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Os Tutores Os conceitos básicos de incapazes e relativamente incapazes previstos no Código Civil são os seguintes: Os incapazes são os menores de 16 anos, Os relativamente incapazes são os maiores de 16 anos e menores de 18 anos. Os menores de 16 anos precisam de alguém que os represente, enquanto os relativamente incapazes precisam apenas de assistência. A tutela é a influência de zelar e administrar da vida de um indivíduo menor de idade que não está sob o poder familiar dos pais. Vale destacar que o tutor não é usufrutuário dos bens do tutelado. Tutor é aquele indivíduo que foi legalmente incumbido de tutelar alguém, com o encargo de amparar, proteger e defender sua pessoa e seus bens.O artigo 1728 prevê quando os menores serão postos em tutela: Ou seja, invoca-se o instituto da tutela em caso de morte dos pais ou na existência de algum motivo causador da perda de seu poder familiar (a perda do poder familiar dá-se por ato judicial quando o pai ou a mãe castigar o filho de maneira descabida, abandoná-lo, praticar atos contrários à moral e aos bons costumes ou incidir reiteradamente em abuso de autoridade parental.) O tutor deve ser estabelecido em testamento ou documento autenticado.A lei entende como melhor opção a tutela testamentária, a qual implica que, sempre que os pais escolherem o tutor, essa vontade será respeitada e cumpridas as exigências legais previstas no artigo 1729 e artigo 1730 do Código Civil. Quando os pais nomeiam em conjunto o tutor, não é necessário que ele seja um parente, não são raras situações em que os pais possuem maior confiança em amigos íntimos do que em parentes para o exercício dessa função. Entretanto, se os pais não possuíam o poder familiar, a nomeação do tutor é nula, conforme a letra da lei. Nos casos em que os pais não nomearam um tutor, serão nomeados os parentes consanguíneos (ascendentes e os colaterais conforme ordem disposta no artigo 1731 do Código Civil). Entretanto, é fundamental que o juiz escolha a pessoa que estiver mais apta para atender o interesse do menor. Como prevê o artigo 1731, terão preferência os mais próximos e mais velhos. Na falta ou na exclusão de tutor testamentário ou tutor legítimo, assim como na ausência de parentes ou parentes sem condições de exercer a tutela, o juiz deverá nomear, através de sentença judicial, “pessoa estranha”, ou seja, algum terceiro. Este terceiro será somente nomeado se Artigo 1.728. Os filhos menores são postos em tutela: I - com o falecimento dos pais, ou sendo estes julgados ausentes; II - em caso de os pais decaírem do poder familiar. Artigo 1.729. O direito de nomear tutor compete aos pais, em conjunto. Parágrafo único. A nomeação deve constar de testamento ou de qualquer outro documento autêntico. Artigo 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai ou pela mãe que, ao tempo de sua morte, não tinha o poder familiar. Artigo 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais incumbe a tutela aos parentes consanguíneos do menor, por esta ordem: I - aos ascendentes, preferindo o de grau mais próximo ao mais remoto; II - aos colaterais até o terceiro grau, preferindo os mais próximos aos mais remotos, e, no mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o mais apto a exercer a tutela em benefício do menor. https://trilhante.com.br/trilha/direito-civil-parte-geral/curso/tutela-curatela-e-tomada-de-decisao-apoiada https://trilhante.com.br/trilha/direito-civil-parte-geral/curso/tutela-curatela-e-tomada-de-decisao-apoiada https://trilhante.com.br/trilha/direito-civil-parte-geral/curso/tutela-curatela-e-tomada-de-decisao-apoiada presentes alguns requisitos: essa pessoa deve ser idônea e deve passar a residir no domicílio do menor para que assuma o encargo da tutela. Trata-se de uma opção subsidiária de tutela, pois que usada somente em último caso. No caso de pais desconhecidos, falecidos, suspensos ou destituídos do poder familiar, e se não for caso de nomear tutor, o menor poderá ser incluído em programa de colocação familiar (programa de acolhimento familiar, ou “famílias acolhedoras” ) de acordo com o artigo 1734 do Código Civil. Em caso de necessidade de tutor para irmãos menores, será nomeado apenas um responsável para todos os irmãos.Se for nomeado, pelos pais, mais de um tutor, entende-se que o primeiro listado terá preferência. O juiz sempre optará por deixar os irmãos juntos, nomeando um único tutor para não privá-los da convivência familiar. Os Incapazes de Exercer a Tutela e a Escusa Dos Tutores A tutela trata-se da guarda não só do menor, mas também de seu patrimônio. Portanto, é necessário que o tutor seja imparcial e tome atitudes benéficas ao tutelado e a seus bens. Para que os interesses do tutelado sejam assegurados, a lei no artigo 1.735 do Código Civil elenca aqueles que não podem ser nomeados tutores – incapazes ou não legitimados. A princípio, não se pode recusar a função de tutor. Todavia, essa compreensão é flexibilizada em certos casos em que surjam dificuldades para melhor gerir o Artigo 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e residente no domicílio do menor: I - na falta de tutor testamentário ou legítimo; II - quando estes forem excluídos ou escusados da tutela; III - quando removidos por não idôneos o tutor legítimo e o testamentário. Artigo 1.734. As crianças e os adolescentes cujos pais forem desconhecidos, falecidos ou que tiverem sido suspensos ou destituídos do poder familiar terão tutores nomeados pelo Juiz ou serão incluídos em programa de colocação familiar, na forma prevista pela Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.010, de 2009) Vigência Seção II Dos Incapazes de Exercer a Tutela Artigo 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só tutor. § 1o No caso de ser nomeado mais de um tutor por disposição testamentária sem indicação de precedência, entende-se que a tutela foi cometida ao primeiro, e que os outros lhe sucederão pela ordem de nomeação, se ocorrer morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro impedimento. § 2o Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou § 2o Quem institui um menor herdeiro, ou legatário seu, poderá nomear-lhe curador especial para os bens deixados, ainda que o beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou tutela. Artigo 1.735. Não podem ser tutores e serão exonerados da tutela, caso a exerçam: I - aqueles que não tiverem a livre administração de seus bens; II - aqueles que, no momento de lhes ser deferida a tutela, se acharem constituídos em obrigação para com o menor, ou tiverem que fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra o menor; III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou que tiverem sido por estes expressamente excluídos da tutela; IV - os condenados por crime de furto, roubo, estelionato, falsidade, contra a família ou os costumes, tenham ou não cumprido pena; V - as pessoas de mau procedimento, ou falhas em probidade, e as culpadas de abuso em tutorias anteriores; VI - aqueles que exercerem função pública incompatível com a boa administração da tutela. tutelado e seus bens ou em havendo conflito de interesses. O artigo 1736 do Código Civil prevê quais são aqueles que podem escusar-se da tutela. Porém, mesmo que a pessoa se encaixe na previsão legal de exclusão, querendo exercera função e se enquadrando nos requisitos necessários, poderá exercê-la normalmente. O procedimento para solicitar a escusa do encargo será por petição dirigida ao juiz nos mesmos autos em que foi designada a tutela. Segue rol taxativo de escusas permitidas para função de tutor. O inciso I é uma aberração para os dias atuais, deixou de fazer sentido. O inciso IV deve ser levado em conta se analisadaa enfermidade à luz do estatuto do deficiente. Já o inciso VII é usado como comparação em casos em que o tutor tenha uma profissão que exija muitas viagens e, dessa forma, não consiga exercer de maneira adequada a função. O artigo 1.737 acrescenta uma causa de escusa além das elencadas no artigo acima. O lugar a que se refere o dispositivo é o local do domicílio do menor, onde ele possui suas relações e, por ventura, seu patrimônio. As causas de escusa valem mesmo que a tutela seja testamentária, tendo em vista que o dispositivo não menciona qualquer espécie de tutela. No artigo 1.738, há claro conflito com relação ao prazo que o tutor tem para peticionar solicitando a escusa da tutela. O Código Civil prevê o prazo de 10 dias, enquanto o Novo Código de Processo Civil estabelece 5 dias para se manifestar sobre a escusa. Embora exista essa dúvida, o ideal é que se respeite o prazo de 5 dias, por estar contido no código responsável por estabelecer prazos processuais, o qual, ainda, é o código mais recente. Importante lembrar que, se o juiz não admitir a escusa, exercerá o nomeado a tutela, enquanto o recurso interposto não tiver provimento, e responderá desde logo pelas perdas e danos que o menor venha a sofrer (art. 1.739 do Código Civil), o que demonstra o caráter público relevante do exercício da tutela. Exercício da Tutela Existem 3 tipos de atos: deveres e atos permitidos independentemente de autorização judicial; atos permitidos apenas com autorização judicial, e os atos proibidos. No exercício da tutela, uma série de atos deve ser praticada, alguns sem controle judicial prévio, outros com a necessária autorização do magistrado. O artigo 1.740 demonstra os deveres inerentes à tutela e a responsabilidade do tutor ante o tutelado. Artigo 1.736. Podem escusar-se da tutela: I - mulheres casadas; II - maiores de sessenta anos; III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais de três filhos; IV - os impossibilitados por enfermidade; V - aqueles que habitarem longe do lugar onde se haja de exercer a tutela; VI - aqueles que já exercerem tutela ou curatela; VII - militares em serviço. Artigo 1.737. Quem não for parente do menor não poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver no lugar parente idôneo, consanguíneo ou afim, em condições de exercê-la. Artigo 1.738. A escusa apresentar-se-á nos dez dias subsequentes à designação, sob pena de entender-se renunciado o direito de alegá-la; se o motivo escusatório ocorrer depois de aceita a tutela, os dez dias contar-se-ão do em que ele sobrevier. Já o artigo 1741 prevê que, além de garantir os cuidados pelo menor, deverá o tutor zelar pelos seus bens da melhor maneira, além de garantir o melhor ao tutelado, suprindo, ainda que parcialmente, a ausência de seus pais. A principal preocupação do legislador é proteger o menor e garantir que o tutor cuide de sua educação, defesa e sustento sem precisar de decisão judicial para se darem condições básicas de bem-estar e saúde ao tutelado. Resumidamente, ao tutor cabem as atribuições naturais que seriam dos pais do tutelado. Contudo, existem diversas diferenças previstas na lei. Entre elas, o tutor não tem o poder de correção sobre o menor, embora possa exigir respeito e obediência. Os limites desse “exigir respeito e obediência”, entretanto, não ficam muito claros. Quando se torna a reprimenda do tutor “correção”, extrapolando seu direito? Complicado definir, mas sabe-se que não se podem aplicar punições físicas, por exemplo. Na análise de casos sobre este mérito, então, serão levados em conta os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. O magistrado fará um inventário de bens do menor para ser entregue ao tutor. Serão os bens entregues ao tutor mediante termo especificando-os, bem como seus valores, conforme o artigo 1.745 do código civil prevê. Assim, o juiz terá uma forma de controle dos bens que foram entregues ao tutor para que ele zele por eles. Não obstante, se os bens forem de valor considerável, poderá o magistrado exigir uma caução para que possa fluir o exercício da tutela. A figura do protutor, que seria um tutor do tutor, é basicamente a de um fiscal que irá tomar conta dos atos do tutor. Normalmente, auxilia o juiz na função de fiscalizar a tutela que é exercida pelo tutor. Quando houver dúvidas a respeito do bom trabalho do tutor, entretanto, poder-se-á designar um protutor para verificar se a função está sendo bem desempenhada ou para realmente dividir as funções da tutela. Tendo em vista o exposto no artigo 1.743 do Código Civil, se os bens e os interesses administrativos exigirem conhecimentos técnicos, forem complexos, ou realizados em lugares distantes do domicilio do tutor, poderá este, mediante aprovação judicial, delegar a outras pessoas físicas ou jurídicas o exercício parcial da tutela. Artigo 1.740. Incumbe ao tutor, quanto à pessoa do menor: I - dirigir-lhe a educação, defendê-lo e prestar-lhe alimentos, conforme os seus haveres e condição; II - reclamar do juiz que providencie, como houver por bem, quando o menor haja mister correção; III - adimplir os demais deveres que normalmente cabem aos pais, ouvida a opinião do menor, se este já contar doze anos de idade. Artigo 1.741. Incumbe ao tutor, sob a inspeção do juiz, administrar os bens do tutelado, em proveito deste, cumprindo seus deveres com zelo e boa- fé. Artigo. 1.747. Compete mais ao tutor: I - representar o menor, até os dezesseis anos, nos atos da vida civil, e assisti-lo, após essa idade, nos atos em que for parte; II - receber as rendas e pensões do menor, e as quantias a ele devidas; III - fazer-lhe as despesas de subsistência e educação, bem como as de administração, conservação e melhoramentos de seus bens; IV - alienar os bens do menor destinados a venda; V - promover-lhe, mediante preço conveniente, o arrendamento de bens de raiz. Artigo 1.745. Os bens do menor serão entregues ao tutor mediante termo especificado deles e seus valores, ainda que os pais o tenham dispensado. Parágrafo único. Se o patrimônio do menor for de valor considerável, poderá o juiz condicionar o exercício da tutela à prestação de caução bastante, podendo dispensá-la se o tutor for de reconhecida idoneidade. Artigo 1.743. Se os bens e interesses administrativos exigirem conhecimentos técnicos, forem complexos, ou realizados em lugares distantes do domicílio do tutor, poderá este, mediante aprovação judicial, delegar a outras pessoas físicas ou jurídicas o exercício parcial da tutela. São atos que necessitam análise porque podem gerar prejuízos ao menor. A intervenção judicial, em alguns casos, torna-se necessária uma vez que o tutor não exerce o poder familiar e a tutela visa a proteger o menor e garantir o melhor pra ele. Nos casos previstos pelo artigo 1748 do Código Civil, o tutor apenas poderá agir se o magistrado conceder permissão. Há determinados atos que o tutor é proibido de praticar, mesmo que seja autorizado judicialmente. É o que consta no artigo 1749: Ou seja, quando houver conflito de interesse ou se houver suspeita de que o interesse do menor não seja respeitado, o ato será vedado. O tutor será responsabilizado pelos prejuízos que, por culpaou por dolo, causar ao menor. E o protutor, se houver, será responsável solidariamente com o tutor por tais prejuízos causados. Portanto, é seu dever denunciar qualquer irregularidade que o tutor cometa em se tomando conhecimento dela, pois poderá por ela ser cobrado integralmente. O magistrado também tem responsabilidade civil pela tutela, a qual será estabelecida pela falta de zelo comprovada na escolha do tutor para o menor, na proporção em que são vários os critérios que devem ser considerados para evitar a errônea nomeação do tutor. O juiz deve considerar cuidadosamente o impacto da nomeação a vida do menor. Bens do Tutelado Frise-se que o tutor não tem o usufruto dos bens do tutelado, mas pode ressarcir-se do que despendeu a título de exercício da tutela, salvo no caso de crianças pobres ou de nenhum recurso, e terá direito a remuneração proporcional à importância dos bens administrados. Tal remuneração haverá de ser justa, nunca insuficiente ou Artigo 1.748. Compete também ao tutor, com autorização do juiz: I - pagar as dívidas do menor; II - aceitar por ele heranças, legados ou doações, ainda que com encargos; III - transigir; IV - vender-lhe os bens móveis, cuja conservação não convier, e os imóveis nos casos em que for permitido; V - propor em juízo as ações, ou nelas assistir o menor, e promover todas as diligências a bem deste, assim como defendê-lo nos pleitos contra ele movidos. Parágrafo único. No caso de falta de autorização, a eficácia de ato do tutor depende da aprovação ulterior do juiz. Artigo 1.749. Ainda com a autorização judicial, não pode o tutor, sob pena de nulidade: I - adquirir por si, ou por interposta pessoa, mediante contrato particular, bens móveis ou imóveis pertencentes ao menor; II - dispor dos bens do menor a título gratuito; III - constituir-se cessionário de crédito ou de direito, contra o menor. Art. 1.752. O tutor responde pelos prejuízos que, por culpa, ou dolo, causar ao tutelado; mas tem direito a ser pago pelo que realmente despender no exercício da tutela, salvo no caso do art. 1.734, e a perceber remuneração proporcional à importância dos bens administrados. § 1o Ao protutor será arbitrada uma gratificação módica pela fiscalização efetuada. § 2o São solidariamente responsáveis pelos prejuízos as pessoas às quais competia fiscalizar a atividade do tutor, e as que concorreram para o dano. Artigo 1.744. A responsabilidade do juiz será: I - direta e pessoal, quando não tiver nomeado o tutor, ou não o houver feito oportunamente; II - subsidiária, quando não tiver exigido garantia legal do tutor, nem o removido, tanto que se tornou suspeito. exagerada, e deverá levar em conta a melhor tutela dos interesses da criança ou do adolescente. Sabemos que a tutela possui menor âmbito de poderes que o poder familiar. Porém, não se suprime do tutor o dever de amparar o pupilo sob o prisma material e até espiritual. Isso porque, com vistas a respeitar a dignidade da pessoa humana, devem defender-se suas liberdades – sua imagem, sua intimidade, sua consciência religiosa, científica, espiritual, etc. – competindo ao tutor, ainda, a orientação na educação do tutelado e o esforço para que ele se torne um cidadão adaptado e útil à sociedade. Assim, deverá o juiz analisar cada caso concreto para mensurar se as decisões são tomadas no melhor interesse do menor e em se respeitando suas liberdades inerentes à observação da dignidade da pessoa humana. A relação jurídica estabelecida pela tutela é de extrema importância, justificando-se a exigência obrigatória da prestação de contas, sendo que nem mesmo os pais que eventualmente exerçam a tutela podem dispensá-la. Em regra, esta será feita de dois em dois anos, o que não impede haver determinação judicial para que se realize em menores intervalos de tempo ou a qualquer momento devido ao eventual afastamento do exercício da tutela. A enumeração não é fechada, este é um rol exemplificativo. Há situações que autorizam a movimentação de recursos do menor que decorrem de deveres legais não arrolados no dispositivo, a exemplo do pagamento de indenizações por danos ocasionados por ele a terceiros. Em qualquer situação, sob a luz do maior interesse do tutelado, a necessidade ou proveito para o menor na utilização de seus recursos financeiros deve ser evidente. Prestação de Contas Observamos que os tutores possuem o dever inerente à sua função de prestar conta dos bens do tutelado. Para isso, o legislador fixou algumas formas. Sem prejuízo de a cada final de ano os tutores submeterem o balanço respectivo ao magistrado, na forma do artigo 1756 do Código Civil. Os tutores não podem ser eximidos de prestar contas. As contas serão prestadas mediante procedimento autônomo e anexadas nos mesmos autos da ação do inventário. Art. 1.753. Os tutores não podem conservar em seu poder dinheiro dos tutelados, além do necessário para as despesas ordinárias com o seu sustento, a sua educação e a administração de seus bens. § 1o Se houver necessidade, os objetos de ouro e prata, pedras preciosas e móveis serão avaliados por pessoa idônea e, após autorização judicial, alienados, e o seu produto convertido em títulos, obrigações e letras de responsabilidade direta ou indireta da União ou dos Estados, atendendo-se preferentemente à rentabilidade, e recolhidos ao estabelecimento bancário oficial ou aplicado na aquisição de imóveis, conforme for determinado pelo juiz. § 2o O mesmo destino previsto no parágrafo antecedente terá o dinheiro proveniente de qualquer outra procedência. § 3o Os tutores respondem pela demora na aplicação dos valores acima referidos, pagando os juros legais desde o dia em que deveriam dar esse destino, o que não os exime da obrigação, que o juiz fará efetiva, da referida aplicação. Art. 1.754. Os valores que existirem em estabelecimento bancário oficial, na forma do artigo antecedente, não se poderão retirar, senão mediante ordem do juiz, e somente: I – para as despesas com o sustento e educação do tutelado, ou a administração de seus bens; II – para se comprarem bens imóveis e títulos, obrigações ou letras, nas condições previstas no § 1º do artigo antecedente; III – para se empregarem em conformidade com o disposto por quem os houver doado, ou deixado; IV – para se entregarem aos órfãos, quando emancipados, ou maiores, ou, mortos eles, aos seus herdeiros. Artigo 1.755. Os tutores, embora o contrário tivessem disposto os pais dos tutelados, são obrigados a prestar contas da sua administração. Artigo 1.756. No fim de cada ano de administração, os tutores submeterão ao juiz o balanço respectivo, que, depois de aprovado, se anexará aos autos do inventário. A prestação de contas se faz mediante procedimento autônomo do qual participa, necessariamente, o Ministério Público. Objetiva demonstrar a idoneidade da administração dos bens do menor pelo tutor e possui poder liberatório para este. A recusa à prestação de contas pode implicar a destituição do tutor e, se necessário, o ajuizamento de ação de cobrança de valores que ele dever ao menor. É fundamental que haja a aprovação judicial das contas para que o tutor se desonere das pesadas atribuições que assumiu, de sorte que, nem a quitação fornecidapelo menor surtirá efeitos enquanto não aprovadas as contas pelo juiz, subsistindo a inteira responsabilidade do tutor, tudo conforme expressa o artigo 1.758 do Código Civil. Mesmo nos casos de morte, ausência ou interdição do tutor, as contas serão prestadas por seus herdeiros ou representantes. Todas as despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao menor serão computadas como créditos do tutor, devendo tais despesas (com a apresentação da prestação de contas) ser ressarcidas pelo tutelado conforme preveem os artigos. 1.760 e 1.761 do Código Civil Brasileiro. O reconhecimento do crédito em favor do tutor dependerá de demonstração contábil específica e detalhada das despesas realizadas por ele, sendo que a insuficiência destas delicadas informações pode levar à execução vazia. * O conceito de execução vazia compreende tanto a vacuidade de objeto (p.ex., ausência de crédito material) quanto a carência ou a privação de titularidades subjetivas, seja a do polo creditício, seja a do pólo debitório. (TJ-SP - Agravo de Instrumento de 28 de Abril de 2015) No caso contrário, havendo saldo do tutor a ser pago ao tutelado, será fixado prazo judicial para o cumprimento da obrigação de dar. Ocorrendo o descumprimento do pagamento, o juiz poderá destituir o tutor, ordenando o sequestro de bens do tutelado sob sua administração e supressão do pagamento a título de remuneração do tutor. O Código de Processo Civil prevê as consequências ao tutor de não pagar o valor devido. Cessação da Tutela É sabido que a tutela acarreta uma relação jurídica temporária, claro, porque os menores vêm a atingir, pelo Artigo 1.757. Os tutores prestarão contas de dois em dois anos, e também quando, por qualquer motivo, deixarem o exercício da tutela ou toda vez que o juiz achar conveniente. Parágrafo único. As contas serão prestadas em juízo, e julgadas depois da audiência dos interessados, recolhendo o tutor imediatamente a estabelecimento bancário oficial os saldos, ou adquirindo bens imóveis, ou títulos, obrigações ou letras, na forma do § 1o do art. 1.753. Art. 1.758. Finda a tutela pela emancipação ou maioridade, a quitação do menor não produzirá efeito antes de aprovadas as contas pelo juiz, subsistindo inteira, até então, a responsabilidade do tutor. Art. 1.759. Nos casos de morte, ausência, ou interdição do tutor, as contas serão prestadas por seus herdeiros ou representantes. Artigo 1.760. Serão levadas a crédito do tutor todas as despesas justificadas e reconhecidamente proveitosas ao menor. Artigo 1.761. As despesas com a prestação das contas serão pagas pelo tutelado. As contas do inventariante, do tutor, do curador, do depositário e de qualquer outro administrador serão prestadas em apenso aos autos do processo em que tiver sido nomeado. Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no caput for condenado a pagar o saldo e não o fizer no prazo legal, o juiz poderá destituí-lo, sequestrar os bens sob sua guarda, glosar o prêmio ou a gratificação a que teria direito e determinar as medidas executivas necessárias à recomposição do prejuízo. decurso de tempo, sua capacidade civil plena. Portanto, são causas da cessação da tutela tanto a maioridade quanto a emancipação, bem como o caso de adoção. Também poderá cessar a tutela na hipótese de negligência, prevaricação ou incapacidade superveniente do tutor, conforme afirma o art. 1.766 do Código Civil. Sempre que o tutor praticar ato contra os interesses da tutela, seja por culpa ou dolo, ou quando incorrer em incapacidade, deverá ser destituído. Compete ao Ministério Público ou a qualquer interessado provocar o judiciário para sua remoção, aferindo, inclusive, se tiver ocorrido prática de algum crime pelo tutor. Já o Estatuto da Criança e do Adolescente cuida da destituição da tutela em seus artigos 22, 38 e 164. Em caso de extrema gravidade do ato, o juiz poderá suspender o tutor de suas funções, elegendo o substituto. O artigo do código de processo civil prevê os procedimentos de destituição dos tutores, quando necessário. Curatela dos Interditos A finalidade da curatela é principalmente conceder proteção aos incapazes no tocante a seus interesses e garantir a preservação dos negócios realizados por eles com relação a terceiros. A curatela constitui um poder assistencial ao incapaz maior, ao completando-lhe ou substituindo-lhe a vontade, e nisto reside sua diferença em relação à tutela. No artigo 1767 do Código Civil, prevê-se quem precisa de curador. A curatela é um instituto protetivo (caráter protetivo e assistencial) dos maiores de idade incapazes, bem como dos nascituros, ausentes, enfermos e os deficientes físicos. Lembrando que os maiores de idade incapazes são aqueles que, por motivos estabelecidos judicialmente, são incapazes de zelar responsavelmente pelos seus próprios interesses, bens e autodeterminações. O processo de interdição é o meio próprio para incapacitar aqueles desprovidos de discernimento, sujeitando-se também à curatela os nascituros, ausentes, enfermos e os deficientes físicos. Diz-se que a curatela consiste em um múnus público de caráter assistencial, assim como a tutela. (Múnus público é todo o dever e obrigação cuja prestação favoreça os interesses de todos os cidadãos em coletividade). Artigo 1.763. Cessa a condição de tutelado: I - com a maioridade ou a emancipação do menor; II - ao cair o menor sob o poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção. Artigo 1.764. Cessam as funções do tutor: I – ao expirar o termo, em que era obrigado a servir; II – ao sobrevir escusa legítima; III – ao ser removido. Art. 1.766. Será destituído o tutor, quando negligente, prevaricador ou incurso em incapacidade. Artigo 762. Em caso de extrema gravidade, o juiz poderá suspender o tutor ou o curador do exercício de suas funções, nomeando substituto interino. Artigo 761. Incumbe ao Ministério Público ou a quem tenha legítimo interesse requerer, nos casos previstos em lei, a remoção do tutor ou do curador. Parágrafo único. O tutor ou o curador será citado para contestar a arguição no prazo de 5 (cinco) dias, findo o qual observar-se-á o procedimento comum. Artigo 1767. Estão sujeitos a curatela: I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; II - (Revogado); III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; IV - (Revogado); V - os pródigos. O artigo 1.775 do Código Civil elenca a preferência do curador. Na curatela, costuma-se dar maior liberdade ao curatelado (quando couber, é claro. Não se aplicaria isto ao nascituro, por exemplo), podendo este praticar os atos não patrimoniais de forma individual, sendo que a proteção deve ocorrer na medida exata da ausência do seu discernimento, não mais. A escolha do curador deve seguir os requisitos da lei. O texto legal dá legitimidade ao pai ou à mãe para o exercício da curatela, bem como a avós ou parentes que sejam casados ou vivam em união estável, seja em relação hétero ou homoafetiva (necessitando somente o reconhecimento de ambos e sua aceitação para exercer de forma compartilhada tal tarefa). Curatela do Nascituro e do Enfermo ou Portador de Deficiência Física e do Exercício da Curatela No que concerne ao instituto da curatela, ela admite graduações, levando em consideração os diversosgraus de discernimentos e inaptidões mentais do curatelado, criando espécies que se amoldam a cada situação singular. Curatela do nascituro: tem função de resguardar os direitos e interesses do nascituro se a mulher grávida não tiver condições de exercer o poder familiar e o pai do nascituro vier a falecer; Curatela dos adultos incapazes: curatela dos psicopatas, curatela dos toxicômanos, curatela dos ébrios habituais, curatela dos pródigos, curatela dos que, por outra causa duradoura, não podem exprimir sua vontade. Curatela do ausente: tem como fito primordial resguardar os bens da pessoa que desaparece de seu domicílio, sem deixar notícias e não tendo deixado representante ou procurador a quem caiba administrar-lhe os bens. Curadorias especiais: as curadorias especiais ou oficiais se diferem das demais em razão da sua finalidade específica, que é a administração de bens e interesses somente, e não a regência de pessoas. Nesse caso, há diferenças com relação ao tutor, principalmente se o curador for cônjuge do curatelado e o casamento for com em comunhão universal, já que todos os bens do curatelado também são do curador. Tomada de Decisão Apoiada A tomada de decisão apoiada é algo recente, de 2015, que figura no Estatuto do Deficiente. Nessa situação, por iniciativa da pessoa com deficiência, são nomeadas pelo menos duas pessoas idôneas, "com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários para que possa exercer sua capacidade." Note-se que a tomada de decisão apoiada não se relaciona, necessariamente, com o portador de transtorno mental, podendo ser requerida por qualquer sujeito classificável como deficiente nos termos do Estatuto. Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito. §1o Na falta do cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto. § 2o Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos. § 3o Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador. Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) Artigo 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o pai falecer estando grávida a mulher, e não tendo o poder familiar. Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita, seu curador será o do nascituro. Artigo 1.782. A interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração. Art. 1.783. Quando o curador for o cônjuge e o regime de bens do casamento for de comunhão universal, não será obrigado à prestação de contas, salvo determinação judicial. Privilegia-se, assim, o espaço de escolha do portador de transtorno mental, que pode constituir em torno de si uma rede de sujeitos baseada na confiança que neles tem para lhe auxiliar nos atos da vida civil, sem que isto se configure como curatela (não são estas pessoas idôneas curadoras, mas apoiadoras). Antes do surgimento desta figura legal, havia situações de curatela fixadas à revelia e contra os interesses do portador de transtornos mentais. Frisa-se que a tomada de decisão haverá de ser diferente para cada sujeito, já que o termo que for apresentado é que especificará os limites do apoio, e ele cobrirá a situação particular da forma como melhor convier. Pode-se dizer que a espécie destina-se aos relativamente incapazes que revelem limitações mentais, físicas, intelectuais, sensoriais, psicossociais ou cognitivas, manifestando, de uma forma ou de outra, algumas dificuldades na compreensão das situações da vida, na manifestação de ideias, na realização de negócios, na expressão, na comunicação, na visão, audição, percepção e outros canais de exteriorização da vontade. Não se objetiva, na tomada de decisão apoiada, a representação do deficiente, mas o simples acompanhamento e auxílio em decisões sobre determinados atos da vida civil, como contratos ou negócios, declarações, compromissos, decisões e questões que envolvam economia ou patrimônio. Em outros atos próprios da subsistência e comuns da vida, não se requer a participação dos apoiadores. Os atos dependentes do apoio virão descritos no termo onde constam os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores. A finalidade de tal termo é de dar solidez e certeza aos negócios patrimoniais e outros atos da vida civil, afastando a possibilidade de posterior anulação de atos válidos. A ausência dos apoiadores não é suficiente para invalidar atos, entretanto, admitindo-se, entrementes, a viabilidade de sua anulação por incapacidade de expressar a vontade. Artigo 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas ido ̂neas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informaço ̃es necessários para que possa exercer sua capacidade. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 1o Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores, inclusive § 1o Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compromissos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e o respeito a ̀ vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que devem apoiar. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 2o O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas aptas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 3o Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oitiva do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as pessoas que lhe prestarão apoio. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 4o A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efeitos sobre terceiros, sem restriço ̃es, desde que esteja inserida nos limites do apoio acordado. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 5o Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contrato ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao apoiado. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 6o Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou prejuízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a pessoa apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério Público, decidir sobre a questão. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 7o Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão indevida ou não adimplir as obrigaço ̃es assumidas, poderá a pessoa apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Público ou ao juiz. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 8o Se procedente adenúncia, o juiz destituirá o apoiador e nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra pessoa para prestação de apoio. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) A atuação ou participação dos apoiadores primará pela decência e honestidade, sendo eles responsáveis por possíveis atuações dolosas e também culposas (imprudência, negligência e imperícia). Como exemplos de atos que levam o apoiador a responder judicialmente, estão o mau aconselhamento, a pressão psicológica, a omissão em participar, a apropriação de valores ou o descumprimento das obrigações legais e contratuais. Os prejuízos são reparáveis na equivalência dos danos causados por ele, e representam-se ao Ministério Público para a devida apuração com vistas à aplicação das penalidades cabíveis. Ao juiz também é possível o encaminhamento de tais alegações, o qual acionará o Ministério Público. Haverá sempre ao menos dois apoiadores, impondo-se que ambos manifestem concordância com o negócio que necessita de auxílio e que haja pleno acordo também com o apoiado nesta decisão. Se não ocorrer a unanimidade ou se verificada a divergência indesejável de opiniões na tomada da decisão final, busca-se a solução judicial, que poderá inviabilizar o ato praticado. § 9o A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o término de acordo firmado em processo de tomada de decisão apoiada. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua participação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu desligamento condicionado a ̀ manifestação do juiz sobre a matéria. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência) § 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, as disposiço ̃es referentes à prestação de contas na curatela. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
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