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Profa. Ma. Alessandra Gomes UNIDADE II Terceira (Nov)idade Estado ou qualidade daquilo que é vulnerável. Fragilidade. Possibilidade de ser acometido por uma enfermidade ou de ser ferido. A pessoa com mais de sessenta anos é alguém que merece ser protegido de forma diferenciada. Vulnerabilidade Art. 7º, XXX: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social, a proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil”. Art. 229: “Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade”. Art. 230: “A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida. Os programas de amparo aos idosos serão executados preferencialmente em seus lares. Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos”. O idoso e a vulnerabilidade: tratamento diferenciado – Constituição Federal Art. 1º: “A política nacional do idoso tem por objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia, integração e participação efetiva na sociedade”. Art. 3°: A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios: a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar e o direito à vida; o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de conhecimento e informação para todos; o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza; o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas através desta política; as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em geral, na aplicação desta lei”. O idoso e a vulnerabilidade: tratamento diferenciado – Lei n. 8.842, de 4 de janeiro de 1994 Constituição Federal: a Constituição Cidadã. O legislador constituinte garantiu novos direitos ao grupo de consumidores. O direito do consumidor passou a pertencer à categoria dos direitos fundamentais, em conformidade com o inciso XXXII, do art. 5º da CF (“o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor”). O idoso e a vulnerabilidade: mercado de consumo Lei n. 8.078, de 11 de setembro de 1990: Código de Defesa do Consumidor. Art. 1º, CDC: “O presente Código estabelece normas de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, nos termos do art. 5º, inc. XXXII, 170, inc. V, da Constituição Federal e art. 48 de suas Disposições Transitórias”. Reconhece a vulnerabilidade do consumidor no mercado de consumo (Art. 4º, I, CDC). Vulnerabilidade técnica: como o consumidor não tem conhecimentos específicos a respeito daquilo que está comprando, pode ser mais facilmente ludibriado. Vulnerabilidade socioeconômica: desproporção entre o poder que o fornecedor tem em relação ao consumidor. Vulnerabilidade jurídica: ausência de conhecimentos específicos. O idoso e a vulnerabilidade: Código de Defesa do Consumidor Art. 39, IV, CDC: “É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas, prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços”. O idoso e a vulnerabilidade: Código de Defesa do Consumidor Hiper: o que ultrapassa a medida normal; alto grau. Hipervulnerabilidade: agravamento da vulnerabilidade do consumidor devido a características pessoais aparentes ou sabidas pelo fornecedor. São hipervulneráveis os idosos, as crianças, os enfermos, entre outros grupos. Recurso Especial n. 931.513 – RS (Ministro Herman Benjamin) “Ao se proteger o hipervulnerável, a rigor quem verdadeiramente acaba beneficiada é a própria sociedade, porquanto espera respeito ao pacto coletivo de inclusão social imperativa, que lhe é caro, não por sua faceta patrimonial, mas precisamente por abraçar a dimensão intangível e humanista da dignidade da pessoa humana e da solidariedade”. O idoso e o Código de Defesa do Consumidor: a hipervulnerabilidade Possíveis causas para a hipervulnerabilidade do idoso: novas tecnologias (vulnerabilidade técnica), saúde frágil, solidão, entre outras. “Para se presumir o dano moral pela simples comprovação do ato ilícito, esse ato deve ser objetivamente capaz de acarretar a dor, o sofrimento, a lesão aos sentimentos íntimos juridicamente protegidos. O envio de cartão de crédito não solicitado, conduta considerada pelo Código de Defesa do Consumidor como prática abusiva (art. 39, III), adicionado aos incômodos decorrentes das providências notoriamente dificultosas para o cancelamento do cartão causam dano moral ao consumidor, mormente em se tratando de pessoa de idade avançada, próxima dos cem anos de idade à época dos fatos, circunstância que agrava o sofrimento moral” (STJ – Resp. 1061500/RS – rel. Min. Sidnei Beneti – 3ª T. – j. 04.11.2008 – Dje 20.11.2008). O idoso e o Código de Defesa do Consumidor: a hipervulnerabilidade A solidão no idoso pode causar-lhe doenças crônicas. O mal que a solidão causa à saúde é o mesmo que fumar 15 cigarros por dia. A solidão potencializa o risco de acidentes vasculares e de doenças coronarianas. A solidão pode evoluir para um quadro de depressão. Formas de prevenção: investimento em locais de lazer. Atividades físicas e manuais, passeios e a presença da família são as formas que os idosos acreditam serem as melhores para evitar a sensação de estar só. Solidão Idoso LGBT sofre duplamente. Muitos médicos não fazem exames clínicos adequados. Parte da população LGBT afirma ter sido discriminada durante atendimento médico. Alguns idosos LGBT que vivem em Instituições de Longa Permanência Para Idosos tendem a esconder sua identidade. Desfazer sua identidade pode causar depressão na pessoa LGBT; o quadro se agrava ainda mais se for idoso. O idoso LGBT Assinale a alternativa correta. a) A hipervulnerabilidade se refere às condições financeiras dos indivíduos. b) O idoso, por ser vulnerável, precisa ser protegido de forma diferenciada. c) O Código de Defesa do Consumidor considera apenas o idoso como vulnerável no mercado de consumo. d) O direito do consumidor não pertence à categoria dos direitos fundamentais. e) O envio de cartão de crédito não solicitado a idoso não é hipótese causadora de dano moral. Interatividade Assinale a alternativa correta. a) A hipervulnerabilidade se refere às condições financeiras dos indivíduos. b) O idoso, por ser vulnerável, precisa ser protegido de forma diferenciada. c) O Código de Defesa do Consumidor considera apenas o idoso como vulnerável no mercado de consumo. d) O direito do consumidor não pertence à categoria dos direitos fundamentais. e) O envio de cartão de crédito não solicitado a idoso não é hipótese causadora de dano moral. Resposta A família é a base da sociedade e tem proteção especial do Estado (art. 226, CF). Art. 3º, § 1º, V, Estatuto do Idoso: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. A garantia de prioridade compreende a priorização do atendimento do idoso por sua própria família, em detrimento do atendimentoasilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da própria sobrevivência”. O idoso e a família: Constituição Federal “Amar é faculdade, cuidar é dever”. (Recurso Especial n. 1.159.242 – SP (2009/0193701-9) Relatora Ministra Nancy Andrighi). O idoso e a família: entendimento jurisprudencial Art. 4º, Estatuto do Idoso: “Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei”. Art. 11, Estatuto do Idoso: “Os alimentos serão prestados ao idoso na forma da lei civil”. Art. 12, Estatuto do Idoso: “A obrigação alimentar é solidária, podendo o idoso optar entre os prestadores”. Art. 14, Estatuto do Idoso: “Se o idoso ou seus familiares não possuírem condições econômicas de prover o seu sustento, impõe-se ao Poder Público esse provimento, no âmbito da assistência social”. O idoso e a família: Estatuto do Idoso Art. 1.694, CC: “Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação”. Art. 1.695, CC: “São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento”. Art. 1.696, CC: “O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros”. Art. 1.697, CC: “Na falta dos ascendentes cabe a obrigação aos descendentes, guardada a ordem de sucessão e, faltando estes, aos irmãos, assim germanos como unilaterais”. O idoso e a família: Código Civil Art.186, CC: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, viola direito e causa dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. Art. 187, CC: “Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes”. Art. 927, CC: “Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo”. O idoso e obrigação de indenizar Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão: Art. 5º: “A lei não proíbe senão as ações nocivas à sociedade. Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene”. Art. 7º: “Ninguém pode ser acusado, preso ou detido, senão nos casos determinados pela lei e de acordo com as formas por esta prescrita”. Constituição Federal: Art. 5º, XXXIX: “não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”. Crimes: princípios Art. 171, caput e § 4º: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. Pena – reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa. Aplica-se a pena em dobro se o crime for cometido contra idoso”. Art. 244: “Deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 (dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou ascendente, gravemente enfermo. Pena: detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos e multa, de uma a dez vezes o maior salário mínimo vigente no País”. Crimes contra o idoso – Código Penal Os artigos 95 a 108 do Estatuto do Idoso cuidam dos crimes em espécie, entre eles: De acordo com o artigo 96 é crime “discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte, ao direito de contratar ou por qualquer outro meio ou instrumento necessário ao exercício da cidadania, por motivo de idade”, bem como o desdém, humilhação, menosprezo ou discriminação de pessoa idosa, por qualquer motivo. Se a vítima estiver sob os cuidados ou responsabilidade do agente, a pena será aumentada de 1/3 (um terço). O artigo 97 afirma que “deixar de prestar assistência ao idoso, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, ou recusar, retardar ou dificultar sua assistência à saúde, sem justa causa, ou não pedir, nesses casos, o socorro de autoridade pública” é crime. Crimes contra o idoso – Estatuto do Idoso É crime, de acordo com o artigo 98, “abandonar o idoso em hospitais, casas de saúde, entidades de longa permanência, ou congêneres, ou não prover suas necessidades básicas, quando obrigado por lei ou mandado”. Também é crime, segundo o artigo 99 “expor a perigo a integridade e a saúde, física ou psíquica, do idoso, submetendo-o a condições desumanas ou degradantes ou privando-o de alimentos e cuidados indispensáveis, quando obrigado a fazê-lo, ou sujeitando-o a trabalho excessivo ou inadequado”. Crimes contra o idoso – Estatuto do Idoso É circunstância atenuante de pena ser o agente maior de setenta anos na época dos fatos (CP, art. 65, I). A prescrição é reduzida pela metade se o autor do crime era maior de setenta anos quando o cometeu ou na data da sentença (CP, art. 115). Crimes cometidos pelo idoso Assinale a alternativa incorreta. a) A família é a base da sociedade e tem proteção especial do Estado. b) Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene. c) É crime discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias. d) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. e) É circunstância atenuante de pena ser o agente maior de sessenta anos na época dos fatos. Interatividade Assinale a alternativa incorreta. a) A família é a base da sociedade e tem proteção especial do Estado. b) Tudo que não é vedado pela lei não pode ser obstado e ninguém pode ser constrangido a fazer o que ela não ordene. c) É crime discriminar pessoa idosa, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias. d) Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. e) É circunstância atenuante de pena ser o agente maior de sessenta anos na época dos fatos. Resposta É a habilidade de, em conformidade com a própria vontade, escolher o que é melhor para si. Não significa dizer que a pessoa pode fazer tudo aquilo que quer e deseja sem respeitar a vontade alheia. Tal aptidão abarca, também, a capacidade de, além de gerir a própria vida, saber as consequências que suas escolhas trarão. Autonomia Não é somente uma forma ampla, geral e irrestrita de liberdade. Autonomia privada é expressão da liberdade negocial. Autonomia privada Ato (ou atos relacionados) que tem como finalidade a produção de efeitos jurídicos: a aquisição, a conservação, a modificação ou a extinção de direitos. Negócio jurídico Manifestação da vontade: Expressa. Tácita. Presumida. Finalidade negocial: Adquirir, conservar, modificar ou extinguir direitos. Idoneidade do objeto. Elementos essenciais do negócio jurídico: requisitos de existência A validade do negócio jurídico requer: Capacidade; Objeto lícito, possível, determinado ou determinável; Forma prescrita ou não defesa em lei. Elementos essenciais do negócio jurídico: requisitos de validade (art. 104, CC) Art. 121, CC: “Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente das vontades das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento futuro e incerto”. Art. 129, CC: “Reputa-severificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem aproveita o seu implemento”. Elementos acidentais do negócio jurídico: condição Momento em que se inicia ou acaba a acaba a produção dos efeitos do negócio jurídico. Evento futuro e certo. Art. 132 e parágrafos CC: “Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam- se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do vencimento. Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. Os prazos de meses e anos expiram no dia igual número do início, ou o imediato, se faltar exata correspondência. Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto”. Elementos acidentais do negócio jurídico: termo Encargo é um ônus. Art. 136, CC: “O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva”. Art. 137, CC: “Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso em que se invalida o negócio jurídico”. Elementos acidentais do negócio jurídico: encargo A vontade é manifestada com vício que torna o negócio anulável. São eles: Vícios do consentimento: erro; dolo; coação; estado de perigo e lesão. Vício social: fraude contra credores. Defeitos do negócio jurídico São requisitos de validade do negócio jurídico: I. Capacidade. II. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável. III. Forma prescrita ou não defesa em lei. IV. Finalidade negocial. a) Apenas o item I é incorreto. b) Apenas o item II é incorreto. c) Apenas o item III é incorreto. d) Apenas o item IV é incorreto. e) Todos os itens estão corretos. Interatividade São requisitos de validade do negócio jurídico: I. Capacidade. II. Objeto lícito, possível, determinado ou determinável. III. Forma prescrita ou não defesa em lei. IV. Finalidade negocial. a) Apenas o item I é incorreto. b) Apenas o item II é incorreto. c) Apenas o item III é incorreto. d) Apenas o item IV é incorreto. e) Todos os itens estão corretos. Resposta Art. 1.514, CC: “O casamento se realiza no momento em que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade de estabelecer vínculo conjugal, e o juiz os declara casados”. Declaração de vontade. Casamento deve ser realizado de acordo com a forma legal estabelecida. Casamento “O homem e a mulher com dezesseis anos podem casar, exigindo-se autorização de ambos os pais, ou de seus representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil” (CC, art. 1.517). Capacidade para o casamento “É anulável o casamento do incapaz de consentir ou manifestar, de modo inequívoco, o consentimento” (art. 1.550, I, CC). Incapacidade: falta de discernimento permanente ou transitória. Anulação de casamento Art. 1.639, CC: “É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos seus bens, o que lhes aprouver”. O regime de bens escolhido pelos cônjuges tem vigência a partir da data do casamento, podendo, se ambos os cônjuges requererem, ser alterado judicialmente (art. 1.630, §§ 1º e 2º, CC). Art. 1.640, CC: “Não havendo convenção, ou sendo ela nula ou ineficaz, vigorará, quanto aos bens entre os cônjuges, o regime da comunhão parcial”. Regime de bens entre os cônjuges “É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 70 (setenta) anos” (art. 1.641, II, CC). Justificativa: proteção do patrimônio de idoso maior de setenta anos; evitar o “golpe do baú”. O Código Civil de 1.916 determinava a obrigatoriedade do regime de separação de bens da seguinte forma: para as mulheres com mais de 50 (cinquenta) anos e para os homens com mais de 60 (sessenta) anos. Obrigatoriedade do regime de separação de bens Casamentos por interesse só acontecem quando um dos cônjuges tem mais posses e mais idade? Como fica a hipótese de casamento entre duas pessoas maiores de setenta anos? Interferência do Estado Art. 2º do Estatuto do Idoso: “O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se- lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade”. Artigo 10 do Estatuto do Idoso: “É obrigação do estado e da sociedade, assegurar à pessoa idosa, a liberdade, o respeito e a dignidade, como pessoa humana e sujeito de direitos civis, políticos, individuais e sociais, garantidos na Constituição e nas leis”. Como equacionar? Estatuto do Idoso X Obrigatoriedade de regime de separação de bens A obrigatoriedade do regime da separação de bens coloca o idoso numa situação de relativamente incapaz? Respeito à dignidade do idoso, bem como à sua autonomia. CF, art. 5º: “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza”. Inconstitucionalidade? Assinale a alternativa correta. a) É livre a escolha do regime de bens no casamento da pessoa maior de 70 anos. b) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento de mulher maior de 50 anos e de homem maior de 60 anos. c) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 70 anos. d) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 70 anos por ser ela incapaz. e) É obrigatório o regime da separação de bens apenas no casamento da pessoa maior de 70 anos que tem um grande patrimônio. Interatividade Assinale a alternativa correta. a) É livre a escolha do regime de bens no casamento da pessoa maior de 70 anos. b) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento de mulher maior de 50 anos e de homem maior de 60 anos. c) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 70 anos. d) É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de 70 anos por ser ela incapaz. e) É obrigatório o regime da separação de bens apenas no casamento da pessoa maior de 70 anos que tem um grande patrimônio. Resposta ATÉ A PRÓXIMA!
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