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ESTUDO DE CASO Módulo C Fase I Ano 2021

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ESTUDO DE CASO Módulo C – Fase I – Ano 2021 
Tema: Intelectuais e personalidades: representação social 
NOTA - 100 
Na Antiguidade o atleta competia, porém, sua busca pela vitória não estava fundamentada na 
derrota do adversário e sim na superação dos próprios limites, ou seja, ao alcançar o seu 
máximo na competição havia a experimentação de uma condição divina, a afirmação da 
permanência. A vitória sobre o adversário era uma decorrência desse processo. 
No esporte moderno a melhor performance passou a se associar à conquista da primeira 
colocação, ou ainda ao recorde, distinguindo seu executor dos demais participantes da 
competição. A busca pelos melhores resultados deixou de ser superação do próprio limite para 
se tornar a superação do resultado do adversário. Conforme Mandell (1986) o esporte como se 
conhece na sociedade contemporânea surgiu em um momento histórico marcado por condições 
particulares e foi modelado conforme princípios de uma sociedade regida pelo sistema liberal. 
Nessa condição, a vitória, e não a participação, é o valor supremo da competição esportiva, isso 
porque à vitória estão associados o reconhecimento social, o dinheiro e o desejo da 
permanência, levando ao menosprezo de qualquer outro resultado. 
Os valores promovidos por uma grande parcela da sociedade ocidental contemporânea estão 
baseados na excelência e na motivação individual e social voltadas para a produção. Essa 
forma de vida facilita o desenvolvimento de um modelo esportivo que prepara crianças e jovens 
para o sucesso em uma vida altamente competitiva e desenvolve valores morais como a 
perseverança, o sacrifício, o trabalho árduo, o cumprimento de normas, o trabalho em equipe e 
a autodisciplina. Entretanto, esses mesmos valores são responsáveis por muitos problemas 
éticos encontrados no esporte, entre eles a glorificação dos vencedores e o esquecimento dos 
derrotados. No esporte isso tem levado a uma desumanização do atleta e à sua alienação 
(Bourdieu, 1993; Eitzen, 2001; Gonzalez, 1997). 
Autores como Miah (2003), Proença, Constantino (1998), Rodriguéz (1987) e Mariovet (1998) 
defendem os benefícios do esporte no desenvolvimento do caráter e afirmam que os atletas 
aprendem a superar obstáculos, a cooperar com os companheiros, a desenvolver autocontrole e 
persistir diante de derrota, tornando-se por isso, em muitos casos, um referencial de projeção de 
identidade, principalmente entre jovens e adolescentes. 
A trajetória dos heróis esportistas brasileiros, são “editadas” na mídia, enfatizando certos 
aspectos, relegando outros a um plano secundário e até mesmo omitindo algumas passagens. 
No Brasil, as narrativas das trajetórias de vida dos ídolos enfatizam sobremaneira a genialidade 
e o improviso como características marcantes e fundamentais para se alcançar o sucesso. Isto 
se torna ainda mais evidente nos universos das artes e dos esportes. Zico foi o maior ídolo do 
nosso futebol durante as décadas de 70 e 80 e estrela de uma geração de jogadores vitoriosos 
em seus clubes, mas que não lograram êxito em Copas do Mundo5. Figura muitas vezes 
contestada quando saía do universo clubístico. 
Saulo da Fé de Freitas, ou apenas Saulo, é o maior goleador da história do Paraná Clube. 
Foram 104 gols em 208 jogos com a camisa Tricolor. Uma incrível média de 0,5 gols por partida. 
O apelido de Tigre da Vila não foi concedido à toa – dono de uma habilidade singular, Saulo foi 
um atacante guerreiro, que enfrentava os zagueiros com muita explosão, velocidade, e 
acreditava em todos os lances. Artilheiro do Campeonato Paranaense de 1.991, ainda ajudou o 
Paraná a conquistar o título Brasileiro de 1.992 e o Paranaense de 1.996. A personalidade 
dessa figura do esporte, sim, me inspira e muito, assim como inspirou outras pessoas na época, 
e inspira até hoje. Eu jogo futebol, essa característica do jogador de partir pra cima dos 
zagueiros é muito parecido com o meu estilo de jogo, por esse e outros motivos que me 
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identifico com esse herói esportivo, e em relação à influência pela minha escolha da Educação 
Física, surgiu de outra inspiração, não sendo esse atleta esportivo citado acima a real influência.

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