Buscar

H2_semana2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

HUMANAS 2 - HISTÓRIA: SEMANA 2 
Conteúdo:: ESCRAVIDÃO NO MUNDO MODERNO. 
 
 Próximo assunto: Grandes Navegações e domínio da América. 
ROTEIRO DA AULA 
1. CONCEITO DE ESCRAVIDÃO 
2. HISTÓRICO DA ESCRAVIDÃO 
3. A ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA 
4. A AMÉRICA E A ESCRAVIDÃO 
5. O LEGADO DA ESCRAVIDÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. ( Ifsp 2013) As polis gregas dependiam da mão de obra escrava. Havia uma 
certa variação entre homens livres e escravos, como nos mostra a tabela abaixo. 
REGIÃO HOMENS LIVRES ESCRAVOS 
 
Corinto 165.000 homens 175.000 homens 
Ática 135.000 homens 100.000 homens 
Sobre a mão de obra escrava nas polis é correto afirmar o seguinte: 
 
a) deu origem a uma sociedade escravista, isto é, o escravo era a base de toda a 
sociedade. 
b) era usada somente à época da guerra, quando se formavam os batalhões de 
soldados. 
c) era tão numerosa que os escravos eram confundidos com os cidadãos livres. 
d) por haver um equilíbrio entre a população livre e a escrava, a educação era dada 
igualmente a todos. 
e) o equilíbrio numérico existente era devido aos bons tratos que os escravos 
recebiam dos homens livres. 
 
 
 
 
 
 
 
2. (Ucs 2015) Sobre a escravidão na Grécia antiga, é correto afirmar que 
I. a mão de obra escrava era a base da economia grega e o critério adotado para 
determinar quem seria escravizado era o racial. Os escravos eram provenientes da 
África (negros) ou da Ásia (amarelos).II. o uso de escravos em Atenas tinha certa 
importância social, na medida em que concedia mais tempo para que os homens 
livres pudessem participar das assembleias, dos debates políticos, filosofar e 
produzir obras de arte. 
III. os escravos, em Esparta, cidade voltada para as guerras, eram chamados de 
hilotas, pertenciam ao Estado e trabalhavam para os esparciatas – uma minoria 
que participava das decisões políticas e administrativas e se dedicava única e 
exclusivamente à política e à guerra. 
Das proposições acima, 
a) apenas I está correta. 
b) apenas II está correta. 
c) apenas I e II estão corretas. 
d) apenas II e III estão corretas. 
e) I, II e III estão corretas 
 
 
 
 
 
 
 
3. (CESGRANRIO) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da 
população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que o(a): 
a) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em 
função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados 
de sustentar os escravos, incentivavam- lhes a fuga. 
b) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre 
Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os 
escravos que desejassem retornar às fazendas. 
c) existência de poucos quilombos na região Norte pode ser explicada pela 
administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa 
Portuguesa havia proibido a escravidão negra. 
d) quase inexistência de quilombos no Sul do Brasil se relaciona à pequena 
porcentagem de negros na região, o que também permitiu que lá não ocorressem 
questões ligadas à segregação racial. 
e) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos 
europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora 
predominassem africanos e seus descendentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. CONCEITO DE ESCRAVIDÃO 
 
A escravidão também chamada de escravismo, escravagismo e escravatura é a 
prática social em que um ser humano adquire direitos de propriedade sobre outro 
denominado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em 
algumas sociedades, desde os tempos mais distantes, os escravos eram 
legitimamente definidos como um produto. Os preços modificavam-se conforme as 
condições físicas, habilidades profissionais, sexo, a idade, a procedência e o 
destino. Quando falamos em escravidão, é difícil não pensarmos nos europeus e 
relacionar a escravidão com a África. Entretanto, a escravidão é bem mais antiga 
do que o tráfico do povo africano. Ela é tão antiga quanto à própria história, quando 
os povos derrotados em batalhas eram escravizados por seus conquistadores. 
Neste caso, citamos como exemplo os hebreus, que foram vendidos como 
escravos desde o começo da História. 
 
 
 
2. HISTÓRICO DA ESCRAVIDÃO 
 
Podemos perceber que as sociedades que se desenvolveram na Mesopotâmia 
e no Egito antigos tenham conhecido e praticado a escravidão, não são 
usualmente consideradas pelos estudiosos modernos como "sociedades 
escravistas", rótulo que, por sua vez, é aplicado a Itália e Grécia clássicas, 
além de Brasil, o Sul dos Estados Unidos e o Caribe inglês e francês, entre os 
séculos XV e XIX. Como se vê, trata-se de um conceito que aponta para uma 
linha de continuidade entre o escravismo antigo e moderno, e desvela uma 
tendência de longa duração histórica, qual seja, a de que o trabalho 
compulsório, e sobretudo a escravidão, foi a regra, não a exceção, para 
obtenção de mão-de-obra. 
 
 
 
3. A ESCRAVIDÃO NA ÁFRICA 
 
A escravidão existiu na Ásia, na Europa, nas Américas e na África. Muitos dos 
povos africanos utilizavam escravos para os mais diversos fins, e como cada 
povo africano tem sua própria organização política, econômica e social, a 
escravidão na África se desenvolveu de muitas formas. 
De uma maneira geral, partindo da história de grande parte desses povos, 
podemos dizer que existia na África uma escravidão doméstica, e não uma 
escravidão mercantil, ou seja, entre vários povos africanos, o escravo não era 
uma mercadoria, mas sim um braço a mais na colheita, na pecuária, na 
mineração e na caça; um guerreiro a mais nas campanhas militares. 
A grande maioria dos povos africanos eram matrilineares, ou seja, se 
organizavam a partir da ascendência materna, partindo da mãe a transmissão 
de nome e privilégios. 
 
 
4. A América e a escravidão. 
 
No transcorrer do século XV, a expansão de Portugal, ao longo da costa 
africana, favoreceu, com o aval de bulas papais, o tráfico negreiro. Totalizando 
1.552.000 escravizados, trazidos nos tumbeiros ou navios negreiros, a América 
espanhola perde em índice numérico para o Brasil que, segundo estudos 
recentes na Universidade de Emory, em Atlanta, atingiu o total de 4,8 milhões 
de escravizados. 
O número inferior de escravizados negros, na América espanhola, justifica-se 
pelo fato de que o nativo conhecia técnicas de mineração e já havia sido 
subjugado pelos espanhóis em suas conquistas neste continente. Além disso, a 
taxa de mortalidade nas minas, em virtude da insalubridade, era grande e repor 
constantemente esta mão de obra com a compra, por meio do tráfico negreiro, 
significava investimento financeiro. 
 
 
 
 
4. (Uel 2001) Nos séculos XVI, XVII e XVIII, a América Espanhola experimentou 
um intenso confronto cultural que deu origem a uma sociedade marcada pela 
mistura de traços europeus e indígenas. Tal sociedade configurou-se de modo 
bastante estratificado e em conformidade com a linhagem, a riqueza, a cor da pele 
e a exploração das populações nativas. Considerando o seu conhecimento sobre o 
tema, é correto afirmar: 
a) A mão de obra indígena foi utilizada em pequena escala pelos espanhóis na 
exploração das minas, aspecto que dificultou a integração dos nativos aos 
costumes europeus. 
b) O mestiço, por sua condição social, gozava dos mesmos privilégios e 
oportunidades dos brancos. 
c) Não há registros da influência das sociedades indígenas na organização das 
estruturas sociais e de produção da América Hispânica. 
d) Os espanhóis oriundos da metrópole desfrutavam de uma série de vantagens 
em relação a seus descendentes nascidos na colônia. 
e) A produção colonial da América Espanhola organizou-se em regiões de baixa 
densidade populacional indígena e adotou a escravidão de africanos nas minas e 
plantações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Leia abaixo um trecho deuma entrevista de Abdias do Nascimento, escritor, 
político e militante do movimento negro: 
“Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos 
museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar artefatos 
cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou anormalidade 
mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina Rodrigues mostra 
exatamente isso: que o negro era um camarada doente da cabeça por ter sua 
própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. Eles não podiam 
aceitar isso.” 
http://www.portalafro.com.br/entrevistas/abdias/internet/abdias.htm 
A partir do trecho acima citado, é possível afirmar que: 
a) apesar da escravidão a que estavam sujeitos, os africanos sempre tiveram 
autonomia para praticar seus cultos religiosos. 
b) ao chegarem ao Brasil e passarem a conviver com os europeus, os africanos 
escravizados foram paulatinamente perdendo seus traços culturais originais, 
adotando ao final integralmente a cultura europeia. 
c) mesmo com todo o tipo de repressão a que estavam sujeitos, os africanos 
escravizados ainda buscaram manter vivas suas tradições culturais religiosas. 
d) Nina Rodrigues e seus seguidores estavam certos ao afirmarem que os 
africanos eram degenerados por não aceitarem a cultura europeia como superior 
às suas. 
 
 
 
 
 
1.(Enem 2011) 
 
 
 
Que aspecto histórico da escravidão no Brasil do séc. XIX pode ser identificado a 
partir da análise do vestuário do casal retratado acima? 
a) O uso de trajes simples indica a rápida incorporação dos ex-escravos ao mundo 
do trabalho urbano. 
b) A presença de acessórios como chapéu e sombrinha aponta para a manutenção 
de elementos culturais de origem africana. 
c) O uso de sapatos é um importante elemento de diferenciação social entre negros 
libertos ou em melhores condições na ordem escravocrata. 
d) A utilização do paletó e do vestido demonstra a tentativa de assimilação de um 
estilo europeu como forma de distinção em relação aos brasileiros. 
e) A adoção de roupas próprias para o trabalho doméstico tinha como finalidade 
demarcar as fronteiras da exclusão social naquele contexto. 
 
2. (Uff 2010) A DESCOBERTA DA AMÉRICA E A BARBÁRIE DOS CIVILIZADOS 
 
– A conquista da América pelos europeus foi uma tragédia sangrenta. A ferro e 
fogo! Era a divisa dos cristianizadores. Mataram à vontade, destruíram tudo e 
levaram todo ouro que havia. 
Outro espanhol, de nome Pizarro, fez no Peru coisa idêntica com os incas, um povo 
de civilização muito adiantada que lá existia. Pizarro chegou e disse ao imperador 
inca que o papa havia dado aquele país aos espanhóis e ele viera tomar conta. O 
imperador inca, que não sabia quem era o papa, ficou de boca aberta, e muito 
naturalmente não se submeteu. Então Pizarro, bem armado de canhões conquistou 
e saqueou o Peru. 
– Mas que diferença há, vovó, entre estes homens e aquele Átila ou aquele Gengis-
Cã que marchou para o ocidente com os terríveis tártaros, matando, arrasando e 
saqueando tudo? 
– A diferença única é que a história é escrita pelos ocidentais e por isso torcida a 
nosso favor. 
Vem daí considerarmos como feras aos tártaros de Gengis-Cã e como heróis com 
monumentos em toda parte, aos célebres “conquistadores” brancos. A verdade, 
porém, manda dizer que tanto uns como outros nunca passaram de monstros feitos 
da mesmíssima massa, na mesmíssima forma. Gengis-Cã construiu pirâmides 
enormes com cabeças cortadas aos prisioneiros. Vasco da Gama encontrou na 
Índia vários navios árabes carregados de arroz, aprisionou-os, cortou as orelhas e 
as mãos de oitocentos homens da equipagem e depois queimou os pobres 
mutilados dentro dos seus navios. 
 
Monteiro Lobato, História do mundo para crianças. Capítulo LX 
 
O texto de Monteiro Lobato expressa a dificuldade de definirmos quem é civilizado 
e quem é bárbaro. Mas isso à parte, pensando a atuação europeia nos séculos XVI 
e XVII nas áreas americanas, um número razoável dessas visões equivocadas 
justificou o avanço espanhol e a destruição dos astecas, maias e incas explicados 
por: 
 
a) necessidades sociais impostas pelas características culturais do território 
espanhol e pela presença muçulmana que limitava as condições de enriquecimento 
da monarquia, levando à conquista da América e à constituição de uma base 
política iluminista. 
b) necessidades religiosas decorrentes da perda de poder da Igreja Católica frente 
ao avanço das reformas protestantes e das alianças com as potências ibéricas para 
estabelecer o Império da Cristandade, baseado na Escolástica. 
c) necessidades políticas oriundas das tensões na Península Ibérica que levaram a 
Espanha a organizar o processo de conquista do Novo Mundo como única 
alternativa para sua unidade política, utilizando para isso o apoio do Papado e da 
França de Francisco I. 
d) necessidades econômicas provenientes da divisão do território espanhol, fruto 
da diversidade cultural e étnica, e das disputas pelo poder entre Madri e Barcelona, 
ampliadas pelas vitórias portuguesas na África e na Ásia e pelo desenvolvimento 
da economia do açúcar no Brasil. 
e) necessidades econômicas, políticas e religiosas dos recém-centralizados 
estados modernos, através do mercantilismo metalista que inundou a Europa de 
prata e de ouro, levando em seguida a uma revolução nos preços, que provocou 
inflação, e ao avanço de novas formas de desenvolvimento da agricultura. 
 
3. (Enem 2015) TEXTO I 
 
Em todo o país a lei de 13 de maio de 1888 libertou poucos negros em relação à 
população de cor. A maioria já havia conquistado a alforria antes de 1888, por meio 
de estratégias possíveis. No entanto, a importância histórica da lei de 1888 não 
pode ser mensurada apenas em termos numéricos. O impacto que a extinção da 
escravidão causou numa sociedade constituída a partir da legitimidade da 
propriedade sobre a pessoa não cabe em cifras. 
 
ALBUQUERQUE. W. O jogo da dissimulação: Abolição e cidadania negra no Brasil. São Paulo: Cia. 
das Letras, 2009 (adaptado). 
 
TEXTO II 
 
Nos anos imediatamente anteriores à Abolição, a população livre do Rio de Janeiro 
se tornou mais numerosa e diversificada. Os escravos, bem menos numerosos que 
antes, e com os africanos mais aculturados, certamente não se distinguiam muito 
facilmente dos libertos e dos pretos e pardos livres habitantes da cidade. Também 
já não é razoável presumir que uma pessoa de cor seja provavelmente cativa, pois 
os negros libertos e livres poderiam ser encontrados em toda parte. 
 
CHALHOUB, S. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São 
Paulo: Cia. das Letras, 1990 (adaptado). 
5. O LEGADO DA ESCRAVIDÃO 
Ninguém se considera racista, mas conhece algum. É evidente que a 
sociedade brasileira ainda carrega esse preconceito racial, trazido desde o 
século XIX, quando a Lei Áurea de 1888 pôs fim a escravidão, mas não a 
liberdade efetiva dos negros, escravos. 
 
A maioria da população ainda baseia-se no falso discurso de que em um país 
tão miscigenado não há espaço para preconceito, orgulhando-se deste fato. 
Mas esquecemos que as grande parte dos moradores dos locais mais sórdidos 
das cidades possui pele escura e continuam invisíveis desde a abolição da 
escravatura. Não usam mais correntes, mas ainda sofrem com a fome e 
precárias condições de vida. 
Um relatório divulgado pela ONU em 2014, com base em dados coletados no 
fim de 2013, apontou que os negros do país são os que mais são 
assassinados, os que têm menor escolaridade, menores salários, menor 
acesso ao sistema de saúde e os que morrem mais cedo. 
 
 
 
 
QUESTÕES CONTEXTUALIZADAS 
http://www.portalafro.com.br/entrevistas/abdias/internet/abdias.htm
 
Sobre o fim da escravidão no Brasil, o elemento destacado no Texto I que 
complementa os argumentos apresentados no Texto II é o(a) 
a) variedade das estratégias de resistência dos cativos. 
b) controle jurídico exercido pelos proprietários.c) inovação social representada pela lei. 
d) ineficácia prática da libertação. 
e) significado político da Abolição. 
 
4. (Enem 2014) 
 
 
 
De volta do Paraguai 
Cheio de glória, coberto de louros, depois de ter derramado seu sangue em defesa 
da pátria e libertado um povo da escravidão, o voluntário volta ao seu país natal 
para ver sua mãe amarrada a um tronco horrível de realidade!... 
AGOSTINI. “A vida fluminense”, ano 3, n. 128, 11 jun. 1870. In: LEMOS, R. (Org). 
Uma história do Brasil através da caricatura (1840-2001). Rio de Janeiro: Letras & 
Expressões, 2001 (adaptado). 
 
Na charge, identifica-se uma contradição no retorno de parte dos “Voluntários da 
Pátria” que lutaram na Guerra do Paraguai (1864-1870), evidenciada na 
 
a) negação da cidadania aos familiares cativos. 
b) concessão de alforrias aos militares escravos. 
c) perseguição dos escravistas aos soldados negros. 
d) punição dos feitores aos recrutados compulsoriamente. 
e) suspensão das indenizações aos proprietários prejudicados. 
 
5. (Enem 1998) Você está estudando o abolicionismo no Brasil e ficou perplexo ao 
ler o seguinte documento: 
 
Texto 1 
Discurso do deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira - Brasil 1879 
No dia 5 de março de 1879, o deputado baiano Jerônimo Sodré Pereira, 
discursando na Câmara, afirmou que era preciso que o poder público olhasse para 
a condição de um milhão de brasileiros, que jazem ainda no cativeiro. Nessa altura 
do discurso foi aparteado por um deputado que disse: "BRASILEIROS, NÃO". 
 
Em seguida, você tomou conhecimento da existência do Projeto Axé (Bahia), nos 
seguintes termos: 
 
Texto 2 
 
Projeto Axé, Lição de cidadania - 1998 - Brasil 
Na língua africana lorubá, axé significa força mágica. Em Salvador, Bahia, o Projeto 
Axé conseguiu fazer em apenas três anos, o que sucessivos governos não foram 
capazes: a um custo dez vezes inferior ao de projetos governamentais, ajuda 
meninos e meninas de rua a construírem projetos de vida, transformando-os de 
pivetes em cidadãos. 
A receita do Axé é simples: competência pedagógica, administração eficiente, 
respeito pelo menino, incentivo, formação e bons salários para os educadores. 
Criado em 1991 pelo advogado e pedagogo italiano Cesare de Florio La Rocca, o 
Axé atende hoje a mais de duas mil crianças e adolescentes. 
A cultura afro, forte presença na Bahia, dá o tom do Projeto Erê (entidade criança 
do candomblé), a parte cultural do Axé. Os meninos participam da banda mirim do 
Olodum, do Ilé Ayê e de outros blocos, jogam capoeira e têm um grupo de teatro. 
Todas as atividades são remuneradas. Além da bolsa semanal, as crianças têm 
alimentação, uniforme e vale-transporte. 
 
Com a leitura dos dois textos, você descobriu que a cidadania: 
 
a) jamais foi negada aos cativos e seus descendentes. 
b) foi obtida pelos ex-escravos tão logo a abolição fora decretada. 
c) não era incompatível com a escravidão. 
d) ainda hoje continua incompleta para milhões de brasileiros. 
e) consiste no direito de eleger deputados. 
 
 
 
 
 
1. Leia abaixo um trecho de uma entrevista de Abdias do Nascimento, escritor, 
político e militante do movimento negro: 
 
“Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos 
museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar artefatos 
cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou 
anormalidade mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina 
Rodrigues mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da 
cabeça por ter sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu 
culto. Eles não podiam aceitar isso.” 
 
Retirado do Portal Afro: 
 
http://www.portalafro.com.br/entrevistas/abdias/internet/abdias.htm acessado em 
25/09/2013. 
 
A partir do trecho acima citado, é possível afirmar que: 
 
a) apesar da escravidão a que estavam sujeitos, os africanos sempre tiveram 
autonomia para praticar seus cultos religiosos. 
b) ao chegarem ao Brasil e passarem a conviver com os europeus, os africanos 
escravizados foram paulatinamente perdendo seus traços culturais originais, 
adotando ao final integralmente a cultura europeia. 
c) mesmo com todo o tipo de repressão a que estavam sujeitos, os africanos 
escravizados ainda buscaram manter vivas suas tradições culturais religiosas. 
d) Nina Rodrigues e seus seguidores estavam certos ao afirmarem que os 
africanos eram degenerados por não aceitarem a cultura europeia como superior 
às suas. 
 
2. (UFPE) As razões que fizeram com que no Brasil colonial e mesmo durante o 
império a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos 
indígenas podem ser atribuídas a (à): 
 
a) setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena; fugas, 
epidemias e legislação antiescravista indígena que a tornaram menos atraente e 
lucrativa. 
b) religião dos povos indígenas, que proibia o trabalho escravo. Preferiam morrer a 
ter que se se submeterem às agruras da escravidão que lhes era imposta nos 
engenhos de açúcar ou mesmo em outros trabalhos. 
c) reação dos povos indígenas, que, por serem bastante organizados e unidos, 
toda vez que se tentou capturá-los, eles encontravam alguma forma de escapar ao 
cerco dos portugueses. 
d) ausência de comunicação entre os portugueses e os povos indígenas e à 
dificuldade de acesso ao interior do continente, face ao pouco conhecimento que se 
tinha do território e das línguas indígenas. 
e) um enorme preconceito que existia do europeu em relação ao indígena, e não 
em relação ao africano, o que dificultava enormemente o aproveitamento do 
indígena em qualquer atividade. 
 
3. ( Academia de Estudos FB 2017 ) Leia o texto abaixo. 
 
Os africanos escravizavam-se uns aos outros por uma questão de identidade 
cultural. Ao contrário dos europeus, no princípio do tráfico negreiro, e ainda bem 
depois disso, os africanos não se reconheciam como africanos. Eles se 
identificavam de diversas maneiras, como pela sua família, clã, tribo, etnia, língua, 
religião, país ou Estado. Essa diversidade sugere uma sociedade bem mais 
complexa do que aquela a que estamos acostumados e designamos por “africana.” 
 
Relacionando o texto a escravidão podemos concluir que: 
 
a) a escravidão se inicia apenas no século XVI com as grandes navegações. 
b) existia escravidão entre os povos africanos, desde o início da antiguidade nos 
feudos. 
c) a escravidão do povo africano em muitos casos se dava entre as tribos da 
própria África. 
d) os africanos, apesar das lutas internas nunca escravizaram seu próprio povo. 
e) existia tribos que lutavam por direitos dos negros na África Antiga. 
 
4. ( Upe 2009 ) As sociedades mudam suas práticas sociais e conservam outras 
através da sua convivência no decorrer do tempo histórico. Na época da 
colonização portuguesa, havia, no Brasil, uma sociedade marcada pela escravidão 
e a injustiça social. Nos engenhos produtores de açúcar, 
 
a) predominava o trabalho escravo e o poder dos proprietários, sem a interferência 
da religião, ausente do núcleo de dominação. 
b) havia mais liberdade social do que nos centros urbanos, devido à presença de 
núcleos de trabalho livre em quantidade expressiva. 
c) permaneciam relações de poder patriarcais na vida social, sendo a riqueza 
produzida importante para Portugal e sua colonização. 
d) mantinham-se práticas sociais hierarquizadas para os escravos, havendo 
liberdade para as mulheres. 
e) existia uma participação dos valores do catolicismo numa luta cotidiana contra a 
escravidão dominante nas relações sociais 
 
 
QUESTÕES ESPECÍFICAS 
http://www.portalafro.com.br/entrevistas/abdias/internet/abdias.htm
5. (FUVEST 2009) 
 
Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que consiste 
na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a trabalhar 
para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento da 
contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quandoera 
preponderante a escravidão de negros africanos que os transformava legalmente 
em propriedade dos seus senhores. As leis abolicionistas não se referiram à 
escravidão por dívida. Na atualidade, pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o 
conceito de redução de pessoas à condição de escravos foi ampliado de modo a 
incluir também os casos de situação degradante e de jornadas de trabalho 
excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.) 
 
Com base no texto, considere as afirmações abaixo: 
 
I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à 
Abolição. 
 
II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea. 
 
III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo 
na história do Brasil. 
 
IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no 
momento do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão. 
 
V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas 
formas de escravidão pela legislação brasileira atual. 
 
São corretas apenas as afirmações: 
 
a) I, II e IV 
b) I, III e V 
c) I, IV e V 
d) II, III e IV 
e) III, IV e V 
 
 
 
 
 
 
1. (Vunesp) “No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três 
“Ps”, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo 
castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e 
o vestir como muitas vezes é o castigo. (André João Antonil, Cultura e opulência do 
Brasil por suas drogas e minas, 1711) 
a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado? 
b) Indique dois motivos que explicam a introdução da escravidão negra na porção 
americana do Império português 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
2. (UFMG) Leia os versos: 
"Seiscentas peças barganhei / - Que pechincha! - no Senegal / A carne é rija, os 
músculos de aço, / Boa liga do melhor metal. / Em troca dei só aguardente,/ 
/ Contas, latão - um peso morto! / Eu ganho oitocentos por cento / Se a metade 
chegar ao porto". 
(Heinrich HEINE, apud BOSI, Alfredo. DIALÉTICA DA COLONIZAÇÃO. São Paulo: 
Cia. das Letras, 1992). 
a) IDENTIFIQUE a atividade a que se referem esses versos. 
b) Cada uma das estrofes desenvolve uma ideia central. IDENTIFIQUE essas 
ideias 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
3. (UFRJ) – "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde 
nasci em breve não será pisada por um pé escravo. (...) Quando a humanidade 
jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos; hoje, que a 
civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a 
liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...). Esta festa é a precursora de 
uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a mentira, da liberdade 
contra a escravidão." 
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do 
Clube Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.) 
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência 
contra a população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes 
escravocratas, registra inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e 
ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta condição, 
proporcionando formas de resistência que resultaram em processos sociais e 
políticos que, a médio e longo prazos, influíram na superação dessa modalidade de 
trabalho. 
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão 
ocorridas no Brasil. 
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no 
Brasil no século XIX 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
4. Leia o texto a seguir. “Antes mesmo dos europeus chegarem à África Ocidental 
já existiam variadas formas de escravidão, que alias, estenderam-se até o século 
XX. Predominavam os trabalhos domésticos e artesanais, porém houve 
importantes empreendimentos escravistas agrícolas e mineratórios, muitos 
similares ao do Novo Mundo. (...) O comércio de escravos na África é bem anterior 
ao tráfico negreiro praticado por europeus. Estes últimos aproveitaram a 
organização comercial já existente para consolidar seu novo negócio internacional.” 
(LIBBY & PAIVA, p. 14) 
a) Identifique, no texto, uma característica econômica presente em alguns impérios 
e reinos africanos. Resposta: A utilização de escravos na lavoura e na mineração; a 
prática de comércio de escravos. 
b) Apresente uma diferença entre a escravidão existente na África antes da 
chegada dos europeus e a escravidão na América Portuguesa. 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
5. ( Academia de Estudos 2017 ) Veja a imagem abaixo e relacione-a com o legado 
da escravidão no Brasil e de que forma devemos conscientizar a juventude contra o 
racismo. 
 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
__________________________________________________________________ 
QUESTÕES APROFUNDADAS

Outros materiais

Outros materiais