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Exegese do Novo testamento aulas

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Exegese
Metodologia 
e 
Evangelhos.
1
 Bibliografia
 Bibliografia
 Definições 
e 
 pressupostos
 Definições e pressupostos
1. Definição do termo: “Exegese”
1.1- Significado: apresentação, descrição ou narração.
1.2- Duas preposições gregas fazem a diferenciação entre Exegese e eisegese. “Eis” – de fora para dentro. “ek” de dentro para fora.
1.3- Exegese é um trabalho de explicação e interpretação de um ou mais textos bíblicos.
 
1.4- A exegese procura fazer uso de vários recursos e instrumentos científico para entender o texto das sagradas escrituras. Assim , a forma de abordagem do texto bíblico pelo instrumental exegético baseia-se nos métodos científicos. 
 Definições e pressupostos
Exegese
Descreve de forma específica as etapas ou passos que cabe dar em sua interpretação.
Preocupa-se com o sentido do texto no passado.
Hermenêutica
Princípios que regem a interpretação de textos.
Preocupa-se com a atualização do texto bíblico, considerando sua função passada.
 Definições e pressupostos
2. Tarefa da Exegese. 
2.1- Pontos que lançam dúvida quanto a possibilidade da descoberta de sentidos em um texto bíblico.
A) A Bíblia e sua escrita passada em um tempo civilizatório diferente do atual.
B) A Dificuldade de entender os costumes, valores, modos de pensar e agir encontrados na Bíblia.
C) O Desconhecimento de uma série dos grupos, instituições, condições sociais, políticas e econômicas da época bíblica.
 Definições e pressupostos
2.2- As três tarefas específicas da Exegese.
A) Fornecer a compreensão correta das situações descritas nos textos bíblicos, isto é, tornar o passado narrado nos escritos bíblicos compreensíveis e transparentes para o leitor que vive em outra época com circunstâncias e aspectos culturais diferentes.
B) Conceder ao texto a autoridade de comunicar seu sentido original, neste caso, o sentido que teve em sua origem. Contrariando toda forma de leitura condicionada pelo leitor atual.
C) Averiguar se as confissões éticas ou doutrinárias de determinado grupo eclesial podem ser respaldadas ou reafirmadas, ou devem ser revistas e relativizadas.
 Definições e Pressupostos 
3. Leitor e Texto.
3.1 Teoria do Texto. (Latim: textus= Tecido, entrançadura)
“O Texto é um evento comunicativo, que supõe a utilização de um sistema linguístico dentro de um determinado modo de expressão”
 
 - LIMA, M.L.C. Exegese Bíblica: teoria e prática. SP: Paulinas. 2014.p. 16
“Uma expressão linguística demonstra ser um texto quando suas partes remetem umas às outras e só podem ser explicadas na sua relação mútua”
 - EGGER,W. Metodologia do Novo Testamento. SP: Loyola. 1994. p.25
 Definições e pressupostos
Fonético: Configuração sonora dos textos, as assonâncias.
Morfológico: Os signos linguísticos menores e suas propriedades, as categorias gramaticais ( verbos, substantivos etc.)
Sintático: A articulação das palavras no todo, como estrutura.
Estilístico: A elegância do texto ( mais poético ou não, mais redundante ou não.)
 Definições e pressupostos
3.2- O Papel triplo do Leitor no contato com os escritos bíblicos.
A) Atentar aos sinais do texto, abrindo-se ao sentido que querem comunicar.
B)Explicar o texto a partir das possibilidades de sentidos que os sinais linguísticos organizados de uma determinada maneira oferecem.
C) Interpretar o texto , aproximando-o de seu mundo e momento.
 Definições e pressupostos:
O Caminho da Exegese 
Deus
Testemunha
Experiência originária
(Comunicação de Deus)
Discípulos
Recebem
Verificam
Transmitem
Escrito
Leitor
Exegese
 Referencial Metodológico
 Referencial Metodológico
1. O que é um método ?
1.1. O método é a ciência da compreensão.
Utiliza-se métodos para alcançar objetivos científicos que possibilitem o avanço das pesquisas. 
1.2. O método é um conjunto de procedimentos utilizados para examinar, com a maior objetividade possível, um objeto.
 Referencial Metodológico
1. Aspectos do método Fundamentalista.
A) História: Teve início nos Estados Unidos após a primeira guerra mundial.
B)Objetivo: Salvaguardar a herança protestante ortodoxa contra a postura crítica e cética da teologia liberal.
C) Características: 1- Considera que cada detalhe da Bíblia é divinamente inspirado, não podendo apresentar erros ou incongruências. 2- Tende a absolutizar o sentido literal da Bíblia.3- Apresenta pouca sensibilidade para a condição humana de seus autores. Correndo o perigo da “bibliolatria”. 
Método Fundamentalista
 Referencial metodológico
2. Aspectos do método estruturalista.
A)Descende da análise sincrônica bíblica.
B)Ponto de Partida:
Veem o Texto estrutura e organização que produz sentido para além do autor.
Todo Texto contém identidade própria e autonomia, apesar de sua história.
Cada Texto carrega uma reserva de sentido a ser infinitamente explorada de forma inovadora por gerações posteriores.
Método Estruturalista
Referencial metodológico
1) Aspectos do Método Histórico Gramatical.
A) História : Amplamente usado na Reforma Protestante.
B) Características: 1- Busca o sentido da palavra a luz de seu contexto histórico. 2- A intenção do autor é fortemente considerada nesse método. 3- Considera os aspectos linguísticos, históricos, gramaticais, culturais e geográficos do texto. 4- A Bíblia é a palavra de Deus com autoridade , suficiência e inerrante em suas declarações de fé. 
C) História e gramática: Por História entende-se que os textos foram escritos dentro de contextos históricos; Por gramática compreende-se que é possível acessar o sentido dos textos mediante o estudo das palavras e das frases.
Método Histórico Gramatical
Referencial metodológico
1- Aspectos do Método Histórico crítico.
A) História: Inicia-se com os avanços na crítica bíblica dos séculos XVIII e XIX. Sendo também um herdeiro do Iluminismo.
B) Características: 1- Distinção entre palavra de Deus e escrituras; 2- Busca pesquisar com neutralidade, desconsiderando os dogmas; 3- Abriu brechas entre a academia e a igreja; 4- O pesquisador ganha autonomia investigativa diante do texto; 5- Logrou avanços significativos da área de pesquisa bíblica.
C) Divide-se em duas abordagens: Diacronia ( História) e Sincronia 
( Literatura.)
Método Histórico Crítico
 Passos Para uma Exegese Profunda e Contextual.
Obs: Todos os passos apresentados tem por finalidade conduzir o aluno a realizar a tarefa Exegética. 
As demais informações de traduções da bíblia, aspectos do estudo histórico de cada passo, não serão abordados. 
1- Passo- Aproximação do Texto em Português.
Como fazer esta aproximação ?
1- Leitura atenta de algumas versões em português.
2- Meditação sobre o significado do texto através de perguntas. Como ? Por que? Onde ? Qual proposito ?
3- Fazer análise comparativa com as versões disponíveis e destacar as dúvidas.
Destacar o contexto literário anterior e posterior. Antes e depois.
1- Passo- Aproximação do Texto em Português
Exemplo: Mc. 1. 14 – 15.
Revista e atualizada: 
“Depois de João ter sido preso , foi Jesus para Galiléia, pregando o evangelho de Deus,”
Revista Corrigida:
“ E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para Galiléia pregando o Evangelho do Reino de Deus,”
A Mensagem:
“Depois que João foi preso, Jesus mudou-se para a galileia e ali pregava.”
2- Passo - Delimitação Textual.
Os seguintes fatores devem compor este passo.
1- O texto deve ter Início e fim, “Pé e Cabeça”.
2- Deve conter unidade autônoma de sentido.
3- Os Critérios temáticos e formais devem conduzir este passo.
2- Passo – Delimitação Textual. Critérios
1- Critérios Temáticos.
1- Observação de introdução e mudança de assunto. 
2- Uma nova situação, um novoAmbiente geográfico, um novo momento cronológico, personagens diferentes...
2- Critérios Formais
1- São os elementos gramaticais, em formulas que dão início, continuidade e finalização de textos.
2- Mudança de Gênero ou de argumentação, mediante formulas.
2- Passo – Critérios para Delimitação
Critérios Temáticos
Critérios Formais
 Tradução
 3- Passo - Princípios de Tradução.
Conceito de Tradução:
“Traduzir um texto significa expressar, em outro sistema linguístico, o que é dito no texto de origem.”
A tradução implica em duas línguas e uma mensagem.
Todo texto contém forma e significado. 
3- Passo – Traduzir é..
Expressar em outro sistema linguístico, o que é dito no original.
Duas línguas e uma mensagem.
Conceder forma e significado original
Dois princípios de Tradução
1- Correspondência Formal
2- Equivalência Dinâmica
1- Correspondência Formal
Características particulares
1- Procura Traduzir os textos Literalmente.
2-Observa as características originais de estilo, métrica e gramática.
3- Recusa interpretações, acréscimos ou explicações adicionais. 
1- Correspondência Formal
Vantagens da Correspondência formal. 
A) familiariza o estudante com o Texto original.
B) Ressalta a importância da tradução original para a compreensão textual.
C)Aguça a sensibilidade para análise comparativa de versões portuguesas.
Exemplo: Mt. 10. 1
Texto grego
Καὶ προσκαλεσάμενος τοὺς δώδεκα μαθητὰς αὐτοῦ ἔδωκεν αὐτοῖς ἐξουσίαν πνευμάτων ἀκαθάρτων ὥστε ἐκβάλλειν αὐτὰ καὶ θεραπεύειν πᾶσαν νόσον καὶ πᾶσαν μαλακίαν. 
Tradução Português
E tendo chamado para si os dozes discípulos dele, deu-lhes ( supri-os) ele ( Jesus) autoridade (Sobre) Espíritos imundos para constantemente os expulsar e para (de dentro para fora) Curar ( terapia) toda doença e toda debilidade corporal.
2- Correspondência Dinâmica.
Características particulares.
A) Considera os destinatários atuais do texto e as particularidades do seu idioma.
B) Realizada mediante um trabalho interpretativo.
C)Procura traduzir os textos de acordo com seu significado original.
D) O mesmo impacto produzido pelo texto nos primeiros leitores, também deve estar presente na relação com os leitores de hoje.
2- Correspondência Dinâmica.
Uma Boa Tradução:
Correta: A tradução deve dar o sentido o mais exato possível da mensagem original.
Clara: a Tradução deve produzir um texto bem compreensível. Não deve ter expressões confusas ou que possam ser entendidas erradamente.
Natural: A linguagem da tradução deve ser completamente natural. Não deve parecer uma tradução, mas soar como se um falante nativo tivesse escrito aquele Texto.
Exemplos práticos
Textos Traduzido.
“Não vim trazer a paz, e sim a discórdia. (MT.10.34) 
“Vós sereis os próprios responsáveis pelo que vos suceder.(AT.18.6)
Não foi ser humano quem te revelou(MT.16.17)
Podereis passar pelo mesmo sofrimento que eu passarei.(MT.20.22) 
Exemplo: Mt. 10. 1
Texto grego
Καὶ προσκαλεσάμενος τοὺς δώδεκα μαθητὰς αὐτοῦ ἔδωκεν αὐτοῖς ἐξουσίαν πνευμάτων ἀκαθάρτων ὥστε ἐκβάλλειν αὐτὰ καὶ θεραπεύειν πᾶσαν νόσον καὶ πᾶσαν μαλακίαν. 
Tradução Português
E tendo chamado para si os dozes discípulos dele, deu-lhes ( supri-os) ele ( Jesus) autoridade (Sobre) Espíritos imundos para constantemente os expulsar e para (de dentro para fora) e Curar ( terapia) toda doença e toda debilidade corporal.
Resumo
Dinâmica 
Formal
3- Passo – Crítica Textual
A Necessidade da Crítica Textual.
O Novo testamento foi escrito em grego e em manuscritos cujo os originais desapareceram.
Devido as sucessivas cópias ao longo dos séculos, há milhares que refletem diferenças . Por isto surge a necessidade de compará-las.
3- Passo – Crítica Textual
Tarefa da Crítica Textual
Determinar com Maior exatidão possível o texto grego que servirá de base para a tradução e posteriores análises.
Constatar as diferenças entre os diversos manuscritos que contêm cópias do texto da exegese.
Avaliar qual das variantes poderia remontar com maior probabilidade o texto originalmente escrito pelo autor Bíblico.
3- Passo- Crítica textual.
A Utilidade da crítica textual
 Proporcionar um texto razoavelmente confiável das escrituras que representam nossa base para questões de fé e conduta.
3- Passo- Crítica textual
Processo dos Manuscritos
Autógrafo
Colação
Variantes textuais
Tipos de cópias
Tipos de manuscritos.
Bizantino.
Textus receptus
Fruto da união dos manuscritos: Alexandrino, ocidental e Cesareense
Alexandrino
Desenvolvido desde o primeiro séc.
3- Passo – Crítica textual.
3- Passo – Crítica Textual.
Confiabilidade.
3- Passo- Crítica Textual.
Exemplos
Jo. 7. 53; Mc. 16. 9-20;Mt. 6-13; Jo.5.4.
 4- Passo – Análise Literária
1- Segmentar o texto.
2- Análise linguístico-sintática.
3- Destacar a estrutura textual
Amarras Textuais
Eixos textuais
4- Aplicação dos contextos.
Histórico
Literário 
Cultural
1- Segmentação Textual.
Definições.
Uma perícope bem delimitada e ajustada, necessita ser estudada de acordo com seu aspecto frasal. Cada frase, oração e unidade expressiva que compõe o todo devido suas relações, precisam ser avaliadas. 
Segmentar um texto , portanto, significa reescrevê-lo da forma apenas exposta.
Faz-se necessário o uso da sequência alfabética, por uma questão de identificação e organização.
1- Segmentação Textual.
Mc. 4: 35-36
A Καὶ λέγει αὐτοῖς 
B ἐν ἐκείνῃ τῇ ἡμέρᾳ
C ὀψίας γενομένης
D διέλθωμεν εἰς τὸ πέραν. 
36
A καὶ ἀφέντες τὸν ὄχλον 
B παραλαμβάνουσιν αὐτὸν 
C ὡς ἦν ἐν τῷ πλοίῳ, 
D καὶ ἄλλα πλοῖα ἦν μετ᾽ αὐτοῦ.
Mc. 4: 35-36
A E disse a eles - 
B Naquele dia- temporal
C quando se fez tarde 
D atravessemos para outra margem.
36
A E, tendo eles despedido a multidão
B tomam-no consigo
C como estava no barco
D e havia outros barcos com ele.
Exemplo
1- Segmentação Textual. 
Critérios
Orações 
Independência
2-Análise linguístico- sintática.
Esta análise utilizara padrões menores de observação com a finalidade de compreender a linguagem expressa no texto bíblico.
Análise lexical – Examinar a existência de vocábulos, expressões ou frases no texto.
Análise de categorias e formas gramaticais: Elencar as formas e categorias gramaticais do texto, como substantivos, verbos, advérbios e preposições.
Análise verbal- O uso dos tempos, modos e vozes. Considerando sempre sua função na frase e no contexto literário maior.
2- Análise linguístico sintática.
Resumo
1- Análise Lexical
2- Análise das categorias e das formas.
3- Análise Verbal.
2- Estrutura Textual.
Busca compreender as disposições externas do texto e suas relações internas, afim de apontar as informações a respeito de seu conteúdo. 
Obs: A análise dos tipos contextuais não será feita neste início.
Algumas perguntas devem ser feitas:
1) Em quantas partes diferenciáveis pela forma e ou pelo conteúdo, se subdivide o texto ?
2) De quantas partes é formado o trecho e o que caracteriza cada uma delas ?
2- Estrutura textual.
3) Quais os critérios em que o texto foi subdividido ?
A)Alternância ou modificação dentro de um mesmo assunto. Modificação do sujeito, agentes ou atores em foco, perguntas e respostas e etc.
B)Uso das conjunções: καί e τέ ( e)- Costumam indicar unidade entre as partes; ἀλλά ou δέ ( Contudo, porém) e πρήν ( Não Obstante, entretanto).
3- Estrutura textual. 
Resumo.
1- Buscar compreender disposições internas e externas do conteúdo.
2- Algumas perguntas : Quantas partes e o que caracteriza cada uma delas ?
3- Critérios de alternância ou modificação e observação das conjunções.
2- Estrutura Textual. Exemplo.
Mc. 1. 14-15 Ida e pregação de Jesus para Galiléia.
Justificação da subdivisão.
Este texto divide-se em duas partes básicas a respeito do mesmo processo de comunicação.1(Parte) A apresentação da ida de Jesus para Galiléia, precedida da informação sobre a prisão de João.
2(Parte) A Caracterização da sua pregação na Galiléia.
Esta segunda parte principal pode, por sua vez, ser subdividida em dois aspectos distintos. O primeiro contém duas afirmações com o verbo no perfeito e na terceira pessoa do singular. O segundo caracteriza-se por apresentar igualmente dois enunciados, mas, desta vez, com os verbos no imperativo presente e na segunda pessoa do plural.
2- Estrutura Textual. Exemplo.
*1- Parte -Dois acontecimentos
1-(Ocorrido) Μετὰ δὲ τὸ παραδοθῆναι τὸν Ἰωάννην
 2- ( Ocorrido ) ἦλθεν ὁ Ἰησοῦς εἰς τὴν Γαλιλαίαν κηρύσσων ( Particí. Pres) τὸ εὐαγγέλιον τοῦ θεοῦ.
2- Parte - Descrição do Conteúdo da pregação. 
Indicação do Conteúdo- καὶ λέγων
1-Ação ὅτι πεπλήρωται ( perfeito. Pass) ὁ καιρὸς 
Ponto de ligação-καὶ 
2- Ação- ἤγγικεν(Perfeito) ἡ βασιλεία τοῦ θεοῦ· 
3- Ação -Μετανοεῖτε( imp. Pres.) 
Ponto de ligação- καὶ
4- Ação- πιστεύετε(Imp. Pres) ἐν τῷ εὐαγγελίῳ. 
 2- Estrutura textual. Exemplo.
 Ida e pregação de Jesus na Galiléia.
1 Parte – Depois de João ter sido preso,
 foi Jesus para Galiléia
2 Parte – Pregando o Evangelho de Deus,
			 Dizendo:
 o tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo
 arrependei-vos e crede no evangelho.
A) Amarras Textuais.
Definição
Os Textos em suas variadas formas expressam uma continuidade mediante uma linha lógica. Estas representam a chamada “amarras”, isto é, suas diferentes partes que formam um todo orgânico e coerente.
As amarras evidenciam-se pela repetitividade de palavras, ideias ou expressões com ênfase dada pelo autor.
A) Amarras Textuais.
Mt 25.1-12 – Contraposição Néscias e prudentes.
Então, o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco dentre elas eram néscias, e cinco, prudentes. As néscias, ao tomarem as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo no entanto, as prudentes, além das lâmpadas, levaram azeite nas vasilhas. E, tardando o noivo, foram todas tomadas de sono e adormeceram. Mas, à meia-noite, ouviu-se um grito: Eis o noivo! Saí ao seu encontro! Então, se levantaram todas aquelas virgens e prepararam as suas lâmpadas. E as néscias disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas estão-se apagando. Mas as prudentes responderam: Não, para que não nos falte a nós e a vós outras! Ide, antes, aos que o vendem e comprai-o. E, saindo elas para comprar, chegou o noivo, e as que estavam apercebidas entraram com ele para as bodas; e fechou-se a porta. Mais tarde, chegaram as virgens néscias, clamando: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Mas ele respondeu: Em verdade vos digo que não vos conheço.
A) Amarras textuais.
 Mc 2.23-28 - Sábado e Fome
Ora, aconteceu atravessar Jesus, em dia de sábado, as searas, e os discípulos, ao passarem, colhiam espigas. Advertiram-no os fariseus: Vê! Por que fazem o que não é lícito aos sábados? Mas ele lhes respondeu: Nunca lestes o que fez Davi, quando se viu em necessidade e teve fome, ele e os seus companheiros? Como entrou na Casa de Deus, no tempo do sumo sacerdote Abiatar, e comeu os pães da proposição, os quais não é lícito comer, senão aos sacerdotes, e deu também aos que estavam com ele? E acrescentou: O sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado; de sorte que o Filho do Homem é senhor também do sábado.
A) Amarras Textuais.
Repetitividade
Palavras
Expressões
Ideias
 B) Eixos Textuais. 
É pois, indispensável que se consiga identificar o Eixo em torno do qual gravita o assunto, ou seja, a questão ou assunto central tematizado no texto.
O Eixo Central é o ponto de convergência de todos os acontecimentos e argumentações. Os personagens envolvidos de forma ativa ou passiva direcionam-se ao ponto central, ou seja, todo processo de comunicação está em um estado de dependência extrema.
Algumas Perguntas:
Qual é o principal assunto em discussão no texto ? O Texto tematiza uma só questão principal ou existem varias questões ? Há Polêmicas ou conflitos no Texto ? Em torno de que questão ou questões centrais giram esses conflitos ? 
B) Eixos textuais.
MC. 12. 13-17
Mc. 2. 18-20
Pergunta
 e 
resposta
Personagens
Política
Desejo 
Circunstâncias
B) Eixos Textuais.
Eixo gravitacional das informações.
O Tema central
Polêmicas ou questões.
Aplicação dos Contextos.
 O Texto bíblico é fruto do seu contexto.
Para compreender a produção dos textos bíblico, faz-se necessário a busca pelo seu contexto: Social; geográfico; político; econômico; religioso e cultural. Assim possibilitará responder questões internas como: Grupos; instituições; classes; hábitos; crenças populares; hábitos e práticas destacadas no texto.
Aplicação dos Contextos.
Dados Geográficos
Na parábola do bom samaritano há referência a um assalto entre Jerusalém e Jericó. Por que exatamente entre essas duas cidades ? A topografia regional explica: o caminho da descida entre Jerusalém e Jericó era tortuoso, rochoso e árido. Por isto era praticamente inabitado, sendo bem propício para assaltos e esconderijos.
Aplicação dos Contextos.
Dados sociais
Em Mc 15.40, narra-se a situação do acompanhamento de mulheres no ministério itinerante de Jesus na Galileia. Para os padrões sociais dos dias atuais não há problema. Entretanto, Com o conhecimento do espaço reservado para as mulheres na época de Jesus, percebe-se que na palestina nenhum mestre, rabino ou líder religioso era acompanhado por mulheres. O Movimento de Jesus é considerado como uma ruptura frente aos padrões sociais do seu tempo.
Aplicação dos Contextos.
Dados Econômicos
Jesus em suas declarações nos evangelhos por diversas vezes faz referência aos pobres. Em nosso contexto do séc XXI, pobres são os “malremunerados” que não ganham o mínimo para usufruírem de boa qualidade de vida. Em um exame das informações econômicas da época de Jesus, perceberemos que este termo não designava “malremunerados” , mas pessoas que não tinham nenhum meio de subsistência, isto é, mendigos, que necessitava de esmolas para sobreviver.
Aplicação dos Contextos.
Dados políticos
No contexto político-religioso dos evangelhos, há a presença declarada de “sacerdotes” e “sumo sacerdotes”. No decorrer do ato interpretativo, estes termos poderiam ser confundido com a associação de os arcebispos, pastores ou clero das igreja em caráter de destaque religioso. Entretanto, tal afirmação comparativa, não avalia corretamente esta função. As palavras relacionadas ao clero judaico refere-se ao primado religioso e político do povo, ostensivo em seu luxo e riqueza.
Aplicação dos Contextos.
Dados Culturais
Há em diversos momentos nos evangelhos declarações quanto ao ato de Jesus reclinar-se a mesa com pecadores e coletores de taxas e impostos, ressaltando a indignação por parte dos movimentos religiosos da época. ( Lc 15.1; Lc 7.34;Mt 11.19) Em nossa cultura não há tal dilema sobre assentar-se a mesa. Nos dias de Jesus, porém, “receber alguém em comunhão de mesa significa até os dias de hoje uma honra que quer dizer oferta de paz, confiança, fraternidade e perdão; em suma: comunhão de mesa é comunhão de vida.
Aplicação dos Contextos.
Dados Religiosos
Mt 5.23 Jesus ensina que, antes de entregar uma oferta sobre o altar do templo é necessário reconciliar-se com as pessoas. Tal afirmação para o séc. XXI parece banal, entretanto, esta proposta de Jesus infringia uma prática de valorização do povo de Israel. Toda cultura e vida estavam voltados para o templo e a lei. Propondo esta ação Jesus inverte o valor da cerimônia pelos relacionamentos. 
Trabalho de Exegese
Texto: Mc 14. 3-9 Jesus ungido em Betânia
1- Aproximação Textual- Observação para si
2- Tradução(duas formas) Segmentando
3- Delimitação.
4-Análise linguístico-sintática.
5- Destacar a estrutura textual
Amarras Textuais
Eixos textuais
6- Aplicação dos contextos.
7- Comentário exegético - Aplicação
Comentário Exegético
Características
 
Objetivo final do trabalho exegético.
Um comentário do texto em análise teológica expondo o contexto. 
Considerar quem fala e a quem fala. 
É a união de todos os fatores da pesquisa, relacionando uns aos outros.
Comentário Exegético
Perguntas Necessárias referentes ao Texto.
1- Para que o texto foi escrito ?
2- Para quem ele foi escrito?
3- que quer ele comunicar ?
4- Que quer ele defender ou rejeitar ?
5- Qual seu ponto central ?
6- Quais são os elementos integrantes que corroboram a ideia central ?
7- Quais argumentos o texto apresenta para justificar suas ideias ?
 
Comentário Exegético
Perguntas Necessárias referentes ao propósito do texto na comunidade de Fé.
1- Qual relação entre os dois Testamentos ?
2- Qual assunto aborda sobre os grandes temas das escrituras ?
3- Qual papel para comunidade de fé ? 
 
Trabalho de Exegese
Texto: Mc 14. 3-9 Jesus ungido em Betânia
Contexto histórico, Contexto gramatical e aplicação. 
Observações 
Times New Roman 12
Espaçamento 1,5
Digitado
Entrega: 24 de Abril 2021
Executando Dois passos fundamentais para exegese de 
2 Co 8.1-5
Análise do contexto histórico e contexto gramatical e Aplicação.
Desvendar o contexto histórico, utilizando relatos bíblicos e extra-bíblicos
.
O apelo do Apóstolo Paulo: No ano de 41 a 54 D. C. é um período do império Romano, conturbado, sob a liderança do Imperador Claudio. São Quatro períodos de escassez completa de alimentos em Jerusalém e na Síria, que estavam relativamente próximas.
O período narrado em Atos 11.27-30, parece ser o período de baixa colheita e má administração, por parte do império, o que faz então com que fossem estabelecidos três anos de fome intensa Em Jerusalém e por conseguinte em toda Judeia.
Por Causa da fome, surge um movimento por parte das igrejas gentílicas, iniciado com a igreja de Antioquia da Síria, que envia presbíteros, Saulo e Barnabé, Com as ofertas para ajudar as igreja da Judeia e de Jerusalém.
Entretanto esta não foi a única vez, parece que as igreja criaram uma espécie de esforço conjunto sob a liderança de Paulo, para arrecadar, administrar e socorrer. 
Introdução.
Após a revelação do Contexto da situação, Paulo apresentará aos coríntios, o Exemplo das igrejas da Macedônia.
Observações contextuais: 
A disputa etnica entre coríntios e Macedônios
Quais são a igrejas macedônias ?
Às igrejas da Macedônia revalam os princípio da contribuição financeira para o Reino de Deus. 
Estas igrejas revelam qual a condição do coração daqueles que contribuem para o Reino de Deus e avanço do evangelho. 
Aplicação gramatical e contextual
O Exemplo dos irmãos da Macedônia 2 Co 8: 1.
1- A Contribuição financeira, revela que a Graça de Deus está sobre a vida do discípulo e a vida da Igreja v.1 . 
2- Para Paulo a nossa contribuição é resultado da Graça de Deus. Por isso que a vida financeira revela o conteúdo da minha fé. Pessoas que não contribuem com nada, que possuem dificuldade de manter sua fidelidade a Deus mês a mês, revelam que nada tem recebido, e que provavelmente nunca experimentaram da Graça. 
3- Quanto mais liberal, quanto mais desejoso em doar, é um profundo sinal de que a Graça de Deus está abundante na vida desta igreja e deste discípulo. 
A benção de Deus é vista na minha vida, não pela quantidade de bens e valores que possuo, mas pela quantidade de bens e valores da minha contribuição e solidariedade.
Benção para o evangelho, não está relacionado ao que possuo, mas ao que estou disposto a compartilhar. 
Aplicação gramatical e contextual.
O Exemplo dos irmãos da Macedônia 2 Co 8: 2.
1- A sua condição financeira, não é um motivo diante de Deus para não ser fiel em sua contribuição v.
 2- Paulo propõe quebrar dois motivos que muitos usam para não contribuir: 1- Tribulação: Muitos deixam de contribuir por estarem vivendo dias difíceis em qualquer área, mas Os macedônios mesmo diante da dor, permaneceram felizes em compartilhar.
2- Pobreza- A falta de recusos não é um motivo para não contribuir. Os macedônio em profunda pobreza, venceram a pobreza com superabundância de riqueza em generosidade. 
Qual o motivo da ausência de fidelidade em minha contribuição para Igreja? Não é a falta de dinheiro, mas falta de gratidão e solidariedade, pois pessoas em condição pior que a sua, contribuem. ENTÃO O PROBLEMA NÃO É O DINHEIRO É O CORAÇÃO. 
O Critério básico para contribuir financeiramente com a igreja não é ter em excesso. O critério básico para contribuir com a igreja é um coração consciente e mui Grato por toda dádiva que tem recebido de Deus em Jesus Cristo. 
Aplicação gramatical e contextual.
O Exemplo dos irmãos da Macedônia 2 Co 8: 3.
3- A contribuição financeira para igreja exige o princípio da voluntariedade e não da obrigatoriedade. v.3-5
Os macedônios mostraram que um espírito voluntário é melhor que um espírito obrigado, pois os voluntários contribuem com alegria com o que tem e acima do que tem. Aquele que é obrigado sempre contribui especificamente com o valor que ele estabeleceu, nunca há superabundância sempre há limitações. 
A instrução do Espírito do Evangelho é por uma prática voluntária e amorosa. Nenhuma dinâmica do evangelho funciona em um ambiente de obrigação, pois a voluntariedade pressupõe adoração e serviço.
Aplicação Gramatical e contextual.
O Exemplo dos irmãos da Macedônia 2 Co 8: 3.
3- Qualidades da voluntariedade. v.4
1- Qualidade: Voluntário é pro-ativo: “pedindo-nos com muitos rogos”. Ele não espera ninguém pedir a ele para realizar determinada tarefa, ele perceber a necessidade e faz. Isto a nível de contribuição, onde pessoas não precisam ficar sendo lembradas o tempo todo da nacessidade de contribuição, prontificam-se a doação. 
2- Qualidade: Valorização da comunhão: “A Graça de PARTICIPAREM” A Palavra participarem é koinonia, revelando que comunhão é um compromisso financeiro com a igreja e os irmãos. Para muitos, a comunhão é um ato superficial de saudação e conersa, para o ap: Paulo koinonia, é envolvimento e responsável. Gente que se envolve e se compromete com a contribuição voluntária. 
3- Qualidade: A contribuição vista como um ministério: “da assistência dos Santos” A palavra grega para assistência é Diakonia. Revelando que a contribuição financeira é um ministério, e uma realização ministerial. 
Aplicação gramatical e contextual.
O Exemplo dos irmãos da Macedônia 2 Co 8: 3.
3- Qualidades da voluntariedade. v.4
4- Qualidade: Consagração: E não somente fizeram como nós esperávamos, mas também deram-se a si mesmo primeiro ao Senhor, depois a nós, pela vontade de Deus: Os verdadeiros voluntários, são discípulos do Senhor Jesus, que possuem uma vida de intimidade com o Senhor e por isso são guiados por ele para assistirem as necessidades da igreja e do corpo de Cristo em suas variadas atuações. 
Definição e pressupostos
Meio por excelência através do qual Jesus procurava veicular seus ensinamentos.
Parábolas
Parte expressiva dos ensinos pedagógicos de Jesus. 
Ensinam sobre uma Ação e não uma teoria.
Propõe mudar a opinião dos ouvintes-leitores.
A Experiência como potência de persuasão
Definição e pressupostos
Algumas características formais das Parábolas.
Fórmulas Introdutória:
Modelo de referência ao Reino dos Céus em construção dativa. Mt 13. 24-50 	“o reino de Deus é semelhante...”
 ὡμοιώθη ἡ βασιλεία τῶν οὐρανῶν 
“A que compararei o reino de Deus ? É semelhante a...” Mc 4:30
Início com um advérbio “quando” Mc 13. 28
Interpelação direta aos ouvintes com perguntas do tipo: “Quem dentre vós...?” Lc 15.4
Emprego de cláusulas condicionais: “se um homem tiver cem ovelhas...” Mt 18.12
Início em nominativo: “Um semeador saiu a semear...” Mc 4.3
Definição e pressupostos
Algumas características formais das Parábolas.Outras Fórmulas:
“Em parte elas se limitam a secção da imagem, em parte acrescentam uma breve comparação ou uma interpretação desenvolvida, e em parte terminam com um imperativo , com uma pergunta ou uma sentença doutrinal.”
Usa-se a lei da repetição – Varias sementes caem no caminho, duas vezes o filho pródigo confessa sua culpa, três tipos de convidados negam o convite a ceia.
A Narrativa termina abruptamente após atingir seu clímax. Não há o relato se a figueira estéril voltou a dar frutos, ou se o irmão mais velho voltou a reconciliar-se com o mais novo , no filho pródigo.) 
Definição e pressupostos
Lucas 10. 25-37
Construída a partir do diálogo
Não enfatiza função ética somente.
O Ponto central é a pergunta sobre o que fazer para herdar vida eterna.
Lucas 10. 25-37
		 A Organização textual
			 O Teste
(1) Doutor – (Perg 1) Que preciso fazer para herdar a vida Eterna ?
 (2) Jesus – (Perg 2) Que diz a Lei ?
 (2) Doutor – (Resp a 2) Amarás a Deus e teu próximo?
(1) Jesus – (Resp a 1)Faze isto e viverás ?
Lucas 10. 25-37
		 A Organização textual
			 A Justificativa
(1) Doutor – (Perg 1) Quem é o meu próximo ?
 (2) Jesus – (Perg 2) Um certo homem descia...
		Qual desse três se tornou o próximo?
 (2) Doutor – (Resp a 2) Aqueles que demonstrou misericórdia para com ele
(1) Jesus – (Resp a 1) Vai e continua fazendo da mesma forma 
O Questionamento V.25
Καὶ ἰδοὺ νομικός τις ἀνέστη ἐκπειράζων αὐτὸν λέγων· διδάσκαλε, τί ποιήσας ζωὴν αἰώνιον κληρονομήσω; 
			Palavras Chaves
νομικός- Mestre da Lei
Ποιήσας – Particípio, aoristo- Farei
ζωὴν αἰώνιον – Vida Eterna 
Κληρονομήσω – Indicativo, futuro – Herdar
Não qualquer fundamento lógico ou teológico neste pergunta, pois o conceito básico de herança é dádiva e não busca própria.
O Questionamento V.25
Conceito de Herança no A.T.
Dádiva de Deus, em benefício a Israel por meio da Graça.
Após o período do A.T. A frase “Herdar a Terra” é aplicada a salvação, na era vindoura.
O único meio de obter este benefício seria mediante o cumprimento da Lei.
Herança como dádiva
Herança como 
cumprimento da Lei
O Questionamento V.25
26-ὁ δὲ εἶπεν πρὸς αὐτόν· ἐν τῷ νόμῳ τί γέγραπται; πῶς ἀναγινώσκεις; 
Palavras Chave
ἐν τῷ νόμῳ τί γέγραπται –Ind. Perf. O que foi escrito na lei ? Ou está...
πῶς ἀναγινώσκεις – Ind. Pres. Como interpreta? Ou Como lês ? Posso ouvir a exposição das suas autoridades ? Como recitas ( na adoração) ?
 Isto explica porque o doutor da lei começa a citar o credo.
 
O Questionamento V.25
27- A isto ele respondeu: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. 
A união de Dt 6.5 e Lv 19.18- Formação de uma tradição, historiadores indicam a sua presença em alguns círculos rabínico dos tempos de Jesus. Entretanto, Jesus afirma como sua. 
A resposta do doutor da Lei não é coerente, pois um mestre da lei responderia : “Observar a lei”. Mas sua resposta é um teste a lealdade de Jesus a Lei. 
O Questionamento V.25
28 - εἶπεν δὲ αὐτῷ· ὀρθῶς ἀπεκρίθης· τοῦτο ποίει καὶ ζήσῃ.
Palavras chave
τοῦτο ποίει(Pres. Imp) καὶ ζήσῃ(Ind. Fut.)- Faze(fazendo) isto e viverás.
O Mestre da Lei têm a teologia certa, e a prática? ele está disposto a agir da maneira correta?
Jesus amplia a discussão para vida toda. Este futuro imediato (viverás) como o presente imperativo (continua fazendo), dizem a respeito de um estilo de vida sem fim , que requer amor irrestrito e ilimitado a Deus e ao próximo.
O Questionamento V.25
A Lei citada, mostra-se dentro da impossibilidade do cumprimento. Em suma, a pergunta de Jesus é: Você quer fazer algo para herdar a vida eterna ? Muito bem, tão somente ame a Deus e a seu próximo continuamente com a totalidade de tudo que você é. 
As afirmações não são restritas ou limitadas a códigos e práticas, mas expressa uma amplitude impossível de ser alcançada, devido a incapacidade humana de cumprir a lei. 
A Justificação
Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo? Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto. Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo. Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo. Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele. E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele. No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar. Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.
A Justificação
Ele desejando justificar-se, disse: quem é o meu próximo ?
O Mestre da Lei ainda espera fazer alguma coisa para ganhar a vida eterna.
A Pergunta não contém uma resposta e não deveria ter sido feito, pois o amor não começa definindo seus objetos: ele os descobre.
Controvérsia do Próximo.
A Justificação
 
O Doutor da lei não sabe que somente por misericórdia ele pode viver e herdar a vida eterna. Ele não quer viver por misericórdia. Ele nem sabe o que é isso. Ele de fato vive por algo bem diferente de misericórdia; pela sua própria intenção e capacidade de se apresentar como Justo diante de Deus.
	Barth.
A Justificação
 
Levita – Pronto socorro inicial
Sacerdote – Poderia ter conduzido o homem a um lugar seguro.
Os salteadores – Tiram-lhe tudo e lhe deixa semimorto. 
O samaritano - Presta o pronto socorro inicial.
O samaritano – Conduz o Homem a um lugar seguro.
O samaritano – responsabiliza-se por todos os gastos. Durantes e depois.
A Justificação- Cena 1- Salteadores 
O perigo do caminho feito pelos peregrinos. Adversidade e possibilidade constantes de assaltos nesta localidade.
A dificuldade do reconhecimento pela sua fala ou pela indumentária, pois o homem encontra-se em um estado de impossibilidade.
A Justificação- Cena 2- Sacerdote 
O sacerdote continha o mesmo potencial de serviço do Samaritano. 
 Condução e disposição.
A Impossibilidade de assumir tal serviço, verifica-se pelo fato dos códigos orais da lei, que o impedia de realizar a tarefa.
Um ato de impureza o conduziria a um estado de incapacidade no cumprimento de seu sacerdócio. 
A Justificação- Cena 3- Levita 
Levita – Pertencente a uma classe inferior em comparação ao sacerdote. 
 
Diferente do sacerdote o levita não tem a preocupação com códigos excessivos de purificação, mas sua preocupação está relacionada ao seu maioral. O Ato de se atirar agora a essa tarefa seria uma espécie de afronta ao seu superior, uma acusação implícita contra ele, de desumanidade e dureza de coração
O levita ao prestar socorro, não teria condição de carregar o homem, mas teria que fazer companhia até alguém capaz chegar.
A Justificação- Cena -2,3- Conclusão 
 O sacerdote tinha capacidade suficiente para socorrer, porém decide colaborar com os salteadores, promovendo o sofrimento do homem.
O levita, ainda que um pouco restrito, tinha a capacidade de ajudar o homem, mas decide colaborar para com seu sofrimento.
Negligência
A Justificação- Cena 4- Samaritano 
Os Samaritanos eram odiados e rejeitados ao ponto de ressaltarem tal verdade em escritos
Os samaritanos eram publicamente amaldiçoados nas sinagogas; diariamente eram feitas petições a Deus para que os samaritanos não fossem participantes da vida eterna.
Mishna: Aquele que come pão com samaritanos é como aquele que come a carne de suínos
AJustificação- Cena 4- Samaritano 
Essa Estória de Jesus, provoca em seu auditório um espanto, pois propõe um samaritano como herói, enquanto os líderes religiosos como comparsas do crime.
A Justificação- Cena 4- Samaritano 
ἐσπλαγχνίσθη,
 (Lc 10:33) Aoristo, Ativo.
Teve compaixão, compadeceu-se
“Relação entranhável”
Tanto em grego como semítico, esta palavra significa uma relação profunda. Não aparente e hipócrita, mas com uma profundidade permanente de compaixão e misericórdia.
A Justificação- Cena 4- Samaritano 
Samaritano
Não eram Gentios, mas obedeciam a mesma Torá.
Desfrutam do mesmo padrão interpretativo sobre o próximo.
Possibilidade da impureza ritualística.
Alcançando os Bens.
Possibilidade de sofrer retaliação da família, amigos e do próprio do judeu socorrido.
Cena 5 – Os primeiros Socorros. V.34
Pensou-lhes os ferimentos.
O Samaritano é identificado com os atos de Deus na linguagem profética. Principalmente pela proposta de atar a Ferida, em Processo de cura e limpeza. 
Oséias 6.1-10 leitura. 
O Samaritano será visto como um instrumento de Deus para a restauração do ferido. Por isso, nesta parte, o Samaritano, possui contornos messiânicos, pois, por meio de um instrumento frágil e duvidoso, o Senhor, Restaura o abatido. 
Cena 5 – Primeiros socorros. V.34
A Imagem litúrgica com as seguintes palavras: 
A) Derramar ou aplicou-lhes: Este verbo está associado ao sacrifício de Libação que ocorria no Templo. 
B) Óleo e Vinho – São instrumento litúrgicos, pois não eram usados comumente para feridas externas. Eram usados no templo para simbolizar o sacrifício e a adoração. 
C) O princípio Profético: Durante séculos soou o clamor para o povo ir além dos rituais , e fazer um esforço para reagir adequadamente ao que Deus havia feito em seu favor. Oséias 6.6 e Miquéias 6.7-8.
Após levita e Sacerdote falharem na execução do sacrifício vivo, isto é, demonstração de um amor abnegado. O samaritano oferece o verdadeiro sacrifício, no lugar esperado, na ferida do doente. 
É o samaritano quem derrama a verdadeira oferta aceitável a Deus. 
Cena 6 – Transporte para Estalagem. V.34
Dois atos de compaixão e coragem são demonstrados.
1- Ato – A disposição em servir – Colocar um desconhecido em seu cavalo ou em seu animal de carga, era visto como repugnante. Apenas os escravos andam ao lado, enquanto os seus senhores cavalgam. O Samaritano propõe o serviço.
2- Ato – Coragem e comprometimento.- A lei da retaliação era um instrumento legal para promover a justiça. Entretanto, em alguns círculos do oriente, esta lei era levada ao ponto da irracionalidade. Então, qualquer pessoa que fora vista perto de um homicídio ou algo do tipo, seria a primeira a sofrer retaliação. Isto é, preço de sangue, em si ou nos parentes próximos. O samaritano arrisca sua integridade e de sua família, por um ato de compaixão. 
Cena 7 – Estalagem. V.35
O Samaritano completa a ação de compaixão. – Ele hospeda o Homem, volta para acertar as contas do presente e do futuro. O homem não se tornaria escravo do dono da hospedaria por falta de pagamento, pois, ele estava recebendo os cuidados do Samaritano.
Conclusão.
1- Preciso tornar-me próximo de qualquer pessoa que esteja em necessidade. Cumprir as leis significa que preciso estender-me em compaixão dispendiosa para todas as pessoas, até para os meus inimigos. Este padrão continua válido, mesmo que eu nunca o alcance. Não posso me justificar e ainda alcançar a vida eterna.
2- Esta parábola torna claro que qualquer tentativa de justificação está fadada ao fracasso. O padrão é elevado demais. A vida eterna não pode ser adquirida pelo esforço próprio. 
3- No entanto , a parábola estabelece um padrão ético pelo qual se deve lutar, embora ele não possa ser alcançado totalmente. À semelhança da ordem de “ser perfeito,” o padrão permanece, mesmo que em sua expressão mais plena ele seja impossível de atingir.
Conclusão.
4- O Samaritano, um estranho odiado, demonstra amor compassivo. Desta forma a parábola é um ataque mortal contra os preconceitos comunais e raciais.
5- Para Jesus o amor é algo que você sente e faz.
6- A parábola nos apresenta um conceito dinâmico do próximo. A pergunta: “Quem é o meu próximo?” é reformulada para “ de quem preciso me tornar o próximo?” e a resposta, então, é : qualquer pessoa que se encontre em necessidade, até mesmo um inimigo. 
7- A soberania de Deus não está limitada pela liderança oficial da comunidade dos fiéis. Quando essa liderança fracassa Deus ainda tem liberdade para escolher novos agentes, como o fez com Amós, para expressar Sua salvação. 
8-Essa passagem faz uma afirmação a respeito da salvação. A salvação acontece para o homem ferido na forma de uma demonstração dispendiosa de amor inesperado. No processo, ela parece fazer uma declaração acerca do salvador. Cuidadosamente sugerimos que Jesus, o estranho rejeitado colocou-se no papel do samaritano, que aparece dramaticamente em cena para atar as feridas do sofredor, como único agente da dispendiosa demonstração do amor inesperado de Deus.

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