquela amostra é referente ao que aglutinou, ou seja se 
na amostra que foi adicionada anti A aglutinou, isso significa que a pessoa é A. 
o Aglutinação indireta: A partícula naturalmente não possui o antígeno que será 
ligado ao anticorpo. Resultado da reação de anticorpos e antígenos artificialmente 
aderidos a hemácias, partículas de látex (Fator reumatoide, 
ASLO,PCR) 
o ASLO: O kit é constituído de solução contendo partículas de poliestireno 
sensibilizadas com Estreptolisina O. ou seja vemos que nesse caso a partícula não 
possui o antígeno, é necessário aderir a ele a toxina da bactéria para que os 
anticorpos possam aderir e ocorrer a aglutinação. Logo, é colocada essa partícula 
sensibilizada sobre solução com anticorpo e ai ocorre a aglutinação. 
o Inibição de aglutinação: Impedir que ocorra inibição 
o Direta: Detectar anticorpos contra vírus sarampo,rubéola e influenza. 
o Indireta: Adicionar antígeno solúvel á amostra que contenha os AC, visando o 
bloqueio dos sítios de ligação, para que não reaja com o antígeno presente nas 
partículas sensibilizadas. Teste de gravidez e exame de hepatite. 
o Teste de gravidez quando a presença de HCG na urina, não ocorrerá 
aglutinação e caso não tenha o hormônio acontecerá aglutinação. 
o 
o Reagentes marcados 
o Elisa É um método imunológico bastante utilizado para identificar concentrações 
de antígeno e anticorpo, por apresentar grande especificidade e sensibilidade. 
o É adiciona um antígeno ou anticorpo marcado por uma enzima, quando a ligação 
entre o antígeno e o anticorpo é feita, é liberado uma coloração que afirma o 
resultado positivo, a presença de coloração é indicativo que o paciente é positivo 
a aquela doença. 
o Elisa direto 
o É adicionado no fundo do ensaio anticorpos específicos de acordo com a suspeita, 
logo após é jogado o soro contendo partículas de antígeno, depois é adicionado 
antígeno conjugado com uma enzima, logo após substrato e acido sulfúrico para 
parar a reação. Se houver ligação entre anticorpo+antígeno+anticorpo marcado 
mudará a coloração e o resultado será positivo. 
o Elisa indireto: No fundo do tubo de ensaio é adicionado o antígeno, logo após é 
lançado anticorpos, logo depois é colocado anticorpo marcado adicionado 
substrato e acido sulfúrico para parar a reação.Se houver a ligação entre 
antígeno+anticorpo+anticorpo marcado, mudará a coloração e o resultado será 
positivo. 
o Elisa sanduiche Um anticorpo para um antígeno especifico é colocado no fundo 
do tubo de ensaio, logo em seguida é adicionado a solução problema, que se liga 
ao anticorpo, logo depois é adicionado outro anticorpo que se liga a esse antígeno, 
e por ultimo um terceiro anticorpo marcado com a enzima é adicionado, caso 
aconteça ligação a amostra mudará de cor e o resultado será positivo. 
o Elisa competitivo: Anticorpo aderido ao fundo do tubo de ensaio, adiciona a 
solução problema, adiciona o antígeno marcado com uma enzima. Caso o 
anticorpo se ligue ao antígeno da solução problema a solução não mudará de cor, 
e caso o anticorpo se ligue ao antígeno marcado haverá a mudança de cor trazendo 
um resultado negativo. 
o Imunofluorescência: Anticorpos e antígenos são conjugados a uma substancia 
(fluorocromo) que quando excitada por radiação UV emite luz no expecto visível. 
o Direta: detecção direta do microrganismo utilizada para identificar 
microrganismos nas fezes, urinas e também para analisar a fenotipagem de alguns 
canceres. 
o Indireta: diagnostico sorológico de diversas doenças chagas, AIDS, hepatites e 
complexos em doença autoimunes. 
o Citometria de fluxo - O que acontece em tempo real 
o Técnica utilizada para separar, contar, examinar e classificar partículas 
microscópicas suspensas em meio liquido em fluxo através de um sensor. 
o Como funciona: A Citometria de fluxo é uma técnica baseada no emprego de 
laser óptico amplamente utilizado para triagem, contagem individual de células e 
detecção de biomarcadores em proteínas. A técnica por meio de um feixe de laser 
incidente faz a medição da dispersão e da fluorescência do feixe de laser refletido, 
a partir da amostra celular. Empregada em estudos de células em fluxo e por 
possuir amplas aplicações é denominada como citometria de fluxo 
multiparamétrica (FCM). A FCM realiza a rápida identificação de células no 
instante que estas passam através de um aparelho de detecção eletrônica em uma 
corrente líquida. Após a separação individual celular é feita a análise, contagem, 
e qualificação das micropartículas suspensas em fluxo, em meio líquido. Desse 
modo, realiza com rapidez a identificação de inúmeras características biológicas 
contidas nas células como: os ácidos nucleicos, receptores de superfície, epítopos 
de proteínas, a síntese de proteínas, de citocinas, e concentração de íons, ao 
mesmo tempo dentro de uma célula única. A vantagem desta tecnologia é a 
capacidade para a medição simultânea de vários parâmetros. Por meio dessas 
múltiplas informações resultam em uma compreensão minuciosa sobre a 
linhagem, estado de ativação ou a patologia celular. 
 
o IMUNOLOGIA DOS TUMORES 
 
 Células cancerosas continuam se multiplicando em vez de morrerem (como as 
células saudáveis). Elas crescem sem controle, gerando várias células anormais, que 
podem se espalhar pelo corpo. 
 Antígenos tumorais podem ser: 
 Específicos: localizados em células tumorais, mas não em células normais 
 Associados a tumores: antígenos tumorais que também são expressos em células 
normais. 
 Tipos de tumores: 
 Benignos: não são capazes de invadir tecidos adjacentes ou ir para outro local do 
corpo 
 Malignos: invadem tecidos adjacentes e causam metástase. 
o Surgimento dos canceres 
o Fase de eliminação: Celulas imunes podem identificar e eliminar o tumor o Cd4 
NK INFy CD8 
o Fase de equilíbrio 
o Surgem variações de células tumorais mais resistentes para serem eliminadas; 
com o passar do tempo, variante tumoral vão se desenvolvendo. 
o Fase de escape 
o Uma variante celular pode escapar ao mecanimos de ataque; recrutar células 
reguladoras para protege la para poder se espalhar sem ser atacada. Nesse 
momento o tumor é clinicamente identificável. 
o Mecanismo de escape ao SI 
o Baixa imunogenicidade 
o - Alguns tumores não tem peptídeos de proteínas novas que possam ser 
apresentados ao MHC, e assim o organismo entende como se fosse células 
normais do organismo. 
o - Outros perdem uma ou mais moléculas do MHC; 
o - A maioria não expressa as proteínas coestimuladoras que ativariam as células T 
virgens 
o Tumor tratado como célula própria 
o - As células tumorais podem até ser capturas pelos APCS na ausência de sinais 
coestimuladores as células T se tornam tolerantes a eles. 
o Modulação antigênica 
o Os tumores podem expressar antígeno e ser identificado pelo SI e ele pode criar 
anticorpos contra o tumor, porém a célula tumoral faz uma endocitose, e ai o SI 
perde seus receptores por conta que eles foram internalizados para dentro da 
célula tumoral. 
o Supressão imune induzida pelo tumor 
o O tumor pode expressar alguns ligantes que impedem a morte programada e 
resposta imune. 
o Recrutar células T reguladoras que podem secretar citocinas 
imunossupressoras. 
o Sitio privilegiado induzido pelo tumor 
o Ele pode secretar colágeno que forma uma barreira física em torno do tumor 
evitando ataque. 
 
 
Por que o sistema imune não é totalmente suficiente no combate aos tumores? 
 Apresentam baixa imunogenicidade, pois células tumorais se derivam de 
células do hospedeiro e se parecem com células normais. Além de: 
 Alguns tumores não têm peptídeos de proteínas novas que possam ser 
apresentados pelas moléculas do MHC, e, assim, parecem normais para o 
sistema imune. 
 A maioria não expressa as proteínas coestimuladoras necessárias para ativar 
as células T virgens. 
 Os antígenos tumorais apresentados na ausência de sinais coestimuladores 
fazem com que as células T se tornem tolerantes a estes. 
 Células tumorais podem secretar moléculas como o colágeno que forma 
barreira física ao redor do tumor, evitando o acesso de linfócitos. APC, célula 
apresentadora de antígeno. 
 Os tumores podem inicialmente expressar antígenos aos quais o sistema imune 
responde, porém estes se perdem devido à internalização induzida por 
anticorpos ou por variação antigênica. 
 A mudança antigênica, ocasionada pela instabilidade genética do tumor, é 
considerada como parte de uma fase de equilíbrio, que pode levar à expansão 
do tumor quando o sistema imune não é mais capaz de se adaptar. 
 Tumores frequentemente produzem substâncias com TGF-ᵦ, que inibem a 
resposta imune diretamente ou que podem recrutar células T reguladoras que 
podem por si secretar citocinas imunossupressoras. 
 
 O estadiamento é feito com o objetivo de avaliar o tumor e a gravidade da 
doença, bem como estabelecer uma conduta terapêutica adequada e pode ser feito 
levando em consideração os seguintes fatores: localização, tamanho ou volume, 
invasão direta e linfática, metástases, diagnóstico histopatológico, manifestações 
sistêmicas, sexo, idade e características biológicas do paciente. 
 A imunoterapia é uma forma de tratamento que promove a estimulação da 
resposta imunológica, pode ser ativa ou passiva. 
 Ativa: substâncias estimulantes (antígeno, geralmente retirado das células 
cancerosas, que induz resposta imunológica) e restauradoras da função 
imunológica são administradas para intensificar a resistência ao crescimento 
tumoral. Exemplo: junção de células dendríticas com células tumorais ou 
antígenos tumorais in vitro, que são recolocadas no corpo do paciente. 
 Passiva: anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são 
administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate 
à doença. As células são monoclonais (idênticas), capazes de atacar células 
cancerosas; são produzidos em cobaias e depois injetadas no paciente. 
Exemplo: Anti-CD20 para linfonoma de célula B. 
 
 IMUNIDADE CELULAR E HUMORAL 
 
- O sistema imunológico possui dois tipos de defesa, chamadas de imunidade 
celular e imunidade humoral.- A imunidade celular é aquela mediada diretamente pelos linfócitos T matadores, 
já a imunidade humoral é aquela em que participam anticorpos específicos, 
produzidos pelos linfócitos B maduros, e que se encontram presentes no plasma 
sanguíneo. 
- Os anticorpos são os principais agentes da imunidade humoral, e eles são capazes 
de reconhecer e ligarem-se especificamente aos antígenos que estimularam a 
formação do anticorpo em uma reação altamente específica. Dessa forma, cada 
tipo de anticorpo se liga exclusivamente a um único tipo de antígeno. 
 
 
 
HIPERSENSIBILIDADES 
• É uma resposta exagerada do sistema e imediata 
• Ocasiona lesões sobre células ou tecidos normais do organismo 
• Pode causar: resposta excessiva e/ou descontrolada contra um determinado 
patógeno (reação hiperimune), ou decorrer de uma falha na tolerância do organismo 
aos antígenos próprios (doença auto-imune) 
Exemplo: Anafilaxia - broncoconstrição, inflamação 
Classificação: Por tipo de mecanismos efetores na resposta imune e por natureza local 
do antígeno envolvido. 
 
TIPO I – Ativa mastócitos e basófilos (IgE) 
Alergia / Reação anafilática 
-Ocorre imediatamente após o contato com o antígeno, dependendo de um 
histórico de exposição prévia ao mesmo antígeno 
-IgEs não permanecem circulantes por um longo tempo. São captadas por 
receptores na superfície de PMNs denominados mastócitos e basófilos, 
funcionando como receptores para o antígeno nestas células (sensibilização). 
-Exemplos: Alergia a comida, asma, eczema, etc 
-Por ocasião de um segundo contato com o antígeno, mastócitos e basófilos sofrem 
desgranulação (liberação do conteúdo dos seus grânulos) mediada por suas IgEsde 
superfície. 
Importante: o repertório de IgEs existente na superfície de mastócitos e basófilos é 
poliespecífico (contra mais de um antígeno). Por isso, o mecanismo de ativação envolve 
‘cross-linking’ entre dois receptores capazes de ligar o mesmo antígeno! 
-Mastócitos e basófilos são desempenhados por mediadores químicos: 
• pré-formados - aminas vasoativas (histamina em humanos; serotonima em roedores.) 
• sintetizados de novo - mediadores lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos) - 
citocinas (ECF, TNF, IL-4, PAF, etc). 
 TIPO II – IgG e IgM contra células ou MEC, fagócitos e complemento 
Citotóxica / Opsonização e fagocitose de células; ativação do complemento; 
anormalidade da função celular. 
-A lesão tecidual ocorre pela ligação de anticorpos das classes IgG e IgM sobre células 
do organismo (tecidos ou no sangue) 
-Reações por transfusões sanguíneas 
-Doenças auto-imunes 
-Anemia hemolítica 
-Medicamentosa 
Hipertireoidismo - anticorpos ligam-se ao receptor para TSH, mimetizando a ação deste 
hormônio 
Miastenia gravis - anticorpos ligam-se ao receptor para acetilcolina, impedindo a ação deste 
neurotransmissor 
 
TIPO III – IgG E IgM forma imunocomplexos e ativa fagócitos 
-Ex.: Órgão / Néfrons (rim) 
-Formação e deposição de imunocomplexos sobre tecidos; ativação do complemento 
 
TIPO IV - Linfócitos TCD4+ e TCD8+ chamada de celular ou tardia (T-dependente) 
-Inflamação mediada por citocinas; ativação de macrófagos. 
 EX: Sistema ABO, Doença hemolítica do recém-nascido 
• Hipersensibilidade do Tipo III 
-A lesão tecidual ocorre pela deposição de imunocomplexos nos tecidos e vasos sangüíneos do 
organismo. 
-Transfusões sanguíneas: Doença do soro (soro equino anti-difteria, soro anti-ofídeo) 
-Doenças auto-imunes: Artrite Reumatóide (IgG anti-IgG - fator reumatóide) 
-As manifestações clínicas das hipersensibilidades do tipo III variam conforme o local de 
deposição dos imunocomplexos. EX Reação de Arthus: típica manifestação clínica que se 
desenvolve 4-12 horas após injeção, podendo gerar hemorragia ou exantema. 
-A lesão tecidual ocorre pela intensa e prolongada ativação de fagócitos (principalmente 
macrófagos) no foco da infecção. 
-A permanência prolongada do antígeno resulta em intensa ativação de linfócitos T e 
conseqüente acúmulo de citocinas (IFN- e TNF), as quais promovem ativação exacerbada de 
macrófagos. 
-Formação de células epitelióides e macrófagos gigantes. 
-Formação de granuloma. 
 
RESUMÃO 
• Tipo I (imediata) 
-INDUZIDO POR: antígenos que induzem IgE 
-ADVENTO DA REAÇÃO: minutos 
-LESÃO PATOLÓGICA: edema, constrição da musculatura lisa 
-TRANSFERÊNCIA ADOTIVA POR: soro 
-COMPLEMENTO: não envolvido 
-CÉLULAS ENVOLVIDAS: mastócitos e basófilos 
• Tipos II e III 
-INDUZIDO POR: antígenos que induzem IgG e IgM 
-ADVENTO DA REAÇÃO: 2-6 horas 
-LESÃO PATOLÓGICA: vasculites, necroses inflamação 
-TRANDFERÊNCIA ADOTIVA POR: soro 
-COMPLEMENTO: envolvido 
-CÉLULAS ENVOLVIDAS: neutrófilos e macrófagos (recrut. opsoninas) 
• Tipo IV (tardia) 
-INDUZIDO POR: antígenos protéicos (T-dependentes) 
-ADVENTO DA REAÇÃO: 2-6 h. para inflamação; 24-48 h. para induração 
-LESÃO PATOLÓGICA: infiltrado fagocítico perivascular 
-TRANDFERÊNCIA ADOTIVA POR: linfócitos 
-COMPLEMENTO: não envolvido 
-CÉLULAS ENVOLVIDAS: linfócitos T e macrófagos 
 
 
IMUNODEFICIÊNCIA CONGÊNITA 
 
Defeitos no sistema imunitário 
 Aumento da susceptibilidade à infecção de repetição usualmente graves e muitas 
vezes fatais 
 Pacientes são mais susceptíveis a certos tipos de câncer 
 Estão associadas a um aumento na incidência da autoimunidade 
 Defeitos no desenvolvimento/ativação de linfócitos ou defeitos nos mecanismos 
efetores da autoimunidade inata e adaptativa 
Classificação 
Congênita ou primária 
 Aumenta infecções 
 Ocorre logo cedo (criança) 
 Eventualmente na vida adulta 
 Pode ser detectado clinicamente em idade mais avançada 
Afeta via complemento ou fagócitos, pode ser provocada por mutações genéticas que 
codificam enzimas, proteínas, etc 
 
Adquirida ou secundária 
 Desenvolve por má nutrição, câncer disseminado, fármacos imunossupressores ou 
presença de HIV infectante 
 Doenças neoplásicas infecciosas 
 
Imunidade humoral: deficiência de imunoglobulina - infecções por encapsulados, 
bactérias de formação de pus e alguns vírus 
Imunidade celular: deficiências de TCD8+ / linfopenia de TCD4+ - infecções por vírus 
e outros microorganismos intracelulares 
Deficiência de Linfócito B – desenvolve resistência / produção deficiente de anticorpos 
 
 Deficiência do Linfócito B 
Infecções de bactérias encapsuladas. Ex.: Agamaglobulina 
 Deficiência de IgA 
Baixo nível no soro. Ex.: Amigdalite purulenta 
 Deficiência do Linfócito T 
Infecção por microorganismos. Ex.: Resistência, oportunistas / Síndrome de DiGeorge 
 Deficiência Linfócito B e T 
Deficiência completa: SCID / Desenvolve na infância e resposta inadequada Ex.: Varicela 
zoster, cândida albicans 
 Fagócitos 
Infecções bacterianas. Ex.: Síndrome do Leucócito Preguiçoso 
 Sistema Complemento 
Infecções piogências 
 
Doença Granulomatosa Crônica (CGD) 
 Imunodeficiência primária, ligada ao cromossomo X que leva a produção 
defeituosa das espécies reativas de oxigênio que resulta em falha da morte dos 
micro-organismos fagocitados. 
- Produção defeituosa do ânion superóxido 
 
Manifestação: 
Infecções recorrentes 
Lesões múltiplas granulomatosas de pulmões, fígado, linfonodos e tratos gastrointestinal 
e geniturinário 
Abscesso 
Linfadenite 
Hipergamaglobulinemia 
 
Tratamento: 
 Sulfametoxazol-trimetoprima (Bactrim®) 
 Itraconazol 
 Voriconazol 
 Posaconazol 
 Interferon gama pode reduzir a gravidade e a frequência das infecções e costuma 
ser incluído no regime de tratamento. 
 
 Síndrome de DiGeorge 
 Imunodeficiência Celular 
 Defeito Congênito causado por uma Hipoplasia ou aplasia do timo 
 Deficiência de maturação das células T com ausência de glândulas paratireoides 
 Desenvolvimento anormal dos grandes vasos e Deformidades faciais 
 
 
Principais Características: 
Hipoplasia ouaplasia (menor desenvolvimento ou ausência de formação) congênita do 
timo e das glândulas paratireoides 
Hipocalcemia 
Grau variável de deficiência de células T 
Níveis de Imunoglobulinas e função dos anticorpos habitualmente normais 
Anormalidades faciais características 
Cardiopatia congênita de ocorrência comum 
Os defeitos cardíacos são a principal causa de mortalidade na DGS 
Alcoolismo materno 
 90 % apresentam deleção hemizigótica de 22q11 DGCR (Região crítica de 
DiGeorge) 
 Imunodeficiência primária que envolve defeitos nos linfócitos T 
 
Técnica de citogenética molecular: Hibridização in situ por Fluorescência (FISH) - 
detecta anomalias cromossômicas como microdeleções e rearranjos complexos 
através de sondas de DNA marcados. 
Tratamento: 
Síndrome parcial: suplementação de cálcio e vitamina D 
Síndrome completa: transplante de tecido tímico cultivado ou de células-tronco 
hematopoiéticas 
Síndrome de DiGeorge parcial: o hipoparatireoidismo é tratado com suplementos de 
cálcio e vitamina D; a sobrevida a longo prazo não é afetada 
Síndrome completa de DiGeorge: fatal, se o tratamento não for instituído, consistindo no 
transplante de cultura de tecido tímico ou transplante de células-tronco hematopoiéticas 
 
Agamaglobulinemia 
 Imunodeficiência hereditária secundária 
 Mutação em um gene do cromossomo X (sexual) 
Aspectos clínicos: 
Tonsilas pequenas 
Ausência de linfonodos 
Infecções recorrentes 
Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae (pulmão, seios paranasais e pele) 
Diagnóstico: Níveis baixos de imunoglobulina e ausência de células B / Teste genético 
Tratamento: 
Terapia de reposição de imunoglobulina 
O uso imediato de antibióticos adequados para cada infecção é crucial; bronquiectasia 
pode requerer troca frequente dos antibióticos 
Vacinas com vírus vivos são contraindicadas 
 
IMUNOLOGIA DAS MUCOSAS 
Conceitos: 
 MALT: tecido linfoide associado à mucosa. 
 GALT: tecido linfático associado ao intestino 
 Sistema imune regional: conjunto dos componentes do sistema imune que 
executa funções especializadas em uma localização anatômica particular. 
Características Gerais: 
 Os principais sistemas imunes regionais compartilham de uma estrutura 
anatômica básica, onde existem: 
 Barreira epitelial mais externa, que previne invasões microbianas; 
 Tecido conjuntivo subjacente contendo células de diversos tipos (para as 
respostas inatas e adaptativas), distribuídas de forma difusa; 
 Linfonodos drenantes mais distantes, onde as respostas imunes adaptativas 
aos invasores são iniciadas e amplificadas. 
 Os tecidos linfoides secundários (não encapsulados) localizados abaixo do 
tec. Epitelial contém linfócitos T e B, macrófagos e células dendríticas; 
 Cada sistema imune regional contém tipos celulares especializados e 
moléculas que podem não ser abundantes em outros locais 
 Possuem funções reguladoras importantes que previnem respostas 
indesejadas a microrganismos não patogênicos (como as bactérias 
comensais). 
 O sistema imune gastrintestinal é maior e mais complexo; 
 
 
 
Sistema gastrointestinal 
 Imunidade inata: barreiras físicas e químicas não específicas, como muco, junções 
oclusivas, presença de substâncias antimicrobianas, células dendríticas e macrófagos. 
 Células: 
Células caliciformes secretoras de 
muco 
Secretam muco 
Células M Fazem apresentação de antígenos 
Células de Paneth Secretam peptídeos antibacterianos 
Macrófagos e Células Dendríticas Inibem a inflamação e mantém a homeostasia, 
em indivíduos sadios; macrófagos secretam IL-
10 (citocina anti-inflamatória) 
 
 
 Receptores semelhantes a Toll e NLR (semelhantes a Nod): promovem respostas 
imunes a invasores e regulação da resposta contra bactérias comensais. 
-TLR5: reconhece flagelinas bacterianas. É expresso exclusivamente na 
superfície basolateral das células epiteliais intestinais (acessível somente às 
bactérias que tiverem invadido através da barreira). 
-NLR: reconhece flagelinas e estão localizadas no citoplasma das células 
epiteliais intestinais. 
 
 Imunidade adaptativa: 
 Possui características distintas das funções adaptativas em outros sistemas: 
-Principal forma de imunidade é a humoral > combate microrganismos no lúmen. 
Função mediada por IgA’s (se bebê, recebe pelo leite materno; combate 
Escherichia coli e Campylobacter). IgGs e IgMs também participam. 
-Células B ativadas nesses sítios tendem a sofrer troca de classe para IgA e as 
células B produtoras de IgA tendem a residir no intestino. 
-Imunidade mediada por células T auxiliares, sendo Th17 dominante nesse 
sistema. 
 As células iniciam ação no revestimento epitelial, onde são expostas a antígenos 
> os antígenos são levados do lúmen para o GALT através das células M > os 
linfócitos gerados no GALT e nos linfonodos mesentéricos são marcados, 
circulam pelo sangue e retornam para a lâmina própria do intestino 
Diferentes funções células Th no intestino 
As células Th17 parecem exercer papel especial na manutenção da função da barreira epitelial da 
mucosa, devido às duas citocinas que produzem, IL-17 e IL-22. 
Citocinas Th2 IL-4 e IL-13 >intensificação das secreções de fluidos e muco e indução da contração 
da musculatura lisa e motilidade intestinal. 
Th1 > Podem contribuir para a patogênese de distúrbio inflamatório intestinal. 
 
 Microbiota comensal: defesa e equilíbrio; ativam respostas de IgA; previne 
respostas inatas prejudiciais. 
 Doenças relacionadas: geralmente são causadas por respostas desreguladas a 
organismos comensais ou antígenos presentes nos alimentos. 
- Consiste em um grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados por inflamação 
remitente crônica no intestino delgado ou grosso, a qual é provavelmente 
resultado de respostas inadequadamente reguladas a bactérias comensais. 
-Doença de Crohn e Colite Ulcerativa são exemplos de defeitos na função de 
células Th e respostas Th1 e Th17 anormais. 
Sistema Respiratório 
• Barreira mucoide e estruturas ciliares compõem a imunidade inata. Além de junções de 
oclusão. 
• Proteínas surfactante alveolares A e D >> imunidade e regulação inibitória 
(inflamatória/alérgica). 
• A imunidade humoral protetora nas vias aéreas é dominada pela IgA secretória, assim 
como em outros tecidos de mucosa, embora a quantidade de IgA secretada seja menor 
do que no trato gastrintestinal. IgG tem papel importante. 
• Há relativamente poucos folículos linfoides agregados ou isolados na lâmina própria, em 
comparação ao observado no intestino, e provavelmente menos iniciação de respostas 
imunes humorais nesses locais. 
 Células dendríticas fazem apresentação de antígenos para as células T no linfonodos 
peribrônquicos e mediastinais. 
 Sistema Geniturinário 
 O epitélio vaginal contém células de Langerhans, e uma variedade de DCs. Os 
macrófagos localizam-se abaixo do epitélio na vagina, endocérvice e uretra. Também 
existem células B e T residentes na mucosa 
• Há pouca especialização regional do sistema imune adaptativo na mucosa geniturinária, na 
qual não há MALTs proeminentes. 
• Diferente de outras mucosas, nas quais a IgA é o isótopo de anticorpo dominante, a maioria 
dos anticorpos presentes nas secreções genitais é IgG e metade desses anticorpos são 
produzidos por plasmócitos na mucosa do trato genital, enquanto o restante é oriundo da 
circulação. 
 
REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE 
Conceito: capacidade de gerar/amplificar a resposta contra determinado antígeno ou 
restaurar o estado de repouso quando a resposta a um determinado antígeno não 
se faz mais necessária. 
Mecanismos responsáveis pelo controle são: do próprio antígeno, das células 
apresentadoras dos antígenos, dos linfócitos e dos anticorpos. 
 Regulação pela natureza do antígeno: 
 Ativam linf. 
T? 
Mudança 
de 
isótipo? 
Produz 
células de 
memória? 
Maturação 
de 
afinidade? 
Hipersensibilidadetardia? 
PROTEÍNAS Sim – Ag T 
dependente 
Sim Sim Sim Sim 
CARBOIDRATOS, 
LIPÍDEOS, ÁCIDOS 
NUCLEICOS 
Não – Ag T 
independentes 
Pouca – 
somente 
IgG 
Não, ou 
muito 
reduzida 
Não, ou 
muito 
reduzida 
Não, ou muito 
reduzida 
 
 Regulação pela via de administração: antígenos administrados por via subcutânea ou 
intradérmica induzem boa resposta imune, enquanto por via oral, endovenosa ou inalação 
não induzem. 
 Regulação pela dose do antígeno: doses baixas ou elevadas de antígeno não induzem boa 
resposta imune. Se baixas tornam os linfócitos Th não responsivos (anérgicos) ao 
antígeno. Se altas induzem à apoptose de linfócitos T auxiliares (Th), tais células sofrem 
deleção clonal periférica. 
 Tolerância central: que não permite a maturação de linfócitos auto-reativos; tolerância 
periférica não permite a ativação de linfócitos auto-reativos. 
 Regulação pelos linfócitos: Os próprios linfócitos realizam a regulação através de 
substâncias inibitórias/excitatórias. Exemplo: Linfócito Th2 libera IL-10 que inibe a 
célula Th1; E o linfócito Th1 libera IFN-gama, capaz de inibir a ação de Th2. 
 Linfócitos T supressores desempenham suas funções por meio de citocinas: 
IL-10 inibe várias ações de APCs: secreção de IL-12, expressão de B7 
TGF-β inibe proliferação de T CD4 
IL-4 inibe ação de IFN-γ 
IL-10 e TGF-β inibem ativação de macrófagos 
 
 Regulação por anticorpos: capazes de deprimir ou mesmo impedir uma resposta 
imunológica, quando eliminam o antígeno da circulação. Exemplo: Eritrócitos 
(hemácias) ligam -se a imunocomplexos levando-os ao baço e fígado, onde serão 
captados e fagocitados, removendo assim os imunocomplexosdores 
 
IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES 
 
Conceitos: 
 Enxerto autólogo: transplantado de um indivíduo para si mesmo 
 Enxerto singênico: transplante entre dois indivíduos geneticamente idênticos 
 Enxerto alogênico: transplante entre dois indivíduos geneticamente diferentes 
 Aloantígenos: moléculas estranhas no aloenxerto 
 Alorreativo: linfócitos e anticorpos que reagem contra aloantígenos 
 
 Quando um órgão é transplantado entre indivíduos não geneticamente idênticos, 
o sistema imune o reconhece como estranho e desencadeia reações imunes contra 
o mesmo, podendo levar à rejeição. O mesmo pode acontecer com o sangue 
transfundido, caso não seja compatível. 
 Isso ocorre devido ao complexo de histocompatibilidade, que está presente em 
células do sangue e tecidos, capaz de distinguir o próprio do não próprio 
 Logo, é necessário que a pessoa receptora do transplante faça uso de 
medicamentos que suprimem a resposta imune 
 As moléculas envolvidas nos enxertos são polimórficas com expressão 
codominante 
 Moléculas responsáveis por quase todas as rejeições fortes (rápidas) são do 
complexo principal de histocompatibilidade (MHC). 
 Células T são o pivô da rejeição: célula se liga fortemente ao peptídeo MHC 
 
 
 
Citocinas de rejeição: 
 
Tipos de rejeição: 
Tipo de rejeição Tempo decorrido 
Hiperaguda Minutos-horas 
Acelerada Dias 
Aguda Dias-semanas 
Crônica Meses-anos 
 
PRODUTOS VACINAIS 
 
 Meio mais efetivo de combate à doenças infecciosas 
 Podem falhar se o sistema imune estiver imunossuprimido ou o indivíduo possua 
deficiência nas células B (não sendo possível gerar anticorpos). A resposta em 
pessoas com 50-80 anos pode estar enfraquecida. 
 Adjuvantes imunológicos: são substâncias que auxiliam o antígeno a desencadear 
uma reação imune e assim aumentar a resposta do SI. Exemplo: hidrox aluminio, 
óleos minerais e saponina. 
-Desencadeiam a secreção de IL’s na resposta imune humoral (IL-4, IL-10) e IFN-
gama e IL-13 na resposta celular. 
 Alguns fatores influenciam na eficácia da vacina: cepa da vacina; calendário de 
vacinação (é melhor se seguido corretamente); resposta idiossincrática (algumas 
pessoas não respondem a certas vacinas – não produzem anticorpos); etnia, 
predisposição genética, idade. 
 Tipos: 
-Feitas a partir de microrganismos mortos/inativos/substâncias purificadas. 
- Sintéticas: produzidas de peptídeos sintéticos/carboidratos ou antígenos. 
-A maioria é produzida através de compostos atenuados/inativos. 
 
INATIVADA Os microrganismos são destruídos por agentes 
químicos/físicos/radioativos e depois é retirado o antígeno para 
produção da vacina. Exemplos de vacinas: gripe, cólera, peste 
bubônica, pólio, hepatite A, raiva. 
ATENUADA Vírus ativos cultivados em condições especiais, para desativar 
propriedades virulentas- menos perigosos, para produzir resposta 
imune (maioria virais/algumas bacterianas). Exemplos: febre 
amarela, sarampo, catapora, caxumba, rubéola. 
 
TOXOIDE Compostos tóxicos inativos, que são causadores da doença (não o 
microrganismo). Nem todas são de microrganismos. Exemplos: 
tétano, difteria, vacina para cães contra picadas de cobras (veneno 
de cascavel). 
 
SUBUNIDADE Fragmento de microrganismos ou unidades proteicas dos 
mesmos. Exemplo: hepatite B. 
CONJUGADA São ligados substâncias (adjuvantes) para aumentar a 
imunogenicidade e produzir resposta imune. É realizado quando 
bactérias possuem revestimento externo pouco imunogênicos. 
Exemplo: Haemophilus influenzae B. 
EXPERIMENTAIS Vacina de DNA – criada a partir de agente infeccioso sob 
desenvolvimento. É inserido e expressado um gene melhorado 
(eletroporação) para que seja reconhecimento pelo sistema imune, 
extraído do DNA viral ou bacteriano de células humanas ou 
animais. São fáceis de produzir e estocar. Experimental = não 
aprovado ainda para uso humano. 
 
VALÊNCIA Monovalentes: possui um único antígeno ou microrganismo. A 
resposta é mais rápida no sistema imune. Multivalentes (poli): 2 
ou mais cepas de um microrganismo ou 2 ou mais deles 
(bivalente, tetravalente, etc) 
 
HETEROTÍPICA Heteróloga ou “jennerianas”: patógenos vindos de outros animais 
– doença leve ou sem doença. Exemplo: vacina da varíola, BCG 
(mycobacterium bovis – contra a tuberculose). 
 
 
 Produção - etapas: 
- 1° > produção do antígeno: cultivo em células primárias (ovos) ou linhagens de 
células/ bactérias em biorreatores 
- 2° > processos de ultrafiltração/cromatografia em coluna: adição de adjuvantes 
(amplifica a resposta imune), estabilizantes (aumentam a vida de armazenamento) e 
conservantes (utilização em frascos multidose)

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