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Bases das relações privadas- Cristiane Lage

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Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
29/04/2021 
INTRODUÇÃO AO DIREITO- 
O QUE É DIREITO: 
 É um poder transcendental. 
 Se origina do latim Directo (quilo reto de acordo com a lei). 
 Instrumento de resolução de conflitos. 
 Poder, Direito e Deveres. 
TIPOS DE DIREITO: 
 Direito objetivo: 
 Conjunto de normas que visa regular as relações sociais da sociedade. 
 Norma de conduta social (Norma Agendi). 
 Tudo que está previsto em lei. 
 Ex: o caso da gestante que tem direito a maternidade, esse direito está previsto na 
CF. 
 Direito subjetivo: 
 Realização por meio lícito dentro da lei. 
 Facultas Agendi (possibilidade do indivíduo de fazer algum coisa dentro da lei). 
 Ter direito subjetivo a alguma coisa não significa que eu possa fazer aquilo. 
 Ex: posso ter o direito de casar, mas a pessoa precisa querer. 
 Direito potestativo: 
 Exercer a sua vontade exclusiva, ou seja, relação unilateral. 
 É um direito que não permite contestação. 
 Imposto de forma legal independente da vontade do outro (judicial). 
 Ex: se apenas uma pessoa quiser o divórcio, ela terá o direito independentemente. 
 Direito público: 
 Relações existente entre indivíduo e Estado. 
 Determina os interesses sociais de uma determinada nação. 
 Ex: constitucional/ administrativo/ processual/ tributário/ penal/ eleitoral. 
 Direito público interno: 
 Trata das questões sociais e de interesses estatais dentro do país. 
 Direito público externo: 
 Trata das relações internacionais entre Estados soberanos. 
 Direito privado: 
 Formado por normas que tem por matéria, relações existentes entre particulares, 
justamente relativas a vida privada, tendo contexto as relações patrimoniais e 
extrapatrimoniais, que temos um com o outro no cotidiano. 
 Ex: civil/ comercial/ empresarial. 
 A divisão ocorre pela existência da SUMMA DIVISIO, pois as relações e interesses 
entre particulares desencadeiam, também, um interesse estatal. 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL- 
 Direito civil: 
 Originado de Civis (cidadão). 
 Conjunto de normas que disciplinam as relações jurídicas comuns de natureza 
privada. 
 Regulação da pessoa em sua existência, atividade, família e patrimônio, desde o seu 
nascimento até a morte (fonte legal: Código Civil). 
 
CODIFICAÇÃO: 
 Reunião de normas jurídicas da mesma natureza em um corpo unitário e homogêneo. 
 Características de um código: 
1. Simplificação de um código. 
2. Racionalização do sistema jurídico. 
3. Tendência à exaustividade na regulação de um âmbito ou setor jurídico. 
 Ideias principais: 
1. SISTEMA- ordem e unidade. 
2. COMPLETUDE- ausência de brechas na lei, lacunas. 
 Uma área do ordenamento jurídico se encontra codificada quando suas respectivas regras 
estão previstas em textos normativos unitários e sistematizados. 
DESCODIFICAÇÃO: 
 Constitucionalização do Direito Civil e surgimento de leis especiais (descentralização). 
 Leis Emergenciais  microssistemas jurídicos (ex: Direito do consumidor, da criança e do 
adolescente). 
 Princípios que vão jogar luz para que as legislações possam se inter-relacionar. 
 RECODIFICAÇÃO: 
 O juiz que não se descodificar o código, então o conceito foi mudado para um novo nome: 
RECOODIFICAÇÃO. Essa recodificação vai trazer valores morais para as normas. 
CODIFICAÇÃO BRASILEIRA: 
 CF/1824 – Determinou a elaboração de um Código Civil; 
 1859 – Esboço de Augusto Teixeira de Freitas; 
 1899 – Novo projeto de Clóvis Bevilácqua; 
 1916 – Aprovação do primeiro Código Civil brasileiro (vigor 1º de janeiro de 1917); 
 1967 – Nomeação de comissão de juristas liderada por Miguel Reale para elaboração de 
novo Código Civil; 
 1972 – Apresentação do anteprojeto; 
 1988 – Promulgação da Constituição Federal demandou atualizações no anteprojeto; 
 2002 – Promulgada a Lei n. 10.406, o novo Código Civil (vigor em 11 de janeiro de 2003) 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
NOVO CÓDIGO CIVIL? 
 Limitou-se a incorporar soluções já acolhidas pela jurisprudência à luz da CF/1988, deixando 
de abordar fenômenos atuais (ex: impactos da biotecnologia, novas relações familiares etc). 
 Afastou-se do ideal globalizante, adotando clausulas gerais e conceitos indeterminados (ex; 
boa-fé objetiva: venire contra fartum próprio, principio base do direito do consumidor). 
PRINCÍPIOS BASILARES: 
1. SOCIALIDADE- o atendimento a interesses individuais deve corresponder a interesses e 
necessidades do organismo social, ex: função social. 
2. ETCIDADE: incorporação da ética na elaboração e interpretação do Direito, guiado pelo valor 
justiça. 
3. OPERABILIDADE ou CONCRETUDE: considerar o indivíduo concreto, chegando-se a uma 
norma jurídica individual, conferindo-se breve resolução aos conflitos sociais. 
CONSTITUCIONALIZAÇÃO DO DIREITO CIVIL: 
 Reunificação do Direito Privado em torno de valores existências que a própria Constituição 
Federal propõe (a CF vai ser utilizada para preencher as lacunas que existem no direito civil). 
 Aplicação horizontal dos direitos fundamentais nas relações privadas, aplicar diretamente os 
princípios e garantias estabelecidas pela Constituição no caso concreto dos direitos civis. 
 Passa a ser um DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL. 
 Críticas: 
1. Ingerência indevida do Estado nas relações privadas. 
2. Superioridade dos princípios e possível interpretação arbitrária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
06/05/2021 
 
LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO- (LINDB) 
 Não rege as relações sociais, e sim as normas. 
 Conjunto de normas sobre as normas “manual de como usar as normas”. 
VIGÊNCIA LEGAL: 
 Validade (formal/ material) 
 Elaboração promulgação publicação (vigência) entrada em vigor. 
 A vacatio legis corresponde ao período entre a publicação e a entrada em vigor. 
 Art. 1º Começa a vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. 
 §1º No exterior, 3 meses depois de oficialmente publicada. 
 §3º Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, 
destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a 
correr da nova publicação. 
 §4º As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova. 
 Art. 2º Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique 
ou revogue. 
 Art. 8º A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo 
razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula "entra em vigor 
na data de sua publicação" para as leis de pequena repercussão. 
 § 1º A contagem do prazo para entrada em vigor das leis que estabeleçam período 
de vacância far-se-á com a inclusão da data da publicação e do último dia do prazo, 
entrando em vigor no dia subsequente à sua consumação integral. 
 Há duas formas de modificação de uma lei: 
 Se a lei já foi publicada, porém, ainda não entrou em vigor, então deve haver a 
retificação por nova publicação dessa mesma lei. 
 Se a lei já foi publicada e já entrou em vigor, então deve haver a retificação da mesma, 
por uma lei nova. 
 Princípio da continuidade: 
1. A revogação dada de duas formas, total e parcial. 
a) Ab-rogação (total): revogação total de uma lei/ decreto/regra/ regulamento, 
por uma nova. Ou seja, ocorre a cassação ou anulação da lei em detrimento de 
uma com novos princípios. 
b) Derrogação (parcial): anulação de uma parte da lei, por uma nova. 
 Espécies de revogação: 
1. Expressa (direta)- quando a lei nova declara que a lei anterior, ou parte dela, fica 
revogada. 
2. Tácita (indireta)- a lei posterior é incompatível com a anterior não havendo previsãoexpressa no texto a respeito da sua revogação. 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
VIGÊNCIA LEGAL – EFICÁCIA DA LEI NO TEMPO: 
 Art. 6º Lei nova tem efeitos imediatos sobre fatos pendentes e futuros. 
 A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga 
nem modifica a lei anterior. 
 Irretroatividade: é a qualidade de não retroagir, não ser válido para o passado. Portanto, a lei 
não pode ser exigida antes de sua data de vigência. 
 Retroatividade Benigna haverá retroação da lei, caso ela beneficie o réu. 
 Ultratividade: é a aplicação de norma já revogada, mesmo depois de sua revogação, sendo 
mais encontrada no Direito Penal. No Direito Civil, é bastante aplicada no Direito das 
Sucessões. 
 Repristinação: ocorre quando uma lei revogada volta a vigorar após a lei que a revogou 
perder sua validade (vedada, salvo expressa previsão legal). 
 
 Essa lei não pode atingir três situações consolidadas: 
1. Coisa julgada: decisão judicial de que já não caiba recurso. Ex: investigação de 
paternidade. 
2. Ato jurídico perfeito: aquele já realizado, acabado a lei ao tempo em que se realizou. 
3. Direito adquirido: é o direito subjetivo incorporado definitivamente no patrimônio 
jurídico do seu titular. Ex: regime de bens no casamento. 
OBRIGATORIEDADE LEGAL: 
 Art. 3º Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece. 
 Art. 139. O erro é substancial quando: 
 III- sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou 
principal do negócio jurídico. 
Ex: não saber o gabarito (altura) de um município dos edifícios em frente ao mar. 
MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO DAS NORMAS: 
Jurisdição: Princípio da inafastabilidade do controle jurisdicional, “não posso não aplicar a lei”. 
Subjunção: Quando a norma se encaixa perfeitamente ao caso concreto, quando a norma não se 
encaixa perfeitamente ao caso concreto, utiliza-se os métodos. 
Métodos: 
 Analogia- uso de lei ou conjunto de leis em que não haja lei específica mas trate de casos 
semelhantes, dada a identidade de razões ou finalidades. 
Ex: casamento e união estável. (Situação parecida). 
 Costumes- regras sociais resultantes de uma prática informal, o que resulta numa certa 
convicção de obrigatoriedade, de acordo com cada sociedade e cultura. Ex: fila. 
 Princípios gerais do direito- são regras abstratas, virtuais, que estão na consciência e que 
orientam o entendimento de todo o sistema jurídico, em sua aplicação e para sua integração. 
 
 
 Equidade- todo julgamento deve ser realizado com equidade – sentido amplo de justiça, bom 
senso; diferente do julgamento por equidade – quando a lei autoriza expressamente. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
Art. 4º Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os 
princípios gerais de direito, respectivamente. 
 Analogia- 
a) Legal: busca uma norma jurídica para aplicar a caso semelhante, norma já existente. 
b) Jurídica: não existindo norma semelhante, o julgador extrai do conjunto de normas 
existente uma conclusão coerente, sem escapar da “ratio legis”. 
 
 Continuidade 
 Costume- Uniformidade 
 Obrigatoriedade 
a) Secundum legem- é aquele previsto em lei. 
a) Praeter legem – quando os costumes são utilizados de forma a complementar a lei. 
b) Contra legem – quando um costume é contrário a lei. 
 
 Princípios gerais do direito- 
a) Não lesar ninguém. 
b) Dar a cada um o que é seu. 
c) Viver honestamente. 
 
 Interpretação extensiva – 
Legislador diz menos do que deveria. Ex: extensão do direito do cônjuge ao companheiro ou 
da Lei Maria da Penha as mulheres transexuais e homens homossexuais. 
ANTINOMIA JURÍDICA: 
 Conceito: Conflito entre duas normas, ambas aplicáveis ao mesmo caso. 
 Requisitos que as normas sejam: 
CONTRADITÓRIAS 
VÁLIDAS 
VIGENTES 
 Antinomia de primeiro grau ou aparente: A Solução se encontra no próprio ordenamento 
jurídico. 
a) Critério hierárquico: norma superior prevalece sobre norma inferior. 
b) Critério da especialidade: norma especial prevalece sobre norma geral. 
c) Critério cronológico: prevalece a lei mais nova. 
 Antinomia de segundo grau ou real: conflito entre os critérios de solução que pode acarretar 
a ab-rogação da norma ou a interpretação equitativa e aplicação ds costumes e dos 
principios gerais do diretos como meito de integração. 
a) Especialidade > Cronológico (2 correntes, 1º: especialidade/ 2º: cronológico). 
b) Hierárquico > Cronológico. 
c) Hierárquico > Especialidade. 
** o hierarquico vai sempre prevalecer sobre os outros (teoria de Bobbio) 
 DIÁLOGO DAS FONTES: ela surge para substituir a superar os critérios clássicos se solução das 
antinomias jurídicas (hierárquico, especialidade, cronológico)”. 
INTERPRETAÇÃO E FUNÇÃO SOCIAL: 
 Art.5º Na aplicação da lei, o juiz atenderá aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências 
do bem comum. Ex: Usucapião. (Modo de aquisição pela posse prolongada da coisa). 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
11/05/2021 
 
TEORIA DA RELAÇÃO JURÍDICA: 
CONCEITO: 
O que é relação jurídica: 
 Vínculo que o direito reconhece entre pessoas ou grupo de pessoas, atribuindo direitos e 
deveres. 
 Relação social reconhecida pelo Estado. 
 Requisitos: 
 Material  relação intersubjetiva, social. 
 Formal  vínculo correspondente a uma hipótese normativa/ tutela de interesses... 
(vínculo legal que faz uma ligação). 
DINÂMICA: 
 As relações jurídicas surgem, modificam-se e são extintas por efeito de determinados 
acontecimentos  fatos jurídicos. 
Fato jurídico: 
Todo acontecimento relevante para o direito. Ex: nascimento – aquisição de personalidade jurídica. 
Ex: morte - extinção de obrigação pessoal. 
 
RELAÇÕES DE FATO: 
 Relações materiais cujo nascimento não decorre de nenhum fato jurídico, mas sim de fatos 
socialmente relevantes, e que se constitui em problema mais sociológico do que jurídico. 
 Situações que não se enquadram na hipótese das normas jurídicas (ausente o elemento 
formal). 
Ex: sociedade de fato: duas ou mais pessoas unidas com um objetivo comum, não tem 
personalidade jurídica. 
 
 
ELEMENTOS FUNDAMENTAIS: 
 Elemento Subjetivo: 
 Sujeitos 
a) Ativo – credor da prestação. (Quem tem o direito). 
b) Passivo – devedor da prestação. (Quem tem o dever/ obrigação). 
 Elemento intersubjetivo ou abstrato: 
Vinculo de atributividade – conjunto de poderes e deveres; fato jurídico. 
Faz a ligação entre o sujeito e o objeto da relação. 
 
 
Em caso de morte, o 
espólio paga a dívida. 
 
O sujeito ativo sempre faz e o 
sujeito passivo sempre recebe 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 Elemento objetivo: 
Objeto 
a) Coisa – relação jurídica real (direito real). 
b) Prestação/ comportamento – relação jurídica obrigacional (direito obrigacional). 
c) Pessoa – relação jurídica personalíssima (direito pessoal). 
Exemplo: 
“Maria comprou na mão de João um relógio que custou R$800.” 
 — Quem são os sujeitos ativo e passivo da relação? Maria — Ativo (pois ela comprou) 
João — Passivo (pois ele recebeu R$800). 
— Qual o objeto da relação Jurídica? O relógio. 
— Qual o vínculo de atributividade? A realização do negócio. 
Código Civil (Lei 10.406/2002) Art. 481. Pelo contrato de compra e venda, um dos contratantes se 
obriga a transferir o domínio de certa coisa, e o outro, a pagar-lhe certo preço em dinheiro. 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO: 
 Fundamento ideológico: individualismo (liberalismo/ capitalismo). 
 Natureza: 
a) Vínculos entre pessoas (PERSONALISTA) 
- relação jurídica de um vínculo entre duas pessoas devido a um objetivo, onde a 
norma outorga direitos para um e deveres para o outro. 
b) Vínculoentre sujeitos e ordenamento jurídico (NORMATIVISTA) 
- condição de igualdade e colaboração. 
 CRÍTICAS: 
- o direito disciplina as relações entre homens na tutela de seus interesses. 
- a relação jurídica supõe a oposição entre poder e dever, não podendo o poder se 
contrapor a coisas, mas sim a pessoas. 
- não é possível conceber o poder de uma pessoa sem correspondente limitação 
pelos demais. 
- concebe vínculo entre realidades heterogêneas, como pessoa e norma jurídica. 
IMPORTÂNCIA: 
 Para o direito civil, ou privado, a relação jurídica traduz a regulamentação jurídica (aspecto 
formal) do comportamento dos indivíduos (aspecto material) no seu dia-a-dia, na disciplina 
de seus interesses, estabelecendo situações ativas (poderes) e situações passivas (deveres). 
 Categoria capaz de explicar toda a vida jurídica: não há direitos nem deveres sem que haja 
uma relação jurídica prévia. 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
ESPÉCIES: 
Quanto ao critério subjetivo: (possibilidade de ação) 
 Direito pública- 
Ex: todas as vezes que o Estado estiver no meio. 
 Direito privado- 
Ex: sem ente público no meio. 
Quanto ao critério objetivo: 
 Direitos reais (sempre haverá uma coisa) - 
Ex: compra e venda/ posse/ propriedade/ usucapião. 
 Direitos obrigacionais (prestação)- 
Ex: relação entre as partes; comprei um celular e a pessoa tem a obrigação de me dar o 
aparelho. 
 Direitos de personalidade (pessoa)- 
Ex: direito ao nome, saúde, educação; direitos pessoais de uma pessoa. 
Quanto à eficácia: 
 Absoluta (direito de todos desde o nascimento) - 
Ex: vida, saúde, educação... 
 Relativa- 
Ex: um bebê não nasce com direito ao consumidor, só tem direito quando se tornar 
consumidora. 
Quanto ao número: 
 Simples (por um único vínculo) - 
Ex: contratar um garçom. 
 Complexa ou composta- 
Ex: contratar uma multinacional com grupo de empresas. 
Quanto à natureza: 
 Principal (autônoma): 
Ex: aluguei um casa. 
 Acessória (dependente): 
Ex: é solicitado um fiador para finalizar o contrato. 
EFEITOS: 
 Eficácia Inter partes: efeitos entre as partes. 
Ex: compra e venda. 
 Eficácia reflexiva: afetação de terceiros, não integrantes da relação jurídica. 
Ex: seguro de vida. 
 Eficácia erga omnes: para todos(as). 
Ex: direitos pessoais e reais, à vida, saúde... 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
11/05/2021 
 
PESSOA NATURAL: 
PERSONALIDADE JURÍDICA- 
 Personalidade jurídica: aptidão geral e abstrata de ser titular de direitos e obrigações na 
ordem jurídica, para titularizar direitos e contrair deveres na ordem civil. (Maioridade ou 
emancipação). 
 Sujeitos de direitos: 
a) Pessoa natural: nasceu, é pessoa natural e já tem direitos e deveres. 
b) Pessoa jurídica: pessoa “fictícia”, empresas. 
c) Entes despersonalizados: sociedade de fato, algo informal (não tem direito nem 
deveres, uma banquinha de esquina sem CNPJ). 
PESSOA NATURAL ou FÍSICA ou de existência visível- 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS ARTIFICIAIS DE CRIAÇÃO: 
 Inseminação IN VIVO 
 Fertilização IN VITRO 
Código civil: 
Art. 1.593. O parentesco é natural ou civil, conforme resulte de consanguinidade ou outra origem. 
Art.q.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos: 
 III – havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido; 
 IV – havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de 
concepção artificial homóloga; 
 V – havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do 
marido. 
 
O conhecimento da origem genética é diferente do reconhecimento da filiação 
 
 
 
 Ser humano com vida 
Ente dotado de estrutura ou 
complexidade biopsicológica, 
pertencente à natureza humana 
Diferente de um ente 
biologicamente criado (clone) 
 
 
 
Ente biologicamente criado 
O aborto é legal no Brasil apenas em 
gravidez de risco à vida gestante, a 
gravidez resultante da violência 
sexual e na anencefalia fetal 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
DIREITO PATRIMONIAL X DIREITO DA PERSONALIDADE: 
 Patrimonial: as regras que protegem os bens e que podem ser convertidos em riqueza, ou 
seja, em dinheiro. São bens que podem ser vendidos ou apropriados. 
 Personalidade: permitem que uma pessoa realize a sua individualidade e possa defender 
aquilo que é seu. Relacionando-se com a proteção da vida, da liberdade, da integridade, da 
sociabilidade, da privacidade, da honra, da imagem, da autoria, entre outros. São direitos 
indisponíveis, subjetivos e que se aplicam a todos igualmente. 
 
INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: 
 Art. 2° A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a 
salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. (Tem direito antes mesmo de nascer). 
 Critério objetivo: 1° respiração – se dá quando o bebê é expulso do ventre materno e respira, 
respirou adquiriu personalidade jurídica. 
 
 
 
 
 
 
*Docimasia Hidrosática de Galeno 
(Nascido vivo X natimorto) 
Finalidade de verificar se a criança nasce com vida ou não. 
TEORIA SOBRE A AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE JÚRIDICA: 
 Natalista – há personalidade com o nascimento com vida – teoria negativista para o 
nascituro. 
 Concepcionista – há personalidade com a concepção. 
Nascituro tem a mesma natureza que pessoa natural. O nascimento com vida apenas 
condiciona a eficácia dos direitos de caráter patrimonial. 
 Personalidade condicional – sua personalidade está condicionada ao nascimento com vida. 
Personalidade suspensa e só após o nascimento ela retroage até o momento da concepção. 
 
DIREITOS DO NASCITURO: 
 Direitos da personalidade (direito a vida), filiação, alimentos gravídicos, doação e herança. 
CAPACIDADE CIVIL: 
 
 
 
Ainda não concebido 
Prole eventual 
Embriões extracorpóreos 
Já concebido 
Ainda não nascido 
Dotado de vida intrauterina 
NASCITURO 
(Dentro do ventre) 
CONCEPTURO 
(Fora do ventre) 
Capacidade de 
direito – adquirida 
com o nascimento, 
inerente a existência 
Capacidade de fato – 
exercício de direitos 
em nome próprio 
Capacidade civil plena = 
capacidade especifica 
(legitimidade) 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
Toda pessoa possui capacidade de direito, mas não necessariamente a capacidade de fato 
 
INCAPACIDADES: 
 Art. 3° Absoluta: impossibilidade de praticar o ato jurídico em nome próprio, depende de 
representação. 
Ex: menores de 16, loucos, surdos-mudos, ausentes. 
 Art. 4° Relativa: impossibilidade de praticar ato jurídico sozinho, depende de assistência. 
Ex: menores de 21 e maiores de 16 anos, pródigos, indígenas. 
 
O Código Civil de 2002 remete o tratamento da capacidade do indígena à lei especial, sendo 
que o Estatuto do Índio (L6001/73) trata os atos dos índios como nulos mas eles são 
totalmente capazes 
TUTELA: 
 Art. 1.728 a 1.756 Dedicada aos menores não emancipados (absoluta ou relativamente 
incapazes) e não sujeitos ao poder familiar. 
 Hipóteses: 
a) Falecimentos dos pais; 
b) Pais julgados ausentes; 
c) Pais destituídos do poder familiar. 
 Objetivo: administração do patrimônio do menor. 
 
CURATELA: 
 Art. 1.767 a 1.783 Dedicada aos maiores absoluta ou relativamente incapazes. 
 Estão sujeitos à curatela: 
a) Aqueles que, por vontade transitória ou permanente, não puderem exprimir sua 
vontade; 
b) Os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
c) Os pródigos. 
 Objetivo: administração do patrimônio do incapaz. 
 
CESSAÇÃO DA INCAPACIDADE E EMANCIPAÇÃO: 
 Cessação da incapacidade suprimento da incapacidade 
 Art. 5° CC A incapacidade, em regra, cessa-se aos 18 anos completos. 
 Cessada a causa da incapacidade  capacidade plena+ levantamento da interdição 
(pródigo/ viciado em tóxico/ alcoólatra, etc.) 
 Emancipação: antecipação da capacidade plena (critério etário), por ato irretratável e 
irrevogável por autorização dos representantes legais, do juiz, ou por superveniência de fato 
a que a lei atribui força para tanto. Antecipa os efeitos da maioridade ao menor de 18 e 
maior de 16 anos. 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
EMANCIPAÇÃO: 
 Art. 5° a menoridade cessa aos 18 anos completos, quando a pessoa fica habilitada a pratica 
de todos os atos da vida civil. 
 Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
I. Pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento 
público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o 
tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
II. Pelo casamento; 
III. Pelo exercício de emprego público efetivo; 
IV. Pela colação de grau em curso de ensino superior; 
V. Pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde 
que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria. 
 En. 41 CJF – a única hipótese em que poderá haver responsabilidade solidária do menor de 
18 anos com seus pais é ter sido emancipado nos termos do art. 5.º parágrafo único, inciso i 
do CC. 
 En. 397 CJF – A emancipação por concessão dos pais ou por sentença do juiz está sujeita à 
desconstituição por vício da vontade. 
 • En. 530 CJF – A emancipação, por si só, não elide a incidência do Estatuto da Criança e do 
Adolescente (Elide = fazer com que desapareça por completo). 
EMANCIPAÇÃO 
VOLUNTÁRIA JUDICIAL LEGAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXTINÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: 
 Morte. 
 Art. 6° A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos 
ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 
 Critérios de identificação: morte encefálica – lei de transplantes + Normas do CFM. 
 
Emancipação 
voluntaria 
Emancipação judicial- pais com vontade divergentes 
Apenas produzirá seus 
efeitos após o registro 
Produz efeitos 
imediatos 
ART 5°, parágrafo 
único, 1° parte 
ART 5°, parágrafo 
único, 2° parte 
ART 5°, parágrafo único, 
II- Casamento 
III- emprego público efetivo 
IV- colação de grau ensino 
superior 
V- economia própria 
 
 
Irrevogável e irretratável; 
Mantida a 
responsabilidade 
subsidiária dos pais; 
 
Divergência dos pais; 
Emancipação do tutelado; 
 
Exceção no casamento, em 
caso de nulidade, quando 
houver putatividade. 
Cessa a responsabilidade por 
fato de terceiro; 
 
VOLUNTÁRIO JUDICIAL LEGAL 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
EFEITOS DO EVENTO MORTE: 
 Cessação da personalidade jurídica; 
 Art. 1.784 CC Mutação subjetiva nas 
relações jurídicas patrimoniais que 
passam a ser titularizadas por seus 
sucessores; 
 Extinção do poder familiar; 
 Extinção dos contratos intuito personae 
(contratos particulares da pessoa); 
 Extinção da obrigação de pagar alimentos; 
 Extinção do casamento e união estável. 
CLASSIFICAÇÃO DO ÓBITO: 
 
CIRCUNSTÂNCIA DO ÓBITO: 
 Morte real: certidão de óbito (Art. 80 da Lei nº 6.015/73 – LRP). 
 Morte presumida: desaparecimento a longo prazo sem cadáver: 
a) art. 7º, I CC Se for extremamente provável a morte de perigo de vida; 
b) art. 7º, II, p. u. CC Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, 
não for encontrado até dois anos após o término da guerra – esgotamento das 
buscas; 
c) Lei nº 9.140/95 Consideram-se mortas pessoas detidas por agentes públicos e 
desaparecidas em razão da acusação de participação em atividades políticas 
entre 02.09.1961 e 05.10.1988. 
 Procedimento de justificação de óbito (art. 83 LRP); 
Quando o assento for posterior ao enterro, faltando atestado de médico ou de duas pessoas 
qualificadas, assinarão, com a que fizer a declaração, duas testemunhas que tiverem assistido ao 
falecimento ou ao funeral e puderem atestar, por conhecimento próprio ou por informação que 
tiverem colhido, a identidade do cadáver. 
 Comoriência: Art. 8º Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se 
podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-ão 
simultaneamente mortos (Ex: acidente de carro com 2 pessoas que morreram). 
 Efeito: impedimento da transmissão de direitos entre comorientes. 
Obs.: É possível a comoriência entre pessoas que estavam em lugares distintos. 
 
PERMANECE: 
 Vontade manifestada em testamento 
ou codicilo; 
 Art. 14 CC Manifestação sobre o 
destino do cadáver; 
 Art. 12 CC Direitos da personalidade. 
A morre e seu patrimônio vai para B, se B morre, seu 
patrimônio vai para C, mas se A e B morreram ao mesmo 
tempo, C não receberá o patrimônio de A, mas não vai 
herdar de A, quem vai herdar serão os irmãos de A. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
07/06/2021 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE: 
INTRODUÇÃO: 
São direitos civis que preservam a individualidade de cada pessoa. Ou seja, são todos aqueles que 
permitem que uma pessoa realize a sua individualidade e possa defender aquilo que é seu. 
 Origem: constitucionalização do Direito Civil no pós-guerra. 
 Ressignificação da personalidade: sujeito de direito (viés patrimonial) + valor ético inerente à 
condição humana (viés existencial). 
 Direitos subjetivos decorrentes do conjunto de características pessoais, a saber, núcleo da 
pessoa humana em suas projeções física, psíquica e intelectual. 
CONCEITO: 
 São subjetivos, ou seja, oponíveis erga omnes (se aplicam a todos os homens). São aqueles 
direitos que a pessoa tem para defender o que é seu, como: a vida, liberdade, privacidade... 
 Diretos da personalidade são “aqueles que têm por objeto os atributos físicos, psíquicos e 
morais da pessoa em si e em suas projeções sociais”. 
 Tutela da dignidade da pessoa humana no Direito Privado. 
 Relação com os direitos humanos e fundamentais. 
QUAIS SÃO: 
 Concepção pluralista - os direitos da personalidade possuem como objeto os atributos da 
pessoa e não a pessoa considerada em si mesma. Ou seja, os direitos de personalidade são 
vários, e faz diferença da mais importante para menos importante. 
a) Direitos da personalidade taxativos (numerus clausus); 
b) Direitos da personalidade atípicos (numerus apertus). 
 
 Concepção monista – os direitos da personalidade formam um só corpo, é integrada, assim 
como os direitos de propriedade, percepção dos direitos enquanto direito único, originário e 
geral. 
(Enunciado n° 274 CJF: Os direitos da personalidade, regulados da maneira não-exaustiva 
pelo Código Civil, são expressões da cláusula geral de tutela da pessoa humana, contida no 
Art. 1º, inc. III, da Constituição (princípio da dignidade da pessoa humana). Em caso de 
colisão entre eles, como nenhum pode sobrelevar os demais, deve-se aplicar a técnica da 
ponderação.) 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Direito à integridade física: corpo, cadáver, alimentos, saúde, abandono de incapaz, etc. 
 Direito à integridade moral ou psíquica: privacidade, sigilo, liberdade, etc. 
 Direito à integridade intelectual: honra, intimidade, privacidade, etc. 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
REGIME CIVIL: 
Código Civil de 2002 (Art. 11 a 21) 
 Regulação tímida, lacunosa e tipificadora (não exaustiva). 
 Reunião das regras em capítulo próprio. 
 Art. 11 – natureza. 
 Art. 12 – tutela. 
 Arts. 13 a 15 – direito a integridade psicofísica. 
 Arts. 16 a 19 – direito ao nome. 
 Art. 20 – direito à imagem e à honra. 
 Art. 21 – direito à privacidade. 
CARACTERÍSTICAS: 
Art. 11 com exceção dos casos previstosem lei, os direitos da personalidade são 
intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntaria. 
 Gerais/Necessários: todo ser humano os detém necessariamente por força de lei. 
 Vitalícios: perduram a vida toda e alguns se refletem mesmo após a morte. 
 Inalienáveis: são relativamente indisponíveis, porque não possuem valor econômico 
imediato, exceto se houver violação desse direito, quando nascerá uma indenização como 
forma de compensação do direito violado. 
 Extrapatrimoniais. 
 Imprescritíveis: perduram enquanto durar a vida e alguns são protegidos após o falecimento. 
 Impenhoráveis: não podem ser utilizados para o pagamento de obrigações. 
 Absolutos: dever geral e absoluto. 
 
 Intransmissíveis (Indisponíveis): não se transmite a outra pessoa. 
 Irrenunciáveis (Indisponíveis): continuam com o indivíduo. 
 Disponibilidade relativa dos Direitos da Personalidade: Situações em que a disposição parcial 
implica em exercício dos Direitos da Personalidade (ex.: práticas esportivas, cirurgia de 
transgenitalização). 
 Enunciado 139 CJF – conselho de justiça federal: Os Direitos da Personalidade podem sofrer 
limitações, ainda que não especificamente previstas em lei, não podendo ser exercidos com 
abuso de direito de seu titular, contrariamente à boa-fé objetiva e aos bons costumes. 
TUTELA: 
Art. 12 Pode se exigir que cessa a ameaça, ou a lesão, a Direito da Personalidade, e reclamar perdas 
e danos, sem prejuízo de outras sanções previstas em lei. 
Parágrafo Único Em se tratando de morto, terá legitimação para requer a medida prevista neste 
artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
Tutela integral: 
 Inibitória: trata-se de natureza preventiva, destinada a impedir a prática, a repetição ou a 
continuação do ilícito. 
 Repressiva: proteger uma situação de dano já concretizado, determinando a reparação dos 
danos, independente da natureza do direito material (patrimonial ou moral). 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
DIREITO À INTEGRIDADE PSICOFÍSICA: 
 Art. 13 Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando 
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
 Parágrafo Único O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, 
na forma estabelecida em lei especial. 
Exemplos: direito a vida, ao corpo (vivo ou morto), saúde... 
 Art. 14 É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, 
no todo ou em parte, para depois da morte. 
 Parágrafo Único O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer 
tempo. 
 Art. 15, Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento 
médico ou a intervenção cirúrgica. 
 Direito à recusa de tratamento médico: 
- sempre, seja qual for o tratamento a que deva se submeter o paciente, com ou sem 
risco de vida, é necessário o seu consentimento. 
- Enunciado 533 CJF, “O paciente plenamente capaz poderá deliberar sobre todos os 
aspectos concernentes a tratamento médico que possa lhe causar risco de vida, seja 
imediato ou mediato, salvo as situações de emergência ou no curso de 
procedimentos médicos cirúrgicos que não possam ser interrompidos”. 
DIREITO AO NOME CIVIL: 
Identificação e individualização da pessoa no meio social. 
Art. 16 Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome. 
 Agnome: grau de parentesco ou geração (ex.: filho, Júnior). 
 Hipocorístico: redução de nome (ex.: Chico, Beto, Fafá). 
 Pseudônimo ou Heterônimo: ocultação do nome civil Art. 19 CC (Ex: Bernardo Soares -> 
Fernando Pessoa) 
Características especiais: 
 Obrigatório (Art. 50 LRP). 
 Exclusivo (homônimos- nome exatamente iguais- dentre as pessoas naturais). 
 Imutabilidade relativa- mudança de nome (alteração excepcional e motivada – Art. 57 LRP). 
Hipótese de alteração do prenome: 
a) Exposição do titular ao ridículo ou situação vexatória, ou nome exótico. 
b) Havendo erro gráfico evidente. 
c) Inclusão ou substituição por apelido público notório (ex.: Lula, Popó, Xuxa). 
d) Uso prolongado e constante de nome diverso (ex. Márcia -> Mércia). 
e) Adoção (confere-se sobrenome adotando + alteração do prenome a requerimento – Art. 
47, § 5º ECA). 
f) Homonímia depreciativa, gerando embaraços profissionais ou sociais (ex. Adolf Hitler). 
g) Tradução de nome grafado em língua estrangeira (ex.: John -> João). 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
Hipótese de alteração do sobrenome: 
a) Casamento / união estável. 
b) Separação judicial ou divórcio. 
c) Anulação do casamento (salvo putatividade). 
d) Inclusão de sobrenome de ascendente/avô: sem prejudicar o patrimônio dos demais 
ascendentes. 
e) Acréscimo de sobrenome do padrasto ou madrasta pelo enteado(a): 
- Motivo ponderável + concordância destes + manter apelidos de família. 
- Ausência de reflexos jurídicos (obrigações e sucessões). 
f) Programa de proteção à testemunha. 
Cirurgia de redesignação sexual (ADIN 4275): 
- desnecessidade da cirurgia/dec. Judicial. 
- modo de registro nos assentamentos. 
Súmula 403 STJ: 
“Independe de prova do prejuízo a indenização pela publicação não autorizada da imagem de pessoa 
com fins econômicos ou comerciais”. 
 
Art. 17 O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou representações 
que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja intenção difamatória. 
Art. 18 Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda comercial. 
 
DIREITO À IMAGEM E À HONRA: 
Art. 20 Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem 
pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a 
utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da 
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se 
destinarem a fins comerciais. 
Parágrafo Único Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas para requerer essa 
proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
DIREITO À PRIVACIDADE: 
Art. 21 A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento do interessado, adotará 
as providências necessárias para impedir ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
ADIN 4815 (DJ. 01.02.2016) O STF, por unanimidade, julgou procedente o pedido para dar 
interpretação conforme à Constituição aos artigos 20 e 21 do Código Civil, declarar não necessário o 
consentimento de pessoa biografada, sendo por igual desnecessária autorização de pessoas 
retratadas como coadjuvantes (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas). 
DIREITO À INTEGRIDADE INTELECTUAL: 
Liberdade religiosa, de expressão, sexual, aos direitos autorais e à propriedade industrial. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
ESTADO CIVIL: 
 Conceito: qualificação jurídica da pessoa de acordo com os papeis que ocupa na sociedade 
(atributo da personalidade). 
 Estado individual: idade, capacidade, sexo. 
 Estado familiar/civil 
 Estado político: nacional (nato ou naturalizado) ou estrangeiro; apátridas (pessoas com mais 
de uma nacionalidade). 
Obs.: ações de Estado (Ex: investigação de paternidade) e posse de Estado (Ex: posse do estado de 
filho). 
 Registro: 
Art. 9º Serão registrados em registro público: 
I. Os nascimentos, casamentos e óbitos. 
II. A emancipação por outorga dos pais ou por sentença do juiz. 
III. A interdição por incapacidade absoluta ou relativa. 
IV. A sentença declaratória de ausência e de morte presumida. 
 Art. 10º Far-se-á averbação em registro público: 
I. Das sentenças que decretarem a nulidade ou anulação do casamento, o divórcio, a 
separação judicial e o restabelecimento da sociedadeconjugal. 
II. Dos atos judiciais ou extrajudiciais que declararem ou reconhecerem a filiação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
04/06/2021 
 
DOMICÍLIO: 
CONCEITO: 
 Sede Jurídica da pessoa, centro habitual de suas relações Jurídicas. 
 Distinções Importantes: 
a) Habitação/Moradia: situação de fato provisória. 
b) Residência/domicílio: sede estável da pessoa. 
Art. 70 domicílio da pessoa natural é o lugar onde ela estabelece a sua residência (elemento 
objetivo) com ânimo definitivo (elemento subjetivo). 
CLASSIFICAÇÃO: 
a) Domicílio Necessário ou Legal: 
Art. 76 Tem domicílio necessário ou incapaz, o servidor público, o militar, o marítimo e o preso. 
Parágrafo Único O domicílio do incapaz é o do seu representante ou assistente; o do servidor 
público, o lugar em que exercer permanentemente suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo 
da Marinha ou da Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado; 
o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
b) Domicílio voluntário: 
Geral: escolhido livremente. 
Especial/De Eleição/Contratual: local escolhido para dirimir conflitos derivados de determinado 
negócio Jurídico (Art. 63 Código de Processo Civil). 
 Não precisa coincidir com domicílio de uma das partes. 
 Reflexos processuais: determinação da competência Juiz pode enviar o processo ao juízo 
competente de ofício (Art. 112, Parágrafo Único Código de Processo Civil). 
 Cláusula de eleição de foro é nula se gerar ônus ao consumidor (Art. 51 Código de Defesa do 
Consumidor). 
PLURALIDADE DE RESIDÊNCIAS: 
Art. 71 O domicílio será qualquer uma delas. 
DOMICÍLIO OCASIONAL OU APARENTE: 
Art. 73 a pessoa natural que não tenha residência habitual, domicílio será o lugar onde for 
encontrada. 
DOMICÍLIO PROFISSIONAL: 
Art. 72 é domicílio quanto às concernentes à profissão, o lugar onde é exercido. 
Parágrafo único se a pessoa exercitar profissão em lugares diversos, cada um deles será um 
domicílio. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
MUDANÇA DE DOMICÍLIO: 
Art. 74, Muda-se o domicílio, transferindo a residência, com a intenção manifesta de o mudar. 
Parágrafo Único A prova da intenção resultará do que declarar a pessoa às municipalidades dos 
lugares, que deixa, e para onde vai, ou, se tais declarações não fizer, da própria mudança, com as 
circunstâncias que a acompanharem. 
PRINCIPAIS CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS: 
 Fixação do lugar em que as obrigações devem ser cumpridas. 
Art. 327 CC Efetuar-se-á o pagamento no domicílio do devedor, salvo se as partes convencionarem 
diversamente, ou se o contrário resultar da lei, da natureza da obrigação ou das circunstâncias. 
Art. 78 CC Nos contratos escritos, poderão os contratantes especificar domicílio onde se exercitem e 
cumpram os direitos e obrigações deles resultantes. 
 Determinação de competência de ações judiciais. 
Art. 46 CC A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será 
proposta, em regra, no foro de domicílio do réu. 
 Identificação do local do inventário. 
Art. 1.785 CC A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. 
DOMICÍLIO DA PESSOA JURÍDICA: 
Art. 75, Quanto às pessoas Jurídicas, o domicílio é: 
I. Da União, o Distrito Federal; 
II. Dos Estados e Territórios, as respectivas capitais; 
III. Do Município, o lugar onde funcione a administração municipal; 
IV. Das demais pessoas Jurídicas, o lugar onde funcionarem as respectivas diretorias e 
administrações (Domicílio natural), ou onde elegeram (Domicílio convencional ou 
estatutário) domicílio especial no seu estatuto ou atos constitutivos. 
§ 1º, Tendo a pessoa Jurídica diversos estabelecimentos em lugares diferentes, cada um deles 
será considerado domicílio para os atos nele praticados. 
§ 2º, Se a administração, ou diretoria, tiver a sede no estrangeiro, haver-se-á por domicílio da 
pessoa Jurídica, no tocante às obrigações contraídas por cada uma das suas agências, o lugar do 
estabelecimento, sito no Brasil, a que ela corresponder. (Domicílio legal) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
07/06/2021 
PESSOA JÚRIDICA: 
O QUE É? 
 Conceito: reunião de pessoas naturais e/ou patrimônio que visa um objetivo comum, 
reconhecida como sujeito de direito e obrigações. 
 
 Elementos: 
a. Vontade humana. 
b. Organização de pessoas ou destinação de patrimônio afetado a fim específico. 
c. Licitude de seus propósitos (não haveria pessoa jurídica com objetivo criminoso). 
d. Capacidade jurídica reconhecida por lei. 
e. Atendimento das formalidades legais (para criação e usufruto da pessoa jurídica). 
 
 Características: 
a. Personalidade jurídica própria. 
b. Patrimônio próprio. 
c. Não praticam atos típicos de pessoas naturais. 
d. Sujeito ativo/ passivo em atos civis ou criminais. 
e. Necessário o CNPJ. 
f. Toda empresa é uma pessoa jurídica, mas nem toda pessoa jurídica é uma empresa. 
g. Empresa visa o lucro. 
h. 2 correntes: 
 Negativista- nega a PJ pois nega a existência apenas o patrimônio sem sujeito. 
 Teoria da ficção - a PJ é uma ficção criada por lei. 
 Teoria da realidade – PJ reflete uma realidade social. 
 
ESPÉCIES: 
 Art. 44 CC Pessoas jurídicas de DIREITO PRIVADO: 
a) Associações. 
b) Sociedades. 
c) Fundações. 
d) Organizações religiosas. 
e) Partidos políticos (L. 9.096/95) 
f) Empresas individuais de responsabilidade limitada (EIRELI – Art. 980-A CC) 
 Art. 41. Pessoas jurídicas de DIREITO PÚBLICO INTERNO: 
I - a União; 
II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; 
III - os Municípios; 
IV - as autarquias, inclusive as associações públicas 
V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. 
Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas jurídicas de direito público, a 
que se tenha dado estrutura de direito privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu 
funcionamento, pelas normas deste Código. 
 Afirmativista- 
§ 1° são livres a criação, organização, 
estruturação interna e funcionamento das 
organizações religiosas, sendo vedado ao 
poder público negar-lhes reconhecimento ou 
registro dos atos constitutivos e necessários 
ao seu funcionamento (Lei 10.825/2003) 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
 Art. 42. Pessoas jurídicas de DIREITO PÚBLICO EXTERNO: 
I - Os Estados estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito 
internacional público. 
CLASSIFICAÇÃO: 
 Quanto ao lugar de constituição (nacionalidade): 
 Nacional 
 Estrangeira 
 Regida pela lei do país de origem; 
 Agencias ou filiais no Brasil: regidas pela lei nacional, inclusive quanto à 
autorização para funcionamento. 
 Quanto à estrutura interna: 
a) Universitas bonorum  reunião de patrimônio 
- FUNDAÇÕES 
b) Universitas personarum  reunião de pessoas 
- SOCIEDADES 
- ASSOCIAÇÕES 
 
INÍCIO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: 
 Art. 45 CC começa a existência legal das PJ de direito privado com a inscrição do ato 
constitutivo no respectivo registro, precedida, quando necessário, de autorização ou 
aprovação do Poder Executivo. 
 Parágrafo único. Decai em três anos o direito de anular a constituição das PJ de direito 
privado, por defeito do ato respectivo, contado o prazo da publicação de sua inscrição no 
registro. 
REGISTRO E ADMINISTRAÇÃO: 
 Art. 46 CC conteúdo do registro civil. 
 Art. 48 se a PJ tiver administração coletiva, as decisões se tomarão pela maioria de votos 
dos presentes, salvo se o ato constitutivo dispuser de modo diverso. 
 Art. 49 se a administração da PJ vier a faltar, o juiz, a requerimento de qualquer interessado, 
nomear-lhe-á administrador provisório. 
FASES DA CONSTITUIÇÃO: Constituição – ato constitutivo 
a) Parte material 
b) Parte formal (estatuto ou contrato social) 
 Personalização – registro público 
  Natureza constitutiva 
 
 
 
 
CORPORAÇÕES 
Fundações e associações não tem 
fim lucrativo! 
PJ- nasce com o ato constitutivo (inscrição 
da sociedade), natureza constitutiva, 
nascimento da PJ começa a partir do ato 
constitutivo. 
PF- registro tem natureza declaratória, é 
obrigatório, nascimento da PF a partir do 
primeiro suspiro. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE: 
 Extensão de seus efeitos por lei: 
 Art. 52 aplica-se às pessoas jurídicas, no que couber, a proteção dos direitos da 
personalidade. 
 Meio de tutela avançada do próprio ser humano. 
 
 Nome comercial VS. Razão social 
 
SOCIEDADES: 
 Definição legal: 
Art. 981 CC celebram contrato de sociedade as pessoas que reciprocamente se obrigam a 
contribuir, com bens ou serviços, para o exercício de atividade econômica e a partilha, entre 
si, dos resultados. 
 
 Espécies: 
 Simples – atividade exercida não é típica de empresário. 
 Empresária Teoria da empresa 
 Art. 966 CC. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica 
organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
 Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de 
natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou 
colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
ASSOCIAÇÕES: 
 Definição legal: 
Art. 53. Associações são união de pessoas que se organizem para fins não econômicos. 
Parágrafo único. Não há, entre os associados, direitos e obrigações recíprocos. 
 
 Direito fundamental à livre associação: 
Art. 5° CC. Ninguém poderá ser obrigado a associar-se ou a permanecer associado. 
Obs.: associação de moradores X morador não associado: observar se há benefício (in)direto. 
 
 Igualdade entre associados: 
Art. 55. Associados com iguais direitos, mas o estatuto poderá instituir categorias com 
vantagens especiais. 
Art.56. Cargo de associado é intransmissível, se o estatuto não dispuser o contrário. 
Parágrafo único. Se o associado for titular de quota ou fração ideal do patrimônio da 
associação, a transferência daquela não importará, de per si, na atribuição da qualidade de 
associado ao adquirente ou ao herdeiro, salvo disposição diversa do estatuto. 
 
 Órgãos deliberativos: 
a) Assembleia geral. 
b) Diretoria. 
c) Conselho fiscal. 
Art. 6° CC. A convocação dos órgãos deliberativos far-se-á na forma do estatuto, 
garantido a 1/5 dos associados o direito de promovê-la. 
SOCIEDADES: FINS 
LUCRATIVOS 
ASSOCIAÇÕES: SEM FINS 
LUCRATIVOS 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
 Art. 59 CC. Compete privativamente à assembleia geral: 
I. Destituir os administradores. 
II. Alterar o estatuto. 
Parágrafo único. Para as deliberações a que se referem os incisos I e II deste artigo é 
exigido deliberação da assembleia especialmente convocada para esse fim, cujo quórum 
será o estabelecido no estatuto, bem como os critérios de eleição dos administradores. 
 Exclusão de associados: 
Art. 57. A exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em 
procedimento que assegure direito de defesa e de recurso, nos termos previstos no estatuto. 
 
 Dissolução: 
 Art. 61. O remanescente do patrimônio da associação será designada a entidade de 
fins não econômicos designada no Estatuto, ou para instituição municipal, estadual 
ou federal, de fim idêntico ou semelhante. 
 § 1º Por cláusula do estatuto ou, no seu silêncio, se os associados tiverem decididos 
anteriormente, é possível receber em restituição as contribuições que tiverem 
prestado ao patrimônio da associação. 
 § 2º Não existindo no Município, Estado... em que a associação tiver sede, o que 
remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal 
ou da União. 
ENTIDADES DE FIM NÃO ECONÔMICOS RESTITUIÇÃO DE ASSOCIADOS FAZENDA DO ESTADO, DF 
ou UNIÃO 
FUNDAÇÕES: 
 Afetação patrimonial a finalidade específica por ato inter vivos (escritura pública) ou causa 
mortis (testamento). 
 Art. 62 CC. Para criar uma fundação, o seu instituidor fará, por escritura pública ou 
testamento, dotação especial de bens livres, especificando o fim a que se destina, e 
declarando, se quiser, a maneira de administrá-la. 
 Art. 62. Parágrafo único CC. A fundação somente poderá constituir-se para fins de: 
 Assistência social, cultura, educação, meio ambiente, saúde, direitos humanos, etc. 
 En. 9 CJF – Art. 62 parágrafo único. Deve ser interpretado de modo a excluir apenas as 
fundações com fins lucrativos. 
 Etapas de criação: 
a) Art. 62 CC Dotação/ instituição: 
a) Instituidor pode ser PF ou PJ. 
b) Observar o limite da legítima (dir. sucessório- transferência patrimonial). 
c) Não comprometimento da subsistência (doação inoficiosa- contrária a lei). 
b) Elaboração do estatuto: 
a) Direta: pelo instituidor. 
b) Fiduciária: confiada a terceira pessoa (art. 65 CC) a prazo ou, 
subsidiariamente, em 180 dias. 
c) Aprovação do estatuto: 
a) Atuação do MP como fiscal da lei (art. 66 CC). 
b) Análise da suficiência dos bens (art. 63 CC). 
FUNDAÇÕES: SEM FINS 
LUCRATIVOS 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
d) Fase de registro: 
 Registro Civil de Pessoas Jurídicas. 
 Alteração do estatuto: 
 Quórum* especial de 2/3. 
(*número mínimo de pessoas necessárias para que uma sessão ou deliberação possa 
ser válida). 
 Não alteração da sua finalidade. 
 Aprovação pelo MP. 
Art. 68 CC. Quando a alteração não houver sido aprovada por votação unânime, os 
administradores da fundação, ao submeterem o estatuto ao órgão do Ministério 
Público, requererão que se dê ciência à minoria vencida para impugná-la, se quiser, 
em dez dias. 
 Extinção: 
Art. 69. Tornando-se ilícita, impossível ou inútil a finalidade a que visa a fundação, ou 
vencido o prazo de sua existência, o órgão do MP, ou qualquer interessado, lhe promoverá a 
extinção, incorporando-se o seu patrimônio, salvo disposição em contrário no ato 
constitutivo, ou no estatuto, em outra fundação, designada pelo juiz, que se proponha a fim 
igual ou semelhante. 
RESPONSABILIDADE CIVIL: 
 Art. 47 CC. Obrigam a PJ os atos dos administradores, exercidos nos limites de seus poderes 
definidos no ato constitutivo. 
 Patrimônio social. 
 Teoria da aparência: a *exteriorização de um erro justificável que surte 
consequências jurídicas. Trata-se de situação em que o direito reconhece eficácia a 
situações meramente aparentes, uma vez que, dada sua relevância social, não 
podem ser ignoradas. 
 Fazer com que se torne público. 
 Processo Judicial Digital Público Direito administrativo. 
 Processo Judicial Digital Privado Direito civil. 
EXCESSO DOS ADMINISTRADORES: 
 CC Art. 1015. No silêncio do contrato, os administradores podem praticar todos os atos 
pertinentes à gestão da sociedade; não constituído objeto social, a oneração ou a venda de 
bens imóveis depende do que a maioria dos sócios decidir. 
 Parágrafo único. O excesso por parte dos administradores somente pode ser oposto a 
terceiros se ocorrer pelo menos uma das seguintes hipóteses: 
I. Se a limitação de poderes estiver inscrita ou averbada no registro próprio da 
sociedade. 
II. Provando-se que era conhecida do terceiro. 
III. Tratando-se de operação evidentemente estranha aos negócios da sociedade. 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
FUNÇÃO SOCIAL: 
 Enunciado n°53 CJF – Art. 966. Deve-se levar em consideração o princípio da função social na 
interpretação das normas relativas à empresa, a despeito da falta de referência expressa. 
 Vedação ao abuso de direito. (Art.187 CC.) 
 Regras sobre acessibilidade. (Leis 10.048/00 e 10.098/00) 
 Infrações contra a ordem econômica. (Lei n° 12.529/11) 
 Desconsideração da personalidade jurídica. (Arts. 50 CC e 28 CDC) 
 
 
DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA: 
 CC Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de 
finalidade ou pela confusão patrimônio, pode o juiz, a requerimento da parte, ou do MP 
quando lhe couber intervir no processo, desconsiderá-la para que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares de 
administradores ou de sócios da pessoa jurídica beneficiados direta ou indiretamente pelo 
abuso. 
 ABUSO + REQUERIMENTO = RESPONSABILIDADE PATRIMÔNIO SOCIAL/ADMINISTRATIVA 
 Desvio de finalidade: 
É a utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a prática de atos 
ilícitos de qualquer natureza. (Art. 50, §1° CC). 
 Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato entre os patrimônios, 
caracterizada por: 
I. Cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do administrador 
ou vice-versa. 
II. Transferência de ativos ou de passivos sem efetivas contraprestações, exceto os de 
valor proporcionalmente insignificante. 
III. Outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. 
 Teoria maior: abuso + prejuízo ao credor. 
 Teoria menor: basta identificação de prejuízo ao credor. 
- Art. 28. §5° CC. Também poderá ser desconsiderada a PJ sempre que sua personalidade for, 
de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
- Art. 4°. Poderá ser desconsiderada a PJ sempre que sua personalidade for obstáculo ao 
ressarcimento de prejuízos causados à qualidade do meio ambiente. 
 Desconsideração inversa ou invertida: (Art. 50, §3° CC) 
- Enunciado 283 Conselho da Justiça Federal - Art. 50: É cabível a desconsideração da 
personalidade Jurídica denominada “inversa” para alcançar bens de sócios que se valeu da 
pessoa Jurídica para ocultar ou desviar bens pessoais, com prejuízos a terceiros. 
- Ex: Comprar bens com recursos próprios em nome da empresa para lesar ex-cônjuge em 
processo de divórcio. 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO: 
 
 
 Art. 51, Código Civil. Nos casos de dissolução da pessoa Jurídica, ou cassada a autorização 
para seu funcionamento, ela subsistirá para os fins de liquidação, até que está se conclua. 
 § 1º, Far-se-á, no registro onde a pessoa jurídica estiver inscrita, a averbação de sua 
dissolução. 
 § 2º, As disposições para a liquidação das sociedades aplicam-se, no que couber, às demais 
pessoas jurídicas de direito privado. 
 § 3º, Encerrada a liquidação, promover-se-á o cancelamento da inscrição da pessoa jurídica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
10/06/2021 
BENS: 
CONCEITO: 
 Bens são utilidades (i)materiais que podem ser objeto de relações. 
 Transformações: time sharing, software, know-how, etc. 
 Time sharing: “tempo de utilização de um bem”, imateriais, direito de imagem... 
Ex: nos USA as pessoas alugam um tempo dentro de suas casas durante um 
determinado período para a utilização de um tempo, feito muito por brasileiros que 
não vão morar lá (não é aluguel, por que aluguel é periódico). 
 Software: segurança as empresas desenvolvedoras de software (programas de 
computador) a fim de não serem prejudicadas por investimentos que seriam 
facilmente descobertos e copiados por outras empresas. 
 Know-how: O contrato pelo qual uma das partes se obriga a transmitir à outra 
conhecimentos técnicos exclusivos. 
Ex: fórmula da Coca-Cola. 
 Distinções importantes: 
a) Bem (força de trabalho do pintor) X prestação (pintura) 
b) Bem (querer comprar um celular) X coisa (celular) 
PATRIMÔNIO: 
 É o complexo de relações jurídico-materiais (valoráveis economicamente) de uma pessoa 
física ou jurídica, abrangendo os direitos reais e obrigacionais (pessoais). 
 Patrimônio mínimo (Mínimo existencial): 
Ex: bem de família. 
 Atendimento a objetivos constitucionais: erradicação da pobreza + dignidade humana. 
 Classificação: 
a) Global (universalidade de direitos – art. 91 CC). 
b) Bruto (valor sem descontos dos créditos/ débitos). 
c) Líquido (patrimônio sem o débito). 
 Insolvência civil – patrimônio inferior as suas dívidas (Art. 748 CPC/73 art. 1.052 CPC/15). 
CLASSIFICAÇÃO I: Bens considerados por sua individualidade. 
 Corpóreo: tem existência física. 
Ex: compra e venda. 
 Incorpóreo: tem existência abstrata, são criações jurídicas mas possuem valor econômico. 
Obs.: Súmula 228 STJ, “É inadmissível o interdito proibitório (ação judicial para impedir 
ameaça a posse de alguém) para a proteção do direito autoral”. 
 Móveis: = semoventes, tem movimento próprio (Ex: animal). 
 Imóveis: não podem ser transportados de um local para outrosem alteração de sua 
substância. 
 
 
 
Imóveis X móveis: 
Consequências jurídicas: 
- formas de transferências distintas. 
- prazos diferentes de usucapião. 
- modalidades distintas de garantia real. 
 
 
Direitos reais: Conj. de direitos que ligam um bem ao seu 
proprietário – posse (contato físico) e propriedade (registro 
do bem) 
Tenho uma caneta emprestada em mãos, mas não fui eu 
que comprei, tenho posse mas não propriedade. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 Imóveis: 
- Art. 79 CC – por sua natureza (solo). 
- Art. 79 CC – por acessão artificial (construções e plantações). 
- Art. 79 CC – por acessão natural (frutos e árvores). 
- Art. 80 e 81 CC – por disposição legal. 
 Móveis: 
 - Art. 82 CC – por sua própria natureza (navios, carros). 
 - Por disposição legal. 
 - Por antecipação (extração de árvores). 
 
 
 
 
 
Fungível X infungível: 
 Fungível: 
Art. 85 CC Substituível por outro da mesma espécie/qualidade/quantidade. (Ex: manga por 
manga) 
 Infungível: 
Não pode ser substituído. (Livro do autor A pelo livro do autor B) 
 Consequências jurídicas: 
- espécies do contrato de empréstimo: comodato (bem infungível) e mútuo (bem fungível); 
- o credor de coisa infungível não é obrigado a aceitar outra, ainda que de mesmo valor. 
Consumíveis X inconsumíveis: 
 Consumíveis: 
Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo uso importa destruição imediata da própria 
substância, sendo também considerados tais os destinados à alienação (vende). (Caneta) 
 Inconsumíveis: 
Não tem fim, duração muito grande de uso. 
Divisíveis X indivisíveis: 
 Divisíveis: 
Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem fracionar sem alteração na sua substância, 
diminuição considerável de valor, ou prejuízo do uso a que se destinam. 
Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem tornar-se indivisíveis por determinação da lei 
ou por vontade das partes. 
Ex: sacas de café. 
 
Art. 80. Consideram-se imóveis 
para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e 
as ações que os asseguram; 
II - o direito à sucessão aberta. 
 
Art. 81. Não perdem o caráter 
de imóveis: 
I - as edificações que, separadas 
do solo, mas conservando a sua 
unidade, forem removidas para 
outro local; 
II - os materiais provisoriamente 
separados de um prédio, para 
nele se reempregarem. 
 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
I - as energias que tenham valor econômico; 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações 
correspondentes; 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e 
respectivas ações. 
 
Art. 84. Os materiais destinados a alguma construção, 
enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os 
provenientes da demolição de algum prédio. 
 
Natural 
Jurídica 
 
Aluna: Adriana PalmeiraProfessora: Cristiane Lage MR01 
 
 Indivisíveis: 
- por natureza (animal). 
- Art. 65. Por determinação legal (módulo rural). 
- por vontade das partes (pagamento em parcela única). 
Singulares X coletivos: 
 Singular: 
Art. 89. São singulares os bens que, embora reunidos, se consideram de per si, 
independentemente dos demais. 
 - simples (coesão natural) Ex: animal. 
 - compostos (coesão artificial) Ex: edifício. 
 Coletivos: 
Art. 90. Constitui universalidade de fato a pluralidade de bens singulares que, pertinentes à 
mesma pessoa, tenham destinação unitária. 
Parágrafo único. Os bens que formam essa universalidade podem ser objeto de relações 
jurídicas próprias. 
Art. 91. Constitui universalidade de direito o complexo de relações jurídicas, de uma pessoa, 
dotadas de valor econômico. 
 
Bens no comércio X bens fora do comércio: 
 Bens no comércio: 
- podem ser apropriados/ alienados a título oneroso/ gratuito; passíveis de 
disposição, comunicação e penhora. 
 Bens fora do comércio: 
Aqueles que não importam em disposição, comunicação e penhora. 
- Pela própria natureza (água corrente). 
- Legalmente fora do comércio (bem público, bem de família convencionado). 
- Pela vontade humana (cláusula de inalienabilidade). 
Obs.: partes do corpo humano. 
CLASSIFICAÇÃO II: Bens reciprocamente considerados. 
Principais X acessórios: 
 Principais: 
- possui autonomia, que existe sobre si. 
 Acessórios: 
- aquele cuja existência depende do principal. (Ex: arvore em relação ao solo). 
Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si, abstrata ou concretamente; acessório, aquele cuja 
existência supõe a do principal (Princípio da gravitação Jurídica). 
Acessórios X pertenças: 
 Art. 93, São pertenças os bens que, não constituindo partes integrantes, se destinam, de 
modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao aformoseamento de outro. 
 Art. 94, Os negócios Jurídicos que dizem respeito ao bem principal não abrangem as 
pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da manifestação de vontade, ou das 
circunstâncias do caso. 
Ex: biblioteca 
Ex: herança 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
Ex: ar-condicionado, trator. 
Obs.: Partes integrantes, se unem ao principal formando um todo único (ex.: lâmpada de 
abajur, pneu de carro). 
 Classificação de bens acessórios: 
a) Frutos: produzido periodicamente + não prejudica o bem principal. 
Ex: ovo de galinha. 
Características: 
a) periodicidade. 
b) inalterabilidade da substância. 
c) separabilidade da coisa principal. 
Espécies: 
a) Civis: bens mais complexos, têm sua origem numa relação jurídica entre pessoas 
(ex.: rendimentos, aluguel). 
b) Industriais: têm sua origem numa atividade humana (ex.: sapatos - atuação 
humana). 
c) Naturais: surgem da própria essência do bem principal (força natural ou vegetal da 
natureza). 
Classificação Quanto ao Estado 
a) Pendentes: prontos para serem retirados, mas ainda ligados ao principal. 
b) Percebidos: aqueles que já foram colhidos. 
c) Estantes: bens armazenados. 
d) Percipiendos: aqueles que deveriam ter sido colhidos, mas estão apodrecendo. 
e) Consumidos: já cumpriram o seu destino, ou seja, já foram colhidos e vendidos. 
b) Produtos: São utilidades não-renováveis, cuja percepção diminui a substância da 
coisa principal. Sua retirada altera a substância do bem principal 
Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem principal, os frutos e 
produtos podem ser objeto de negócio jurídico. 
c) Benfeitorias: Despesas/obras realizadas no bem principal para sua conservação, 
melhoramento ou deleite. Ou seja, São despesas realizadas para conservar, melhorar 
ou embelezar a coisa. 
Art. 96, As benfeitorias podem podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias. 
§ 1º, São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o 
uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. 
(Ex: piscina, chafariz, etc.) 
§ 2º, São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem. (Ex: apar. 
Hidráulicos) 
§ 3º, São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se 
deteriore. (Ex: fundação, parede, etc.) 
Art. 97. Não se consideram benfeitorias os melhoramentos ou acréscimos 
sobrevindos ao bem sem a intervenção do proprietário, possuidor ou detentor. 
Benfeitorias X acessão: 
 Na acessão há aumento de conteúdo da própria coisa. É um modo originário de aquisição da 
propriedade. 
 Espécies: 
a) Natural (ex.: formação da ilha). 
b) Artificial (ex.: construções e plantações). 
 Consequências Jurídicas Ex.: Indenização devida ao possuidor de boa-fé. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
 Classificação e Espécies 
 Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas 
de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a 
que pertencerem. 
 Art. 99. São bens públicos: 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; Seu uso 
pode ser condicionado ao pagamento de uma retribuição (ex.: pedágio) 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou 
estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de 
suas autarquias; 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, 
como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo Único Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens 
pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito 
privado. 
 Admitem alienação via autorização legislativa. 
 Afetação/desafetação: conversão em bens de uso especial ou dominical por lei. 
 Os bens de uso comum e de uso especial são bens de domínio público do Estado, 
sendo: 
a) Inalienáveis: não pode doar, trocar nem vender. 
b) Impenhoráveis: o bem não pode ser penhorado. 
c) Imprescritíveis: não são suscetíveis de *usucapião. 
Obs.: A penhora é uma forma de garantir que o devedor que decidiu não pagar a dívida a pague, por 
meio da constrição de bens. O bem penhorado, então, será expropriado de seu dono para 
pagamento da dívida. 
Obs.: Uso de um bem por determinado tempo, comportando-se como dono e sem que haja oposição 
à posse, uma forma de conseguir a propriedade de um bem. 
 Os bens dominicais são de domínio privado do Estado. 
É possível a autorização, permissão ou concessão de uso de bens públicos a 
particular - ex. locação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
15/06/2021 
TEORIA DO FATO JURÍDICO: 
 Fato Jurídico lato sensu, é todo acontecimento relevante para o direito e suscetível de 
regulação pela norma jurídica. Ou seja, é todo acontecimento, natural ou humano, que gera efeitos 
jurídicos. 
 FATO JÚRIDICO = fato social + norma jurídica. 
CONCEITO: 
Acontecimento (natural ou humano) do qual decorre efeito constitutivo, modificativo ou extintivo de 
direitos e obrigações na órbita do direito.” (PAMPLONA; STOLZE, 2018). 
DEFINIÇÃO FUNCIONAL: 
Destaca a função do fato Jurídico (produzir efeitos Jurídicos), porém, a eficácia não é elemento 
essencial. 
PONTES DE MIRANDA: 
Fato Jurídico é o fato ou complexo de fatos sobre o qual incidiu a norma jurídica, podendo haver ou 
não a produção de efeitos Jurídicos. 
FATO JURÍDICO stricto senso: 
Aquele que advém, em regra, de fenômeno natural, sem intervenção da vontade humana e que 
produz efeito jurídico. Ou seja, é o acontecimento independente da vontade humana, que produz 
efeitos jurídicos. 
 Podem ser classificados em: 
a) Ordinário: fatos decorrentes da vida natural, ou seja, são fatos comuns e acontecem 
corriqueiramente na realidade Ex.: morte, nascimento, maioridade, menoridade… 
b) Extraordinário: acontecimentos eventuais, que não ocorrem diariamentee com certa 
habitualidade, decorre necessariamente da natureza Ex.: terremoto, tempestade… 
ATO- FATO JURÍDICO: 
É uma conduta humana que ocorre sem a vontade da mesma e por fim, gera um fato natural. Ou 
seja, embora a conduta humana lhe seja essencial, o direito considera irrelevante ter havido vontade 
em praticá-la. 
A norma prioriza o resultado fático que decorre do ato humano em detrimento do elemento volitivo. 
 São classificados em: 
a) Reais: atos humanos, que resultam circunstâncias fáticas, geralmente irremovíveis. 
b) Indenizativos: um ato humano lícito decorre prejuízo a terceiro, com dever de 
indenizar. 
c) Caducificantes: efeitos consistem na extinção de determinado direito e, por 
consequência, da pretensão, da ação e da exceção dele decorrentes. 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
ATO JURÍDICO lato sensu: 
A exteriorização consciente da vontade em praticar o ato constitui o seu cerne (gênero), ou seja, não 
existe ato jurídico sem a devida participação da vontade humana. 
 Elementos Essenciais: 
a) Ato humano volitivo: conduta que represente exteriorização de vontade 
(manifestação ou declaração). 
b) Consciência: há o intuito de realizar aquela conduta juridicamente relevante. 
c) Ato dirigido à obtenção de um resultado possível (objeto). 
 Classificação: 
a) Lícitos: conformes ao direito. 
b) Ilícitos: contrários ao direito. 
Obs.: ato ilícito é fato ilícito, pois também recebe a incidência juridicizante de uma norma jurídica. 
Há fatos não previstos em lei, são ajurídicos, embora possam ser considerados lícitos. 
ATO JURÍDICO stricto sensu: 
 Conceito: Não-negocial em que a vontade manifestada se limita a compor o suporte fático de 
certa categoria Jurídica, de modo que o fato Jurídico tem efeitos previamente estabelecidos 
pelas normas Jurídicas (invariáveis e Inexclusíveis). 
 Seus efeitos são necessários, ex lege ~ nota distintiva em relação ao negócio Jurídico. 
 (Ex.: reconhecimento da filiação, domicílio, confissão). 
NEGÓCIO JURÍDICO: 
 Conceito: Ato negociar em que à vontade é conferido o poder, dentro de certos parâmetros, 
de regular a amplitude, surgimento, permanência e intensidade dos efeitos das relações 
Jurídicas que nascem do ato Jurídico. 
 “É a declaração de vontade emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, 
validade e eficácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento Jurídico 
e pretendidos pelo agente” (PAMPLONA, STOLZE, 2018). 
 Autorregramento de interesses que possibilita a estruturação do conteúdo eficácia das 
relações Jurídicas dele decorrentes. 
 (Ex.: compra e venda, doação, testamento). 
FATO JURÍDICO stricto senso X ATO JURÍDICO lato sensu: 
A diferenciação conceitual entre fato jurídico e ato jurídico, na concepção de Washington Barros 
Monteiro, é que “em sentido amplo, o primeiro compreende o segundo, aquele é o gênero de 
que este é a espécie. Em sentido restrito, porém, fato jurídico é acontecimento natural, 
independente da vontade”. 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
16/06/2021 
NEGÓCIO JURÍDICO: 
CONCEITO: 
Um ato ou uma pluralidade de atos que esse relacionam entre si, com finalidade negocial, praticados 
espontaneamente por uma ou mais pessoas com a intenção de satisfazer seus interesses, que tem 
por finalidade a aquisição, modificação ou extinção do direito. 
 
 
PLANOS DE ANÁLISE DO NEGÓCIO JURÍDICO: 
 Existência: Incidência de norma jurídica uma vez verificada a concretização do suporte fático 
suficiente. São requisitos mínimos para o negócio jurídico exista. Seus elementos 
constitutivos são: 
 
Ex: é inexistente casamento celebrado por autoridade incompetente. 
 
 Validade: deficiência de elementos complementares do suporte fático relacionados ao 
sujeito, objeto ou forma do ato Jurídico. Os elementos adjetivam o plano da existência. 
Ex: Casamento de incapaz (menor de 16 anos) é nulo. 
 
 
 Eficácia: lambida produção de efeitos (situações e relações Jurídicas). 
Ex: Do casamento decorre o dever de mútua assistência. 
 
 
No direito Civil, o que não é 
proibido é permitido! 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
AUTORREGRAMENTO DA VONTADE: 
 Autonomia da vontade VS. Autonomia privada 
Ex.: Pai não pode vender imóvel a filho sem consentimento dos demais e cônjuge. 
 A norma Jurídica permite a manifestação de vontade e limita o seu conteúdo. 
 O conteúdo eficácia das relações Jurídicas pode ser regulado: 
a) Exaustivamente por normas cogentes (Ex.: casamento). 
b) De modo a permitir variações via exercício da autonomia privada (Ex.: compra e 
venda). 
CLASSIFICAÇÃO: 
 — Quanto ao plano da satisfação de interesses: 
a) Unilaterais: acontece quando há declaração de vontade de apenas uma das partes. 
(Ex: testamento, renúncia a herança, instituição de fundação). 
Não há reciprocidade ou correspectividade de efeitos Jurídicos. 
Mesmo a vontade receptícia não o descaracteriza, pois o destinatário tem um papel passivo. 
b) Bilaterais: ocorre com a declaração de vontade de ambas as partes, tendo efeitos no 
momento por elas determinadas enquanto vivas. 
(Ex: contratos em geral e acordos). 
Formado por manifestações de vontade distintas, porém coincidentes, recíprocas e 
concordantes sobre o mesmo objeto. 
c) Plurilaterais: forma mediante associação de interesses em regime de comunhão de direitos. 
(Ex: contrato de constituição de sociedade). 
Conjunto de vontades distintas que convergem para um fim comum. 
 — Lateralidade: 
 Refere-se ao número de posições das quais parte a exteriorização da vontade (centro de 
interesses). 
 ex.: Negócio Jurídico bilateral que envolve três ou mais pessoas. 
— Quanto à dependência da morte para produzir efeitos: 
a) Negócio Jurídico mortis causa (ex.: testamento). 
b) Negócio Jurídico inter vivos (ex.: contratos em geral). 
Observar se a morte é elemento integrativo do suporte fático, e não constitui mero termo ou 
condição (ex.: morte enquanto condição resolutório da doação — Art. 547 CC). 
— Quanto à (extra)patrimonialidade: 
a) Patrimoniais: Ex. compra e venda (direitos reais/obrigacionais). 
b) Extrapatrimoniais: Ex. casamento, adoção (direitos pessoais). 
— Quanto à forma: 
a) Solene: sujeitos a forma especial prevista em lei. (Ex. Compra e venda de imóvel superior a 
30x s.m.). 
b) Não-solene: figurantes podem eleger a forma que lhes aprouver. 
Regra geral: liberdade de forma. 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
Ex: doação. 
PRESSUPOSTOS DE EXISTÊNCIA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluna: Adriana Palmeira 
Professora: Cristiane Lage MR01 
 
 
BASES DAS RESOLUÇÕES PRIVADAS 
17/06/2021 
PLANO DE VALIDADE DO NEGÓCIO JURÍDICO: 
VALIDADE DOS ATOS JURÍDICOS: 
 “Diz-se válido o ato jurídico cujo suporte fático é perfeito, isto é, os seus elementos nucleares 
não têm qualquer deficiência invalidante, não há falta de qualquer elemento complementar” 
(MELLO, 2007, p. 4) 
 A invalidade afeta ato jurídico que: 
a) Viola norma jurídica cogente (proibitivas / impositivas). 
b) Foi acometido por defeito na manifestação de vontade. (Vícios de consentimento). 
 Ato inválido é ilícito- a sanção correspondente é a invalidade. 
 Qualificação dos pressupostos da existência (Art. 104 CC) 
 
 
GRAUS DE INVALIDADE: 
 
 Nulidade absoluta/ nulidade de pleno iure (Art. 166 CC) 
 Deriva da violação de normas cogentes, afetando a própria ordem pública. 
 Sanção mais grave -> ineficácia erga omnes. 
 Insanabilidade do vício, salvo exceções. 
 Alegadas por qualquer interessado, inclusive o MP (art. 168 CC). 
 O magistrado pode decretá-la de ofício (art. 168, parágrafo único CC). 
Ex. Negócio jurídico celebrado por pessoa absolutamente incapaz. 
 Nulidade relativa/ anulabilidade (Art.

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