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Contestação em ação de cobrança

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EXMO. SR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Processo nº .............
FELIZBERTA CAVALCANTI, já devidamente qualificada, por seu advogado, com escritório na Rua ..., nos autos da AÇÃO DE COBRANÇA, que tramita pelo rito sumário, movida por HOSPITAL CUIDO DE VOCÊ LTDA., vem, perante V. Exª, em 
CONTESTAÇÃO
expor e requerer o que se segue:
DO MÉRITO
DOS FATOS
No dia 12 de dezembro de 2007, a Ré e sua amiga de nome Cremilda levaram o marido daquela, Dagoberto Cavalcanti ao estabelecimento da Ré, uma vez que este sentia fortes dores em razão de uma fratura exposta na perna direita, conforme diagnóstico do próprio estabelecimento de saúde, o que determinou a realização de uma operação de emergência.
Para tanto, a direção do Hospital Autor exigiu que a Ré emitisse um cheque no valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), como garantia do pagamento pelos serviços médicos que seriam prestados ao paciente.
Cautelosa, a Ré ressaltou no verso do cheque o fim para o qual este se destinava, o que pode ser comprovado mediante verificação do verso do título de crédito em poder do Autor.
Confiante de que não procede o pleito autoral, vem a Ré contestar a presente ação com o fito de que o Estado-Juiz, na aplicação do justo direito, julgue-o improcedente.
	
DOS FUNDAMENTOS
DA NULIDADE DO TÍTULO DE CRÉDITO
Consoante o disposto no art. 1º da Lei Estadual nº 3.426/2000, o título de crédito no qual se funda a presente ação de cobrança é nulo, motivo pelo qual é de ser julgado improcedente o pleito autoral.
DO PEDIDO CONTRAPOSTO
Em razão do que estabelece o art. 2º da Lei Estadual nº 3.426/2000, pleiteia a Ré do Autor o pagamento em dobro do valor constante no título de crédito no qual se funda a presente ação de cobrança.
Frise-se que, nos exatos termos do que dispõe o precitado dispositivo, resta comprovada a exigência de depósito no caso concreto, o que alicerça o pedido contraposto ora formulado.
Ademais, não obstante o cheque em questão não ter sido compensado com êxito, foi ele, efetivamente, depositado, motivo a reforçar a devolução em dobro.
Assim já decidiu o Egrégio Tribunal fluminense em recente julgado:
PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE CUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO CUMULADA COM INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS PELO RITO ORDINÁRIO COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA COM LIMINAR, EM CARÁTER DE URGÊNCIA. PRORROGAÇÃO DO CONTRATO DEVIDA POR FORÇA DA LEI Nº 9.656/98. RECUSA INJUSTIFICADA DA EMPRESA DE PLANO DE SAÚDE QUE DEVE RESPONDER PELOS DANOS MORAIS E MATERIAIS DECORRENTES DE SUA CONDUTA EM AFRONTA À LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA. DEVOLUÇÃO EM DOBRO EM RAZÃO DE EXIGÊNCIA DE CHEQUE-CAUÇÃO. DANOS MATERIAIS EXIGEM COMPROVAÇÃO E SE A PARTE NÃO INSISTE JUNTO AO RECEBEDOR QUE SE RECUSA À EMISSÃO DO RECIBO, NÃO PODE TRANSFERIR ESSA CONDUTA INERTE AOS RÉUS. PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. I - Dispõe o art. 30, § 1º, da Lei nº. 9.656/98, que o período de manutenção da condição de beneficiário a que se refere o caput será de um terço do tempo de permanência no plano ou seguro, ou sucessor, com um mínimo assegurado de seis meses e um máximo de vinte e quatro meses. Por conseguinte, não há obrigatoriedade de se dar continuidade ao contrato de plano de saúde por prazo indefinido. Mas a recusa no atendimento autoriza a condenação da empresa ao pagamento pelos danos morais e materiais que se originarem da recusa. No entendimento do colendo Superior Tribunal de Justiça, mero descumprimento contratual não gera dano moral. Entretanto, se há recusa infundada de cobertura pelo plano de saúde -, é possível a condenação para indenização psicológica;II - A existência dos danos (an debeatur) deve ser demonstrada no curso da instrução e não na liquidação, que se destina à aferição do valor dos danos (quantum debeatur). Precedentes do egrégio Superior Tribunal de Justiça. Portanto, para o recebimento da indenização pelos danos materiais se exige a prova do desembolso;III - Conforme estatui o art. 2º da Lei nº. 3.426/00, comprovada a exigência de depósito, o hospital será obrigado a devolver em dobro o valor depositado ao responsável pela internação. Portanto, a lei estabelece a penalidade, independentemente da utilização do cheque. Basta que se exija - comprovada a exigência de depósito, para autorizar a condenação à devolução em dobro do respectivo valor;IV - Parcial provimento ao recurso. (destaque nosso)
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a V. Exª:
1 - Seja julgado improcedente o pedido formulado pela parte autora; 
2 - A procedência do pedido contraposto formulado pela Ré, com a condenação do Autor ao pagamento de R$ 8.000,00, já em dobro, conforme acima explicitado;
3 – A intimação da testemunha abaixo arrolada;
4 - A condenação do Autor ao ônus da sucumbência.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, especialmente as de caráter documental, testemunhal e depoimento pessoal do representante legal do Autor.
Pede deferimento
Rio de Janeiro, ... de ......... de 2009
________________________
Advogado
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1 - Cremilda (nome completo), (qualificação), (endereço)

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