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↬ Pâncrea� ↫ Introdução: ● Glândula anexa da digestão; ● Glândula mista: endócrina e exócrina; ○ exócrina: suco pancreático (amilase, lipase, nucleases, tripsinogênio e quimiotripsinogênio); ○ endócrina: insulina, glucagon e somatostatina. Anatomia: ● Órgão retroperitoneal: está no espaço anatômico atrás da cavidade abdominal; ○ A cauda é intraperitoneal (é envolvido pelo peritônio); ● Localizado atrás do estômago e à frente da veia cava inferior, das veias mesentéricas e da coluna; ● Situado ao nível das vértebras L1 e L2; ● Dividido em quatro partes anatômicas: ○ Cabeça; ○ Colo; ○ Corpo; ○ Cauda; ● A cabeça está acoplada ao duodeno no lado direito; ○ o processo uncinado é uma projeção em C na parte inferior da cabeça do pâncreas; ○ em casos de câncer na cabeça do pâncreas, geralmente retira-se parte do duodeno pois estão acoplados; ● A sua cauda está acoplada ao baço no lado esquerdo e situa-se anteriormente ao rim esquerdo; ○ O ducto pancreático principal (ducto de Wirsung) começa na cauda do pâncreas e vai em direção à cabeça, aonde irá se unir com o ducto colédoco, o qual transporta bile do fígado até o duodeno, para formar a ampola hepatopancreática (ampola de Vater) que se abre na papila maior localizada na parte descendente do duodeno; ○ O ducto pancreático acessório (ducto de Santorini) que se abre na papila menor do duodeno e em geral tem conexões com o ducto pancreático principal; Vascularização: ● Artérias principais: ○ gastroduodenal: no sulco entre a cabeça do pâncreas e o duodeno; ○ esplênica: deriva diretamente do tronco celíaco; ● Aorta abdominal → Tronco celíaco + Artéria mesentérica superior + Artéria mesentérica inferior; ● Tronco celíaco → artéria esplênica + artéria hepática comum + artéria gástrica esquerda; ● Artéria esplênica → artéria pancreática dorsal + artéria pancreática magna + artéria da cauda do pâncreas + artérias gástricas curtas + artéria gastro-omental esquerda; ● Artéria hepática comum → artéria hepática própria + artéria gastroduodenal + artéria gástrica direita; ● Artéria gastroduodenal → artérias pancreaticoduodenais superiores (anterior e posterior); ● Artéria mesentérica superior → artérias pancreaticoduodenais inferiores (anterior e posterior); ● A vascularização do pâncreas provém principalmente dos ramos da artéria esplênica. Até 10 ramos muito curtos irrigam o corpo e a cauda do pâncreas. ○ através das pancreáticas dorsal, caudal e magna; ● As artérias pancreaticoduodenais são responsáveis pela irrigação da cabeça do pâncreas. ● Problemas na artéria gastroduodenal sangram muito - úlcera na primeira porção do duodeno sangra muito pois afeta essa artéria; ● Problemas na cauda do pâncreas ou na artéria esplênica, muitas vezes tem que tirar o baço também por causa da ligação anatômica; CIRCULAÇÃO VENOSA: ● A veia mesentérica superior é intraperitoneal (protegida pelo peritônio); ● Todas as veias do pâncreas drenam o sangue para o sistema porta que vai até o fígado, onde será filtrado e volta para o coração pela veia cava; Histologia: ● Glândula mista: ○ Secreção endócrina: insulina e glucagon (2%) - Ilhotas de Langerhans; ○ Secreção exócrina: suco pancreático (98%) - Ácinos serosos; ■ Liberado no duodeno através dos ductos pancreáticos principais e acessórios. ● Ilhotas de Langerhans: aspecto cordonal (as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos); ○ Células Alfa (25%): secretam glucagon; ○ Células Beta (60%): secretam insulina e amilina; ○ Células Delta (10%): secretam somatostatina; ○ Células PP (5%): secretam o polipeptídeo pancreático. ● Interação hormonal: ○ Insulina inibe glucagon; ○ Amilina inibe insulina; ○ Somatostatina inibe insulina e glucagon. Fisiologia: ● Insulina + Glucagon; ↣ Insulina: ● Características gerais da insulina: ○ Proteína pequena, importante para o controle da glicemia no organismo; ○ Formada por duas cadeias de aminoácidos: alfa e beta ou A e B; ■ São conectadas por meio de ligações dissulfeto; ■ Quando essas cadeias se separam, a atividade funcional da molécula desaparece; ■ Cadeia α: 21 aminoácidos; ■ Cadeia β: 30 aminoácidos; ● Síntese da Insulina: ○ Local: células beta pancreáticas; ○ Etapas: 1. Tradução do RNAm pelos ribossomos do retículo endoplasmático; 2. Formação da pré-proinsulina; 3. A pré-proinsulina é então clivada no retículo endoplasmático; 4. Formação da proinsulina (consiste em 3 cadeias de peptídeos A,B,C e ainda não possui atividade insulínica); 5. A maior parte da proinsulina é clivada no complexo de golgi para formar a insulina; 6. Formação da insulina, composta pelas cadeias A e B, liberando o peptídeo C. ○ O peptídeo C não tem atividade insulínica, porém ele se liga à estrutura de membrana (no receptor acoplado à proteína G) e promove a ativação de pelo menos dois sistemas: sódio potássio ATPase e óxido nítrico sintetase endotelial; ○ A medida dos níveis de peptídeo C por radioimunoensaio pode ser usada nos pacientes diabéticos tratados com insulina para medir a quantidade de insulina natural que ainda está sendo produzida; ○ Pacientes com diabetes tipo I, incapazes de produzir insulina, têm normalmente níveis diminuídos de peptídeo C; ● Meia vida da insulina: 6min; ● Com exceção da insulina que se liga aos receptores das células alvo, o restante é degradado pela enzima insulinase em cerca de 15min; ● Para que a insulina seja liberada pelas células𝛽 é preciso de um estímulo: ○ Glicemia alta: feedback negativo, aumenta insulina para que ela faça com que a glicose entre na célula e sua concentração sanguínea diminua; ○ Presença de aminoácidos: potencializam o estímulo da glicose sobre a insulina; ○ Hormônios gastrointestinais: secretina, gastrina e colecistocinina, peptídeos insulinotrópicos que potencializam o estímulo da glicose sobre a insulina; ○ Diabetogênicos ou hormônios hiperglicemiantes: aumentam a quantidade de glicose circulante (hormônio do crescimento, cortisol, adrenalina e noradrenalina); ○ Ação do sistema nervoso autônomo parassimpático: estimula a secreção da insulina - "fuga"; ○ Incretinas: hormônios produzidos pelo tubo gastrointestinal (quando o alimento ainda está no estômago). Se ligam às células β (podendo regenerá-las) e potencializam a liberação de insulina frente ao aumento da glicose; ■ GLP1: peptídeo semelhante ao glucagon 1; ■ GIP: polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose; ■ Obs.: injeções que imitam a ação do GLP1 aumentam a saciedade do diabético e são muito usadas no tratamento da DM tipo 2; ● Efeitos da insulina: ○ Lipogênico: síntese e armazenamento de lipídios; ○ Proteinogênico: síntese de proteínas; ○ Glicogênico: síntese de glicogênio; ○ Inibir a gliconeogênese no fígado; ○ Transportar glicose para dentro da célula; ● Receptores celulares de insulina: desencadeiam a entrada de glicose na célula através da insulina; 1. Para começar a exercer seus efeitos sobre as células alvo, a insulina, se liga e ativa um receptor protéico de membrana, que causa os efeitos subsequentes; 2. A insulina se acopla às subunidades alfa do lado externo da célula; 3. Isso desencadeia a auto-fosforilação de porções das subunidades betas; 4. Essa auto fosforilação das subunidades beta do receptor ativa uma tirosina cinase, que leva a fosforilação de diversas outras enzimas, inclusive das IRS (substratos do receptor de insulina); 5. Com isso, vesículas transportadoras de glicose (GLUT) são translocadas para a membrana celular e fundem-se com ela; 6. Com o GLUT já presente na membrana plasmática, a glicose entra na célula através dele. ● Transportadores de glicose: ○ GLUT 1 e 3: sistema nervoso central - insulino independente; ○ GLUT 2: células beta-pancreáticas (sensor de glicose no sangue), rins, mucosa intestinal e hepatócitos; ■ ação: ajuda a glicose a entrar na célula𝛽 → fosforilação da glicose → gera ATP → fecha os canais de K⁺ → abre os canais de Ca²⁺ → vesículas com insulina saem da célula; ■ insulino independente; ○ GLUT 4: músculos esquelético