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Apg 16: Anatomia, Histologia e Fisiologia do Pâncreas Objetivos OBJETIVO 1: Compreender a anatomia, histologia e fisiologia do pâncreas OBJETIVO 2: Relacionar os hormônios (insulina e glucagon) com o metabolismo da glicose OBJETIVO 3: Entender o funcionamento do corpo em estado de jejum e quando alimentado Pâncreas aspectos anatômicos Anatomia Macroscópica: ➔ É uma glandula acessória da digestão, retroperitoneal. ➔ Situa-se atras do estômago, entre o duodeno à direita e o baço à esquerda ➔ Possui de 15 a 20 cm ➔ Dividido em cabeça, colo, corpo e cauda ➔ Sua irrigação arterial tem origem principalmente nos ramos da artéria esplênica ➔ Varias artérias pancreáticas formam arcos com ramos pancreaticos das artérias gastroduodenal e mesentérica superior ➔ Os vasos linfáticos acompanham os vasos sanguineos ➔ A maioria dos vasos termina nos linfonodos piloricos ➔ Os nervos são derivados do vago e esplênico abdominopélvico ➔ Fibras simpaticas e parassimpáticas chegam ao pancreas ao longo das arterias do plexo celiaco e plexo mesentérico superior ➔ Fibras simpaticas e parassimpaticas são distribuidas para as celulas acinares e ilhotas pancreáticas ➔ As fibras simpaticas são secretomotoras, mas a secreção é mediada principalmente por secretina e colecistocinina Anatomia Microscópica: • O pâncreas é composto por aglomerados de célu- las epiteliais glandulares • 99% dos aglomerados chamados ácinos secretam o suco pancreático • 1% constitui as chamadas ilhotas pancreáticas (ilhotas de Langerhans) que formam a porção endócrina do pâncreas. • São vistas ao microscópio como grupos arre- dondados de células de coloração menos inten- sa • As ilhotas são constituídas de células poligonais dispostas em cordões • Células beta: produzem insulina e um outro peptídeo denominado amilina • Células alfa: produzem e secretam glucagon • Células delta: secretam somatostatina • Células PP ou células F: produzem polipeptídio pancreático fisiologia • Além das funções digestivas o pâncreas secreta 2 hormônios importantes: insulina e glucagon, os quais são cruciais para a regulação do metabolismo da glicose, dos lipídeos e das pro- teínas. • As ilhotas pancreáticas contêm células distinguidas entre si devido às suas características morfológicas e de coloração • As inter-relações estreitas entre esses tipos celulares nas ilhotas de Langerhans possibilitam a comunicação intercelular e o controle direto da secreção de alguns hormônios • Quando existe quantidades excessivas de alimentos energéti- cos na dieta (carboidratos) a secreção da insulina aumen- ta. Logo, ela desempenha um papel importante no armaze- namento do excesso de energia. Além disso, a insulina ar- mazena a energia em forma de glicogênio, principal- mente no fígado e músculos. Além disso o excesso de carboidratos que não pode ser reservado em forma de glico- gênio é convertido sob o estimula da insulina em gor- dura e armazenado no tecido adiposo. • O glucagon eleva o nível sanguíneo de glicose e a insulina reduz. A somatostatina atua de maneira parácrina para inibir a liberação tanto de insulina quanto de glucagon das células beta e alfa vizinhas. O glucagon é liberado quando a pessoa está em jejum, ou seja, quando a concentração sanguínea de glicose está baixa. Ele pode funcionar como hormônio circulante para retardar a absorção de nutrientes do sistema digestório. • A somatostatina inibe a secreção de GH • O polipeptídio pancreático inibe a secreção de somatostatina, a contração da vesícula biliar e a secreção de enzimas diges- tivas pelo pâncreas Regulação da glicose e ação dos hormônios pancreaticos Insulina: ➔ Sintetizada nas células beta ➔ Após sua secreção na corrente sanguínea circula em sua forma livre, com exceção da porção que se liga aos receptores das células alvo, o restante é degradado pela enzima insulinase, em sua maior parte no fígado e em sua menor parte nos rins e músculos. ➔ Para exercer seu efeito nas células alvo ela se liga e ativa um receptor proteico de membrana ➔ A insulina faz a pronta captação, armazenamen- to e utilização da glicose em quase todos os te- cidos do organismo, em especial nos músculos, te- cido adiposo e hepático. ➔ Apesar de ser necessária para quase todas as célu- las do organismo seus principais alvos são célu- las do fígado, células adiposas e musculares Aumento da concentração de glicose plasmática: O estímulo principal para liberação da insulina é a concentração plasmática de glicose maior do que 100 mg/dl. A glicose absorvida no in- testino delgado chega às células beta do pâncreas, onde é captada pelo transportador GLUT2. Com mais glicose disponível como substrato, a produção de ATP aumenta, e os canais de K sensíveis ao ATP se fecham. Quando a célula se despolariza, os canais de Ca2 dependentes de voltagem se abrem e mais Ca2 entra, iniciando a exocitose da insulina. Aumento da concentração de aminoáci- dos: O aumento da concentração de aminoácidos no plasma após uma refeição também desencadeia a secreção de insulina. Efeitos antecipatórios dos hormônios GI: Recentemente, tem sido demonstrado que mais de 50% de toda a secreção de insulina é estimulada por um hormônio chamado de peptídeo semelhan- te ao glucagon 1 (GLP-1). O GLP-1 e o GIP (peptídeo inibidor gástrico) são hormônios pertencentes à família das incretinas e produzidos pelas células loca- lizadas no intestino (jejuno e íleo) em resposta à in- gestão de nutrientes. As incretinas vão pela circula- ção até as células beta-pancreáticas e podem al- cançá-las antes mesmo que a primeira glicose seja absorvida. A liberação antecipatória da insulina em resposta a esses hormônios evita um aumento sú- bito na concentração de glicose plasmática quando os alimentos são absorvidos. Outros hormônios GI, como CCK e gastrina, amplificam a secreção de in- sulina. Atividade parassimpática: A atividade paras- simpática para o trato GI e para o pâncreas aumen- ta durante e após uma refeição. O estímulo paras- simpático para as células beta estimula a secreção de insulina. Atividade simpática: A secreção de insulina é inibida pelos neurônios simpáticos. Em momentos de estresse, os estímulos simpáticos dão início a uma cascata de regulações no pâncreas endócrino, fato que também é reforçado pela liberação de ca- tecolaminas da medula da glândula suprarrenal. A adrenalina e a noradrenalina inibem a secreção de insulina e desviam o metabolismo para a gliconeo- gênese, a fim de fornecer combustível extra para o sistema nervoso e o músculo esquelético. Glucagon: ➔ Sintetizado e secretado pelas células alfa das ilhotas de largerhans quando a concentração da glicose sanguínea cai ➔ É o principal hormônio contra regulatório e tem função de aumentar a concentração de glicose no sangue ➔ É um grande polipeptídio ➔ Os principais alvos do glucagon são o fígado e tecido adiposo ➔ Ele provoca glicogenólise, aumenta a glicone- ogênese e assim eleva os níveis de glicose no sangue ➔ Inibe a síntese de lipídios hepáticos a partir da glico- se ➔ A concentração da glicose é a responsável pela regulação desse hormônio assim como o aumento de aminoácidos no sangue e os exercícios físicos Somatostatina: ➔ Sintetizada e secretado pelas células delta ➔ Refeições ricas em gorduras e carboidratos estimula sua secreção ➔ É inibida pela insulina ➔ Exerce efeito inibitório generalizado em praticamen- te todas as funções gastrointestinais e do pâncreas endócrino e exócrino Polipeptídio Pancreático: ➔ Inibe a secreção pancreática exócrina, contração da vesícula biliar ➔ Modulação da secreção de ácido gástrico ➔ Motilidade gastrointestinal ➔ Estimula a secreção de glicotireoide A glicose serve como uma fonte de energia para pro- cessos metabólicos. Desde que as moléculas polares não podem ser transportadas através da membranade plasma, as proteínas de portador chamadas transporta- dores da glicose são necessários para a tomada celular Existem 2 mecanismos de transporte: 1. Transporte facilitado: mediado por transportadores de membrana específicos (GLUT) 2. Co-transporte com íons sódio (SGLT) Funcionamento do corpo em jejum ➔ A quantidade de glicose, aminoácidos e ácidos gra- xos que circulam no sangue diminui progressiva- mente, sendo essa baixa concentração responsável pela redução da quantidade de insulina secretada. ➔ Aumento da liberação de glucagon. ➔ Catabolismo de gordura e dos músculos, visto que o corpo irá utilizá-los como fonte de energia já que o glicogênio não se encontra mais disponível. ➔ Sendo assim, temos o processo de gliconeogênese Funcionamento do corpo alimentado ➔ Quando há alto nível de glicose no sangue ➔ Ativação da insulina, responsável por colocar a gli- cose dentro da célula ➔ Estoca energia em forma de glicogênio principal- mente no fígado e músculos ➔ Energia em excesso é convertida em gordura e armazenado no tecido adiposo Referências: • GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017. • SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abor- dagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017.
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