Buscar

Portfólio 5º semetre

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

nutrição
Marli Mota de Jesus
Patricia Casais Ribeiro Reis
Paula Carine Sousa Dantas Leloup
produção textual
Jacobina
2021
MARLI MOTA DE JESUS
PATRICIA CASAIS RIBEIRO REIS
PAULA CARINE SOUSA DANTAS LELOUP
produção textual
Trabalho de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo – PTG apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Bases da Dietoterapia; Avaliação Nutricional; Nutrição e Dietoterapia Obstétrica e Pediátrica; Educação Alimentar e Nutricional; Nutrição e Dietoterapia do Adulto e do Idoso.
Orientador: Profa. Ma. Daniele Cristina Fernandes Niehues; Prof. Ma. Flavia Maronesi; Profa. Dra. Naiara Lourenço Mari
Jacobina
2021
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESAFIOS PROPOSTOS	5
3	CONSIDERAÇÕES FINAIS	20
REFERÊNCIAS	21
INTRODUÇÃO
De acordo com a proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) cuja temática é a Avaliação nutricional e orientações nutricionais na gestação e no envelhecimento fundamentada nos objetos de ensino abordados nas disciplinas deste semestre, a fim de elaborar uma receita original sistematizada em uma preparação nutricional benéfica, foi analisada uma Situação Geradora de Aprendizagem (SGA) e desenvolvidas algumas propostas para a situação-problema.
A SGA traz a análise de como a atuação do nutricionista, cujas ações são elencadas na Matriz de Ações de Alimentação e Nutrição na Atenção Básica de Saúde, ação complementar às políticas de alimentação e nutrição do Ministério da Saúde, é fundamental, uma vez que a sua atividade abrange o planejamento e a organização de ações que visem à melhora e à resolução dos fatores que envolvem os agravos e os problemas alimentares nutricionais que se manifestam na população de um determinado território.
Em razão da necessidade de uma abordagem que tenha implicações positivas no que se refere aos indicadores de nutrição, saúde, e segurança alimentar e nutricional a fim de que haja melhorias na qualidade de vida e de saúde da população, é essencial que em sua formação profissional, o nutricionista tenha acesso a diferentes situações-problemas as quais agreguem conhecimento científicos efetivos à prática. Dessa forma, foram expostos alguns desafios com propósito de verificar como se dá a atuação de um nutricionista como agente na integração dos princípios do SUS, da atenção básica e da Estratégia da Família.
Diante disso, os desafios dispostos na SGA envolvem os acompanhamentos de Yara, 37 anos, que está na 13º semana de gestação, tabagista e foi diagnosticada com diabetes gestacional e síndrome hipertensiva, com proteinúria; do senhor Antônio, pai de Yara, 76 anos, o qual apresenta hipertensão, diabetes e hepatite A; de um grupo de educação nutricional na UBS com gestantes que têm dúvidas quanto à alimentação. 
Sendo assim, de acordo com as situações-problemas apresentadas na SGA e nas propostas desenvolvidas como desafios, foi observado que os objetos de conhecimento estudados ao longo do semestre nas disciplinas de Bases da Dietoterapia; Avaliação Nutricional; Nutrição e Dietoterapia Obstétrica e Pediátrica; Educação Alimentar e Nutricional; Nutrição e Dietoterapia do Adulto e do Idoso foram essenciais para o desenvolvimento da PTG, uma vez que envolve conhecimentos científicos fundamentais na área da Nutrição à apresentação de um plano em um contexto prático de atuação profissional.
4
DESAFIOS PROPOSTOS 
2.1 DESAFIO 1
Conhecer os aspectos que estão relacionados ao diagnóstico e ao acompanhamento do estágio nutricional para a construção de um planejamento e, consequentemente, à prescrição e à avaliação de planos alimentares destinados a fases de gestação e da pediatria envolve fundamentos relacionados à tríade: nutrição intrauterina, nutrição na infância e a saúde na vida adulta, das quais o profissional da área de Nutrição precisa apreender os conceitos de adaptações e de alterações fisiológicas do organismo feminino, em um processo cíclico, desde a infância à gravidez, mas também as repercussões que envolvem a nutrição e a alimentação (MIWA, 2018)
Dessa forma, o desafio traz a análise e a abordagem dos objetos de conhecimentos pertinentes, principalmente, à nutrição e dietoterapia obstétrica e pediátrica têm como referência um estudo de caso individual sobre Yara, 37 anos, 13 semanas de gestação, tabagista há 8 anos, na última consulta de pré-natal na UBS foi direcionada a um atendimento nutricional urgente pela ginecologista, uma vez que fora diagnosticada com diabetes gestacional e síndrome hipertensiva. Ela relata que não tem se alimentado adequadamente, possui constipação intestinal e ingestão diária de 2 copos de água. O peso relatado no início da gestação foi de 60kg, com ganho de 8kg até o momento da avaliação.
No atendimento nutricional de Yara, foi realizada uma avaliação antropométrica e foi preenchido um recordatório alimentar de 24h para obter as informações sobre as refeições realizadas. Com as informações obtidas foi realizado um diagnóstico nutricional a fim de verificar quantos quilos ela ainda poderá ganhar até o final da gestação, cujas definições foram definidas a partir da classificação através da circunferência do braço e prega cutânea tricipital e dos cálculos referentes a necessidades energéticas de acordo com o pelo Institute of Medicine (IOM, 2005 apud MIWA, 2018).
Os dados da avaliação antropométrica foram os seguintes:
 
	Dados antropométricos
	Valor
	Classificação
	Peso pré-gestacional
	60kg
	XX
	Peso atual
	68kg
	XX
	Altura
	1,56m
	XX
	IMC pré-gestacional
	60/2,43= 24,69
	Eutrofia
	IMC atual
	68/2,43= 27,98
	Sobrepeso
	Circunferência do braço
	36,5cm
	Excesso de gordura
	Prega cutânea tricipital
	37mm
	 
IMC = PESO ATUAL (KG)/ESTATURA(M)2)
	IMC
	CLASSIFICAÇÃO
	Menor do que 18,5
	Desnutrição
	Entre 18,5 e 24,99
	Eutrofia
	Entre 25,0 e 29,99
	Sobrepeso
	Entre 30 e 34,99
	Obesidade I
	Entre 35 e 39,99
	Obesidade II
	Acima de 40,0
	Obesidade III
 
Quanto ao recordatório alimentar de 24h, foram relatadas as seguintes refeições:
	Refeição
	Alimentos
	Quantidade
	 
Desjejum
	• Leite integral
• Nescau
• Pão francês
• Mortadela
	1 copo de requeijão (200ml)
2 colheres de sopa
2 unidades
4 fatias
	Lanche da manhã
	• Bolacha recheada
	½ pacote
	 
Almoço
	• Alface
• Arroz branco
• Carne
• Suco em pó
	2 folhas
4 escumadeiras cheias
2 bifes grandes fritos
1 copo de requeijão (200ml)
	Lanche da tarde
	• Leite integral
	1 copo de requeijão (200ml)
 
	 
	• Nescau
• Pão francês
• Mortadela
	2 colheres de sopa
2 unidades
4 fatias
	Jantar
	• Miojo
• Ovo frito
• Refrigerante
	2 pacotes com tempero
3 unidades
1 copo de requeijão (200ml)
	Ceia
	• Bolacha recheada
	½ pacote
 
A avaliação do diagnóstico nutricional da gestante é realizada através da antropometria, exames bioquímicos, clínicos e avaliação dietética. No caso de Yara, o cálculo do IMC atual da paciente é: peso kg / (altura cm) ² = 68/2,43 = 27,94 kg/m² de acordo com a curva de Atalah que é baseado no IMC é de sobrepeso. Não foi diagnosticado edema na paciente.
Figura 1 - Curva de Atalah utilizada pelo Ministério da Saúde
Fonte: Brasil (2011, apud MIWA, 2018, p. 58).
De acordo com os cálculos e com as referências da Tabela de Referência da Biblioteca Virtual, uma iniciativa do Ministério da Saúde, da Organização Pan-Americana da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (BVS, 2021), a paciente Yara poderá ganhar até o final da gestação de 12,5kg à 15,5kg.
Figura 2 - Valores de referência da Tabela de Referência da Biblioteca Virtual
	Semana Gestacional
	Baixo Peso
≤
	Adequado
	Sobrepeso
	Obesidade
≥
	6
	19.9
	20 até 24.9
	25 até 30
	30.1
	8
	20.1
	20.2 até 25
	25.1 até 30.1
	30.2
	10
	20.2
	20.3 até 25.2
	25.3 até 30.2
	30.3
	11
	20.3
	20.4 até 25.3
	25.4 até 30.3
	30.4
	12
	20.4
	20.5 até 25.4
	25.5 até 30.3
	30.4
	13
	20.6
	20.7 até 25.6
	25.7 até 30.4
	30.5
	14
	20.7
	20.8 até 25.7
	25.8 até 30.5
	30.6
	15
	20.820.9 até 25.8
	25.9 até 30.6
	30.7
	16
	21
	21.1 até 25.9
	26 até 30.7
	30.8
	17
	21.1
	21.2 até 26
	26.1 até 30.8
	30.9
	18
	21.2
	21.3 até 26.1
	26.2 até 30.9
	31
	19
	21.4
	21.5 até 26.2
	26.3 até 30.9
	31
	20
	21.5
	21.6 até 26.3
	26.4 até 31
	31.1
	21
	21.7
	21.8 até 26.4
	26.5 até 31.1
	31.2
	22
	21.8
	21.9 até 26.6
	26.7 até 31.2
	31.3
	23
	22
	22.1 até 26.8
	26.9 até 31.3
	31.4
	24
	22.2
	22.3 até 26.9
	27 até 31.5
	31.6
	25
	22.4
	22.5 até 27
	27.1 até 31.6
	31.7
	26
	22.6
	22.7 até 27.2
	27.3 até 31.7
	31.8
	27
	22.7
	22.8 até 27.3
	27.4 até 31.8
	31.9
	28
	22.9
	23 até 27.5
	27.6 até 31.9
	32
	29
	23.1
	23.2 até 27.6
	27.7 até 32
	32.1
	30
	23.3
	23.4 até 27.8
	27.9 até 32.1
	32.2
	31
	23.4
	23.5 até 27.9
	28 até 32.2
	32.3
	32
	23.6
	23.7 até 28
	28.1 até 32.3
	32.4
	33
	23.8
	23.9 até 28.1
	28.2 até 32.4
	32.5
	34
	23.9
	24 até 28.3
	28.4 até 32.5
	32.6
	35
	24.1
	24.2 até 28.4
	28.5 até 32.6
	32.7
	36
	24.2
	24.3 até 28.5
	28.6 até 32.7
	32.8
	37
	24.4
	24.5 até 28.7
	28.8 até 32.8
	32.9
	38
	24.5
	24.6 até 28.8
	28.9 até 32.9
	33
	39
	24.7
	24.8 até 28.9
	29 até 33
	33.1
	40
	24.9
	25 até 29.1
	29.2 até 33.1
	33.2
	41
	25
	25.1 até 29.2
	29.3 até 33.2
	33.3
	42
	25
	25.1 até 29.2
	29.3 até 33.2
	33.3
Fonte: BVS Atenção Primária em Saúde - Traduzindo o conhecimento científico para a prática do cuidado à saúde
Figura 3 – Ganho Ponderal e Total da Gestante Segundo o Estado Nutricional Inicial
Fonte: Brasil (2011 apud MIWA, 2018, p. 60)
Na aferição da circunferência do braço de Yara sendo de 36,5 cm, segundo os valores de referência de circunferência do braço em percentis (cm) pela Frisancho (1990 apud MIWA, 2018, p. 61), e tendo 37 anos, encontra-se no percentil 90 tendo como diagnóstico excesso de gordura.
Figura 4 – Valores de referência da circunferência do braço em percentis (cm)
Na aferição da prega cutânea tricipital, sendo de 37mm, segundo os valores de referência de prega cutânea tricipital (mm) pela Frisancho (1990 apud MIWA, 2018, p.61) e tendo 37 anos, encontra-se no percentil 90 tendo como diagnóstico excesso de gordura.
Figura 5 - Valores de referência da prega cutânea tricipital em percentis (mm
Para o cálculo das necessidade energéticas de uma gestante, é necessário uma formulação diferenciada por idade e utilizando o peso atual em caso de eutrofia, de acordo com a curva de Atalah, O peso ideal em caso de baixo peso e em caso de obesidade ou sobrepeso usar o peso pré-gestacional para o GET e para o TMB, no caso da paciente em questão, com 37 anos, deverá ser realizado o seguinte cálculo: O valor energético para gestante com sobrepeso utilizamos 36 kcal/kg/dia (RDA, 1989 apud MIWA, 2018); porém, a gestante é hipertensa, diabética, então foi utilizada 25 a 30kcal multiplicado ao peso ideal sendo o de Yara, IMC = Peso (Kg) / Estatura (m)², ou seja, 27,94 = peso / 1,56 ², Peso ideal (kg) = 27,94 x 2,43 totalizando aproximadamente 68kg. Então o cálculo energético simplificado será 30 x 68 = 2040 + 300kcal (acrescentado a partir do 2° trimestre de gestação) totalizando 2340 kcal OMS (1996 apud MIWA, 2018).
Calculando as necessidades energéticas de acordo com Institute of Medicine (IOM, 2005 apud MIWA, 2018), EER (pré-gestacional) + adicional de energia + energia para depósito, de acordo com a determinação de EER para gestante de IOM (2005 apud MIWA, 2018), a paciente encontra-se no 2° trimestre gestacional, tendo como dados Adicional de energia de 160, Energia para depósito de 180 e EER gestacional = 354 - (6,91 x I) + PAx (9,6 x P(kg)) + 726 x Estatura(m) com os dados da paciente:
EER gestacional = 354 - (6,91 x I) + PAx (9,6 x P(kg)) + 726 x Estatura(m)
EER gestacional = 354 - (6,91 x 37) + 1,0 x (9,6 x 60) + 726 x 1,56
EER gestacional = 354 - (255,67) + (1,0 x 576) + (1132,56)
EER gestacional = 354 - 255,67 + 576 + 1132,56
EER gestacional =354 - 1964,23
EER gestacional = 1610,23
PA = coeficiente de atividade física, para Yara de 1,0, pois ela não pratica atividade física, sendo considerada sedentária.
Peso pré-gestacional = 60kg
Estatura = 1,56m
2.2 DESAFIO 2
A partir dos dados obtidos na avaliação nutricional e considerando o quadro clínico, orientações nutricionais foram propostas para Yara, uma vez que a paciente apresenta diabetes gestacional e síndrome hipertensiva, com proteinúria e não tem se alimentado adequadamente, é tabagista e informa constipação intestinal. Sendo que, ao longo da gravidez há adaptações hormonais e metabólicas e cujos principais hormônios são a Gonadotrofina Coriônica humana (hCG); a Progesterona; o Estrogênio; O Hormônio do Crescimento (HC); Hormônio Lactogênio Placentário (hPL); a Tiroxina; e a Insulina, eles exercem um papel fundamental na regulação, na promoção do desenvolvimento e amadurecimento fetal (MIWA, 2018).
Estes hormônios irão influenciar diretamente na saúde da gestante e no seu estado nutricional. Indicação para paciente é uma melhor ingestão de nutrientes para melhora da sua gestação. Diminuindo o consumo de carboidratos refinados, redução das frituras e texturas das proteínas para melhor digestibilidade e náuseas ou vômitos, caso a paciente ainda na 13° semana apresente estes sintomas. Para o controle da diabetes gestacional, ou seja, está caracterizado ao quadro de hiperglicemia, deverá ser identificada a classificação da diabetes da paciente, sabendo que pode ser causada tanto pela resistência insulínica como relação redução da função das células beta. As complicações ocasionadas pela diabetes gestacional, levará a riscos para mãe e para o bebê o que pode está causando a doença hipertensiva da paciente ou mesmo agravando sendo esta já pré-existente (MIWA, 2018).
Para uma terapia nutricional e determinação das necessidades nutricionais, deverá ser levado em consideração o peso pré-gestacional da paciente que é de 60kg, o peso ideal para idade gestacional que no caso é de 20.7 até 25.6 com um IMC de 20.7 até 25.6. ou o peso atual de 68kg com um IMC de 27,94 ou seja, um diagnóstico de sobrepeso, sendo o estado nutricional dela de sobrepeso, o cálculo calórico deverá ser de 25 a 30 Kcal/kg/dia tendo como distribuição de macronutrientes de 25 a 30% do VET de Lipídios, 45 a 50% do VET de carboidratos e 25 a 30% do VET de proteínas. Para o auxílio na constipação intestinal aconselhamos o aumento do consumo de fontes de fibras solúveis e insolúveis tanto para o aumento do trânsito intestinal como para produção do bolo fecal, maior ingestão hídrica consumo médio de 3 litros/dia, consumir diariamente frutas e hortaliças, mastigar adequadamente os alimentos e praticar atividade física como sugestão caminhadas (BRASIL, 2014; MIWA, 2018).
A paciente informou também sobre ser tabagista, que é um risco gestacional, pois nicotina e monóxido de carbono passam através da placenta, podendo causar uma série de deficiências e baixa ingestão alimentar, causando diversos malefícios ao bebê em formação. Outra comorbidade informada pela paciente, foi a síndrome hipertensiva, devendo reduzir o ganho de peso gestacional com auxílio a distribuição correta dos macronutrientes e dos micronutrientes da dieta, redução de alimentos ultraprocessados, gorduras trans e saturadas, realizando o acompanhamento gestacional constante para que não evolua para agravos (BRASIL, 2014; MIWA, 2018).
 
2.3 DESAFIO 3
	
A proposta para o desafio aborda conhecimentos que envolvem, principalmente, a área de Nutrição e Dietoterapia do Adulto e do Idoso, uma vez que a população brasileira de idosos tem aumentado devido ao aumento da expectativa de vida e à diminuição das taxas de fecundidade e mortalidade, os quais podem ser considerados elementos desencadeadores de mudanças estruturas sociais, psicossociais e nas condições de saúde da população. Em virtude disso, o nutricionista precisa estar apto para compreender as demandas que envolvem o envelhecimento saudável (GOMES; SERPA, 2019).
O estudo do caso, expostonesse desafio, contextualiza o paciente Antônio, 76 anos, pai de Yara – personagem do estudo dos desafios anteriores – que é hipertenso, diabético, diagnosticado com Hepatite e A e, nos últimos dias, tem apresentado intolerância aos alimentos, dores no corpo, dor abdominal, olhos e peles amarelos, urina escura, fezes amarelada, náuseas e vômitos. Relatou que há dois dias não se alimenta adequadamente, que consegue andar com dificuldade. Embora esteja hospitalizado, ele não é considerado um paciente gravemente doente, a gravidade da doença é considerada leve. Foi solicitado um atendimento nutricional, por conseguinte foi utilizado para a triagem nutricional o instrumento Nutricional Risk Screening (NRS-2002) que foi desenvolvido para adultos e idosos no âmbito hospitalar, a fim de detectar a desnutrição ou o risco de desenvolvê-la durante a internação hospitalar, classificando os pacientes de acordo com o declínio do estado nutricional e a gravidade da doença, quanto à idade, quando superior a 70 anos (GOMES; SERPA, 2019).
A partir da análise do risco nutricional, de acordo NRS-2002, foi realizado o seguinte cálculo:
IMC = PESO ATUAL (KG)/ESTATURA(M)2)
IMC = 60,08KG / 1,81²
IMC = 18,34
 
No que se refere ao peso do paciente, a estimativa de peso do paciente se deu pelo cálculo:
	Cálculo: ESTIMATIVA DE PESO
	HOMENS
	[(0,98 X CP) + (1,16 X AJ) + (1,73 X CB) + (0,37 X DCSE)] - 81,69
 
[(0,98 X CP) + (1,16 X AJ) + (1,73 X CB) + (0,37 X DCSE)] - 81,69=
[(0,98 X 35,5) + (1,16 X 46) + (1,73 X 28) + (0,37 X 14)] - 81,69=
[(34,79) + (53,36) + (48,44) + (5,18)] – 81,69 =
[141,77] – 81,69 =
60,08 kg
 
Segundo os exames bioquímicos do Sr. Antônio, observou-se que o paciente apresenta anemia que, segundo a Organização Mundial de Saúde, a referência ideal é que a hemoglobina esteja <13,0 g/dL em homens e o colesterol total está alto, além de outras múltiplas doenças ou multimorbidade. É comum a ocorrência da multimorbidade em idosos, principalmente a anemia, podendo ser identificada através de alguns fatores, tais como a hemoglobina e da ferritina, que devido à pouca quantidade de refeições e a falta da ingestão de alimentos ricos em ferro e fibras ,ou seja, a deficiência nutricional, o que contribui para maior probabilidade do aparecimento dessas doenças. A anemia muitas vezes acontece pelo fato do intestino não fazer uma boa absorção dos nutrientes, principalmente o ferro, o que tem como consequência a perda crônica do sangue causando também a gastrite devido ao uso de droga (remédio) como por exemplo, anti-inflamatórios, assim deixando o indivíduo com fraqueza, pois seu sistema de defesa, ou seja, o sistema imunológico, não tem como reagir o suficiente para que eleve o número da hemoglobina, para que o paciente, não venha ficar anêmico (BRAZ; DUARTE; CORONA, 2019; BRAGA; GALLEGUILLOS, 2014; GOMES; SERPA, 2019; CARVALHO; GARCIA, 2003).
Sendo assim, de acordo com a com as informações obtidas através do atendimento e da triagem nutricional, mas também de exames bioquímicos, algumas orientações nutricionais foram apresentadas a fim de o senhor Antônio tenha uma qualidade de vida melhor. Contudo, o caso de Sr. Antônio, pode ser resolvido com uma boa alimentação, fazendo a reposição de ferro, como a ingestão de carne (consumir em pouca quantidade, se for carne vermelha, pois pode influenciar no colesterol, já que o do mesmo está alterado),fígado, espinafre, beterraba, feijão, frutas cítricas, tomate, grão-de-bico, por exemplo, ou caso não seja suficiente, pode complementar com a vitamina B12, que é hidrossolúvel e ajuda a manter o metabolismo do sistema nervoso e as células vermelhas do sangue saudáveis. O importante é ter o prognóstico rápido, para começar o tratamento. Da mesma forma para os níveis de colesterol e triglicerídeos alto (BRAZ; DUARTE; CORONA, 2019; BRAGA; GALLEGUILLOS, 2014; GOMES; SERPA, 2019; CARVALHO; GARCIA, 2003).
As lipoproteínas permitem o transporte dos lipídeos no meio aquoso plasmático e podem ser classificadas de acordo com sua densidade, como as lipoproteínas de baixa densidade (LDL, do inglês low density ­lipoprotein) e de alta densidade (HDL, do inglês highdensity lipoprotein). O colesterol é umas das que mais alcança a população brasileira, segundo a Organização Mundial da Saúde destacam que níveis elevados de colesterol sérico causam cerca de 2,6milhões de mortes e 29,7milhões de anos de vida perdidos por morte prematura e incapacidades, contudo pacientes idosos ficam comprometidos para realizar a exercícios físicos, até mesmo por causa da idade, em alguns casos é necessário fazer o uso de medicamentos para baixar os níveis do colesterol, em outros com a própria alimentação já faz esse equilíbrio, dando prioridades ao uso de pouquíssimo óleo durante as preparações dos alimentos, e utilizar azeite de oliva extra virgem para o tempero de saladas, consumir o mínimo de açúcar possível, evitar frituras, preferir as preparações assadas, cozidas ou grelhadas, Aumentar o consumo de cereais integrais (farelo de trigo, farelo de aveia) e de alimentos integrais em geral (pão integral, macarrão integral, arroz integral), pois estes alimentos são ricos em fibras, que auxiliam na redução do colesterol, Preferir leite e iogurtes desnatados, pois estes contém menor quantidade de gordura. (BRASIL, 2014; BRAZ; DUARTE; CORONA, 2019; BRAGA; GALLEGUILLOS, 2014; GOMES; SERPA, 2019; CARVALHO; GARCIA, 2003)
2.4 DESAFIO 4
Visto que o profissional de nutrição atua na Educação Alimentar e Nutricional (EAN), o desafio tem como objetivo desenvolver um planejamento para um grupo de educação nutricional com gestantes em uma UBS que apresentam dúvidas quanto à alimentação, sintomas comuns, ganho de peso em excesso. Dessa forma, foram propostas algumas ações as quais envolvem o ato de planejar e o aconselhamento nutricional.
É muito importante entender que quando uma mulher engravida todo o corpo se transforma para gerar o feto. Por isso é crucial ficar atento para os riscos mais comuns que influenciam no desenvolvimento do bebê e os riscos que a própria gestante corre, tais como: diabetes gestacional, anemia ferropriva, síndromes hipertensivas da gravidez, sobrepeso, etc. O que pode acarretar ainda mais quando a gestante faz uso de cigarro, alcoolismo, substâncias ilícitas. No todo, abordar temas que afetam no desenvolvimento do bebê e os riscos que a gestante corre, além do estado nutricional que contribui muito para que o feto cresça saudável, sem anomalia. Mostrando os perigos que ambos correm se não se cuidar. Como, por exemplo o tabagismo, uma vez que quando o bebê é exposto a substancias contidas no cigarro, pode nascer prematuramente, com baixo peso ou até mesmo correr o risco de morte. A nicotina e o monóxido de carbono presentes no cigarro passam com muita facilidade pela placenta, o que pode causar esses perigos citados acima, para o bebê (MIWA, 2018; FULGINITI, 2016).
Outro ponto muito importante para ambos, é o pré-natal, que possibilita o acompanhamento e o diagnóstico precoce do bebê desenvolver alguma doença, mas também para orientar a mulher sobre a maternidade e sobre o preparo emocional para chegada do bebê. O pré-natal é um período de preparação física e psicológica para o parto e a maternidade, momento de intenso aprendizado, favorável para os membros da equipe de saúde incrementarem a educação no processo de cuidar, de forma a assegurar o desenvolvimento da gestação, permitindo o parto de um recém-nascido saudável e a saúde materna, ao abordar aspectos psicossociais, atividades educativas e preventivas (MIWA, 2018; FULGINITI, 2016).
Os alimentos influenciam tanto na nutrição dos indivíduos quanto na sociedade, assim como na formação de sua cultura e identidade, além do grande potencial na socialização e no prazer. Sabe-se que alimentos mais saborosos, como as guloseimas, carboidratos refinados, são agradáveis ao paladar facilitando sua ingestão, por outro lado, nota-se que não possuem quantidade nutricional que nosso corpo realmente necessita. Portanto, é crucial darmos importânciapara alimentos naturais, in natura, que contribuem beneficamente para nosso organismo, principalmente para mulheres gestantes. Por isso, a EAN deve promover uma alimentação adequada e saudável sem comprometer os recursos naturais e as relações sociais e a economia. Não é tão simples seguir dietas, por isso é importante conhecer o consumo dietético de gestantes avaliando a ingestão de macronutrientes e micronutrientes, e verificar o ganho ponderal materno na gravidez. Analisando a estratégia de deixar aberto uma discussão, entre o paciente e o profissional nutricionista em relação ao gosto do indivíduo é ideal fazer prescrições práticas para que a paciente possa seguir e assim no decorrer das consultas ir ajustando, tais como: reduzir a quantidade de açúcar simples; os horários das refeições devem ser respeitadas diariamente (BRASIL, 2014; MIWA, 2018; FULGINITI, 2016).
Todas as refeições devem conter carboidratos, com a presença de proteínas, lipídios e fibras. Nesse período de gestação, a mulher sente muito constipação, pois o organismo retém muito líquido, por isso a importância do consumo de muita fibra, pois ela ajuda bastante para as funções fisiológicas , onde uma parte da fermentação e seus nutrientes acontecem no intestino grosso, causando um impacto na velocidade do trânsito intestinal. Além de que, indivíduos que fazem a ingestão de fibras, apresentam menor probabilidade para desenvolver doenças que são mais agravantes na gestação, como diabetes, obesidade e hipertensão e contribui para reduzir os processos inflamatórios (BRASIL, 2014; MIWA, 2018; FULGINITI, 2016).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante de todos os objetos de conhecimentos estudados nos componentes curriculares dispostos neste semestre, sendo eles, Bases da Dietoterapia; Avaliação Nutricional; Nutrição e Dietoterapia Obstétrica e Pediátrica; Educação Alimentar e Nutricional; Nutrição e Dietoterapia do Adulto e do Idoso, os quais utilizamos como base para o desenvolvimento desta proposta textual interdisciplinar em grupo e que foram essenciais para aprofundar os conhecimentos acerca dos diferentes planejamentos dietoterápicos. 
Dessa forma, ao se considerar a multiplicidade de determinantes que envolvem as práticas alimentares e a necessidade de uma abordagem profissional especializada à avalição nutricional a fim de desenvolver estratégias à promoção e realização do direito humano para a alimentação adequada cuja finalidade seja melhorias nos padrões de alimentação e nutrição da população à contribuição da promoção da saúde.
REFERÊNCIAS
BRAGA, Cristina; GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela Brassea. Saúde do adulto e do idoso. 1. ed., São Paulo: Érica, 2014. Disponível em: < https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536513195/cfi/2!/4/2@100:0.00>. Acesso em 10 abr. 2021.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2021.
BRAZ, Vanessa Leite; DUARTE, Yeda Aparecida de Oliveira; CORONA, Ligiana Pires. A associação entre anemia e alguns aspectos da funcionalidade em idosos. Ciência e Saúde Coletiva, vol.24 no.9 Rio de Janeiro Sept. 2019 Epub Sep 09, 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/csc/v24n9/1413-8123-csc-24-09-3257.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2021.
CARVALHO José Alberto Magno de; GARCIA, Ricardo Alexandrino. O envelhecimento da população brasileira: um enfoque demográfico. Caderno Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(3):725-733, mai-jun, 2003. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/csp/v19n3/15876.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2021.
FULGINITI, Helena Simões Dutra de Oliveira (Org.). Nutrição materno-infantil [recurso eletrônico]. Porto Alegre: SAGAH, 2016.Disponível em: <https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788569726838/cfi/1!/4/4@0.00:0.00>. Acesso em 10 abr. 2021.
GOMES, Anna Paula Oliveira; SERPA, Camila Munafó. Nutrição e dietoterapia do adulto e do idoso. Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2019. Disponível em: <file:///C:/Users/Paula%20Carine/Downloads/LIVRO_UNICO%20(5).pdf%20Dietoterapia%20do%20Adulto%20e%20do%20idoso.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2021.
MIWA, Michelle Thiemi. Nutrição e dietoterapia obstétrica e pediátrica. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2018. Disponível em: <file:///C:/Users/Paula%20Carine/Downloads/LIVRO_UNICO%20(5).pdf%20obst%C3%A9trica%20e%20pedi%C3%A1trica.pdf>. Acesso em: 04 abr. 2021.

Outros materiais