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Patologia Geral – Laís Nunes (4º semestre) Hiperplasia Aumento do número de células. Hipoplasia Redução do número de células. Hiperplasia É uma resposta adaptativa em células capazes de replicação, sendo assim, ela é caracterizada pelo aumento do número de células devido diferenciadas e substituição por células-tronco do tecido; somente células lábeis e estáveis são capazes de fazer hiperplasia; Só ocorre em órgãos que possuem capacidade replicativa por exemplo, o fígado. Pode ocorrer simultaneamente com a hipertrofia sempre em resposta ao mesmo estímulo; Para que hiperplasia possa ocorrer é necessário que o suprimento sanguíneo seja suficiente, que mantenha a integridade morfofuncional das células e que possua uma inervação adequada; Ela também é uma resposta importante das células do tecido conjuntivo durante o processo de cicatrização de feridas, onde os fibroblastos e os vasos sanguíneos se proliferam, auxiliando no reparo tecidual; nesse processo os fatores de crescimento são produzidos pelos leucócitos e pelas células da matriz celular; É importante notar que, o processo hiperplásico permanece controlado, ou seja, se os sinais que a iniciam cessam a hiperplasia desaparece e a produção celular volta ao normal; Fatores de crescimento podem ser codificados por genes das células infectadas ou por genes virais, um exemplo disso são as papilomaviroses, que causam verrugas na pele e lesões mucosas compostas de massas de epitélio hiperplásico; Essa sensibilidade aos mecanismos de controle de regulação normal que diferencia as hiperplasias patológicas benignas das do câncer, no qual os mecanismos de controle do crescimento tornam-se desregulados ou ineficazes; Patologia Geral – Laís Nunes (4º semestre) A hiperplasia ela pode ser fisiológica ou patológica, em ambas ocorre a proliferação celular; Fisiológica: pode ser dividida em dois tipos, a compensatória e a hormonal; ❖ Hormonal → exemplificada pela proliferação do epitélio glandular da mama feminina na puberdade e durante a gravidez, outro tipo também é o aumento do endométrio após a menstruação; Pacientes com hiperplasia do endométrio têm risco aumentado de desenvolver câncer endometrial, devido a estimulação estrogênica e da sua atividade regenerativa aumentada; Endométrio em proliferação normal Hiperplasia glandular cística do endométrio Célula da mama hiperplásica Célula da mama normal ❖ Compensatória → ocorre o crescimento de tecido residual após a remoção ou devido a uma perda parcial de um órgão, ou seja, tentando sempre compensar a perda. Um exemplo disso é quando o fígado é parcialmente removido, a atividade mitótica das células restantes inicia-se 12 horas depois restaurando o fígado ao seu peso normal. O estímulo para a hiperplasia nesse exemplo são os fatores de crescimento polipeptídicos produzidos pelos hepatócitos restantes, assim como as células não parenquimatosas do fígado; após a regeneração o estímulo é cessado pelos inibidores de crescimento Outro exemplo é na remoção de um dos testículos ou de um dos rins, o outro irá fazer uma hiperplasia compensatória para tentar compensar a ausência da outra estrutura que foi removida, o mesmo ocorre quando ocorre quadros hemorrágicos ou hemolíticos, ocorre a estimulação da medula óssea para aumentar a produção de células. Fígado antes e depois de uma remoção parcial. ❖ Patológica: está relacionada a estímulos hormonais excessivos ou atuação de fatores de crescimento. Um exemplo disso é quando há o desequilíbrio entre o estrogênio e a progesterona, causando uma hiperplasia do endométrio, causando um sangramento menstrual anormal. Outro exemplo disso é a hiperplasia hipofisária após tiroidectómica ou castração, proliferação neoplásica e idade e hiperplasia da próstata. Patologia Geral – Laís Nunes (4º semestre) Hipoplasia É a diminuição do volume de um órgão ou tecido por conta da redução da produção celular, podendo ser por ação hormonal ou por demanda funcional reduzida; A diferença entre a atrofia e a hipoplasia é que o órgão não encolhe, o que acontece é que nela, o órgão/tecido nunca atingiu o seu tamanho normal, podendo haver uma queda da sua capacidade funcional. A atrofia e a hipoplasia podem ocorrer juntas; Ocorre durante a embriogênese, quando pode ocorrer um defeito na formação de algum órgão ou de parte dele, ou após o nascimento, ela resulta em uma redução do arranjo de renovação celular, aumento da taxa de destruição das células ou os dois fenômenos; Ela pode ser fisiológica ou patológica; Fisiológica → podem ser exemplificadas pela involução do timo após a puberdade e das gônadas no climatério, na senilidade, juntamente com a hipotrofia também existe hipoplasia de órgãos, por aumento de apoptose; Involução do timo Timo normal Patológica → podem ser exemplificadas por órgãos linfoides na AIDS ou devido à destruição de linfócitos por corticoides, pela medula óssea, provocadas por determinados agentes tóxicos ou por infecções. Podendo resultar em anemia aplásica, podendo ser acompanhada ou não de redução do número das demais células sanguíneas; As hipoplasias patológicas podem, sim, ser reversíveis, com exceção das anomalias congênitas. Assim como na hipotrofia, também existem consequências da hipoplasia a depender de sua localização e sua intensidade; A hiperplasia patológica constitui um solo fértil no qual o câncer pode surgir posteriormente.
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