Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
hermenêutica Profª: Raisa Polo: Campinas- SP INSTITUTO TEOLÓGICO QUADRANGULAR IGREJA DO EVANGELHO QUADANGULAR O QUE É HERMENÊUTICA ? 1.Ciência, técnica que tem por objeto a interpretação de textos religiosos ou filosóficos, esp. das Sagradas Escrituras. 2.Interpretação dos textos, do sentido das palavras. QUAL OBJETIVO ? Compreender e conceituar; Fazer relações textuais; Analisar historicamente e geograficamente as passagens bíblicas; Capacitar o aluno para interpretar a bíblia corretamente. CAP. 1 – POR QUÊ PRECISO SABER HERMENÊUTICA? Para conhecer o que REALMENTE DIZ a palavra de DEUS; Para não passar adiante uma interpretação errada da BÍBLIA . DEFINIÇÕES HERMENÊUTICA TEM ORIGEM GREGA QUE SIGNIFICA “ INTERPRETAÇÃO” EXISTE UMA REFERÊNCIA AO DEUS GREGO HERMES QUE ERA CONSIDERADO O MENSAGEIRO DOS DEUSES OLÍMPICOS; COMO DISCIPLINA, É TIDA COMO A CIÊNCIA DA INTERPRETAÇÃO NÃO APENAS PELA TEOLOGIA, MAS TAMBÉM PELA FILOSOFIA, LITERATURAS, ETC. DENTRO DA GRADE ACADÊMICA A HERMENÊUTICA FAZ PARTE DO GRUPO DAS DISCIPLINAS CHAMADAS DE TEOLOGIA PRÁTICA, INDISPENSÁVEL AO TRABALHO DO EXEGETA E DO PREGADOR. DEFINIÇÕES EXEGESE ESSA PALAVRA VEM DO GREGO E BASICAMENTE SIGNIFICA : EXPLICAR, INTERPRETAR,RELATAR, TIRAR PARA FORA, EXTERIORIZAR,ETC... OBJETIVO: É POSSIBLITAR A COMPREENSÃO DO CONTEÚDO DO TEXTO DO JEITO QUE O AUTOR PRETENDEU COMUNICAR, TENDO A FUNÇÃO DE TRAZER O ENTENDIMENTO DAS ESCRITURAS COMO SE FOSSE O PRÓORIO AUTOR. A HERMENÊUTICA POR SUA VEZ TRAZ AS REGRAS E PRINCÍPIOS PARA ESSA INTERPRETAÇÃO. DEFINIÇÕES EISEGESE AO CONTRÁRIO DA EXEGESE, a EISEGESE consiste na adaptação do texto às ideias e opinião do interprete. Na eisegese, o interprete introduz no texto ideias e elementos que pretende atribuir ao escritor. A EISEGESE é o oposto da hermenêutica, pois é caracterizada por violar de forma grosseira as regras de interpretação. EXEMPLOS : EISEGESE EXEMPLOS : Dar ao texto um sentido que não tem. Ex: Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica. 2Cor.3:6. Observe que o que Paulo diz aos Coríntios não se trata de adquirir conhecimento, mas ele está falando da lei quando substituímos a palavra LETRA. Ele nos capacitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da LEI, mas do Espírito; pois a LEI mata, mas o Espírito vivifica. 2Cor.3:6. EISEGESE MAIS EXEMPLOS : Além de dar ao texto um sentido que não tem, a eisegese também pode : Ignorar o contexto; Desconsiderar a linguagem usada; Desprezar o propósito original do texto; Tirar conclusões ignorando os elementos ´próprios da cultura em que o autor está inserido, etc... AS FERRAMENTAS DO INTÉRPRETE QUAIS SÃO ELAS ? A BÍBLIA – Pelo menos duas versões diferentes. Compare os textos e sempre se pregunte o que Deus está me dizendo ? DICIONÁRIO BÍBLICO Auxilia nos termos com o sentido que tem no texto. CHAVE BÍBLICA OU CONCORDÂNCIA BÍBLICA Se trata de uma relação de palavras e assuntos importantes dispostos em ordem alfabética e seus respectivos endereços na bíblia. CAP. 2 – REGRAS FUNDAMENTAIS DA HERMENÊUTICA. A INERRÂNCIA DA BÍBLIA – 1. Que não erra, infalível. 2. Fixo; não errante. – Significa que a Bíblia é totalmente isenta de erros; quer no campo lógico ou no histórico. Ela é inerrante nos fatos que apresenta e nas doutrinas que declara. Afirmar que a Bíblia não contém erros é também reconhecer sua inspiração, autoridade e infalibilidade divinas. Jesus afirmou categoricamente: “A Escritura não pode falhar” (Jo 10.35). Dentro da inerrância bíblica temos : 1. Delimitação da perícope : Trata-se do processo pelo qual o texto a ser investigado é selecionado. Perícope em termos gerais é o extrato de um livro usado para sustentar uma tese. Para a exegese bíblica trata-se do texto bíblico escolhido para leitura ou pregação. 2. Análise semântica do texto : Basicamente é a análise do sentido que um termo tem dentro de um texto, ou seja, qual sentido recebe dentro da frase. Análise morfossintática Trata- se da análise dos vários elementos gramaticais contidos num texto. Ou seja, na morfologia vamos entender a estrutura e formação das palavras assim como sua classificação. Para isso é necessário um dicionário comum e um bíblico. Exemplo : Dentro da análise morfológica temos : 1. VERNÁCULO – 1.próprio de um país, nação, região. "língua v." 2. FIGURADO diz-se de linguagem correta, sem estrangeirismos na pronúncia, vocabulário ou construções sintáticas; É preciso levar em conta as regras do próprio idioma escritos na bíblia. Ex. Exemplo : Vamos analisar ? Muitas pessoas utilizam esse texto como mandamento por causa do termo “ examinais” como uma ordem de Jesus e usam o versículo como base para se afirmar a necessidade de estudar a bíblia. Porém, embora a intenção seja boa, não é isso que o texto quer dizer. Ex. Verbo conjugado na 2ª pessoa do plural do presente do indicativo (vós examinais) e não no imperativo (examinai) “EXAMINAI AS ESCRITURAS, PORQUE VÓS CUIDAIS TER NELAS A VIDA ETERNA, ELAS QUE DE MIM TESTIFICAM”. – Sendo assim Jesus está fazendo uma observação ( vocês examinam) e não dando um mandamento (examinem) Vamos relembrar ? 2. ª pessoa do plural: vós - Indica que existe mais do que um ouvinte. No singular “TU” no plural “vós” que também quer dizer “vocês” . O presente do indicativo é um tempo verbal utilizado para falar de uma ação que ocorre no momento da fala. No imperativo Um verbo no modo imperativo pode indicar ordem Análise morfológica 2. TERMOS ORIGINAIS – ANÁLISE Analisar as palavras em sua forma original. Os estilos literários São divididos em : 1. História ou narrativa – é o registro dos eventos ocorridos em um determinado lugar durante um determinado tempo. 2. Poesia – São textos escritos de forma poétic, não são textos explicativos ou de características didáticas. Ex. Sal.51. “quando diz que: em pecado me concebeu minha mãe” – Trata-se apenas de um lamento do salmista por ser pecador, não está ensinando que a concepção é pecaminosa. Os estilos literários 3. Profecias – São mensagens proclamadas por pessoas para falar com a autoridade de Deus. 4. Provérbios – ( Textos Sapienciais) – A principal característica de provérbios é o fato de tratar de questões práticas da vida. Os livros de Jó, provérbios, e eclesiastes são exemplos de literaturas sapienciais. Falam sobre valores morais, comportamento, autocontrole, relações familiares, etc... A literatura sapiencial normalmente fala das coisas da vida do dia a dia do povo e engloba a sabedoria popular (nascida do meio do povo). Estilos literários 5.Epístolas – São cada uma das cartas que compõem o Novo Testamento enviadas pelos apóstolos às comunidades da época. Ex: Filemom, Timóteo, e Tito. São divididas em : 1.Identificar os destinatários 2. Identificar o objetivo da epístola 3. Analisar o desenvolvimento Lógico da argumentação. Funções básicas da linguagem São divididas em : Função informativa; Função expressiva; Função diretiva. Funções básicas da linguagem 1. Uso Informativo – É uma linguagem da informação, da descrição, da notícia, e do ensino, ou seja, é quando alguém quer transmitir alguma informação. Ex. : João 4:22-24. Observem que a linguagem apresentada possuiuma função exclusiva informativa. Não há expressão de sentimento, ou mandamento. São apenas afirmações. Funções básicas da linguagem 2. Uso Expressivo – O uso expressivo da linguagem acontece quando existe a necessidade de exprimir emoções ou sentimentos. Ex. : Livro de Cantares e Salmos. ( existem outros). Gênesis 30:1-25. “Vendo, pois, Raquel que não dava filhos a Jacó, teve Raquel inveja de sua irmã e disse a Jacó: Dá-me filhos, senão morro.” Observe que a frase se trata apenas de um desabafo motivado pela inveja que sentia de Leia. Funções básicas da linguagem 3. Uso Diretivo – A linguagem diretiva é empregada sempre que se pretende causar uma ação ou impedi-la. Ordens e pedidos estão entre os exemplos mais habituais. Ex.: Os 10 mandamentos. “Honra a teu pai e a tua mãe”... “Não matarás”... “Não adulterarás”... “Não furtarás”. Cap. 3 – Relações textuais e síntese teológica Neste capítulo estudaremos 3 importantes processos para se compreender um texto. 1. Relações Intratextuais; 2. Relações Intertextuais; 3. Síntese Teológica. Cap. 3 Relações textuais e síntese teológica 1. Relações Intratextuais; É como chamamos a correspondência que existe entre o trecho do texto que escolhemos para ler e o restante do livro em que o trecho está inserido. 1. Leia João 3:1-7 e com o auxilio de ferramentas procure Cap. 3 A) Relação Intratextual: O livro de João é todo voltado a respeito de Jesus Cristo, o Filho de Deus e os que o recebem tornam-se também filhos de Deus e eternos como Ele. O livro relata várias experiências de Jesus, mas todas com o mesmo fundamento, a ideia de algo velho sendo substituído pelo novo. Como foi o caso da água da purificação do cerimonial sem judaico sendo substituída pelo vinho novo, o templo antigo é demolido e por Cristo edificado um novo. O mesmo acontece na conversa entre Nicodemos e Jesus, onde Ele fala do novo nascimento, que temos que morrer para a carne e nascer para o Espírito. Cap.3 Relações textuais e Síntese teológica B) Relação Intertextual: É a conexão que existe entre o texto analisado e textos de conteúdos analógicos ou que ofereçam esclarecimento sobre uma ideia ou tema da perícope. Em João 3:1-7 Jesus fala a Nicodemos sobre o nascimento no Espírito, o batismo com e no Espírito Santo, que precisamos morrer para a carne para podermos ter a vida eterna com Cristo, e em alguns versículos bíblicos vemos essa relação, que só em Cristo realmente viveremos e teremos a vida Eterna, como em: Gálatas 2:20, Efésios 2:5, I João 5:1, I João 5:18, João 1:13. Cap.3 C) Síntese Teológica do Texto analisando as frases: Bem sabemos que é mestre vindo de Deus: Trata-se da composição teológica da tese a partir dos conceitos teológicos achados no texto escolhido. (perícope). Nessa frase vemos que Nicodemos reconhece a soberania de Jesus, como filho de Deus, porque ninguém poderia realizar os milagres que Ele realizava ninguém poderia transformar vida, levantar paralíticos e curar os cegos como Ele curava se não tivesse a presença de Deus. Analisamos que na afirmação de Nicodemos ‘sabemos’ ele diz com total dependência e confiança de que Jesus era filho do Senhor, com total convicção de que por parte d’Ele viria à salvação para a humanidade, viria o socorro e que ele poderia crer que Jesus era o redentor da nossa alma, mas para ter salvação devemos nos entregar para Cristo...etc... Cap. 4 Análise histórico- geográfica COMPREENDENDO A HISTÓRIA. Porque precisamos compreender o contexto-histórico-geográfico? O conhecimento histórico e geográfico auxilia o homem a compreender o que ele construiu ao longo de sua existência e o que as sociedades legaram em termos intelectuais, culturais e materiais. Cap. 4 Análise histórico- geográfica Ex.: Mateus 22:15-22 https://www.bibliaonline.com.br/acf/mt/22/15-22 Situação – aquele ambiente era político-religoso. Para os romanos, a prática da religião nativa seria reconhecida se esta representasse um instrumento do estado. O culto deveria ser um dever cívico, Porém considerar a religião como instrumento do estado e a adoração um dever cívico sob os romanos, significava admitir a ideia de que Cesar governava a divindade da nação dominada. Para os judeus, entretanto, era Deus quem concedia a César o poder. Cap. 5 Análise sociocultural A análise sociocultural da bíblia é feita através de vários aspectos e valores da sociedade como por exemplo : 1. A organização política; 2. A cultura; 3. A religião, etc... ...Tudo que compõe o pano de fundo dos textos bíblicos. Cap. 5 Análise sociocultural Demonstração da importância de se conhecer o contexto. Tomaremos a família como objeto de análise. Levando em consideração que a família é de grande relevância na formação da sociedade bíblica, é preciso termos algumas informações sobre esse assunto, para entendermos determinadas passagens bíblicas. Vejamos alguns exemplos : Cap. 5 Análise sociocultural 1. O casamento – Começava com um noivado que durava cerca de 1 ano; O noivo pagava o pai uma quantia em dinheiro e o valor era estabelecido pelo pai da noiva, isso era uma forma do noivo comprovar a compatibilidade econômica entre as duas famílias; As celebrações nupciais duravam cerca de 7 dias, podendo de estender por semanas; O ato conjugal acontecia já na 1ª noite, e como prova da perca da virgindade da moça os lençóis precisariam estar manchados de sangue. Durante o período de noivado, a noiva deveria viver com o noivo...etc Cap. 5 Análise sociocultural 2. A poligamia – Quando Deus instituiu o casamento decretou a monogamia; Porém a partir de Lameque, a poligamia passou a ser praticada, e sistemas legais procuravam estabelecer limites quanto ao número de esposas; Em Israel, o Talmude estabelecia 4 mulheres para cada homem, no entanto na bíblia mostram que essas regras não foram cumpridas, como por ex. Gideão, Davi, Salomão e outros; A Torá reconhecia a bigamia como ato legal, além das esposas existiam também as concubinas ( geralmente eram as criadas, escravas dadas como dotes pelos pais às noivas. Algumas concubinas eram providenciadas pelas esposas quando a esposa era estéril como meio de prover filhos ao marido, Era quase uma maldição um casal não poder gerar filhos. Ex.: de Sara, Agar e Abrãao. Sara não pode ser julgada pelas regras e costumes do séc. 21, mas pelas regras e costumes do seu tempo. Cap. 5 Análise sociocultural 3. Autoridade Paterna – A autoridade do marido e pai era absoluta; A função marido-pai era tão importante que a páscoa era conduzida apenas por ele; O marido era o celebrante da família. Cap. 5 Análise sociocultural Compreendendo as estruturas políticas. É importante destacar o fundo político daquela época. O que os motivavam? Existiam disputas territoriais ? Povos inimigos ? Nos dias de Jesus, por exemplo, a Palestina era um país ocupado, porém viviam sob a dominação dos romanos que conquistaram a região em 65 a.C. Apesar da dominação, os romanos consentiam que os povos conquistados mantivessem os regimes a que estavam acostumados. Cap. 5 Análise sociocultural Por dentro da cultura bíblica. 1. Quanto à higiene – Sua importância era mais religiosa do que estética. Os Judeus costumavam lavar as mãos diariamente, sobretudo antes das refeições, e tomavam banho sempre que iam ao supermercado ou qualquer lugar que entrasse em contato com muitas pessoas. Isso porque temiam o contato com “imundos” ( estrangeiros, doentes, animais, etc...) 2. Quanto à aparência – Os romanos não usavam barbas, mas para os Judeus tê-las era quase uma obrigação, gostavam dos cabelos fartos, porém para as mulheres era diferente, o uso do véu trazia valor moral significava submissão ao homem. Era imoral uma mulher mostrar seus cabelos, isso acontecia apenas para as prostitutas, e viúvas como forma de mostrar sua nova condição. Quando uma mulher era flagradaem adultério seu véu era arrancado e os cabelos raspados. Cap. 5 Análise sociocultural A religião como pano de fundo. Inicialmente, se tratando da religiosidade dos personagens bíblicos quando tratamos, por exemplo, da crença dos patriarcas de Israel no Antigo Testamento imaginamos logo a prática rigorosa de um monoteísmo consistente. Mas os hebreus eram henoteístas. Acreditavam na existência de vários deuses, mas achavam que apenas um (Javé) deveria ser cultuado. A transição do henoteísmo para o monoteísmo foi lenta e cheia de confrontos. Começou com os 10 mandamentos no Sinai, recebeu reforço com os eventos em que o confronto de deuses estava por trás de grandes duelos entre devotos narrados no A.T., como o que houve entre Elias e os profetas de Baal e se consolidou durante o cativeiro babilônico. Cap. 5 Análise sociocultural No Novo Testamento o monoteísmo é uma realidade. O povo para quem Jesus veio era extremamente supersticioso, pois acreditavam em fantasmas, como seus próprios discípulos, anjos que moviam águas, reencarnação, etc. Cap. 6 Recursos Retóricos O QUE SÃO ESSES RECURSOS ? RECURSOS RETÓRICOS Recursos de Retórica são opções de uso, seletividade ou supressão e formas construtivas que tornam o discurso eficaz. Dentro dos recursos retóricos nós temos : Cap. 6 Recursos Retóricos 1 – FIGURAS DE LINGUAGEM – São recursos que se utilizam de símbolos como meio de tornar eficaz a comunicação de uma determinada ideia. 1.1 – Metáfora – É uma forma de linguagem em que por analogia, dois objetos ou fatos trazem em si as mesmas propriedades. Ex. : “ Quando Jesus se compara com a videira (João 15:1) está comunicando que, por analogia, possui as mesmas propriedades da planta. É próprio da videira (tronco) servir os galhos com a seiva vitalizante para que produzam frutos. 1.2 – Metonímia - É uma figura de linguagem ou de palavra caracterizada pela substituição de um termo por outro, havendo entre eles algum tipo de ligação. Desse modo, pode haver a substituição de parte pelo todo, qualidade pela espécie, singular pelo plural, matéria pelo objeto, indivíduo pela classe, autor pela obra. EX. : “ Quando Jesus afirma que Pedro não teria parte com Ele se não lhe permitisse lavar- lhe os pés. Ali estava se referindo à purificação da alma. No verso “O sangue de Jesus, seu filho, que nos purifica de todo pecado” (1João 1:7) o autor não está se referindo à substância do sangue, mas a morte realizada na cruz. Cap. 6 Recursos Retóricos 1.3 Sinédoque - É uma figura de linguagem caracterizada pela substituição de um termo por outro, ocorrendo uma redução ou ampliação do sentido desse termo. Ex. : Usando essa figura Paulo escrevendo aos Coríntios, fala da ceia do senhor com os seguintes termos: “ Todas as vezes que...beberes este cálice” (1cor. 11:26) querendo afirmar do conteúdo do cálice”. 1.4 Prosopopéia – É atribuição de feitos e ações de pessoas a coisas inanimadas. Paulo nos oferece outro exemplo: ao perguntar “onde está ó morte, seu aguilhão” (1cor.15:55), parece que está falando com uma pessoa. Outro exemplo em Salmos. EX.: “ O amor e a fidelidade se encontrarão; a justiça e a paz se beijarão. A fidelidade brotará da terra...” (sal. 85:10-11). Cap. 6 Recursos Retóricos 1.5 Hipérbole – É o exagero, seja no engrandecimento ou diminuição na descrição de alguma coisa. Ex. : “ as cidades são grandes e fortificadas até o céu” (Num. 13:13) 2. AS ALEGORIAS - Uma alegoria é um dos estilos de figuras de linguagem de uso retórico e que produz uma virtualização do real significado, não se atendo apenas ao sentido literal da obra, mas se aprofundando em outros sentidos. 2. 1 – Parábola – É uma pequena narrativa que usa alegorias para transmitir uma lição moral. As parábolas são muito comuns na literatura oriental e consistem em histórias que pretendem trazer algum ensinamento de vida. Possuem simbolismo, onde cada elemento da história tem um significado específico. Ex.: Parábola do filho pródigo, parábola dos talentos, parábola do semeador, parábola do trigo e do joio, etc. Cap. 6 Recursos Retóricos 2.2 Fábula - A fábula é uma narrativa de caráter ficcional e que usa a alegoria para construir seus sentidos. Os animais, que são personagens, possuem características humanas, como a ganância, a preguiça, a inveja, a sabedoria, a astúcia etc. Por meio dessas características, as personagens movimentam-se e a história desenrola-se, levando à construção de um ensinamento. 3. HEBRAÍSMOS - Conjunto de atividades ou de maneiras próprias dos hebreus ou judeus. Palavra que define a cultura do povo Hebreu, com seus costumes e expressões. Linguagem própria do povo Hebreu. Expressão cultural, costume do povo Hebreu. Ex: (Jó: 13.14: "Por que razão tomaria eu a minha carne com os dentes"......, esta expressão, dentro do "Hebraismo" (que é uma linguagem própria do povo Hebreu, sua forma cultural) tem o seu significado como : Por que razão estarei preocupado com o meu futuro, ou estarei eu ansioso, preocupado com o amanhã? Ou estarei com medo da morte? Cap. 6 Recursos Retóricos 3.1 – Os que indicam posse. 3.2 – Os que indicam Contraste. 3.3 – Os que indicam felicidade e Suficiência. 4. Tipologia - A tipologia é um tipo especial de simbolismo. (Um símbolo é algo que representa outra coisa.) Podemos definir um tipo como um "símbolo profético" porque todos os tipos são representações de algo ainda futuro. Mais especificamente, um tipo nas Escrituras é uma pessoa ou coisa no Antigo Testamento que prenuncia uma pessoa ou coisa no Novo Testamento. Cap. 7 A Exegese e seus aplicativos 1. CONCLUSÃO LITERAL Trata-se da compreensão exata, conforme a letra, do conteúdo escrito. É o primeiro resultado exegético. É quando conseguimos ler e entender, o tanto quanto possível, o que o autor original pretendeu comunicar. Cap. 7 A Exegese e seus aplicativos 2. CONCLUSÃO MORAL É a compreensão do apelo moral existente no texto. Quando fazemos a leitura de 1 Cor 11:2-16 sobre como as mulheres devem se apresentar a igreja, entendemos, num primeiro momento, que o uso do véu é necessário. É isto que , com exatidão está escrito no texto. Entretanto o uso do véu e a conservação dos cabelos representam apenas o aspecto formal da exigência moral presente no texto. O uso do véu para os Judeus era padrão de decência, descobrir a cabeça era a mesma coisa de tê-la raspado. Em nossa época são outros padrões de decência. Cap. 7 A Exegese e seus aplicativos 3. CONCLUSÃO PRÁTICA Trata-se do resultado final. É quando chegamos ao entendimento do que Deus quer. Como leitores da Bíblia, devemos aplicar com diligência os métodos e regras da hermenêutica, contudo, a leitura da Bíblia não é uma atividade meramente técnica e teórica. É, sobretudo, um contato com Deus. Uma atividade que estimula a virtude e sugere a transformação moral e espiritual se praticada. Analisar os links – você entendeu errado. https://www.youtube.com/watch?v=mV-2TDrxWhY -SALMO 23 - Você Entendeu Errado 6:54 https://www.youtube.com/watch?v=EyuJU71Jav8 ONDE 2 OU 3 ESTIVEREM REUNIDOS - Você Entendeu Errado 9:25 https://www.youtube.com/watch?v=u0islPSvZ_Q&t=427s O CRISTÃO MORNO - Você Entendeu Errado 11:10 https://www.youtube.com/watch?v=FR5bl5JRv0c O DIA DO SENHOR VEM COMO UM LADRÃO - Você Entendeu Errado 8:34 https://www.youtube.com/watch?v=v-SydxWO2DE FUJAM DA APARÊNCIA DO MAL - Você entendeu errado - Douglas & Saulo 10:54 https://www.youtube.com/watch?v=x7LPNnHiG9w A PALAVRA DE DEUS SE RENOVA - Você entendeu errado 11:01 https://www.youtube.com/watch?v=qo8JoiU-gPI DAVI: HOMEM SEGUNDO O CORAÇÃO DE DEUS - VOCÊ ENTENDEU ERRADO 7:24 Calendário para atividades e prova Prazo máx. até dia 05/09 – Para entrega DE TODAS AS AUTOATIVIDADES. Dia 12 – Última aula / PROVA.
Compartilhar