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- células e seus conjuntos apresentam limites: territorial (para que não invada o tecido adjacente), fisiológicos (para que não prejudique a nutrição dos tecidos adjacente) → as células tendem a se adaptarem quando algo diferente de seus limites começa a ser fornecido a ela (mais ou menos nutrientes, mais ou menos oxigenação, mais ou menos estímulo, etc) - equilíbrio e limites → HOMEOSTASE - desenvolvimento de mecanismos que façam com que a célula continue exercendo sua função sem que o organismo como um todo seja prejudicado - quando o estímulo deixa de existir, a célula volta às suas condições normais de origem - conceito: capacidade da célula de se adaptar à alterações do seu meio ambiente (meio externo e meio interno) e sobreviver em condições adversas (condições em que o tecido/órgão não está acostumado - diferentes estímulos geram diferentes respostas celulares → caso a célula não consiga mais se adaptar ao estímulo, ela passa ao nível de lesão celular, que podem ser reversíveis ou irreversíveis - células com volume aumentado → órgãos hipertrofiados não tem novas células - ele tem apenas células maiores - a hipertrofia pode ser patológica ou fisiológica - exemplo ao lado: hipertrofia cardíaca → estiramento mecânico (carga de trabalho aumentada) causa um hipertrofia fisiológica e a ação de hormônios agonistas (a-adrenérgicos e angiotensina) e fatores de crescimento causam uma hipertrofia patológica - estiramento mecânico é o tipo mais comum de hipertrofia fisiológica mas não é o único mecanismo - útero gravídico → também é um caso de hipertrofia (e hiperplasia) fisiológica; outro exemplo de hipertrofia fisiológica é o que acontece nos músculos devido ao exercício físico - aumento de tamanho → síntese e incorporação de novos elementos estruturais por essas células, principalmente proteínas HIPERTROFIA PATOLÓGICA: - compensatória: parte do tecido é removido então a parte remanescente sofre hipertrofia → se um rim for perdido e retirado, o outro sofrerá hipertrofia (ação de fatores de crescimento) - adaptativa: sobrecarga hemodinâmica, doenças valvares, HAS → lise e perda de elementos contráteis (miofibrilas) em uma região do coração faz com que o restante sofre hiperplasia - pode levar a um quadro de insuficiência cardíaca - seletiva: seleção de algumas organelas celulares que sofrem hipertrofia → ex: REL na metabolização do álcool - adaptação resulta em aumento da capacidade de metabolizar outras drogas, gerando produtos mais lesivos ao organismo - aumento no número de células → pode ocorrer juntamente à hiperplasia - também pode ser fisiológica ou patológica HIPERPLASIA FISIOLÓGICA: - hormonal: hiperplasia acontece em tecidos de órgãos hormônio-sensíveis que respondem com o aumento da capacidade funcional → exemplo: mama - hiperplasia do tecido mamário, durante a gestação, lactância ou adolescências, devido à ação de hormônios como estrógeno, ocitocina, prolactina - outro exemplo: hiperplasia fisiológica do tipo hormonal no útero gravídico Adaptações Celulares HIPERTROFIA HIPERPLASIA - compensatória: parte do tecido é removido então a parte remanescente sofre hiperplasia → ex: retirada de parte do fígado para transplante ou devido a alguma lesão (hepatectomia parcial) - ação de fatores de crescimento HIPERPLASIA PATOLÓGICA: - acontecesse principalmente devido a desequilíbrio hormonal: - desequilíbrio entre estrógeno (mais) e progesterona (menos) → sangramento menstrual anormal resultante de uma hiperplasia anormal de endométrio - desequilíbrio da produção de hormônios andrógenos em homens → aumento da próstata denominado hiperplasia prostática benigna - hiperplasias relacionadas à infecções virais → verrugas causadas pelo HPV, por exemplo - aumento local da produção de fatores de crescimento que leva à proliferação do epitélio e formação das verrugas - diminuição no tamanho e, muitas vezes, também do número de células de um determinado tecido - fisiológica: acontece durante o desenvolvimento normal do indivíduo → ex: retração do tamanho do útero, até seu tamanho normal, após o parto ATROFIA PATOLÓGICA: - pode ser local ou generalizada: - redução da carga de trabalho (desuso) → imobilização de membros devido a fratura, imobilização/retenção a leito de pacientes internados - perda de inervação (ou denervação) → perda de inervação de um certo músculo esquelético * desuso ou denervação de músculo esquelético também pode acarretar reabsorção óssea → músculo não está sendo utilizado então o organismo “entende” que o osso também não está sendo e que ele pode ser reabsorvido, o que pode causar um quadro de osteoporose precoce - diminuição do suprimento sanguíneo → casos de isquemia - doença cerebrovascular aterosclerótica, por exemplo - nutrição inadequada → restrição proteico-calórica que leva o organismo a utilizar de outras fontes de energia que não a glicose (reserva lipídica, proteínas dos músculos esquelético - caquexia por desnutrição e depleção proteico-calórica (caso de atrofia generalizada) - perda de estimulação endócrina → atrofia de mamas na menopausa devido à perda de estimulação endócrina pelo estrógeno - compressão → ex: tumor causa pressão em tecidos saudáveis adjacentes, causando atrofia - mecanismo para o acontecimento da atrofia: duas vias 1) degradação de proteína via ubiquitina-proteassomo → todas as proteínas que vão ser eliminadas de dentro da célula são marcadas por ubiquitina, que são endereçadas ao proteassomo para serem degradadas 2) processo de autofagia → formação de vacúolos autofágicos e degradação progressiva da célula - mudança de fenótipo/forma → uma célula adulta passa a adquirir características de outro tipo de célula adulta - pode se desenvolver em tecidos expostos a prolongados traumatismos ou a irritações crônicas - a mudança não ultrapassa os limites do tecido primário → ex: uma célula epitelial só pode se transformar em outra célula epitelial - exemplo: transformação das células colunares ciliadas dos brônquios transformadas em células escamosas (metaplasia escamosa) → a irritação crônica (nicotina, tabaco, radicais livres) no epitélio colunar ciliado, que é sensível, estimula à transformação das células em estratificadas escamosas ATROFIA METAPLASIA (mais resistentes); perda da produção de muco (devido à perda glandular) e da atividade ciliar das células do epitélio respiratório - a metaplasia se inicia como um processo de adaptação celular mas, a longo prazo, pode servir de terreno para a instalação de processos malignos → a metaplasia pode favorecer a transformações celulares e genéticas que podem favorecem a instalação de uma malignidade mas ela, em si, não émaligna ou pré-canceroso - termo controverso e polêmico na literatura → alguns consideram como processo adaptativo e outros autores consideram como um processo pré-neoplásico - considerado processo adaptativo por ser potencialmente reversível - crescimento celular desordenado que gera células com tamanhos, forma e organização distintas - comum em locais onde há transição de epitélio → exemplo: transição de colo do útero - displasia de baixo grau: associada à inflamação e irritação crônica → ainda há potencial reversão - displasia de alto grau: mais próximo de uma instalação cancerosa, sem potencial de reversão → pode ser considerado pré-neoplásico DISPLASIA
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