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Resumo - Prova 2 ATIVAÇÃO DE LINFÓCITOS T Linfócitos B e T possuem tipos diferentes de receptores de superfície para antígenos, o que justifica terem mecanismos diferentes de ativação - linfócito B - Imunoglobulinas (do tipo IgM) - 4 cadeias - macromoleculas - linfócito T - TRC ( T cell receptor) - 2 cadeias - peptídeo apenas ● ambos os receptores possuem regiões de alta variabilidade. * Os receptores de célula T diferem das imunoglobulinas ligadas a membrana que funcionam como receptores de célula B. O receptor de célula T possui apenas um sítio de ligação enquanto o de célula B possui dois. Os receptores de célula T nunca são secretados. O reconhecimento do antígeno por linfócitos T depende da participação de 3 conjuntos moleculares: 1. receptor de linfócito T (TCR) 2. transdutores de sinal (CD 3, Zeta, CD 4/CD 8 e CD 28) - CD 3e Zeta possuem motivos intracelulares de ativação baseados em tirosinas (ITAM) 3. moléculas de adesão ( CD 2, LFA-1 e outros) 1º sinal - Além do contato com o antígeno (peptídeo), linfócitos T necessitam que APCs apresentem proteínas co-estimulatórias para iniciar sua ativação. (ex. B7) - o sinal co-estimulatório serve para confirmar que o peptídeo apresentado consiste em material estranho. 2º sinal - Linfócitos T ainda necessitam estimulação via citocinas, especialmente IL- 2 Linfócitos T ativados (efetores) deixam os nódulos linfáticos e vão exercer suas funções nos tecidos periféricos. Imunidade mediada por células - imunidade celular Imunidade mediada por fatores solúveis (anticorpos) - imunidade humoral Existem vias para ativação de linfócitos T - Th1 - via imunidade celular - Th 2 - via imunidade humoral - Th1 libera INFy - ativa macrófago e inibe via Th2 - Th2 libera IL-10 que inibe Th1 / libera IL-4 e IL-5 ativa linfócito B que produz anticorpos - São auto reguladoras, quando se inicia uma via, a outra fica desativada. IMUNIDADE CITOTÓXICA O sistema imune emprega diferentes mecanismos efetores na resposta a diferentes tipos de micróbios, levando à erradicação dos patógenos por vias distintas. Patógenos Imunidade INATA imunidade ADQUIRIDA micróbios extracelulares complemento, fagócitos humoral (anticorpos) lise e/ou fagocitose do micróbio micróbios intracelulares fagócitos, células NK celular (linf. T citotóxicos) lise e/ou fagocitose da célula infectada (citotoxidade) Uma típica resposta imune contra parasita intracelular envolve ativação de macrófagos. ● Macrófagos são ativados principalmente por INFy produzido pela células NK (fase inata) e linfócitos T (fase adquirida). ● Quando estimulados por INFy, os macrófagos aumentam muito sua capacidade fagocítica e microbicida, e tornam-se potentes secretores de IL-12, IL-1 e TNF. - aumento da expressão de moléculas co-estimulatórias (B7) - aumento da capacidade microbicida - aumento da secreção de citocinas (IL-12, IL-1 e TNF) - aumento da expressão de moléculas MHC ● Sua atividade microbicida é melhorada por: - produção aumentada de enzimas lisossomais - produção de reativos intermediários de oxigênio (ROI) - podem ser nas vesículas ou sobre micróbios extracelulares - produção citoplasmática de óxido nítrico (NO) TNF - Fator de Necrose Tumoral ● estimula o endotélio dos vasos a: - produzir moléculas de adesão, que capturam leucócitos que estejam em circulação - reorganizar a membrana basal que delimita o vaso sanguíneo para permitir a diapedese * Principais moléculas de adesão endoteliais: E-selectina, ICAM (intercelular) e VCAM (vascular) * Moléculas de adesão são produzidas pelo endotélio após estímulo pelas frações a do complemento (C5ae C3a) assim como por TNF * Assim, clones de linfócitos antígeno-específicos chegam e permanecem no local da infecção até a erradicação do corpo estranho, assegurando uma continuada estimulação dos macrófagos residentes no tecido através de INFy. Quando exacerbado esse estímulo pode levar a uma condição chamada de choque séptico. Manifestação clínica grave caracterizada por resposta inflamatória sistêmica, pela produção exacerbada de citocinas pró-inflamatórias: principalmente TNF - TNF em pequena quantidade - inflamação local - TNF em média quantidade - efeitos sistêmicos - TNF em quantidade elevada - choque séptico A ativação de linfócitos T citotóxicos demanda a participação de células apresentadoras de antígenos profissionais, e eventualmente de citocinas produzidas por linfócitos T auxiliares. Dois possíveis tipos de ativação de linfócitos T citotóxicos: - macrófagos apresentam peptídeos estranhos em MHC I para T CD8 e uma proteína co-estimulatória B7 confirma o corpo estranho (1º sinal) - macrófagos apresentam peptídeos estranhos em MHC I para T CD8 e T CD4, T CD4 libera IL-2 que estimula ainda mais T CD8. (2º sinal) Ação dos linfócitos T citotóxicos: 1. reconhecimento de peptídeos estranhos e adesão entre células 2. mobilização dos grânulos de granzima e perforina 3. desgranulação cobre a célula alvo - golpe letal 4. desprendimento das células 5. morte da célula alvo Tipos de ação de linfócitos T citotóxico: Lise celular por Perforina desequilíbrio osmótico morte por choque osmótico Apoptose celular mediada por Granzima ativação da cascata de caspases morte por apoptose Apoptose celular mediada por FasFasL ativação da cascata de caspases morte por apoptose Importância da ativação de linfócitos T citotóxico: - infecções virais - vigilância de neoplasias - infecções por bactérias intracelulares - rejeição de aloenxertos Superantígenos - não sao processados - interação fora do sulco de MHC (I ou II) - dependem de Vbeta específica de TCR - ativam 1-10% das células periféricas - origens: toxinas bacteriana; proteínas de retrovívus - efeitos nocivos: ativação maciça de linfócitos; intensa liberação de citocinas; síndrome de choque tóxico; apoptose das células ativadas. Células Assassinas Naturais - NK (linfócitos atípicos) - cromatina frouxa e citoplasma granular abundante; célula grande - maturação extra-tímica - são CD3-, CD16+ (receptor para FC de IgG1) e CD56+ (moléculas de adesão) ● Presente no intertício pulmonar, mucosa intestinal e fígado ● Escassas no timo, nódulos linfáticos e sangue; ausente no ducto torácico. Células NK ativas produzem: - INFy - ativa macrófagos, induz evolução de linfócitos T em ativação para Th1 (resposta celular) - TNF - induz quimiotaxia local - GM-CSF - produção de granulócitos e cacrofagos (aumenta hematopoese) * Células NK não produzem receptores por rearranjo genético. Possuem receptores inibitórios sensíveis ao teor de MHC de classe I no alvo: semelhantes a imunoglobulinas e a lectinas * Células alvo revestidas de IgG podem ser mortas por células NK, fenômeno mediado por CD16 (receptor para Fc de IgG); ausentes em linf. T CD8. ● citotoxidade mediada por células e dependente de anticorpos Imunidade Citotóxica Imunidade Inata Imunidade Adquirida Ação Micróbios extracelulares Complemento, fagócitos Anticorpos (humoral) Lise e/ou fagocitose do micróbio Micróbios Intracelulares Fagócitos Células NK Linfócitos T CD8 (celular) Lise e/ou fagocitose da célula infectada Macrófago: o São ativados principalmente por IFN-γ produzido pelas células NK e linfócitos T. o Quando ativados, tem sua capacidade fagocítica e microbicida aumentadas, e se tornam potentes secretores de IL-12(Aumenta produção de IFN-γ), IL1(Pró- inflamatória) e TNF, além de aumentar a expressão de moléculas coestimulatórias, capacidade microbicida e expressão de moléculas de MHC. o Atividade microbiota é melhorada devidoo aumento de enzimas lisossomais e reativos intermediários de oxigênio (ROI), que podem ser tanto direcionados para suas vesículas digestivas quanto secretadas. Macrófagos ativados também produzem no citoplasma o óxido nítrico. o O TNF secretado por macrófagos estimula o endotélio dos vasos a produzir moléculas de adesão e reorganizar a membrana basal para permitir a diapedese. o Principais moléculas de adesão endotelial: Molécula Célula E-selectina Neutrófilo ICAM Macrófago VCAM Linfócito o Frações C5a e C3a produzem moléculas de adesão assim como o TNF Linfócito T citotóxico: o A ativação demanda a participação de APCs seguido por citocinas (Ele pode se auto estimular e receber IL-2 vinda de TCD4) o Quando ativos são capazes de: o Lise celular mediada por perforina – desequilíbrio osmótico o Apoptose celular mediado por granzima – ativação de cascata de carpases o Apoptose celular FAS(toda célula do corpo tem) – FASL – ativação da cascata de caspases o Isso ocorre através do reconhecimento de peptídeos estranhos e adesão entre células, logo os grânulos de granzina e perforina são mobilizados e desgranulados sobre a célula alvo, depois o linfócito se desprende da célula que morre. Superantígenos o Não são processados : Interação fora do sulco de MHC o Dependem do v-Beta específica de TCR o Ativam 1-10% das células periféricas o Toxinas bacterianas / Proteínas de retrovírus o Ativação maciça de linfócitos, intensa liberação de citocinas, choque anafilático, apoptose das células ativadas. Celulas Assassinas Naturais (NK) o Linfócito atípico (maturação extra-tímica) o Matam célula alvo por perforinas e granzima o Quando ativas produzem IFN γ – ativa macrófagos e induz evolução de linfócito T para o perfil TH1; TNF – induz quimiotaxia local; GM – CSF produção de ganulócitos, aumenta a hematopoese o Possuem receptores inibitórios sensíveis ao teor de MHC de classe 1 (Quando há pouco MHC de classe 1 ela ativa). Ativa também por células-alvo revestidas de IgG. o Citotoxicidade mediada por células e dependente de anticorpos (ADCC Imunidade Humoral o A resposta por anticorpos pode ser dividia em fases: Lag (Desafio com antígeno), Fase log (Aumenta números em escala algoritmia), Platô (Auge), Declínio (Redução de número – não se manter inflamado) o Os perfis dos anticorpos produzidos entre um estímulo antigênico primário e secundário são tanto quantitativa quanto qualitativamente diferentes: Na resposta primária terão menos anticorpos e IgM será predominante, na segunda terá mais anticorpos e predominante outras classes dependendo do tecido, assim como na segunda a resposta é mais rápida, a concentração de antígeno necessária para induzir resposta é menor na segunda, e a afinidade é maior na segunda também. o IgMs de membrana não possuem domínio transmembranârio longo, por isso, se associam às cadeias invariáveis de Ig alfa e Ig beta para formar o receptor linfocitário B completo (BCR). o Em regra, antígeno sozinho não ativa linfócitos B virgens. Necessário moléculas co-estimuladoras, sendo a C3d seu principal co-estimulador. O co-receptor do BCR é formado por CR2, CD19 e CD81. o 1º sinal: A ligação do antígeno + moléculas co-estimuladoras aos receptores de superfície do linfócito B promove várias respostas celulares chamadas estimulação T-independente. o Proliferação mitótica, aumento do volume celular, aumento das organelas, expressão de B7, expressão de receptores para citocinas, expressão de receptores de proteínas anti-apoptóticas. o 2º sinal: Depende de estimulação de linfócitos T auxiliares ativados, denominado de estimulação T-dependente o Secreção de anticorpos, mudança de isótopo, maturação de afinidade, célula B de memória; o Secreção de anticorpos: induzida por citocinas IL-2, IL-4 e IL-5, linfócitos passam a secretar anticorpos. o Mudança de isótipo: Citocinas oriundas de linfócitos T auxiliares ativados podem influenciar os isótipos de anticorpos produzidos pelos linfócitos B. o Maturação de afinidade: também por influência de citocinas, mutações de ponto são produzidas sobre as região variáveis (região V) dos genes para imunoglobulina (cadeias pesada e leve), de forma a produzir anticorpos de maior afinidade pelo antígeno. o Na imunidade humoral, as principais funções efetoras desempenhadas são complementadas pela ativação de macrófagos. o As funções são: Neutralização, Opsonização e fagocitose mediada pela porção Fc, Ativação do complemento (Lise, inflamação, fagocitose mediada por C3b) TÉCNICAS DE IMUNOENSAIOS o Reação de precipitação o Acontece quando á um excesso de anticorpo em relação ao antígeno ou quando a mesma quantidade de antígeno e anticorpo. o Quantidades constantes de antígenos e subjecentes de anticorpos. o Esse é colocado em concentrações como mostrado na figura e é diminuído sua concentração progressivamente o o Reagentes não marcados o (Aglutinação direta/indireta/ inibição de aglutinação) o Aglutinação: reação de um anticorpo solúvel com um antígeno aderido na superfície de hemácias, bactérias látex, formando agregados visíveis. o Aglutinação direta: Antigeno natural, faz parte naturalmente da partícula Resulta na reação de antígenos e anticorpo, sendo os antígenos naturais da superfície de hemácias, bactérias látex... (Tipagem sanguínea e toxoplasmose) o Sistema ABO: Para saber a tipagem sanguínea basta adicionar anticorpos anti A anti B anti AB e Fator RH, sendo que no sangue já possui o antígeno, se houver aglutinação significa que aquela amostra é referente ao que aglutinou, ou seja se na amostra que foi adicionada anti A aglutinou, isso significa que a pessoa é A. o Aglutinação indireta: A partícula naturalmente não possui o antígeno que será ligado ao anticorpo. Resultado da reação de anticorpos e antígenos artificialmente aderidos a hemácias, partículas de látex (Fator reumatoide, ASLO,PCR) o ASLO: O kit é constituído de solução contendo partículas de poliestireno sensibilizadas com Estreptolisina O. ou seja vemos que nesse caso a partícula não possui o antígeno, é necessário aderir a ele a toxina da bactéria para que os anticorpos possam aderir e ocorrer a aglutinação. Logo, é colocada essa partícula sensibilizada sobre solução com anticorpo e ai ocorre a aglutinação. o Inibição de aglutinação: Impedir que ocorra inibição o Direta: Detectar anticorpos contra vírus sarampo,rubéola e influenza. o Indireta: Adicionar antígeno solúvel á amostra que contenha os AC, visando o bloqueio dos sítios de ligação, para que não reaja com o antígeno presente nas partículas sensibilizadas. Teste de gravidez e exame de hepatite. o Teste de gravidez quando a presença de HCG na urina, não ocorrerá aglutinação e caso não tenha o hormônio acontecerá aglutinação. o o Reagentes marcados o Elisa É um método imunológico bastante utilizado para identificar concentrações de antígeno e anticorpo, por apresentar grande especificidade e sensibilidade. o É adiciona um antígeno ou anticorpo marcado por uma enzima, quando a ligação entre o antígeno e o anticorpo é feita, é liberado uma coloração que afirma o resultado positivo, a presença de coloração é indicativo que o paciente é positivo a aquela doença. o Elisa direto o É adicionado no fundo do ensaio anticorpos específicos de acordo com a suspeita, logo após é jogado o soro contendo partículas de antígeno, depois é adicionado antígeno conjugado com uma enzima, logo após substrato e acido sulfúrico para parar a reação. Se houver ligação entre anticorpo+antígeno+anticorpo marcado mudará a coloração e o resultado será positivo. o Elisa indireto: No fundo do tubo de ensaio é adicionado o antígeno, logo após é lançado anticorpos, logo depois é colocado anticorpo marcado adicionado substrato e acido sulfúrico para parar a reação.Se houver a ligação entre antígeno+anticorpo+anticorpo marcado, mudará a coloração e o resultado será positivo. o Elisa sanduiche Um anticorpo para um antígeno especifico é colocado no fundo do tubo de ensaio, logo em seguida é adicionado a solução problema, que se liga ao anticorpo, logo depois é adicionado outro anticorpo que se liga a esse antígeno, e por ultimo um terceiro anticorpo marcado com a enzima é adicionado, caso aconteça ligação a amostra mudará de cor e o resultado será positivo. o Elisa competitivo: Anticorpo aderido ao fundo do tubo de ensaio, adiciona a solução problema, adiciona o antígeno marcado com uma enzima. Caso o anticorpo se ligue ao antígeno da solução problema a solução não mudará de cor, e caso o anticorpo se ligue ao antígeno marcado haverá a mudança de cor trazendo um resultado negativo. o Imunofluorescência: Anticorpos e antígenos são conjugados a uma substancia (fluorocromo) que quando excitada por radiação UV emite luz no expecto visível. o Direta: detecção direta do microrganismo utilizada para identificar microrganismos nas fezes, urinas e também para analisar a fenotipagem de alguns canceres. o Indireta: diagnostico sorológico de diversas doenças chagas, AIDS, hepatites e complexos em doença autoimunes. o Citometria de fluxo - O que acontece em tempo real o Técnica utilizada para separar, contar, examinar e classificar partículas microscópicas suspensas em meio liquido em fluxo através de um sensor. o Como funciona: A Citometria de fluxo é uma técnica baseada no emprego de laser óptico amplamente utilizado para triagem, contagem individual de células e detecção de biomarcadores em proteínas. A técnica por meio de um feixe de laser incidente faz a medição da dispersão e da fluorescência do feixe de laser refletido, a partir da amostra celular. Empregada em estudos de células em fluxo e por possuir amplas aplicações é denominada como citometria de fluxo multiparamétrica (FCM). A FCM realiza a rápida identificação de células no instante que estas passam através de um aparelho de detecção eletrônica em uma corrente líquida. Após a separação individual celular é feita a análise, contagem, e qualificação das micropartículas suspensas em fluxo, em meio líquido. Desse modo, realiza com rapidez a identificação de inúmeras características biológicas contidas nas células como: os ácidos nucleicos, receptores de superfície, epítopos de proteínas, a síntese de proteínas, de citocinas, e concentração de íons, ao mesmo tempo dentro de uma célula única. A vantagem desta tecnologia é a capacidade para a medição simultânea de vários parâmetros. Por meio dessas múltiplas informações resultam em uma compreensão minuciosa sobre a linhagem, estado de ativação ou a patologia celular. o IMUNOLOGIA DOS TUMORES Células cancerosas continuam se multiplicando em vez de morrerem (como as células saudáveis). Elas crescem sem controle, gerando várias células anormais, que podem se espalhar pelo corpo. Antígenos tumorais podem ser: Específicos: localizados em células tumorais, mas não em células normais Associados a tumores: antígenos tumorais que também são expressos em células normais. Tipos de tumores: Benignos: não são capazes de invadir tecidos adjacentes ou ir para outro local do corpo Malignos: invadem tecidos adjacentes e causam metástase. o Surgimento dos canceres o Fase de eliminação: Celulas imunes podem identificar e eliminar o tumor o Cd4 NK INFy CD8 o Fase de equilíbrio o Surgem variações de células tumorais mais resistentes para serem eliminadas; com o passar do tempo, variante tumoral vão se desenvolvendo. o Fase de escape o Uma variante celular pode escapar ao mecanimos de ataque; recrutar células reguladoras para protege la para poder se espalhar sem ser atacada. Nesse momento o tumor é clinicamente identificável. o Mecanismo de escape ao SI o Baixa imunogenicidade o - Alguns tumores não tem peptídeos de proteínas novas que possam ser apresentados ao MHC, e assim o organismo entende como se fosse células normais do organismo. o - Outros perdem uma ou mais moléculas do MHC; o - A maioria não expressa as proteínas coestimuladoras que ativariam as células T virgens o Tumor tratado como célula própria o - As células tumorais podem até ser capturas pelos APCS na ausência de sinais coestimuladores as células T se tornam tolerantes a eles. o Modulação antigênica o Os tumores podem expressar antígeno e ser identificado pelo SI e ele pode criar anticorpos contra o tumor, porém a célula tumoral faz uma endocitose, e ai o SI perde seus receptores por conta que eles foram internalizados para dentro da célula tumoral. o Supressão imune induzida pelo tumor o O tumor pode expressar alguns ligantes que impedem a morte programada e resposta imune. o Recrutar células T reguladoras que podem secretar citocinas imunossupressoras. o Sitio privilegiado induzido pelo tumor o Ele pode secretar colágeno que forma uma barreira física em torno do tumor evitando ataque. Por que o sistema imune não é totalmente suficiente no combate aos tumores? Apresentam baixa imunogenicidade, pois células tumorais se derivam de células do hospedeiro e se parecem com células normais. Além de: Alguns tumores não têm peptídeos de proteínas novas que possam ser apresentados pelas moléculas do MHC, e, assim, parecem normais para o sistema imune. A maioria não expressa as proteínas coestimuladoras necessárias para ativar as células T virgens. Os antígenos tumorais apresentados na ausência de sinais coestimuladores fazem com que as células T se tornem tolerantes a estes. Células tumorais podem secretar moléculas como o colágeno que forma barreira física ao redor do tumor, evitando o acesso de linfócitos. APC, célula apresentadora de antígeno. Os tumores podem inicialmente expressar antígenos aos quais o sistema imune responde, porém estes se perdem devido à internalização induzida por anticorpos ou por variação antigênica. A mudança antigênica, ocasionada pela instabilidade genética do tumor, é considerada como parte de uma fase de equilíbrio, que pode levar à expansão do tumor quando o sistema imune não é mais capaz de se adaptar. Tumores frequentemente produzem substâncias com TGF-ᵦ, que inibem a resposta imune diretamente ou que podem recrutar células T reguladoras que podem por si secretar citocinas imunossupressoras. O estadiamento é feito com o objetivo de avaliar o tumor e a gravidade da doença, bem como estabelecer uma conduta terapêutica adequada e pode ser feito levando em consideração os seguintes fatores: localização, tamanho ou volume, invasão direta e linfática, metástases, diagnóstico histopatológico, manifestações sistêmicas, sexo, idade e características biológicas do paciente. A imunoterapia é uma forma de tratamento que promove a estimulação da resposta imunológica, pode ser ativa ou passiva. Ativa: substâncias estimulantes (antígeno, geralmente retirado das células cancerosas, que induz resposta imunológica) e restauradoras da função imunológica são administradas para intensificar a resistência ao crescimento tumoral. Exemplo: junção de células dendríticas com células tumorais ou antígenos tumorais in vitro, que são recolocadas no corpo do paciente. Passiva: anticorpos antitumorais ou células mononucleares exógenas são administradas, objetivando proporcionar capacidade imunológica de combate à doença. As células são monoclonais (idênticas), capazes de atacar células cancerosas; são produzidos em cobaias e depois injetadas no paciente. Exemplo: Anti-CD20 para linfonoma de célula B. IMUNIDADE CELULAR E HUMORAL - O sistema imunológico possui dois tipos de defesa, chamadas de imunidade celular e imunidade humoral.- A imunidade celular é aquela mediada diretamente pelos linfócitos T matadores, já a imunidade humoral é aquela em que participam anticorpos específicos, produzidos pelos linfócitos B maduros, e que se encontram presentes no plasma sanguíneo. - Os anticorpos são os principais agentes da imunidade humoral, e eles são capazes de reconhecer e ligarem-se especificamente aos antígenos que estimularam a formação do anticorpo em uma reação altamente específica. Dessa forma, cada tipo de anticorpo se liga exclusivamente a um único tipo de antígeno. HIPERSENSIBILIDADES • É uma resposta exagerada do sistema e imediata • Ocasiona lesões sobre células ou tecidos normais do organismo • Pode causar: resposta excessiva e/ou descontrolada contra um determinado patógeno (reação hiperimune), ou decorrer de uma falha na tolerância do organismo aos antígenos próprios (doença auto-imune) Exemplo: Anafilaxia - broncoconstrição, inflamação Classificação: Por tipo de mecanismos efetores na resposta imune e por natureza local do antígeno envolvido. TIPO I – Ativa mastócitos e basófilos (IgE) Alergia / Reação anafilática -Ocorre imediatamente após o contato com o antígeno, dependendo de um histórico de exposição prévia ao mesmo antígeno -IgEs não permanecem circulantes por um longo tempo. São captadas por receptores na superfície de PMNs denominados mastócitos e basófilos, funcionando como receptores para o antígeno nestas células (sensibilização). -Exemplos: Alergia a comida, asma, eczema, etc -Por ocasião de um segundo contato com o antígeno, mastócitos e basófilos sofrem desgranulação (liberação do conteúdo dos seus grânulos) mediada por suas IgEsde superfície. Importante: o repertório de IgEs existente na superfície de mastócitos e basófilos é poliespecífico (contra mais de um antígeno). Por isso, o mecanismo de ativação envolve ‘cross-linking’ entre dois receptores capazes de ligar o mesmo antígeno! -Mastócitos e basófilos são desempenhados por mediadores químicos: • pré-formados - aminas vasoativas (histamina em humanos; serotonima em roedores.) • sintetizados de novo - mediadores lipídicos (prostaglandinas e leucotrienos) - citocinas (ECF, TNF, IL-4, PAF, etc). TIPO II – IgG e IgM contra células ou MEC, fagócitos e complemento Citotóxica / Opsonização e fagocitose de células; ativação do complemento; anormalidade da função celular. -A lesão tecidual ocorre pela ligação de anticorpos das classes IgG e IgM sobre células do organismo (tecidos ou no sangue) -Reações por transfusões sanguíneas -Doenças auto-imunes -Anemia hemolítica -Medicamentosa Hipertireoidismo - anticorpos ligam-se ao receptor para TSH, mimetizando a ação deste hormônio Miastenia gravis - anticorpos ligam-se ao receptor para acetilcolina, impedindo a ação deste neurotransmissor TIPO III – IgG E IgM forma imunocomplexos e ativa fagócitos -Ex.: Órgão / Néfrons (rim) -Formação e deposição de imunocomplexos sobre tecidos; ativação do complemento TIPO IV - Linfócitos TCD4+ e TCD8+ chamada de celular ou tardia (T-dependente) -Inflamação mediada por citocinas; ativação de macrófagos. EX: Sistema ABO, Doença hemolítica do recém-nascido • Hipersensibilidade do Tipo III -A lesão tecidual ocorre pela deposição de imunocomplexos nos tecidos e vasos sangüíneos do organismo. -Transfusões sanguíneas: Doença do soro (soro equino anti-difteria, soro anti-ofídeo) -Doenças auto-imunes: Artrite Reumatóide (IgG anti-IgG - fator reumatóide) -As manifestações clínicas das hipersensibilidades do tipo III variam conforme o local de deposição dos imunocomplexos. EX Reação de Arthus: típica manifestação clínica que se desenvolve 4-12 horas após injeção, podendo gerar hemorragia ou exantema. -A lesão tecidual ocorre pela intensa e prolongada ativação de fagócitos (principalmente macrófagos) no foco da infecção. -A permanência prolongada do antígeno resulta em intensa ativação de linfócitos T e conseqüente acúmulo de citocinas (IFN- e TNF), as quais promovem ativação exacerbada de macrófagos. -Formação de células epitelióides e macrófagos gigantes. -Formação de granuloma. RESUMÃO • Tipo I (imediata) -INDUZIDO POR: antígenos que induzem IgE -ADVENTO DA REAÇÃO: minutos -LESÃO PATOLÓGICA: edema, constrição da musculatura lisa -TRANSFERÊNCIA ADOTIVA POR: soro -COMPLEMENTO: não envolvido -CÉLULAS ENVOLVIDAS: mastócitos e basófilos • Tipos II e III -INDUZIDO POR: antígenos que induzem IgG e IgM -ADVENTO DA REAÇÃO: 2-6 horas -LESÃO PATOLÓGICA: vasculites, necroses inflamação -TRANDFERÊNCIA ADOTIVA POR: soro -COMPLEMENTO: envolvido -CÉLULAS ENVOLVIDAS: neutrófilos e macrófagos (recrut. opsoninas) • Tipo IV (tardia) -INDUZIDO POR: antígenos protéicos (T-dependentes) -ADVENTO DA REAÇÃO: 2-6 h. para inflamação; 24-48 h. para induração -LESÃO PATOLÓGICA: infiltrado fagocítico perivascular -TRANDFERÊNCIA ADOTIVA POR: linfócitos -COMPLEMENTO: não envolvido -CÉLULAS ENVOLVIDAS: linfócitos T e macrófagos IMUNODEFICIÊNCIA CONGÊNITA Defeitos no sistema imunitário Aumento da susceptibilidade à infecção de repetição usualmente graves e muitas vezes fatais Pacientes são mais susceptíveis a certos tipos de câncer Estão associadas a um aumento na incidência da autoimunidade Defeitos no desenvolvimento/ativação de linfócitos ou defeitos nos mecanismos efetores da autoimunidade inata e adaptativa Classificação Congênita ou primária Aumenta infecções Ocorre logo cedo (criança) Eventualmente na vida adulta Pode ser detectado clinicamente em idade mais avançada Afeta via complemento ou fagócitos, pode ser provocada por mutações genéticas que codificam enzimas, proteínas, etc Adquirida ou secundária Desenvolve por má nutrição, câncer disseminado, fármacos imunossupressores ou presença de HIV infectante Doenças neoplásicas infecciosas Imunidade humoral: deficiência de imunoglobulina - infecções por encapsulados, bactérias de formação de pus e alguns vírus Imunidade celular: deficiências de TCD8+ / linfopenia de TCD4+ - infecções por vírus e outros microorganismos intracelulares Deficiência de Linfócito B – desenvolve resistência / produção deficiente de anticorpos Deficiência do Linfócito B Infecções de bactérias encapsuladas. Ex.: Agamaglobulina Deficiência de IgA Baixo nível no soro. Ex.: Amigdalite purulenta Deficiência do Linfócito T Infecção por microorganismos. Ex.: Resistência, oportunistas / Síndrome de DiGeorge Deficiência Linfócito B e T Deficiência completa: SCID / Desenvolve na infância e resposta inadequada Ex.: Varicela zoster, cândida albicans Fagócitos Infecções bacterianas. Ex.: Síndrome do Leucócito Preguiçoso Sistema Complemento Infecções piogências Doença Granulomatosa Crônica (CGD) Imunodeficiência primária, ligada ao cromossomo X que leva a produção defeituosa das espécies reativas de oxigênio que resulta em falha da morte dos micro-organismos fagocitados. - Produção defeituosa do ânion superóxido Manifestação: Infecções recorrentes Lesões múltiplas granulomatosas de pulmões, fígado, linfonodos e tratos gastrointestinal e geniturinário Abscesso Linfadenite Hipergamaglobulinemia Tratamento: Sulfametoxazol-trimetoprima (Bactrim®) Itraconazol Voriconazol Posaconazol Interferon gama pode reduzir a gravidade e a frequência das infecções e costuma ser incluído no regime de tratamento. Síndrome de DiGeorge Imunodeficiência Celular Defeito Congênito causado por uma Hipoplasia ou aplasia do timo Deficiência de maturação das células T com ausência de glândulas paratireoides Desenvolvimento anormal dos grandes vasos e Deformidades faciais Principais Características: Hipoplasia ouaplasia (menor desenvolvimento ou ausência de formação) congênita do timo e das glândulas paratireoides Hipocalcemia Grau variável de deficiência de células T Níveis de Imunoglobulinas e função dos anticorpos habitualmente normais Anormalidades faciais características Cardiopatia congênita de ocorrência comum Os defeitos cardíacos são a principal causa de mortalidade na DGS Alcoolismo materno 90 % apresentam deleção hemizigótica de 22q11 DGCR (Região crítica de DiGeorge) Imunodeficiência primária que envolve defeitos nos linfócitos T Técnica de citogenética molecular: Hibridização in situ por Fluorescência (FISH) - detecta anomalias cromossômicas como microdeleções e rearranjos complexos através de sondas de DNA marcados. Tratamento: Síndrome parcial: suplementação de cálcio e vitamina D Síndrome completa: transplante de tecido tímico cultivado ou de células-tronco hematopoiéticas Síndrome de DiGeorge parcial: o hipoparatireoidismo é tratado com suplementos de cálcio e vitamina D; a sobrevida a longo prazo não é afetada Síndrome completa de DiGeorge: fatal, se o tratamento não for instituído, consistindo no transplante de cultura de tecido tímico ou transplante de células-tronco hematopoiéticas Agamaglobulinemia Imunodeficiência hereditária secundária Mutação em um gene do cromossomo X (sexual) Aspectos clínicos: Tonsilas pequenas Ausência de linfonodos Infecções recorrentes Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae (pulmão, seios paranasais e pele) Diagnóstico: Níveis baixos de imunoglobulina e ausência de células B / Teste genético Tratamento: Terapia de reposição de imunoglobulina O uso imediato de antibióticos adequados para cada infecção é crucial; bronquiectasia pode requerer troca frequente dos antibióticos Vacinas com vírus vivos são contraindicadas IMUNOLOGIA DAS MUCOSAS Conceitos: MALT: tecido linfoide associado à mucosa. GALT: tecido linfático associado ao intestino Sistema imune regional: conjunto dos componentes do sistema imune que executa funções especializadas em uma localização anatômica particular. Características Gerais: Os principais sistemas imunes regionais compartilham de uma estrutura anatômica básica, onde existem: Barreira epitelial mais externa, que previne invasões microbianas; Tecido conjuntivo subjacente contendo células de diversos tipos (para as respostas inatas e adaptativas), distribuídas de forma difusa; Linfonodos drenantes mais distantes, onde as respostas imunes adaptativas aos invasores são iniciadas e amplificadas. Os tecidos linfoides secundários (não encapsulados) localizados abaixo do tec. Epitelial contém linfócitos T e B, macrófagos e células dendríticas; Cada sistema imune regional contém tipos celulares especializados e moléculas que podem não ser abundantes em outros locais Possuem funções reguladoras importantes que previnem respostas indesejadas a microrganismos não patogênicos (como as bactérias comensais). O sistema imune gastrintestinal é maior e mais complexo; Sistema gastrointestinal Imunidade inata: barreiras físicas e químicas não específicas, como muco, junções oclusivas, presença de substâncias antimicrobianas, células dendríticas e macrófagos. Células: Células caliciformes secretoras de muco Secretam muco Células M Fazem apresentação de antígenos Células de Paneth Secretam peptídeos antibacterianos Macrófagos e Células Dendríticas Inibem a inflamação e mantém a homeostasia, em indivíduos sadios; macrófagos secretam IL- 10 (citocina anti-inflamatória) Receptores semelhantes a Toll e NLR (semelhantes a Nod): promovem respostas imunes a invasores e regulação da resposta contra bactérias comensais. -TLR5: reconhece flagelinas bacterianas. É expresso exclusivamente na superfície basolateral das células epiteliais intestinais (acessível somente às bactérias que tiverem invadido através da barreira). -NLR: reconhece flagelinas e estão localizadas no citoplasma das células epiteliais intestinais. Imunidade adaptativa: Possui características distintas das funções adaptativas em outros sistemas: -Principal forma de imunidade é a humoral > combate microrganismos no lúmen. Função mediada por IgA’s (se bebê, recebe pelo leite materno; combate Escherichia coli e Campylobacter). IgGs e IgMs também participam. -Células B ativadas nesses sítios tendem a sofrer troca de classe para IgA e as células B produtoras de IgA tendem a residir no intestino. -Imunidade mediada por células T auxiliares, sendo Th17 dominante nesse sistema. As células iniciam ação no revestimento epitelial, onde são expostas a antígenos > os antígenos são levados do lúmen para o GALT através das células M > os linfócitos gerados no GALT e nos linfonodos mesentéricos são marcados, circulam pelo sangue e retornam para a lâmina própria do intestino Diferentes funções células Th no intestino As células Th17 parecem exercer papel especial na manutenção da função da barreira epitelial da mucosa, devido às duas citocinas que produzem, IL-17 e IL-22. Citocinas Th2 IL-4 e IL-13 >intensificação das secreções de fluidos e muco e indução da contração da musculatura lisa e motilidade intestinal. Th1 > Podem contribuir para a patogênese de distúrbio inflamatório intestinal. Microbiota comensal: defesa e equilíbrio; ativam respostas de IgA; previne respostas inatas prejudiciais. Doenças relacionadas: geralmente são causadas por respostas desreguladas a organismos comensais ou antígenos presentes nos alimentos. - Consiste em um grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados por inflamação remitente crônica no intestino delgado ou grosso, a qual é provavelmente resultado de respostas inadequadamente reguladas a bactérias comensais. -Doença de Crohn e Colite Ulcerativa são exemplos de defeitos na função de células Th e respostas Th1 e Th17 anormais. Sistema Respiratório • Barreira mucoide e estruturas ciliares compõem a imunidade inata. Além de junções de oclusão. • Proteínas surfactante alveolares A e D >> imunidade e regulação inibitória (inflamatória/alérgica). • A imunidade humoral protetora nas vias aéreas é dominada pela IgA secretória, assim como em outros tecidos de mucosa, embora a quantidade de IgA secretada seja menor do que no trato gastrintestinal. IgG tem papel importante. • Há relativamente poucos folículos linfoides agregados ou isolados na lâmina própria, em comparação ao observado no intestino, e provavelmente menos iniciação de respostas imunes humorais nesses locais. Células dendríticas fazem apresentação de antígenos para as células T no linfonodos peribrônquicos e mediastinais. Sistema Geniturinário O epitélio vaginal contém células de Langerhans, e uma variedade de DCs. Os macrófagos localizam-se abaixo do epitélio na vagina, endocérvice e uretra. Também existem células B e T residentes na mucosa • Há pouca especialização regional do sistema imune adaptativo na mucosa geniturinária, na qual não há MALTs proeminentes. • Diferente de outras mucosas, nas quais a IgA é o isótopo de anticorpo dominante, a maioria dos anticorpos presentes nas secreções genitais é IgG e metade desses anticorpos são produzidos por plasmócitos na mucosa do trato genital, enquanto o restante é oriundo da circulação. REGULAÇÃO DA RESPOSTA IMUNE Conceito: capacidade de gerar/amplificar a resposta contra determinado antígeno ou restaurar o estado de repouso quando a resposta a um determinado antígeno não se faz mais necessária. Mecanismos responsáveis pelo controle são: do próprio antígeno, das células apresentadoras dos antígenos, dos linfócitos e dos anticorpos. Regulação pela natureza do antígeno: Ativam linf. T? Mudança de isótipo? Produz células de memória? Maturação de afinidade? Hipersensibilidadetardia? PROTEÍNAS Sim – Ag T dependente Sim Sim Sim Sim CARBOIDRATOS, LIPÍDEOS, ÁCIDOS NUCLEICOS Não – Ag T independentes Pouca – somente IgG Não, ou muito reduzida Não, ou muito reduzida Não, ou muito reduzida Regulação pela via de administração: antígenos administrados por via subcutânea ou intradérmica induzem boa resposta imune, enquanto por via oral, endovenosa ou inalação não induzem. Regulação pela dose do antígeno: doses baixas ou elevadas de antígeno não induzem boa resposta imune. Se baixas tornam os linfócitos Th não responsivos (anérgicos) ao antígeno. Se altas induzem à apoptose de linfócitos T auxiliares (Th), tais células sofrem deleção clonal periférica. Tolerância central: que não permite a maturação de linfócitos auto-reativos; tolerância periférica não permite a ativação de linfócitos auto-reativos. Regulação pelos linfócitos: Os próprios linfócitos realizam a regulação através de substâncias inibitórias/excitatórias. Exemplo: Linfócito Th2 libera IL-10 que inibe a célula Th1; E o linfócito Th1 libera IFN-gama, capaz de inibir a ação de Th2. Linfócitos T supressores desempenham suas funções por meio de citocinas: IL-10 inibe várias ações de APCs: secreção de IL-12, expressão de B7 TGF-β inibe proliferação de T CD4 IL-4 inibe ação de IFN-γ IL-10 e TGF-β inibem ativação de macrófagos Regulação por anticorpos: capazes de deprimir ou mesmo impedir uma resposta imunológica, quando eliminam o antígeno da circulação. Exemplo: Eritrócitos (hemácias) ligam -se a imunocomplexos levando-os ao baço e fígado, onde serão captados e fagocitados, removendo assim os imunocomplexosdores IMUNOLOGIA DOS TRANSPLANTES Conceitos: Enxerto autólogo: transplantado de um indivíduo para si mesmo Enxerto singênico: transplante entre dois indivíduos geneticamente idênticos Enxerto alogênico: transplante entre dois indivíduos geneticamente diferentes Aloantígenos: moléculas estranhas no aloenxerto Alorreativo: linfócitos e anticorpos que reagem contra aloantígenos Quando um órgão é transplantado entre indivíduos não geneticamente idênticos, o sistema imune o reconhece como estranho e desencadeia reações imunes contra o mesmo, podendo levar à rejeição. O mesmo pode acontecer com o sangue transfundido, caso não seja compatível. Isso ocorre devido ao complexo de histocompatibilidade, que está presente em células do sangue e tecidos, capaz de distinguir o próprio do não próprio Logo, é necessário que a pessoa receptora do transplante faça uso de medicamentos que suprimem a resposta imune As moléculas envolvidas nos enxertos são polimórficas com expressão codominante Moléculas responsáveis por quase todas as rejeições fortes (rápidas) são do complexo principal de histocompatibilidade (MHC). Células T são o pivô da rejeição: célula se liga fortemente ao peptídeo MHC Citocinas de rejeição: Tipos de rejeição: Tipo de rejeição Tempo decorrido Hiperaguda Minutos-horas Acelerada Dias Aguda Dias-semanas Crônica Meses-anos PRODUTOS VACINAIS Meio mais efetivo de combate à doenças infecciosas Podem falhar se o sistema imune estiver imunossuprimido ou o indivíduo possua deficiência nas células B (não sendo possível gerar anticorpos). A resposta em pessoas com 50-80 anos pode estar enfraquecida. Adjuvantes imunológicos: são substâncias que auxiliam o antígeno a desencadear uma reação imune e assim aumentar a resposta do SI. Exemplo: hidrox aluminio, óleos minerais e saponina. -Desencadeiam a secreção de IL’s na resposta imune humoral (IL-4, IL-10) e IFN- gama e IL-13 na resposta celular. Alguns fatores influenciam na eficácia da vacina: cepa da vacina; calendário de vacinação (é melhor se seguido corretamente); resposta idiossincrática (algumas pessoas não respondem a certas vacinas – não produzem anticorpos); etnia, predisposição genética, idade. Tipos: -Feitas a partir de microrganismos mortos/inativos/substâncias purificadas. - Sintéticas: produzidas de peptídeos sintéticos/carboidratos ou antígenos. -A maioria é produzida através de compostos atenuados/inativos. INATIVADA Os microrganismos são destruídos por agentes químicos/físicos/radioativos e depois é retirado o antígeno para produção da vacina. Exemplos de vacinas: gripe, cólera, peste bubônica, pólio, hepatite A, raiva. ATENUADA Vírus ativos cultivados em condições especiais, para desativar propriedades virulentas- menos perigosos, para produzir resposta imune (maioria virais/algumas bacterianas). Exemplos: febre amarela, sarampo, catapora, caxumba, rubéola. TOXOIDE Compostos tóxicos inativos, que são causadores da doença (não o microrganismo). Nem todas são de microrganismos. Exemplos: tétano, difteria, vacina para cães contra picadas de cobras (veneno de cascavel). SUBUNIDADE Fragmento de microrganismos ou unidades proteicas dos mesmos. Exemplo: hepatite B. CONJUGADA São ligados substâncias (adjuvantes) para aumentar a imunogenicidade e produzir resposta imune. É realizado quando bactérias possuem revestimento externo pouco imunogênicos. Exemplo: Haemophilus influenzae B. EXPERIMENTAIS Vacina de DNA – criada a partir de agente infeccioso sob desenvolvimento. É inserido e expressado um gene melhorado (eletroporação) para que seja reconhecimento pelo sistema imune, extraído do DNA viral ou bacteriano de células humanas ou animais. São fáceis de produzir e estocar. Experimental = não aprovado ainda para uso humano. VALÊNCIA Monovalentes: possui um único antígeno ou microrganismo. A resposta é mais rápida no sistema imune. Multivalentes (poli): 2 ou mais cepas de um microrganismo ou 2 ou mais deles (bivalente, tetravalente, etc) HETEROTÍPICA Heteróloga ou “jennerianas”: patógenos vindos de outros animais – doença leve ou sem doença. Exemplo: vacina da varíola, BCG (mycobacterium bovis – contra a tuberculose). Produção - etapas: - 1° > produção do antígeno: cultivo em células primárias (ovos) ou linhagens de células/ bactérias em biorreatores - 2° > processos de ultrafiltração/cromatografia em coluna: adição de adjuvantes (amplifica a resposta imune), estabilizantes (aumentam a vida de armazenamento) e conservantes (utilização em frascos multidose)
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