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Prévia do material em texto

DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL PENAL 
 
GABARITO DAS ATIVIDADES DE ESTUDO 
 
 
CAPÍTULO 1 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 13 
 
 
1) Para você qual o significado do Direito Processual Penal? Ao ouvir o nome deste 
Instituto que relações você estabelece? Como você conceituaria Direito Processual 
Penal? 
 - Direito Processual Penal por ser considerado um conjunto de princípios e normas 
que regem a aplicação jurisdicional do Direito Penal, assim como as atividades 
persecutórias da policia judiciária. 
- Cintra, Crinover e Dinamarco, “Direito Processual é o conjunto de normas e 
princípio que regem (...) o exercício conjugado da Jurisdição pelo Estado-Juiz, da ação 
pelo demandante e da defesa pelo demandado” (MALHEIROS, 1993, p.41). 
- Que o Direito Processual Penal é o conjunto de princípios e normas a 
composição das lides penais por meio da aplicação do direito penal objetivo. 
- Na definição de José Frederico Marques, “é o conjunto de princípios e normas 
que regulam a aplicação jurisdicional do direito penal, bem como as atividades 
persecutórias da polícia Judiciária, e a estruturação dos órgãos em função jurisdicional e 
respectivos auxiliares” (MARQUES, 2001, p. 20). 
- O Direito Processual Penal é o conjunto de normas (leis, por exemplo, as previstas 
no CPP) e princípios (exemplo, o da ampla defesa), que regulam ou disciplinam a 
composição das lides penais, por meio da aplicação do Direito Penal Objetivo, (aquele 
que prevê o crime), a sistematização dos órgãos de jurisdição (juízes e tribunais) e 
respectivos auxiliares (escreventes, oficiais de justiça) bem como a persecução penal 
como se aplica à pena (sentença); quem é o juiz competente (que vai decidir a lide) e 
como a persecução se dá em juízo (citação, defesa prévia...) são questões disciplinadas 
pelo Direito Processual Penal. As sanções penais (as penas e as medidas de segurança) 
são objeto do Direito Penal. A aplicação do ramo penal é que pertence ao Direito 
Processual Penal. 
 
 
CAPÍTULO 1 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 27 
 
 
1) Complete as lacunas: 
a) Compete ao Presidente da República privativamente celebrar o Tratado, 
(art.84, VIII, da CF), competindo ao Congresso sua resolução definitiva (art.49, І), 
transformando-o em Decreto. 
 
b) É exemplo de Convenção que se tornou norma processual penal a 
Convenção Americana dos Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica) onde o 
governo depositou a Carta de Adesão em 25/9/1992 e em 06-11-1992, promulgou-a 
através do Decreto nº _678 de 1992. 
 
c) Discute-se também sobre o fim da Prisão por Alimentos. 
 
2) A Emenda Constitucional n. 45/2004 instituiu a súmula vinculante como fonte 
jurídica formal e, portanto, os órgãos jurisdicionais são fontes jurídicas de 
produção não apenas cientificamente, mas também do ponto de vista jurídico-
dogmático. Conceitue Súmula: Respostas esperada! 
 As súmulas sempre estiveram presentes no direito brasileiro. Verbete ou 
enunciado que declara a interpretação pacífica do tribunal que a emite sobre determinado 
tema. Tem como funções: tornar pública a jurisprudência daquela corte e promover a 
uniformidade das decisões judiciais que forem proferidas daquele momento em diante. 
No ano de 2004, através da emenda constitucional 45, foi adicionado à Constituição 
Federal o artigo 103-A, que criou a súmula vinculante nos seguintes termos: 
 "O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de 
dois terços dos seus membros, depois de reiteradas decisões sobre matéria 
constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá 
efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração 
pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à 
sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei". 
Nota-se que o objetivo da criação da súmula vinculante seria tentar assegurar a 
materialização do princípio da igualdade, evitando que uma mesma norma seja 
interpretada de formas distintas para situações fáticas idênticas, criando distorções, além 
de "desafogar" o Supremo Tribunal Federal do número absurdo de processos que 
recebe, gerados em parte pela repetição exaustiva de casos cujo desfecho decisório já é 
notoriamente conhecido. 
Diferentemente da súmula, a súmula vinculante, que só pode ser editada pelo Supremo 
Tribunal Federal, obriga os juízes a adotarem o posicionamento enunciado no verbete. 
Caso alguma lide seja julgada em desconformidade com a súmula vinculante, cabe 
reclamação ao STF que, se a julgar procedente, cassará a decisão ou anulará o ato 
administrativo contrário a sumula vinculante e determinará que seja proferida outra 
decisão com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso. Esse mandamento vem 
inscrito no artigo 103-A, §3°. A revisão ou o cancelamento da súmula vinculante só é 
possível de ofício ou mediante provocação dos legitimados para propor a ação direta de 
inconstitucionalidade. 
 
3) Defina Tratado e Convenções: 
 
Tratado são acordos assinados entre países em assuntos de natureza política, 
incluindo os crimes. Convenções também são acordos, todavia assinados por vários 
países. A palavra Tratado é utilizada para acordos solenes, enquanto Convenção é o 
tratado que cria normas gerais. Logo, há autores que reservam o termo tratado para atos 
jurídicos considerados mais importantes, de natureza política, destinados a ter longa 
duração. Utilizando para as demais situações os de natureza não-política, a palavra 
convenção. O Tratado, por sua vez, pode ser considerado como um ato de 
consentimento recíproco de duas ou mais nações para constituir, regular, modificar, 
alterar ou extinguir um vinculo de Direito ou um ato jurídico, em que dois ou mais Estados 
concordam sobre a criação, modificação ou extinção de um direito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 43 
 
 
1) Reflita sobre o assunto Interpretação Analógica e com base no exemplo dado (art. 
28 do CPP) pesquise outros exemplos, transcreva-os abaixo: 
Além do exemplo do art. 28 do CPP, destacamos o perdão judicial, deixar de 
aplicar pena, no homicídio culposo do art. 121, § 3º, do CP. Mas no caso de homicídio 
culposo do art. 302 do CBT Código Brasileiro de Transito, admite-se por analogia legal – 
uma lei preenchendo a lacuna de outra. (RT 783/647). No caso da autoridade policial 
necessitar ouvir testemunha fora de sua circunscrição, deverá requerer oitiva por via de 
carta precatória realizada pelo juiz. Utilização da regra do art. 123 do CPP para o caso de 
leilão após sentença absolutória ou condenatória na hipótese de arquivamento de 
inquérito policial. O CPP define a competência pelo local da infração penal. Na falta, 
prevalece o domicilio do réu. Mas e se forem dois réus com domicilio diferente? Daí 
prevalece à regra da prevenção, isto é, aplica-se por analogia o critério do art. 72 § 1º, do 
CPP. A redação anterior do art. 363 do CPP previa a citação por edital no caso de lugar 
inacessível. Com a modificação pela lei nº 11.719/ 08 a citação por edital só valera no 
caso de não localização do réu – art. 363, § 1º. Portanto, vê-se que a reforma processual 
acabou por criar uma lacuna, somente preenchida pelo CPC através do art. 231, II 
(Andrey Borges de Mendonça, Nova reforma do código de processo penal, p.222). 
 
2) Analogia jurídica – aplica-se o preceito consagrado pela doutrina, jurisprudência, e 
Princípios Gerais do Direito. Tal analogia se aproxima da aplicação de um 
princípio a uma hipótese sem referência a uma norma. Exemplifique: 
 Aplicação do preceito consagrado pela doutrina, jurisprudência e princípios gerais 
do direito. Ocorre quando o princípio para o caso omitido se deduz do espírito e do 
sistema do ordenamento jurídico considerado em seu conjunto. Também quando se 
aplica à espécie não prevista em lei, e com aqual não há norma que apresenta 
caracteres semelhantes, um princípio geral do direito. Em muito se aproxima à aplicação 
de um princípio a uma hipótese sem referência a uma norma. Temos como exemplo: o 
juiz criminal vê-se diante do pedido de restituição de um veículo com adulteração de 
chassis, porém sem possibilidade de ver a identificação do chassis original. Não há prova 
da adulteração pelo agente criminoso e nem prova da receptação. Nesse caso não há 
documentação do veículo e baseando-se no principio da prevalência do interesse do réu, 
em razão da lacuna da lei e nada havendo para disciplinar o caso mesmo que por 
analogia, deve o juiz criminal liberar o veiculo utilizando-se da analogia jurídica. 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 45 
 
1) Diferencie Analogia legal de Analogia jurídica: 
 Analogia Legal incide quando existe um preceito legal que rege um caso 
semelhante a ser aplicado a um caso não previsto na lei. E a analogia Jurídica, na 
verdade é a aplicação de preceito já consagrado pela doutrina, jurisprudência e princípios 
gerais do direito. . Ocorre quando o princípio para o caso omitido se deduz do espírito e 
do sistema do ordenamento jurídico considerado em seu conjunto. Também quando se 
aplica à espécie não prevista em lei, e com a qual não há norma que apresenta 
caracteres semelhantes, um princípio geral do direito. 
 
2) Complete as sentenças a seguir: 
a) Hermenêutica é o meio pela qual se deve interpretar a lei, a fim de que se 
tenha dela o exato sentido ou o fiel pensamento do Legislador. 
 
b) De acordo com o art. 5º da Lei de Introdução do Código Civil, uma das 
regras da hermenêutica é de que o juiz deve sempre atingir aos fins sociais a que ela se 
dirige e as exigências do bem comum. 
 
3) Como pode ser a interpretação Penal (formas) quanto ao sujeito. 
Explique: 
A interpretação penal quanto ao sujeito pode ser dividida em três, são elas: 
- Autêntica originária do próprio órgão encarregado de escrever a lei, sem caráter 
vinculante. Esta interpretação também pode ser contextual, quando feita no próprio texto. 
A exemplo podemos destacar o art. 150, § 4º do CP: considera-se casa o compartimento 
habitado. Ou, ainda, não contextual, quando feita por lei posterior. Exemplo que se 
destaca é a lei 11.767/2008 que detalhou a busca e apreensão do local de trabalho do 
advogado. 
_ Doutrinária é a realizada por estudiosos, professores e autores de livros do Direito 
Processual Penal. Trata-se da interpretação feita pela doutrina processual penal. 
_ Jurisprudencial ou judicial ou usual: feita pelos Tribunais, com a reiteração de seus 
julgamentos. Jurisprudência é a reiteração de decisões dos Tribunais no mesmo sentido. 
Ex. crime de furto com a qualificadora de escalada. Para a jurisprudência, muro baixo não 
configura a qualificadora e muro alto configura. Isso em ração do esforço despendido. 
 
4) Complete o quadro de acordo com a Interpretação da Lei Penal quanto ao 
modo: 
Gramatical, literal ou sintática: busca o significado comum, geral, dos temos e 
frases que compõem a lei, constata-se que a linguagem do direito, apesar de técnica, não 
se encontra desvinculada da linguagem comum. Leva-se em conta o sentido literal das 
palavras. 
Lógico: o sentido de cada termo é dado não só pelos seus significados isolados, 
mas pelas funções que desempenham em relação aos termos a ele associados. 
Histórico: Método Hermenêutico que busca o sentido do texto legal por meio da 
investigação das circunstâncias históricas, nas quais determinado preceito legal foi 
concebido e positivado. Busca-se conhecer os precedentes normativos, os processos 
legislativos, as discussões que cercaram a elaboração do dispositivo interpretado, tudo 
de forma a reconstruir o contexto histórico de sua criação. 
 
5) A Interpretação da Lei Processual Penal quanto ao resultado divide-se em: 
 
(A) Declarativa (A) pratica o crime de furto aquele que se 
enquadra no tipo, nem mais, nem menos. 
 
(B) Restritiva (B) roubo com arma de brinquedo 
 
(C) Extensiva (C) na representação nos crimes de ação 
 Penal Pública condicionada – CPP 
fala em representante legal –art.38 do 
CPP. 
 
6) Complete: 
 
A interpretação extensiva – O termo está implícito (dentro da norma). No art. 96. 
III, da CF, quando se fala crime está implícita a contravenção. 
Analogia – O termo não está dentro da norma. O interprete deve buscar a solução 
em outra lei. 
 
Os Princípios Gerais do Direito devem ser entendidos como regras gerais que 
conferem gerais conferem coesão e unidade ao sistema jurídico, retirando seu 
fundamento da própria idéia de direito, sua utilização terá assim natureza integrativa. 
 
 
CAPÍTULO 2 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 49 
 
1) Assinale a alternativa correta. 
a) A prescrição da pretensão punitiva não tem conseqüências distintas da prescrição 
da pretensão executória. 
b) A interpretação analógica é permitida para beneficiar somente o acusado. 
c) Quando o fato punível, constituir delito autônomo, uma vez descaracterizado este, 
é possível o enquadramento do fato em outro tipo penal. 
d) A edição da lei caracterizadora em abolitio criminis faz cessar os efeitos penais e 
os efeitos civis da sentença condenatória. 
e) A Constituição de 1988 permite a edição de Medida Provisória em matéria penal, 
somente, nos casos em que houver relevância e urgência. 
Alternativa correta - C 
 
2) Um navio mercante brasileiro de propriedade privada naufragou em alto mar. Os 
tripulantes passaram para os barcos salva-vidas. Num desses barcos, houve 
briga, tendo um tripulante francês matado um tripulante americano e ferido um 
alemão. A competência para processar e julgar esses delitos é da justiça? 
Competência da justiça brasileira, por tratar-se de barco remanescente de navio 
mercante. 
 
3) O prazo de natureza penal fixado em um mês inicia-se no dia 13 de janeiro de 
2010, quarta-feira, portanto expirou-se no dia: 
a) 12 de fevereiro de 2010, sexta-feira. 
b) 15 de janeiro de 2010, sexta-feira. 
c) 14 de fevereiro de 2010, domingo. 
d) 11 de fevereiro de 2010, quinta-feira. 
e) 12 de fevereiro de 2011, sábado. 
Alternativa correta - A 
 
4) Considere a afirmativa falsa ou correta e justifique? 
 
 Por meio do principio constitucional da irretroatividade da lei penal, veda-se que a 
norma penal posterior incida sobre fatos anteriores assegurando-se, assim, eficácia e 
vigor a estrita legalidade penal. Isto posto, reza a Constituição Federal de 1988 
garantindo a ultratividade da lei penal mais benéfica. Falsa. 
 O princípio da irretroatividade da lei penal; que é uma decorrência do princípio da 
legalidade, estabelece que a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (art. 5.º, 
XL, da CF). Sendo assim, entrando em vigor lei mais severa que a anterior (lex gravior), 
não vai ela alcançar o fato praticado anteriormente. Também o princípio da ultratividade 
da lei mais benigna, ou seja, de que a lei anterior, menos severa que a posterior, aplica-
se ao fato praticado durante a sua vigência, ainda que a ação penal se desenvolva na 
vigência da lei nova. 
 Ultratividade da lei penal significa dizer que a lei penal foi editada para vigorar por 
período limitado de tempo, para atingir determinados efeitos, ou durante a ocorrência de 
circunstâncias excepcionais 
JURISPRUDÊNCIA 
 • Irretroatividade da lei mais severa quanto a crimes - TJSC: Princípio da 
retroatividade da lei penal. Lei de regência. Não há crime sem lei anterior que o defina 
nem pena sem prévia cominação legal. A lei posterior só retroagirá se for para beneficiar 
o réu, descabendo sua aplicação a fatos anteriores não típicas na lei de regência deentão, porque as disposições mais severas da lei nova não se aplicam a fatos praticados 
anteriormente a sua vigência. (JCAT 73/530). 
 
5) Sobre o principio da extraterritorialidade da lei penal brasileira, assinale a 
alternativa correta: 
 
a) Aplica-se a lei brasileira a hipótese de crime praticado a bordo de navio da marinha 
mercante em portos estrangeiros. 
b) Todas são falsas. 
c) Consoante o principio de Justiça Universal, aplica-se a lei brasileira ao crime 
cometido fora do Brasil, que afete o interesse nacional. 
d) A sujeição de crime de genocídio à lei brasileira, quando praticada em território 
estrangeiro e o agente for brasileiro, domiciliado no Brasil configura a hipótese de 
extraterritorialidade condicionada. 
 Alternativa correta - B 
 
6) No que se refere à lei penal, justifique se esta afirmação esta correta ou incorreta, 
justificando a sua resposta: 
 
O direito penal brasileiro adotou expressamente a teoria absoluta da territorialidade 
quanto à aplicação da lei penal adotando à exclusividade da lei brasileira e não 
reconhecendo a validez da Lei Penal de outro Estado. 
A afirmação está Incorreta. 
Observa-se nesta questão o PRINCÍPIO DA TERRITORIALIDADE. 
 
O art. 5° do CP traz a regra da territorialidade. Pela redação do mencionado 
artigo, percebe-se que o Brasil não adotou uma teoria absoluta da territorialidade, mas 
sim uma teoria conhecida como temperada, haja vista que o Estado, mesmo sendo 
soberano, em determinadas situações, pode abrir mão da aplicação de sua legislação, 
em virtude de convenções, tratados e regras de direito internacional, tal como previsto 
do caput do artigo referido. 
 
7) Cabe ao legislador, proteger os mais diferentes bens jurídicos, cominando as 
sanções, de acordo com a importância para a sociedade. Assim haverá o ilícito 
administrativo civil e penal. Este último interessa ao direito penal, justamente por 
proteger os bens jurídicos mais importantes. Assinale a alternativa correta: 
 
a) Natureza fragmentária protege os bens jurídicos mais importantes, pois os demais 
são protegidos por outro ramo do direito. 
b) De natureza minimalista ocupa-se dos bens jurídicos de valor irrisório. 
c) Natureza burguesa volta-se para a proteção daqueles que gerenciam o poder 
produtivo e a economia estatal. 
d) Direito público e privado, protegem bens que pertencem ao Estado, como os de 
propriedade individualizada. 
e) Admite a perquirição estatal por crimes não previstos estritamente em lei como a 
retroação do lex gravior. 
Alternativa correta - A 
8) Tendo em conta o princípio da reserva legal é correto afirmar: 
a) E vedado o uso da analogia para punir o autor de um fato não previsto lei como 
crime mesmo sendo semelhante a outro por ela definido. 
b) E licita a aplicação da pena não prevista em lei se o fato praticado pelo agente for 
definido como crime no tipo penal. 
c) O juiz pode fixar a pena a ser aplicada ao autor do delito acima do máximo previsto 
em lei aplicando os costumes vigentes na localidade que ocorreu. 
d) Fica ao arbítrio do juiz, determinar a abrangência do preceito primário de norma 
incriminadora se a descrição do fato delituoso na norma penal for vaga e 
indeterminada. 
e) O juiz tem o poder de impor sanção penal ao autor de um fato não descrito como 
crime na lei penal, se esse for imoral, anti-social ou danoso a sociedade. 
Alternativa correta - A 
 
 
CAPÍTULO 3 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 73 
 
 
1) Considerando a experiência adquirida até o presente momento, aproveite para 
testar seus conhecimentos, aprimorar o uso da linguagem jurídica e do raciocínio 
lógico, explicando e analisando as afirmações abaixo. 
 
 O Ministério Público pode acompanhar as investigações policiais, tendo o poder 
para promover as mesmas e depois de finalizadas as diligências, Pode o mesmo oferecer 
denúncia, não cabendo alegação de suspeição ou impedimento, já que a atuação anterior 
não lhe suprime a necessária imparcialidade na atuação como Estado-Administração. 
 Uma questão que enfrenta discussão é o poder investigatório do MP. Caberá, 
portanto, ao órgão ministerial apenas a função de receber as provas oriundas da fase 
administrativa ou poderá realizar as investigações de forma direta? A resposta parece, 
segundo nossos pretórios, de que o comando da fase administrativa cabe a autoridade 
policial, mas isso não obsta a investigação direta pelo órgão ministerial. O STJ decidiu 
que é permitido ao M conduzir investigações, pois isso é um consectário lógico de sua 
própria função, a de titular da ação penal. 
 Todavia, a Segunda Turma do STF afirmou em decisão unânime, datada de 6-5-
2003, relator o Min. Nelson Jobim, que “o MP não tem poderes para realizar diretamente 
investigações, mas sim requisitá-las à autoridade policial competente, não lhe cabendo, 
por tanto, inquirir diretamente pessoas suspeitas da autoria do crime, dado que a 
condução do inquérito policial e a realização das diligências investigatórias são funções 
de atribuição exclusiva da polícia judiciária.” Já se entendeu também que não podem 
coexistir dois procedimentos, um policial e o outro aberto pelo MP. 
 Assim, o MP pode acompanhar as investigações policiais, pode também promover 
as mesmas e, finalizadas as diligências, pode oferecer denúncia no caso, não cabendo 
alegação de suspeição ou impedimento, já que a atuação anterior não lhe suprime a 
necessária imparcialidade na atuação como Estado-administração. 
 
2) Existem duas correntes que apresentam argumentos contra e a favor da 
Investigação do MP. Portanto, aproveite o momento para conhecer e pesquisar 
estas particularidades relevantes e úteis do conteúdo estudado: 
 
 
 
Para realizar as questões abaixo o LEO Pesquisa resolveu 
dar umas dicas: 
 2.1 – art.144,§ 1º, IV da Constituição Federal de 1988. 
 2.2 – art.144,§ 1º, II da Constituição Federal de 1988. 
 Agora é a sua vez... Bom Trabalho! 
 
3) Assim, como a Jurisprudência esta dividida, a Doutrina, por sua vez, também 
apresenta argumentos contra e a favor da investigação feita pelo MP. Transcreva 
os argumentos utilizados pela corrente contrária à possibilidade do MP realizar a 
investigação. 
Os argumentos utilizados pela corrente contrária à possibilidade do MP realizar 
investigação são o art. 144,§ 1º, IV CF, estabelece que cabe a polícia Federal exercer, 
com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União; O art. 144 §4º, CF, dispõe 
que a polícia civil incumbe à função de polícia judiciária e apuração de infrações penais; 
O art. 129, CF, que trata das funções institucionais do MP, em nenhum inciso prevê que o 
MP, faça a investigação criminal. 
 
4) No entanto, há uma corrente favorável às investigações criminais do MP. 
Apresente estes argumentos examinando a doutrina, a legislação e a 
jurisprudência. 
A corrente favorável às investigações criminais do MP apresenta os seguintes 
argumentos: No art. 144 § 1º, II, CF, a expressão com exclusividade refere-se às outras 
policias e não as instituições, ou seja, crimes federais são de competência investigatória 
da Policia Federal. O art. 129, IX da CF dispõe que o MP poderá exercer outras funções 
que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade. Nesse aspecto, a 
enumeração do art. 129 da CF é exemplificativa. A atividade investigatória é plenamente 
compatível com a função do MP, mormente a promoção da ação penal pública. O STJ 
entendeu ainda neste aspecto que o MP tem legitimidade para promover investigação 
visando à colheita de provas com o objetivo de instauração de futura ação penal. O 
Senador Pedro Simon apresentou a proposta de Emenda Constitucional 21, 
acrescentando parágrafo único ao art.98 da CF: “Nas infrações penais de relevância 
social, a serem definidas em lei, a instrução será feita diretamente perante o Poder 
Judiciário, sendo precedida de investigações preliminares, soba direção do MP, auxiliado 
pelos órgãos da polícia judiciária”. Deveria incluir a possibilidade excepcional da Policia 
Federal auxiliar nas investigações de crime de competência da justiça estadual. Assim 
uma proposta correta seria a de continuar cabendo a polícia judiciária a investigação 
inicial. Somente caberia ao MP investigar nas causas de relevância social ou de 
dificuldade de investigação pela autoridade policial – crimes envolvendo políticos; crimes 
envolvendo policiais; crimes envolvendo pessoas com alto poderio econômico etc. 
Por fim o STF entendeu que o MP, independentemente da prévia instauração de inquérito 
policial, também pode formar a sua opinio delicti com apoio em outros elementos de 
convicção – inclusive aqueles resultantes de atividade investigatória por ele próprio 
promovida – que evidenciem a materialidade do fato delituoso e a existência de indícios 
suficientes de autoria, desde que os dados informativos que dão suporte à acusação 
penal não derivem de documentos ou escritos anônimos nem os tenham como único 
fundamento causal. ( HC 1000-42- MC/ Min. Celso de Mello). 
 
 Fonte: ISHIDA, Válter Kenji. Processo Penal. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 90 
 
 
 
1) Assinale as alternativas com V ou F, colocar ao lado das afirmações o artigo 
correspondente: 
 (F) O escrivão poderá requerer ao Juiz a prisão preventiva do indiciado, quando 
verificar que ele está se evadindo do distrito da culpa e assim dificultar a instauração do 
inquérito policial. art 13, IV do CPP. 
 (F) A autoridade policial somente poderá mandar arquivar o I. P. quando este for 
requerido contra loucos e alienados mentais. art. 17 do CPP. 
(F) É nulo a Ação Penal quando não for dado curador ao menor. art.15 do CPP. 
(F) O delegado só pode expedir mandado de busca e apreensão contra o infrator 
se ele for preso em flagrante. art 8º do CPP 
(V) Do despacho que indefere requerimento de abertura de Inquérito Policial 
cabe recurso também ao Poder Judiciário. art 5º § 2º do CPP. 
(F) A autoridade policial não poderá proceder à identificação datiloscópica do 
indiciado, em razão de disposição constitucional. art 6º, VIII do CPP. 
(F) A autoridade administrativa não poderá apurar infrações penais, eis que essa 
atividade é da competência da policia judiciária. art 4º parágrafo único do CPP. 
(V) Quando o fato for de difícil elucidação a autoridade policial poderá dilatar o 
prazo, “de ofício”. art.10,§3º do CPP. 
(F) O irmão, nos termos do art.31 do CPP, sabendo que seu cunhado é adúltero e está 
difamando a irmã dele, poderá requerer a abertura de I.P contra seu cunhado. art 31 do 
CPP. 
(F) A autoridade policial não fará relatório nos termos do artigo 10, § 1º do CPP, 
se a prisão ocorreu em flagrante. art 10§ 1º do CPP. 
(F) O curador deve ser advogado ou estagiário de direito. Art.33 do CPP. 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 93 
 
 
1) Relativamente ao Princípio do Contraditório, diz-se que o Inquérito Policial: 
a) observa-o, necessariamente, para a elaboração do relatório final. 
b) tem que observá-lo, por força do dispositivo no artigo 5o, inciso LV, da 
Constituição Federal. 
c) observa-o, necessariamente, após o indiciamento. 
d) não o observa, por se tratar de investigação de natureza inquisitiva. 
 
 
2) Nos casos de ação penal pública condicionada, a representação é retratável: 
a) durante o curso da ação penal. 
b) até o oferecimento da denúncia. 
c) até a sentença do juiz de primeiro grau. 
d) até o trânsito em julgado da sentença. 
 
 
3) É possível dar início à ação penal pública incondicionada sem a conclusão do 
inquérito policial? 
a) Sim, desde que o titular da ação penal, ou seja, o Ministério Público possua 
elementos que o autorizem a promovê-la. 
b) Não, o inquérito policial é indispensável para a propositura da ação penal 
pública. 
c) Sim, desde que haja representação da vítima em dez dias contados do fato 
delitivo. 
d) Não, pois somente a Polícia Judiciária possui condições de apurar a autoria 
da infração penal. 
 
 
4) O Promotor de Justiça opta pelo pedido de arquivamento de determinado inquérito 
policial que apura crime de roubo. Entretanto, o Juiz discorda do pedido de 
arquivamento, dando início ex officio à ação penal. Assinale a alternativa correta: 
a) O Magistrado agiu corretamente, pois compete ao Magistrado do feito, 
analisando as provas contidas no inquérito policial, decidir se ação penal pode ser 
proposta ou não. 
b) O Juiz não agiu corretamente, pois deveria ter remetido o inquérito ou peças de 
informação ao Procurador Geral de Justiça, a fim de que este oferecesse a denúncia, 
designasse outro Promotor de Justiça para oferecê-la, ou insistisse no pedido de 
arquivamento. 
c) O Promotor não poderia ter requerido o arquivamento dos autos inquisitoriais 
sem que houvesse concordância da vítima, eis que, diante do delito de roubo, a ação 
penal é pública incondicionada. 
d) O Promotor tem que aceitar o início da ação penal, mas poderá provar, durante 
o curso da fase instrutória, que não há elementos de prova para a condenação. 
 
5) Aponte a alternativa incorreta. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
a) o fato narrado evidentemente não constituir crime. 
b) o fato depender de prévia apuração em sede administrativa. 
c) já estiver extinta a punibilidade, pela prescrição ou outra causa. 
d) for manifesta a ilegitimidade da parte ou faltar condição exigida pela lei para o 
exercício da ação penal. 
 
 
6) No processo penal brasileiro aplicam-se, além de outras, as seguintes regras, 
princípios e garantias: 
a) disponibilidade geral da ação penal pública, contraditório em todas as fases da 
persecução criminal e ampla defesa. 
b) inadmissibilidade das provas ilícitas pro reo, livre convencimento do juiz e 
publicidade da votação dos jurados. 
c) sigilo absoluto da investigação criminal, inadmissibilidade de provas ilícitas pro 
societate e contraditório em todas as fases da persecução criminal. 
d) votação secreta no júri, presunção de não-culpabilidade e necessidade de se 
comunicar ao preso o seu direito ao silêncio. 
e) incomunicabilidade do preso, disponibilidade da ação penal privada e convicção 
íntima do juiz. 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 97 
 
 Pedro Silva, 15 anos, estudante, foi denunciado como incurso nas penas do 
artigo 158 do Código Penal, cuja pena é de reclusão de 4 a 10 anos e multa. 
 
 Na fase policial. – art. 15 do CPP – por ocasião das declarações do indiciado, 
o delegado nomeou curador ao menor Pedro uma pessoa analfabeta, que inclusive 
assinou a rogo. 
 O juiz designou interrogatório do acusado. Como estava com pressa e 
sobrecarregado de serviço, por esquecimento descumpriu o art. 262 do CPP. No 
interrogatório, o acusado confessou a infração, em tudo tendo sido observado o art. 185 
do CPP. 
 
 A defesa prévia veio por defensor dativo dentro do prazo legal, que não argüiu 
teses, mas arrolou três testemunhas de denúncia para o fim do mês, ficando as partes 
para serem intimadas, conforme as fls 16 e17. Nesse ínterim houve um desentendimento 
entre o acusado e o defensor dativo. Em razão disso você foi contratado pelo acusado e 
compulsando os autos disse que juntava a procuração. Em razão dos seus 
conhecimentos, que tipo de manifestação você fará, via petição? 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL 
DA COMARCA DE ITAJAÍ –SC. 
 
 
 Pedro Silva, brasileiro, casado, motorista, domiciliado e residente a Rua 
das Hortências, 218, bairro São Vicente II, Itajaí- SC nos autos do 
Processo Crime nº 033.02.000000-0, Ação Penal que lhe move a Justiça 
Pública, como incurso nas sanções do art.171 do Código Penal Brasileiro, 
através de sua procuradora infra firmada, procuração em anexo, com 
endereço profissional na Rua Hercílio Luzo n 620, onde recebe intimações 
e demais correspondências pertinentes, vem respeitosamente, perante 
Vossa Excelência, nos termos do art. 316 e seu parágrafo único, do 
Código de Processo Penal ajuizar o presente pedido de REVOGAÇÃO DE 
PRISÃO PREVENTIVA, pelos fatos e motivos que, a seguir, passa a 
expor: 
 
 
1. O requerente teve sua prisão preventiva decretada por vossa excelência que 
entendeu encontrarem-se presentes os requisitos legais autorizadores, entretanto 
há de ser levado em consideração que o requerente é réu primário, possui bons 
antecedentes, domicilio certo, emprego fixo, com excelente conduta funcional, não 
tendo respondido, sequer, a uma contravenção, conforme documentos anexos, 
sendo que ao narrar os fatos, declara-se totalmente inocente da imputação que 
lhe foi por ora outorgada, cabe ressaltar ainda, que em nenhum momento restou 
comprovada, sua autoria. Urge salientar, também que não há nem indícios. 
 
 
2. Esclarece, outrossim, que não houve mais nenhum motivo para que subsista a 
prisão preventiva, pois tal fundamento deixou de existir visto que nunca foi 
propenso a práticas delituosas, sendo um cidadão trabalhador, amigo da 
sociedade em que vive fato este o qual pode ser comprovado através do 
depoimento das testemunhas já arroladas e que várias vezes proveu alimentos a 
vítima, a qual já tem idade avançada e em razão desta tem problemas ocasionais 
de insanidade mental, o que nós leva a crer e deduzir de imediato, que esta agiu, 
por sua vez em plenitude de confusão mental, haja visto ser ele o vizinho que é 
mais próximo emocionalmente e materialmente – tal teoria e explicada pela 
psicologia Freudiana. 
 
Em Processo Penal, Julio Fabbrini Mirabete dispõe que: 
“A Prisão Preventiva apresenta o caráter rebus sic standibus, podendo ser 
revogada conforme o estado da causa. Dispõe o art. 316 que o juiz poderá revogar a 
prisão preventiva, se no decorrer do processo, verificar a falta de motivo para que 
subsista”. MIRABETE, Julio Fabbrini. Código de Processo Penal Interpretado. 10 ed. São 
Paulo: Atlas , 2003. 
 
Assim decidiu o nosso Tribunal: 
“A Segregação cautelar é medida de exceção. Assim, admissível a revogação do 
decreto de prisão preventiva se inexistem indícios suficientes de autoria, fato, entretanto 
que não impedem o prosseguimento da ação penal”. (RT755/562). 
 
Diante do exposto, restando comprovada a desnecessidade de manutenção de 
custodia preventiva, não subsistindo os motivos do art. 312 do Código de Processo Penal 
e comprometendo-se a comparecer em juízo sempre que se fizer necessário, assinando 
termo para tanto, se assim entender Vossa Excelência, requer a Revogação da Medida, 
ouvindo o órgão do Ministério Público e expedição do alvará de soltura. 
 
 
 
 Neste termos, 
 Pede e espera deferimento. 
 
 Itajaí, 23 de fevereiro de 2012. 
 
___________________________________________________ 
 OAB 8090 – SC 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 104 
 
 
1) A ação se origina da expressão actio, significando ação judicial. Partindo 
desse pressuposto o que é Ação Penal? Ao ouvir o vocábulo processo, que 
relações podem ser estabelecidas? Como você conceituaria Ação Penal? 
 
Ao ouvir o vocábulo processo entende-se que este é o meio pelo qual se 
resolve o conflito (pena, envolvendo crime ou contravenção) e pelo qual se exerce a 
jurisdição (só o juiz possui jurisdição: poder do Estado em aplicar a pena ao caso 
concreto). Também se verifica ser o processo o meio de exercício da ação penal. 
Ação penal, por sua vez, é o direito de invocar o Poder Judiciário, no sentido 
de aplicar o direito penal objetivo. 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 126 
 
Com base nos conhecimentos ora já adquiridos em Processo Penal, em 
Direito Penal, na Constituição Federal, o pós-graduando deverá: 
 
1ª Tarefa: identificar o problema elencado no texto e solucioná-lo por 
meio da ação correta. 
 2ª Tarefa: elabore a peça processual correta, conforme requer o texto. 
Correndo de um lado para o outro e sem saber o que fazer Herculano, ia 
em direção ao rio Sapucanga, um Município com apenas 10.000 habitantes 
sendo a maioria deles de origem alemã. Como se sabe, a violência atualmente 
esta em todos os lugares e cada um deve cuidar de si. 
Naquele dia chovia muito. O rio transbordou e o céu parecia escurecer. 
Não se sabe ao certo aonde ia Herculano, mas parece que queria atravessar o 
rio, embora estivesse muito apressado. 
A cidade continuava deserta. Chuviscava. Devia ser mais ou menos 17 
horas do dia 28 de agosto. Dia de Santa Clarinda, Nesse dia como de costume 
todos se recolhem mais cedo. Poucos andam na rua, pois dá azar. A igreja não 
abriu naquele dia e o bar do Neco, de propriedade de Toninho Bebum, localizado 
na rua das laranjeiras ainda estava aberto. Essa rua infelizmente já foi palco de 
muitas tragédias, pois nela enfrente ao nº 122, já morreu Amim, um pistoleiro 
sem religião. 
Não se sabe ao certo o que aconteceu, mas muitas desgraças vêm 
acompanhadas de outros infortúnios, como é o caso de Valeria, uma mulher que 
morava sozinha e foi assassinada num domingo. Não tinha sucessores. No 
horário acima referido, o bar do Toninho Bebum ia ser fechado, quando Crô, o 
latoeiro, veio em direção a Herculano e sem nada a dizer, desferiu-lhe duas 
pauladas na cabeça, derrubando-o e lesionando-o gravemente. Como é do 
conhecimento de todos o Estado pouco tem feito para amenizar a violência. 
Foi feito o inquérito policial. O Ministério Público não denunciou no prazo 
legal. O Estado é omisso. As leis são ineficazes e as pessoas se brutalizam. 
Quem viu a ação de Crô foi Pererão, o catador de papelão e Maria Tereza, uma 
mulher de vida fácil para uns e difícil para outros. 
Foi muita tristeza na casa alugada onde morava Herculano. No hospital 
que fica a 80 quilômetros, já na cidade de Caieira do Sul, só tem um médico e 
este disse que Herculano foi salvo pela mão de Deus, embora perdera a 
memória por dois dias. Sofreu muita dor e teve traumatismo craniano, mas 
recuperou-se em quinze dias. 
1ª Tarefa: identificar o problema elencado no texto e solucioná-lo por meio da 
ação correta. 
No problema observamos que houve o inquérito, mas o Ministério Público 
não denunciou. Portanto, sabe-se que o processo penal tem seu início com 
petição inicial chamada denúncia, que é a peça, que dá início a ação penal 
pública (representação / requisição). 
É por meio dela que o Ministério Público requer a prestação jurisdicional 
do Estado contra o autor de uma infração penal, exigindo a punição dele em 
conformidade com a lei. É ato privativo do Ministério Público. 
Entraria, portanto com uma ação privada subsidiária da pública, já que 
houve a inércia do Ministério Público. 
2ª Tarefa: elabore a peça processual correta, conforme requer o texto: 
Resposta da 2ª tarefa – Elaborar a peça processual correta: 
 
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA VARA CRIMINAL DA COMARCA 
DE SAPUCANGA- SC. 
 
 
 
 Herculano, brasileiro, casado, autônomo, residente e domiciliado 
a rua tristeza nº 30 nesta cidade, por seu procurador infra 
assinado (doc. 1 ) inscrito regularmente na Ordem dos Advogados 
do Brasil, seção do Estado de Santa Catarina, sob o nº 0000, com 
escritório profissional a rua das margaridas nº xx, bairro America, 
nesta cidade, portador do CPF 32480310, onde recebe 
intimações, vem respeitosamente à presença de de Vossa 
Excelência, com fulcro no art. 29 do Código de Processo Penal, 
apresentar a ação privada subsidiária contra Crô, brasileiro, 
separado, latoeiro, residente e domiciliado a rua tristeza nº38, 
nestacidade, pelas seguintes razões de fato e de direito que 
passa a expor: 
 
Dos Fatos: 
 
Inércia do Ministério Público frente ao fato a seguir: 
 
a) Que no dia 28 de agosto do ano em curso por volta das 17h, encontrava-se 
Herculano perto do bar Neco, quando Crô veio em sua direção e sem nada a dizer, 
desferiu-lhe duas pauladas na cabeça, derrubando-o e lesionando-o gravemente. 
Quem viu a ação de Crô foram o catador de papelão e Tereza, que fazia ponto do 
outro lado da Ru. Herculano foi levado ao hospital com traumatismo craniano e a 
vista esquerda vazada, o que o prejudicou consideravelmente. 
b) Que a rua por onde Herculano andava já fora palco de muitas tragédias, ali 
morrera Amim, um pistoleiro. E como estas mais desgraças acompanhadas de 
grandes infortúnios já aconteceram na cidade de Sapucanga, sem a devida 
intervenção do Estado para amenizar a violência. 
 
 
 Partindo do princípio que a lei não pode excluir da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito, conforme o artigo 5º, XXXV, atende-se ao 
inderrogável princípio democrático do processo a participação do ofendido na 
persecução penal. 
 
O art 5º, XXXV prescreve: 
--------------------------------------------------------- 
 
No caso em tela o Ministério Público não ofereceu a denúncia no Prazo legal, 
em vista disto temos: 
 
“A AçãoPenal Privada Subsidiária da Pública é a promovida pelo 
particular, quando o Ministério Público não a intentar no prazo previsto.” 
(Wilson Ninno – Código Penal e sua interpretação Jurisprudencial – pág. 
491- 3ª edição). 
 
Assim diz Jurisprudência: 
 
“A Ação Penal Subsidiária somente tem lugar no caso de inércia do 
Ministério Público. Se este, no prazo que lhe é concedido para oferecer a 
denúncia não a apresentar, nem requerer diligências, nem pedir o 
arquivamento, pode o ofendido oferecer queixa-crime. Caso contrário, não 
tem o ofendido direito de substituir o Ministério Público”. (TJSP-Rec-Rel. 
Marzagão Barbuto- RT 542? 328). 
 
“A Ação Penal Subsidiária, somente cabe quando o órgão do Ministério 
Público, por desídia ou relapsia, deixa de oferecer denúncia no prazo 
legal”. (TACRIM-SP- Co. Parc. Rel. Juiz Rezende Junqueira – RT 
426/428). 
 
 
Ante o exposto deve o querelado responder pelas sanções do art. 129 § 
2º do Código Penal. 
 
E requer ainda que Vossa Excelência receba tal ação, e ouvido o 
Ministério Público, mande citar o querelado para o processo, nos termos 
da lei, para final condenação. 
 
Rol de testemunhas em anexo. 
 
 
 Nestes termos, 
 Pede deferimento. 
 
Sapucanga, 29 de agosto de 2012. 
 
 
 
 ____________________________________ 
 OAB/SC 0000 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 131 
 
Pesquisar é uma maneira inteligente de estudar e aprender, não se trata de 
descobrir uma porção de trechos de livros e copiar uns depois dos outros. Para que 
a pesquisa cumpra seu papel ela não deve só somar conhecimentos, mas 
multiplicá-los. Você deve acabar sua pesquisa compreendendo o assunto 
trabalhado. Agora é sua vez: 
 
1) Ciente de que é possível que a vítima ingresse independentemente com ação de 
conhecimento, mesmo antes da condenação criminal transitada em julgado, suponha-
se que nessa situação decorra, antes do final do processo civil respectivo, a 
condenação transitada em julgado no campo criminal. O que deve fazer o juiz civil 
ante essa informação? 
Resposta: O Juiz deve julgar extinto o feito sem apreciação do mérito, uma vez que 
passa a faltar interesse de agir. Se já existe título executivo, não há mais nenhum 
interesse em rediscutir o mérito. 
Ob. IMPORTANTE: Nos casos de absolvição imprópria (decisão que reconhece 
a prática de ilícito penal, mas absolve o agente por inimputabilidade, impondo-lhe apenas 
medida de segurança), não se constitui título executivo judicial. Atentar para o fato de 
que o artigo 63, CPP, somente menciona “condenação transitada em julgado” 
(“Transitada em julgado à sentença condenatória...”). Então nesses casos, para a 
obtenção de indenização far-se-á necessário o respectivo processo de conhecimento na 
seara cível. 
Ob. IMPORTANTE: Nos casos de ato infracional, o ECA (Lei 8069/90), em seu 
artigo116, estabelece: 
 “Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade 
poderá determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o 
ressarcimento do dano, ou, por outra forma compense o prejuízo da vítima”. 
 Nesses casos também não haverá título executivo judicial, necessitando-
se de processo de conhecimento no cível. Normalmente, responderá o patrimônio dos 
pais ou responsáveis pelo menor (art. 932, I e II, CC). O menor somente responderá 
patrimonialmente se tiver patrimônio capaz de arcar com a obrigação e não o tiverem 
seus responsáveis (artigo 928, CC) (vide José de Farias Tavares – Comentários ao ECA 
– 2ª ed.- Ed. Forense – 1997, p. 99). 
 Entende Paulo Lúcio Nogueira (ECA Comentado – Saraiva – 1991- p. 
150), que o Juiz da Infância e Adolescência não pode compelir o menor à reparação, mas 
pode formular um acordo e homologar. Nesse caso, tal acordo serviria de título executivo 
judicial no cível. Caso não haja tal acordo homologado, seria necessária a via do 
processo de conhecimento no cível, conforme acima consignado. 
Ob. IMPORTANTE: Note-se que em ambos os casos (absolvição imprópria ou 
menores, ou seja, incapazes) o que ocorre é que o responsável civil não integra a 
relação jurídica processual penal, de modo que não seria justo (infringiria inclusive o 
contraditório e a ampla defesa), simplesmente proceder a uma liquidação e execução 
contra ele, sendo então imprescindível o respectivo processo de conhecimento. 
 
2) Como fica o caso de sentença concessiva de Perdão Judicial? Ela também perfaz 
título executivo judicial contra o réu? 
Resposta: A questão é intrincada. Como vimos somente à sentença condenatória 
enseja indenização civil como título executivo judicial. Nos demais casos é necessário 
processo de conhecimento no cível. Ocorre que a doutrina e a jurisprudência discutem a 
natureza jurídica da sentença concessiva de perdão judicial, havendo basicamente quatro 
principais correntes: 
a) Sentença Condenatória; 
b) Sentença condenatória “sui generis” com vistas aos disposto no artigo 120, CP; 
b) Sentença Absolutória; 
d) Sentença declaratória de extinção de punibilidade. 
 Então, para aqueles que consideram a sentença de perdão judicial como 
condenatória (a e b) ela forma título executivo judicial. Já para aqueles que a consideram 
absolutória (c) ou declaratória (d), ela não perfaz título executivo judicial. Frise-se que o 
entendimento predominante no caso é o de que a sentença concessiva de perdão judicial 
é declaratória de extinção de punibilidade. Portanto, prevaleceria o pensamento de que 
seria necessário processo de conhecimento no cível para a indenização, não se 
perfazendo título executivo judicial. 
3) Numere as colunas: 
 
(a) Da redação do dispositivo supra já se conclui que tanto os crimes dolosos como 
culposos comportam indenização de danos materiais ou morais, já que constituem ato 
ilícito, no caso, penal. 
(b) Esse efeito é genérico (o que quer dizer que vale para toda e qualquer 
condenação criminal) e automático (o que quer dizer que não necessita 
de menção na sentença condenatória, decorrendo dela automaticamente). 
(c) A sentença condenatória criminal transitada em julgado é título executivo judicial 
no cível para fins de indenização por ato ilícito. No entanto, tal título, embora certo e 
exigível, não é ainda líquido, necessitando ser realizada a chamada liquidação por artigos 
(art. 475-A c/c 475-E, CPC) para estabelecer ovalor da indenização do dano material ou 
moral, já que na sentença condenatória criminal, em regra, não são estabelecidos desde 
logo valores indenizatórios. 
(d) Portanto, faz-se necessário primeiro realizar a liquidação para depois promover a 
execução do título. Não obstante, não mais se discute o mérito da indenização, uma vez 
que a sentença condenatória criminal faz coisa julgada no cível, de modo que não é 
possível pretender renovar na instância civil o que já foi decidido na criminal. 
(e) Nada impede, porém, que mesmo antes de terminado o Processo – Crime, a 
vítima, seu representante legal ou herdeiros ingressem com ação de conhecimento no 
cível para obter indenização (art. 64, “caput”, CPP). Nesse caso, não haverá ainda título 
executivo, como acima, tratando-se, como já dito, de um Processo de Conhecimento 
completo. Nesse processo poderá o juiz suspender o feito até o julgamento criminal 
definitivo devido à existência de uma certa relação de prejudicialidade entre as esferas 
civil e penal (Artigo 64, Parágrafo Único, CPP c/c 265, IV, “a” e § 5º, CPC. 
(f) Nos casos de absolvição imprópria (decisão que reconhece a prática de ilícito 
penal, mas absolve o agente por inimputabilidade, impondo-lhe apenas medida de 
segurança), não se constitui título executivo judicial. 
(g) Nos casos de ato infracional, o ECA (Lei 8069/90), em seu artigo 116, estabelece: 
“Em se tratando de ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá 
determinar, se for o caso, que o adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento 
do dano, ou, por outra forma compense o prejuízo da vítima”. 
 
(b) Artigo 91, I, CP – estabelece como efeito genérico e automático da 
condenação criminal, tornar certa a obrigação de reparar o dano. 
 
(e) Atentar para o fato de que o artigo 63, CPP, somente menciona “condenação 
transitada em julgado” (“Transitada em julgado à sentença condenatória...”). Então 
nesses casos, para a obtenção de indenização far-se-á necessário o respectivo processo 
de conhecimento na seara cível. 
(a) Art. 186, CC – “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou 
imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, 
comete ato ilícito”. 
(c) Artigo 63, CPP – Assegura à vítima, ao seu representante legal ou aos seus 
herdeiros o direito de executar no cível a sentença penal condenatória transitada em 
julgado e Artigo 475-N, CPC – “São títulos executivos judiciais: II – A sentença penal 
condenatória transitada em julgado”. 
 
(d) Essa suspensão não pode exceder a um ano, se exceder o processo deve 
seguir normalmente – vide § 5º, do art. 265, CPC); entende parte da doutrina que a 
menção à suspensão do processo civil na pendência do processo penal sobre o mesmo 
fato não é mera faculdade do juiz (verbo – “poderá” – art. 64, Parágrafo Único, CPP), mas 
sua obrigação, tendo em vista a conjugação do dispositivo do CPP acima mencionado 
com o artigo 265, IV, “a”, CPC, cuja redação é imperativa (“suspende-se o processo”). 
 
( f ) Nesses casos também não haverá título executivo judicial, necessitando-se de 
processo de conhecimento no cível. Normalmente, responderá o patrimônio dos pais ou 
responsáveis pelo menor (art. 932, I e II, CC). O menor somente responderá 
patrimonialmente se tiver patrimônio capaz de arcar com a obrigação e não o tiverem 
seus responsáveis (artigo 928, CC) (vide José de Farias Tavares – Comentários ao ECA 
– 2ª ed.- Ed. Forense – 1997, p. 99). Entende Paulo Lúcio Nogueira (ECA Comentado – 
Saraiva – 1991- p. 150), que o Juiz da Infância e Adolescência não pode compelir o 
menor à reparação, mas pode formular um acordo e homologar. Nesse caso, tal acordo 
serviria de título executivo judicial no cível. Caso não haja tal acordo homologado, seria 
necessária a via do processo de conhecimento no cível, conforme acima consignado 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 134 
 
 
1) Como é determinada a competência ? 
 Determinará a competência jurisdicional: 
 I - o lugar da infração: 
 II - o domicílio ou residência do réu; 
 III - a natureza da infração; 
 IV - a distribuição; 
 V - a conexão ou continência; 
 VI - a prevenção; 
 VII - a prerrogativa de função. 
2) O que determina a competência pelo lugar da infração? 
A competência jurisdicional, em regra é fixada pelo lugar da infração, ou no caso 
de tentativa, pelo local da prática do último ato de execução. Sendo desconhecido o local 
da infração, a competência é a do domicílio ou residência do réu. Fixa-se também a 
competência em razão da matéria e da função. Havendo mais de um juiz na comarca, a 
competência é fixada por distribuição. Critérios suplementares de competência: conexão, 
continência e prevenção. 
 A competência em razão do lugar da infração é o chamado lócus delicti commissi. 
É competente o local onde a infração se consumou. Nota-se, que se consuma a infração 
quando se reúnem todos os elementos do tipo de acordo com a regra do art.14, I do CP. 
No caso de homicídio, competente é o lugar onde ocorreu o resultado morte, pois aí se 
trata de crime material. E nos crimes qualificados pelo resultado, competente é o local 
onde ocorreu o resultado, em razão da culpa ou de dolo. Então, no latrocínio, competente 
não é o local onde ocorreu a conduta da violência, mas onde ocorreu o resultado de 
morte. 
Seguindo a regra geral, dentro do território nacional: competente é o juízo do local 
onde ocorreu maior alarde e onde os elementos probatórios poderão ser coletados com 
facilidade. 
 Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
 § 1o Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, 
a competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o 
último ato de execução. 
 § 2o Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será 
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzido ou 
devia produzir seu resultado. 
 § 3o Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando 
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou 
mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
 Art. 71. Tratando-se de infração continuada ou permanente, praticada em território 
de duas ou mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
 De acordo, com a regra do artigo 71 do CPP, em se tratando de crime permanente 
ou continuado, a competência se dá pela prevenção. Logo, o primeiro juízo que toma 
conhecimento torna-se automaticamente competente pela prevenção. 
 Crime continuado é aquele onde dois ou mais crimes são praticados de forma 
semelhante ou com o mesmo modus operandi. 
 Exemplo: Carlos pratica roubo de gasolina na capital de São Paulo e logo em 
seguida outro roubo em posto de gasolina em São Bernardo. Aqui vivenciamos caso de 
crime continuado, pois são praticados de forma semelhante. O caso vai para o Fórum de 
São Bernardo que, nesse caso, torna-se prevento e a competência é firmada. 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 136 
 
1) A execução iniciando-se em território brasileiro e o resultado ocorrendo fora dele 
qual o foro competente? E se a execução se iniciar fora do território brasileiro e o 
resultado ocorrer no Brasil? 
 Se, iniciada a execução no território nacional, a infração se consumar fora dele, a 
competência será determinada pelo lugar em que tiver sido praticado, no Brasil, o último 
ato de execução 
 Quando o último ato de execução for praticado fora do território nacional, será 
competente o juiz do lugar em que o crime, embora parcialmente, tenha produzidoou 
devia produzir seu resultado. 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 137 
 
 
1) De quem e a competência quando o limite territorial entre duas ou mais jurisdições 
for incerto? 
 Quando incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, ou quando 
incerta a jurisdição por ter sido a infração consumada ou tentada nas divisas de duas ou 
mais jurisdições, a competência firmar-se-á pela prevenção. 
 
2) Sendo o local da infração não conhecido, qual a competência para o 
processamento da ação? 
 Diz o Art. 72. Não sendo conhecido o lugar da infração, a competência regular-
se-á pelo domicílio ou residência do réu. 
 § 1o Se o réu tiver mais de uma residência, a competência firmar-se-á pela 
prevenção. 
 § 2o Se o réu não tiver residência certa ou for ignorado o seu paradeiro, será 
competente o juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. 
 De acordo com o art. 72, caput, do CPP, se for desconhecido o local da infração, a 
competência será definida pela residência ou domicilio. 
 Domicílio é o lugar, local onde o réu possui residência com ânimo definitivo. Um 
homicídio em que se desconheça o local onde foi produzido o resultado morte. Todavia, 
sabe-se que o agente tem residência na Comarca de Itajaí. Nesse caso, competente será 
este juízo. 
 Importante: Sendo, portanto, desconhecido o domicílio ou residência do réu, a 
competência será fixada pela prevenção. – Juiz que primeiro tomar conhecimento do fato. 
 Art. 73. Nos casos de exclusiva ação privada, o querelante poderá preferir o foro 
de domicílio ou da residência do réu, ainda quando conhecido o lugar da infração 
 E tratando-se de ação penal privada, o querelante poderá preferir o foro de 
domicílio ou da residência do réu ao invés do local da consumação do delito. 
. 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 138 
 
 
1) O que se entende por competência por distribuição? 
É a que ocorre nas Comarcas onde atua mais de um juiz. Os feitos são 
distribuídos por sorteio, ao serem protocolados junto a um órgão distribuidor (geralmente 
um cartório) cabendo ao juiz sorteado o julgamento da ação. 
 Art. 75. A precedência da distribuição fixará a competência quando, na mesma 
circunscrição judiciária, houver mais de um juiz igualmente competente. 
 Parágrafo único. A distribuição realizada para o efeito da concessão de fiança ou da 
decretação de prisão preventiva ou de qualquer diligência anterior à denúncia ou queixa 
prevenirá a da ação penal. 
 
 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 139 
 
 
1) O que se entende por competência por conexão? E por continência? 
Conexão. Quando existem dois ou mais delitos relacionados entre si, ou pela 
forma como foram cometidos ou pelos meios probatórios, devendo ser todos reunidos 
num só processo. E por continência quando há duas ou mais pessoas acusadas pela 
mesma infração (co-autores): concurso formal: erro de execução: resultado diverso do 
pretendido. Devem ser reunidos num só processo. 
 
 
CAPÍTULO 4 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 150 
 
 
 
Pesquisar sobre: Príncipios Relativos À Jurisdição 
1) Anote tudo o que se refere a sua pesquisa. Use, de preferência lápis em lugar 
de caneta para poder corrigir quando errar, anote tudo, inclusive os nomes de 
livros, sem esquecer de anotar as referências básicas. 
 
 
 
 
Princípio 
do juiz natural 
A competência deriva do dispositivo constitucional- art. 5º, 
LIII, da Constituição Federal de 1988, configurando-se, 
portanto no órgão jurisdicional instaurado previamente à 
ocorrência dos fatos que serão submetidos a sua 
apreciação. 
Parte da doutrina prefere a expressão juízo natural, uma 
vez que o provimento (sentença) já não é mais ato solitário 
do juiz, mas da Jurisdição que se organiza pelo Poder 
Judiciário. Fonte: (MOUGENOT, 2011) 
 
 
 
 
 Princípio 
 da Investidura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio 
da Inércia 
 
 
 
 
 
 
 
 
Princípio da 
Improrrogabilidade 
da jurisdição 
Observa-se neste principio que somente poderão exercer 
função jurisdicional as pessoas e órgãos legalmente 
investidos nessa função. No que se refere aos efeitos da 
ausência de poder jurisdicional do órgão julgador, há duas 
correntes: parte da doutrina enseja inexistentes os atos e o 
processo porventura realizados por pessoa não investida 
na função jurisdicional; por outro lado, alguns autores 
reconhecem que a falta de investidura gera nulidade do ato 
ou do feito. 
Fonte: (MOUGENOT, 2011) 
 
Também chamado de princípio da demanda. A jurisdição é 
inerte. 
 Os órgãos jurisdicionais não agem de ofício é 
necessário um ato externo para que tenha início o 
processo. 
O processo penal somente se instaura mediante iniciativa 
da parte- assim também o processo civil, conforme o art. 
262 do CPC – não cabendo ao juiz ex-officio, por sua 
vontade, dar início á marcha processual. A formação do 
processo se dá mediante o exercício do direito de ação. 
Fonte: (MOUGENOT, 2011) 
 
 Também chamado de princípio da aderência. 
 O juiz somente poderá exercer parcela da jurisdição que 
lhe foi atribuída por lei, sendo defeso às partes optarem por 
um juiz diverso daquele legalmente estabelecido. A 
competência, entretanto, pode ser prorrogada. 
Os casos por conexão e continência não são exceções ao 
princípio da improrrogabilidade da jurisdição, porquanto 
constituem prorrogação da competência. 
Fonte: (MOUGENOT, 2011) 
 
 
 
 
 
Princípio da 
Indeclinabilidade 
 
 
 
 
 
“Nula poena sine 
Iudicio” 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 160 
 
 
 
1) Assinale a alternativa correta: 
I - Se o acusado, citado por edital, não comparecer, mas constituir advogado 
ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional. 
II - Na hipótese de citação por edital e o réu for revel, poderá o juiz determinar a 
produção antecipada de provas urgentes, mas não poderá decretar a prisão 
preventiva do acusado. 
III - Se o réu comparecer no curso do processo deverão novamente ser 
produzidos os atos processuais já praticados. 
 
a) Todos os itens estão corretos. 
b) Todos os itens estão incorretos. 
Impõe ao juiz o exercício do poder que lhe foi conferido, 
não podendo o magistrado subtrair-se ao exercício de seu 
mister. Liga-se ao princípio da vedação ao non liquet: uma 
vez provocada a jurisdição, uma decisão deverá ser 
proferida. 
Relaciona-se, a noção de jurisdição como função do 
estado: a sociedade e seus membros têm o poder de 
provocar o pronunciamento jurisdicional. 
Fonte: (MOUGENOT, 2011) 
 
Ninguém poderá ser apenado sem o devido processo legal 
– art. 5º, LIV, da Constituição Federal de 1988. 
Somente após o processo, conduzido por um juiz 
competente para a causa, poderá ser aplicada a norma 
penal, com a imposição de uma pena ao condenado. 
Fonte: (MOUGENOT, 2011) 
 
c) Apenas os itens I e II estão corretos. 
d) Apenas o item I está correto. 
e) Apenas o item III está correto. 
 
1) Cite as classificações das decisões quanto ao objeto e quanto ao órgão prolator. 
Para isso, organize o seu plano de pesquisa. As perguntas básicas você mesmo 
responderá. O único responsável pela tarefa é você. É preciso estar organizado 
para obter dados na doutrina e interpretá-los e, assim, elaborar suas próprias 
conclusões. 
I) Decisões interlocutórias: São aquelas que envolvem uma solução para uma questão 
surgida no curso do processo. Podem ser de dois tipos: 
 
a) Decisões interlocutórias simples: Possuem certo conteúdo decisório, incidindo 
sobre a regularidade do processo, sem prejudicar a questão principal que é a do meritum 
causae. 
Estas decisões dirimem questões relativas ao desenvolvimento ou regularidade do 
processo, sem contudo,implicar o encerramento do feito,nem de qualquer fase do 
procedimento. A título de exemplo, menciona-se a decisão que recebe a denúncia ou 
queixa. 
Destaca-se como exemplo a decisão que indefere pedido de liberdade provisória. 
Havendo previsão expressa, essas decisões desafiarão recurso em sentido 
estrito. Não havendo serão admissíveis o habeas corpus e até mesmo o mandado de 
segurança. 
b) Decisões interlocutórias mistas: Também chamadas de decisões com força 
definitivas: São as decisões que implicam o encerramento do processo sem o julgamento 
do mérito,ou aquelas que põem fim a uma fase ou etapa procedimental. No primeiro caso 
teremos as decisões interlocutórias mistas terminativas, como, por exemplo, a decisão 
que acolhe a exceção de coisa julgada, decretando em seguida extinto o processo. No 
segundo, estaremos diante de decisões interlocutórias mistas não terminativas, como é o 
caso da decisão de pronúncia, no procedimento aplicável ao Tribunal do Júri. 
No tocante à via impugnativa, havendo previsão expressa, também comportará 
recurso em sentido estrito. Não havendo, no entanto, será sempre apelável, na 
forma do art. 593,II do CPP. Fonte: MOUGENOT (2011). 
 
 
II) Decisões definitivas ou sentenças: por meio destas o juiz põe fim ao processo, 
julgando o mérito da causa que, é a pretensão punitiva do Estado, no que se refere ao 
processo penal. 
Explique – as: 
a) Sentenças absolutórias: São aquelas por meio das quais o juiz julga improcedente 
a pretensão punitiva contida na denúncia ou queixa, não acolhendo o pedido 
condenatório, com fundamento em um dos incisos do art.386do CPP. Podem ser 
próprias,quando , rejeitando a pretensão punitiva deduzida, não impõe sanção ao réu. 
 Neste caso, não cabe revisão criminal, mesmo que para mudar a fundamentação. Isso 
porque o pressuposto da revisão é a existência de um processo criminal com sentença 
condenatória transitado em julgado. E as impróprias são aquelas que, embora sem 
acolher a demanda da acusação, impõe ao acusado uma medida de segurança, que não 
constitui condenação.É importante ressaltar que a jurisprudência tem aceito ser cabível 
revisão criminal nas hipóteses de sentença absolutória imprópria, mas para a própria 
concedem apenas a apelação. 
 
b) Sentenças condenatórias: São aquelas por meio das quais o juiz acolhe, ainda 
que parcialmente, a pretensão da acusação, impondo ao réu uma sanção penal. 
 
c) Decisões definitivas em sentido estrito ou terminativas de mérito: São aquelas por 
meio das quais o juiz julga o mérito da causa, sem, contudo, que isso redunde na 
absolvição ou condenação do réu. Exemplo: a decisão que declara a extinção da 
punibilidade. 
 
Quanto ao órgão prolator: 
 
a) Subjetivamente simples: Quando prolatadas por órgão monocrático, isto é, por juiz 
singular em instância inferior ou, no âmbito dos tribunais, por juízo monocrático, naquelas 
matérias nas quais se admite a decisão por juiz singular. 
b) Subjetivamente plúrimas: Quando proferidas por um grupo homogêneo de 
julgadores. Exemplo: As turmas ou órgãos especiais dos tribunais, formados 
exclusivamente por desembargadores. 
 
c) Subjetivamente complexas: Quando oriundas de órgãos colegiados 
heterogêneos, formados de julgadores de diferentes espécies, como no caso do Tribunal 
do júri, em que a decisão é composta tanto pelo que determinam os jurados quanto pelo 
que determina o juiz que preside o julgamento. 
Às decisões proferidas pelos órgãos colegiados dos tribunais dá-se o nome de 
acórdão. O termo tem a mesma raiz etimológica da palavra “acordo”, o que bem denota 
sua natureza, já que o acórdão é uma decisão que constitui uma síntese dos conteúdos 
dos debates e dos votos de cada julgador em torno da causa julgada. Fonte: 
MOUGENOT (2011). 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 167 
 
 
 1) Percebendo que o réu está se ocultando para não ser citado em ação penal, 
deverá o Magistrado: 
a) ordenar a citação por hora certa. 
b) decretar a prisão preventiva do acusado. 
c) anotar tal circunstância e julgar prejudicada a citação por este motivo. 
d) determinar a citação por edital. 
 
2) Assinale a alternativa correta. 
 
a) Se o réu for citado pessoalmente e não comparecer para o interrogatório marcado, 
nem constituir defensor, o juiz suspenderá o processo e o curso do prazo da prescrição. 
b) A intimação de réu preso da sentença condenatória pode ser feita através de seu 
defensor constituído. 
c) A notificação e a intimação podem ser efetuadas por despacho do juiz na própria 
petição em que forem requeridas. 
d) A citação do acusado no estrangeiro, é feita por carta rogatória, suspende o curso do 
prazo de prescrição. 
 
 
 
CAPÍTULO 5 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 169 
 
1) Coloque V para as alternativas verdadeiras e F para as falsas: 
( v) Ato processual é usado para constituição, desenvolvimento, modificação e extinção 
da relação processual. 
( v ) Citação é o ato processual que dá conhecimento ao réu da acusação. 
( v ) Citação por hora certa permitida pela reforma processual penal de 2008 no art. 362 
do CPP na hipótese de ocultação. 
( f ) Intimação é a comunicação de ato processual futuro. 
. 
 
 
 
CAPÍTULO 6 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 182 
 
 
1) O princípio que autoriza o juiz no processo penal a ordenar de ofício provas 
necessárias à instrução criminal, denomina-se: 
 
a) do contraditório. 
b) da verdade real. 
c) da oficialidade. 
d) do juiz natural. 
 
2) O Promotor de Justiça opta pelo pedido de arquivamento de determinado inquérito 
policial que apura crime de roubo. Entretanto, o Juiz a quo discorda do pedido de 
arquivamento, dando início ex officio à ação penal. Assinale a alternativa correta. 
 
a) O Magistrado agiu corretamente, pois compete ao Magistrado do feito, analisando as 
provas contidas no inquérito policial, decidir se ação penal pode ser proposta ou não. 
b) O Juiz não agiu corretamente, pois deveria ter remetido o inquérito ou peças de 
informação ao Procurador Geral de Justiça, a fim de que este oferecesse a denúncia, 
designasse outro Promotor de Justiça para oferecê-la, ou insistisse no pedido de 
arquivamento. 
c) O Promotor não poderia ter requerido o arquivamento dos autos inquisitoriais sem que 
houvesse concordância da vítima, eis que, diante do delito de roubo, a ação penal é 
pública incondicionada. 
d) O Promotor tem que aceitar o início da ação penal, mas poderá provar durante o 
curso da fase instrutória, que não há elementos de prova para a condenação. 
 
3) No tocante á prova, no processo penal brasileiro, 
 
a) nos processos do júri, há avaliação da prova pelos jurados segundo o sistema da 
convicção intima. 
b) só se admite interceptação telefônica em crimes de maior gravidade, com penas 
mínimas superiores a 4 (quatro) anos de reclusão 
c) juiz não pode, de oficio, ouvir testemunhas além daquelas arroladas pelas partes, mas 
pode determinar prova pericial. 
d) só podem ser admitidos os meios de prova expressamente previstos no Código de 
Processo Penal. 
e) é suficiente, para validade da prova pericial, a sua realização por um perito 
qualificado. 
 
 4) Assinale a alternativa correta. 
 
a) A expedição de carta precatória, destinada à produção de prova testemunhal, 
suspende a instrução criminal até a sua devolução devidamente cumprida. 
b) No interrogatório, o defensor do acusado não poderá intervir ou influir, de qualquer 
modo, nas perguntas e nas respostas. 
c) O juiz não pode ouvir outras testemunhas, além das indicadas pelas partes. 
d) O exame de corpo de delito não pode ser realizado aos domingos e feriados. 
 
5) No processo penal brasileiro, aplicam-se, além de outras, as seguintes regras, 
princípios e garantias: 
 
a) disponibilidade geral da ação penal pública, contraditório em todas as fases da 
persecução criminale ampla defesa. 
b) inadmissibilidade das provas ilícitas pro reo, livre convencimento do juiz e publicidade 
da votação dos jurados. 
c) sigilo absoluto da investigação criminal, inadmissibilidade de provas ilícitas pro 
societate e contraditório em todas as fases da persecução criminal. 
d) votação secreta no júri, presunção de não-culpabilidade e necessidade de se 
comunicar ao preso o seu direito ao silêncio 
e) incomunicabilidade do preso, disponibilidade da ação penal privada e convicção 
íntima do juiz. 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 6 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 188 
 
 
1) São espécies de exame de corpo de delito: 
 Necrópsia ou autópsia 
A necropsia ou autópsia é conhecida como é um procedimento médico que 
consiste em examinar um cadáver para determinar a causa e modo de morte e avaliar 
qualquer doença ou ferimento que possa estar presente. É geralmente realizada por um 
médico especializado, chamado de legista num local apropriado denominado morgue, ou 
necrotério. 
 Exumação 
A exumação consiste em retirar o corpo de uma pessoa enterrada para fins de 
investigação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 7 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 227 
 
 
1) Ontem, por volta das 23 horas, Herculano encontrava-se no interior de sua 
residência quando ouviu um barulho e o latir dos cachorros. Munido de um 
revolver, Herculano abriu a janela de seu quarto e percebeu que havia uma 
pessoa que caminhava em seu pátio. Considerando tratar-se de um ladrão, 
desferiu três tiros que acabaram atingindo a vítima em região letal, causando sua 
morte. Ao sair de sua residência, Herculano constatou que havia matado um 
adolescente que já havia entrado em sua casa. Imediatamente, Herculano dirigiu-
se a delegacia de polícia mais próxima, onde comunicou o ocorrido. O delegado 
plantonista, após ouvir os fatos, prendeu-o em flagrante pelo crime de homicídio. 
Elaborar a medida cabível visando a sua libertação. 
 Resposta pessoal. 
 
 
 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Medicina
http://pt.wikipedia.org/wiki/Exame
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cad%C3%A1ver
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morte
http://pt.wikipedia.org/wiki/Doen%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferimento
http://pt.wikipedia.org/wiki/Legista
http://pt.wikipedia.org/wiki/Morgue
http://pt.wikipedia.org/wiki/Necrot%C3%A9rio
 
CAPÍTULO 8 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 245 
 
 
Conceitue Recurso. 
Recurso é o instrumento processual voluntário que cabe ao litigante em processo judicial 
ou administrativo, cuja pretensão foi, no todo ou em parte, rejeitada, e que se destina à 
correção do desvio jurídico, em sentido amplo, mediante reexame e eventual reforma da 
decisão recorrida, que pode ser sentença, acórdão ou decisão interlocutória. 
Em seu Curso de Processo Penal, ao conceituar recurso Mougenot referencia Barbosa 
(2005, p.233) e afirma ser “o instrumento processual de interposição voluntária, destinado 
a obtenção do reexame de decisão proferida na mesma relação jurídica processual, 
passível de provocar esclarecimentos, integração ou invalidação da decisão judicial 
impugnada”. (MOUGENOT, 2011, p. 691). 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 8 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 264 
 
1) O que é revisão criminal e qual seu objetivo? É o ato jurídico, privativo da defesa, 
destinado a desconstituição da sentença criminal condenatória já transitada em julgado. 
Informa-se que por se tratar de um remédio designado a reparar a injustiça ou erro 
judiciário, tem como finalidade apresentar ao acusado, prejudicado por erro de decisão, a 
oportunidade de provocar o Estado nos casos enumerados em lei. 
2) Em que casos será admitida a revisão criminal? Só será admitida quando a sentença 
penal condenatória já tiver transitado em julgado e nos seguintes casos: a) a sentença for 
contraria a texto expresso da Lei penal; b) a sentença for contraria a evidência dos autos; 
c) a sentença condenatória fundar-se em depoimentos, exames ou documentos falsos; d) 
quando forem descobertas novas provas de inocência do condenado, ou de circunstância 
que autorize diminuição da pena. 
 
3) Quem pode requere a revisão criminal? Quanto à legitimidade, a redação do art. 623 
do CPP dispõe que a revisão poderá ser pedida: pelo próprio réu; procurador legalmente 
habilitado; pelo cônjuge, ascendente, descendente, ou irmão, em caso de morte do réu. 
 
4) Assinale V para as assertivas verdadeiras e F para as falsas. 
a) (V) Recurso em sentido estrito pro et contra: serve para a impugnação de decisões 
que atendem ou rejeitam a pretensão postulada – Ex. decisão que conceder ou 
negar a ordem de habeas corpus. 
b) (V) Embargos de Declaração, traduz o direito de pedir ao juiz ou tribunal prolator da 
sentença ou acórdão, e mesmo decisão interlocutória, que exclua a obscuridade, 
omissão ou contradição, e em alguns casos dúvida. 
c) (V) Os embargos infringentes e de nulidade configuram um único recurso. 
d) (V) Para muitos a apelação é recurso preferível, porquanto na hipótese de a 
decisão ser apelável, a parte não poderá interpor outro, como o recurso em sentido 
estrito, ainda que esta recorra somente da parte da decisão. 
e) (V) A carta deve ser requerida ao escrivão no prazo de 48 horas da ciência do 
despacho que denegar o recurso (art. 640 do CPP). O julgamento pela instância 
superior acarreta no conseqüente julgamento do recurso denegado ou “trancado”. 
f) (V) É o princípio da unirrecorribilidade, que estabelece a possibilidade de apenas 
um único recurso para cada decisão 
 
 
 
CAPÍTULO 9 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 285 
 
 
1) Se a infração for praticada por mais de um autor, havendo composição civil em 
relação a apenas um ou algum deles, só em relação a estes ocorrerá a renúncia e 
a extinção de punibilidade? Sim, salvo se a reparação do dano civil for integral. 
Não se aplica, nesse caso, o disposto no art. 48 do CPP. 
 
2) Assinale a alternativa correta. 
I - Quando houver mais de uma vítima o acordo civil somente acarretará a 
renúncia do direito de queixa. 
II - A vítima poderá ajuizar ação civil indenizatória para receber o valor dos 
danos que sofreu com a prática do crime. 
III - Não havendo composição civil dos danos, será dada oportunidade ao 
ofendido para representar verbalmente. 
IV - O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica 
decadência do direito. 
 
a) ( ) A sequencia correta é: V - F - V - V 
b) ( ) A sequencia correta é: V - F - F -V 
c) ( ) A sequencia correta é: F - F - V -V 
d) ( x) A sequencia correta é: V - V - V – V 
 
 
 
CAPÍTULO 9 
ATIVIDADE DE ESTUDOS – PÁGINA 288 
 
1) Assinale v (verdadeiras) e f (falsas): 
 
( F ) Aplica-se o Instituto às infrações cuja pena máxima cominada seja igual ou inferior a 
um ano, sendo ou não da competência do Juizado Especial. 
 
( V )É na audiência preliminar que tem inicio o procedimento especial, pelo oferecimento 
da denúncia ou da queixa oral, que será reduzida a termo. 
( V ) A suspensão condicional do processo, tem natureza dupla. 
( F )Transação penal é a proposta de aplicação mediata de pena restritiva de direitos ou 
prestação pecuniária, feita pelo MP ao autor do fato. 
( V ) Se o autor da infração não for localizado, as peças serão conduzidas ao juízo 
comum, que observarão o rito apropriado a natureza da infração. 
 ( V )A transação penal consiste em concessões mútuas, autorizado pelo dispositivo 
constitucional do art. 98, inciso I. 
 ( V ) A suspensão condicional do processo é também chamada de “suris processual” e 
“suris antecipado”.

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