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----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV Anamnese da criança e do adolescente »Pediatria →Puericultura é o conjunto de técnicas empregadas para assegurar o perfeito desenvolvimento físico e mental da criança, desde o período de gestação à puberdade. ● Aplica métodos de avaliações e ações. ● Busca prevenir doenças e promover a saúde ● Aspectos biológicos, psicológicos e sociais repercutem na saúde. →Etapas da infância: 1. RN: 0 a 28 dias 2. Lactente: 29 dias a 2 anos 3. Pré-escolar: 2 a 6 anos 4. Escolar 7 a 9 anos 5. Adolescente: 10 a 19 anos →Semiologia pediátrica: Estudos dos sinais e sintomas que vão constituir as síndromes, com finalidade diagnóstica, fazer acompanhamento e tomar decisões frente a enfermidades na pediatria. 1. Sinal (objetivo→ o que você palpa ou vê). 2. Sintoma (subjetivo→ o que a pessoa diz estar sentindo). 3. Síndrome→ conjunto de sinais e sintomas característicos = as síndromes orientam ao diagnóstico das doenças. a. Ex.: Síndrome de hipertensão craniana→ cefaleia, vômitos, convulsão, edema de papila, vertigem, bradicardia, hipertensão arterial, taquipnéia→ pode indicar Meningite ou Tumor cerebral. 4. Patognomônico/típico→ especificidade da doença. 5. Prodrômico→ antecede a doença. P.s.: Exemplo→ No sarampo, o Sinal de Koplik (manchas brancas na mucosa oral) é um sinal patognomônico e prodrômico, antecedendo ao exantema (máculas vermelhas não puregentinosas?). Assim como ocorre no adulto, a consulta pediátrica abrange anamnese, exame físico e exames complementares. →Vale ressaltar, novamente, o decálogo da dor e a caracterização dos sintomas. A anamnese é a entrevista realizada pelo profissional de saúde e tem como finalidade ajudar a compreender e identificar os problemas de saúde nas diversas dimensões (orgânica, social e psíquica), direcionando os caminhos da investigação. »Consulta pediátrica: ● Binômio mãe-filho: sintomas relatados e interpretados pela mãe; a criança não consegue expressar. ● Demonstrar respeito, compreensão e acolhimento; observar sempre e ouvir a criança quando possível; observar relação mãe-filho. »Anamnese da criança →A anamnese deve ser a mais completa e detalhada possível, representar a evolução da criança até o momento da consulta, linguagem acessível, demonstrar respeito e interesse. ● Não se intimidar pelo choro ● Falar calmamente ● Tentar fazer contato com a criança→ imagens lúdicas, brincadeiras ● Dar segurança e diminuir o medo ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV ● Fazer toda a história e o exame clínico se necessário Itens da anamnese 1. Identificação a. Nome, sexo, data de nascimento, raça, procedência, naturalidade, residência. 2. Queixa principal e duração (QPD) a. Descrever conforme o relato pela criança e/ou acompanhante. b. Nem sempre há uma queixa (às vezes a criança está ali apenas para uma consulta de rotina, e essa será a queixa). Deve conter a duração, mesmo que estimada! 3. História da doença atual (HDA) a. Sinais e sintomas, duração, frequência, fatores de melhora e piora, tratamentos realizados; escrever em ordem cronológica e linguagem técnica; intervir e investigar quando necessário. 4. Interrogatório sintomatológico (IS) a. Geral: febre, adinamia, apetite, perda de peso. b. Pele: erupções, pruridos, palidez. c. Cabeça e pescoço: cefaléia, tontura, trauma, conformação craniana, tumorações, pulsações anormais. d. Olhos: visão, secreções, estrabismo, nistagmo, escotomas. e. Ouvidos: audição, infecções, secreções (otorréia, otorragia). f. Nariz: rinorréia (sanguinolenta, purulenta), coriza, obstrução, sangramento (epistaxe). g. Boca e orofaringe: dor, problemas dentários, disfagia. h. Tórax: massas, assimetria, dor. i. Respiratório: tosse, dispnéia, chiado no peito, expectoração, hemoptise, cornagem. j. Cardiovascular: palpitações, cianose. k. Gastrointestinal: hábito intestinal, regurgitação, vômitos, dor abdominal, diarréia, sialorréia, hematêmese, alterações do apetite (bulimia ou polifagia, anorexia, inapetência, perversão do apetite), disfagia, odinofagia. l. Genitourinário: dor, frequência de micções, urgência urinária, coloração da urina, presença de testículos na bolsa escrotal, corrimento vaginal, hematúria, polaciúria, poliuria, enurese noturna, oligúria, disúria, piúria, anúria. m. Sistema nervoso: tiques, tremores, coordenação motora, distúrbios da motricidade, sensibilidade (paresia, paralisia, anestesia), equilíbrio, consciência, convulsões. n. Sistema locomotor: paresias, paralisias, dor em membros, alterações de marcha, escolioses. o. Sistema hemolinfopoético: hemorragias, petequias, equimoses, hematomas, adenomegalias, esplenomegalia. 5. Antecedentes obstétricos (AO) a. Pré-natal: número de consultas, ganho de peso, complicações, medicações utilizadas. b. Parto: tipo de parto, indicação, intercorrências. c. Neonatal: peso ao nascimento, idade gestacional, necessidade de reanimação, intercorrências no berçário. 6. Antecedentes pessoais (AP) ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV a. Doenças da infância: quais doenças a criança já apresentou, com que idade, tratamento e complicações. b. Alergias, acidentes, internações, cirurgias, medicações. 7. Antecedentes familiares (AF) a. Pais: idade, consanguinidade, problemas de saúde. b. Irmãos: idade, problemas de saúde. c. Doenças na família. 8. Desenvolvimento Neuro-psicomotor (DNPM) a. Neuromotor: listar idade das principais aquisições, como sustentar a cabeça, rolar na cama, sentar sozinho, engatinhar, ficar em pé com apoio, andar, primeiras palavras, controles esfincterianos. b. Afetivo: comportamento da criança, relação com familiares e amigos, disciplina. c. Cognitivo: desenvolvimento da linguagem, desempenho escolar. 9. Antecedentes vacinais a. Datas das imunizações, reações às vacinas. b. Verificar sinal de BCG→ Mácula, pústula, úlcera, cicatriz. 10. Alimentação a. Se foi amamentado exclusivo ao seio materno e quanto tempo; idade do desmame e condições; qualidade e quantidade dos alimentos ofertados; número de refeições; pesquisar intolerância ou alergia alimentar. 11. Condições e hábitos de vida (HV) a. Hábitos e horários: horários das principais atividades do dia, características do sono, atividades físicas. b. Características do domicílio: número de cômodos, número de moradores, condições de saneamento, água encanada, luz elétrica. c. Renda familiar. d. Uso de cigarros, álcool e drogas pela criança ou parente. P.s.: É importante preencher e estar atento ao cartão/caderneta da criança! »Hebiatria →Hebiatria: medicina do adolescente; área de atuação da pediatria que se propõe a prestar atenção integral ao adolescente. O comportamento dos adolescentes podem ser explicados pela maturação da capacidade neuronal. Com cerca de 14 anos, o indivíduo já possui plena capacidade cognitiva. É importante que o adolescente seja estimulado nas mais diversas áreas, visto que na adolescência, há a destruição das vias neuronais que não fizeram as conexões necessárias. ● As primeiras áreas que terminam sua maturação são as áreas primitivas, tendo o lobo frontal como a última. O lobo frontal controlatodo o pensamento e comportamento voluntário (andar, falar, solucionar problemas, emoções), assim como os impulsos. E por não estar 100% maduro/desenvolvido, o adolescente tende a não possuir o controle dos próprios impulsos. →Transformações da adolescência 1. Biológicas: estirão do crescimento; desenvolvimento do aparelho reprodutor e sexualidade. 2. Psicológicas: busca da própria identidade; lutos da infância; realização pessoal. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV 3. Sociais: papel na sociedade, responsabilidade social, autonomia. →Desenvolvimento psicossocial »Adolescência inicial (10-13 anos): independência dos pais; importantes amigos do mesmo sexo; dificuldade de concentração; preocpação com as mudanças pubertárias. »Adolescência média (14-16 anos): pico dos conflitos com os pais; tendência grupal; conduta onipotente (comportamento de risco); preocupação com a aparência. »Adolescência final (17-20 anos): reaproximação emocional com os pais; priorização das relações interpessoais estáveis; preocupação concreta com o futuro; aceitação da imagem corporal. →”Síndrome do adolescente normal” (Aberastury e Knobel): Busca de si mesmo e da identidade, tendência grupal, necessidade de fantasiar e intelectualizar, crises religiosas, desorientação temporal, atitude social reivindicatória, separação progressiva dos pais, flutuações de humor e estado de ânimo, evolução sexual do auto (erotismo a heterossexualidade ou outra opção sexual), contradições sucessivas em todas as manifestações de conduta, vivência temporal singular (o tempo depende do que aquilo significa para ele; existencial). »Anamnese do adolescente O atendimento clínico de adolescência deve abranger os aspectos orgânicos, psicológicos e sociais. →Postura do médico: 1. Ouvir o adolescente 2. Saber comunicar-se 3. Oferecer apoio 4. Aconselhar tecnicamente 5. Não emitir juízo de valor 6. Reconhecer as qualidades 7. Favorecer a autoestima 8. Respeito Se ele veio acompanhado, ouvir inicialmente a queixa ou as observações do acompanhante e retirar dados de anamnese que sejam necessários. Depois, a consulta deverá ser feita com o adolescente sozinho, lembrando a ele do sigilo relativo dos fatos que forem contados. Também é importante oferecer a oportunidade do adolescente (sozinho) a expor sua percepção sobre o que está acontecendo com ele. →Princípios éticos: Indivíduo progressivamente capaz e atendê-lo de forma diferenciada, respeitando sua individualidade. ● Direito de ser atendido sem a presença dos pais ou responsáveis e de fazer pḉões sobre procedimentos diagnósticos/terapêuticos. →Sigilo profissional: “Revelar sigilo profissional relacionado a paciente menor de idade, inclusive a seus pais ou representantes legais, desde que o menor tenha capacidade de discernimento, salvo quando a não revelação possa acarretar dano ao paciente”. 1. Quebra de sigilo: gravidez, doenças graves, não adesão ao tratamento, abuso de drogas, tendências suicidas ou homicidas, risco à saúde de terceiros. 2. Segredo médico: atividade sexual, DSTs, experimentação de drogas. →Receber esclarecimento a respeito de seu crescimento físico e desenvolvimento psicossocial e sexual. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV →Neste período podem aparecer novos hábitos de consumo, inclusive com reflexos na alimentação diária, explicáveis por motivos psicológicos e socioeconômicos. Estes novos hábitos decorrem da influência de amigos, rebeldia contra os controles exercidos pela família, estabelecimento de novos limites, mudanças de valores, estilos de vida, busca de autonomia e identidade. →Pirâmide de Maslow: 1. Autorrealização (topo de pirâmide): criatividade, talento, desenvolvimento pessoal. 2. Estima: reconhecimento, autoestima, status. 3. Social: status, amor, amizade, família, comunidade. 4. Segurança: segurança da família, do corpo e da comuniade. 5. Fisiologia (base da pirâmide): comida, água, abrigo, sono. »Exame físico geral →Aspecto geral: Recepção da criança, nível de consciência, condições de higiene, ativo ou hipoativo, atitude, marcha, fala, comportamento. →Ectoscopia: ● Impressão geral: saudável, ativo, enfermo, irritadiço, prostrado, obnubilado, comatoso. ● Fácies: dor, ansiedade, depressão, medo, pavor, tristeza. ● Comportamento: comunicativo, tímido, agressivo, ativo, passivo e hiperativo. ● Estado de hidratação: perda de turgor e elasticidade (sinal de prega), hipotonia dos globos oculares (encovados), sede intensa ou inaparente, mucosas secas, depressão de fontanela anterior no lactente. ● Peles e anexos: cianose, icterícia, palidez, edema, erupções cutâneas. ● Estado nutricional: nutrido ou subnutrido. ● Aspectos do crescimento e desenvolvimento: normal ou alterado. →Atitude: ortopneica, antálgica, cócoras, contratuais (opistótono). →Marcha: atáxica, ceifante, claudicante. →Fala: disfonia (alteração na característica da voz), afonia (rouquidão), disfasia (gagueira), dislalia (dificuldade em articular as palavras), dislexia (dificuldade na leitura, escrita e soletração; troca de fonemas; não pode persistir depois dos 4 anos de idade), disartria (alterações nos músculos da fonação, hipertonia ou incoordenação cerebral). →Dados vitais: temperatura axilar, frequência cardíaca, pulso, frequência respiratória. →Antropometria: ● Comprimento/altura ○ Até os 2 anos de idade, é denominado comprimento, sendo medido com a criança deitada. ○ Estatura: criança em pé. ● Peso ● Perímetro cefálico: fita métrica passando pela glabela e pelo occipital, sem abranger as orelhas→ criança até 2 anos de idade. ● Perímetro torácico: altura dos mamilos→ em recém-nascidos. ● Importante (!): utilizar os gráficos de desenvolvimento para uma melhor percepção do crescimento da criança. »Exame físico dos sistemas ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV (1) Pele e anexos: cor, textura, turgor; presença de rash, marcas de nascença, lesões, anormalidade das unhas, quantidade, textura e distribuição do cabelo, manchas mongólicas, entre outros. (2) Cabeça e pescoço: ● Inspeção do crânio: simetria, formato, proporção craniofacial, presença de abaulamentos, implantação de cabelos. ● Palpação do crânio: consistência óssea, junção de suturas, abaulamentos, palpam-se fontanelas (anterior/ bregmática: fecham normalmente com 1 ano e meio, e a posterior/ lambdóide que fecham normalmente com 1/ 2 meses). ● Cadeias ganglionares: localização, tamanho, consistência, mobilidade, coalescência, sensibilidade dolorosa o ● Olhos: formato, simetria, mobilidade, distância. Coloração da esclera, conjuntiva, presença de secreções. Tamanho das pupilas, reações à luz. ● Orelhas: implantação (normal: borda superior do pavilhão se encontra na mesma altura dos cantos internos dos olhos), forma, secreções. Otoscopia no final do exame. ● Nariz: tamanho, formato, secreções, lesões. Crianças maiores: rinoscopia anterior – cor ebrilho da mucosa. ● Boca: simetria. Lesões. O exame do interior da boca deve ser feito de preferência ao final do exame ● Pescoço: inspeção, palpação, mobilidade (ativa/ passiva), palpação da tireoide. (3) Tórax e cardiorrespiratório: quanto ao tórax, avalia forma, simetria, retrações, abaulamentos, mamilos, frêmito tóraco-vocal. O precórdio é avaliado quanto a localização do ictus cordis (localização, extensão e intensidade), presença de frêmitos. Os pulmões são avaliados quando a murmúrio vesicular e presença de ruídos adventícios. Por fim, avalia-se no coração o ritmo, ausculta das bulhas cardíacas, presença de sopros, desdobramentos e extra-sístoles. (4) Aparelho respiratório: →Inspeção: padrão respiratório (frequência, ritmo, amplitude) e frequência respiratória. →Palpação: pesquisa de pontos dolorosos, tumorações, nódulos, frêmito toracovocal, expansibilidade e simetria. Também é necessário pesquisar o Ictus cordis (extensão, intensidade, ritmo dos batimentos cardíacos) →Ausculta: toda a região em busca de murmúrio vesicular e ruídos adventícios. ● Inicia pelo ictus (área mitral), seguido de área tricúspide, área pulmonar e, por fim, área aórtica. →Percussão: toda a região torácica. (5) Aparelho cardiovascular: →Deve-se determinar: frequência cardíaca, ritmo das bulhas cardíacas, intensidade das bulhas cardíacas, presença de outros ruídos (atritos ou sopros sistólico, diastólico e contínuos). →Palpação de pulsos. →Aferição da pressão arterial. (6) Abdome: →Inspeção: Forma, simetria, movimentos peristálticos; palpação superficial e profunda→ procura de tumorações e visceromegalias. →Ausculta: deve preceder a palpação e percussão, inicia-se pela fossa ilíaca esquerda, pesquisar ruídos hidroaéreos→ aumentados (diarréia, fase inicial da peritonite) ou redução (íleo paralítico e peritonite). ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Ana Luiza Magalhães - TXXIV →Percussão: todo abdome, som timpânico devido a presença de vísceras ocas (intensidade variável), pesquisar hepato e esplenomegalia. →Palpação: evitar manobras bruscas; mãos aquecidas e a mão espalmada sobre o abdome (utilizar as polpas digitais); aproveitar a inspiração (maior relaxamento muscular) inicia-se com palpação superficial deslizando a mão sobre o abdome, observando se há dor; pesquisa-se presença de massas ou visceromegalias; no lactente, o fígado é palpado a 2-3 cm abaixo do rebordo costal direito. (7) Genitais e região anal: →Genitais: a região inguinal deve ser palpada a procura de gânglios e tumorações, palpação do pulso femoral. ● Meninos: forma do pênis, exposição da glande, localização da uretra (normal, epispádia/dorsal, hipospádia/ventral), presença de aderências, presença dos testículos, forma da bolsa escrotal. ● Meninas: tamanho do clitóris, lábios maiores e menores, orifício uretral e hímen. →Região anal: localização e fissuras. »No geral, também é indicado realizar a otoscopia (observação do conduto auditivo externo e visualização de membrana timpânica) e oroscopia (verificação do aspecto e dor da mucosa, condições dos dentes, exame da língua e visualização de palato mole, úvula e amígdalas). »No adolescente, ao contrário da criança, também é necessário avaliar outros itens relacionados, principalmente, à puberdade, características sexuais secundárias e demais mudanças biológicas. →Puberdade: etapa inicial ou biológica da adolescência, caracterizada por 2 tipos de mudanças no sistema reprodutivo sexual… 1. Características sexuais primárias: alterações dos ovários, útero e vagina→ mulheres; testículos, próstata e glândulas seminais→ homens. 2. Características secundárias: aumento das mamas e aparecimento de pelos pubianos e axilares→ mulheres; aumento das genitálias, pênis, testículos, bolsa escrotal, aparecimento de pelos e mudanças no timbre da voz→ homens. »Exemplo de um exame físico adequado de uma criança eutrófica de 3 anos. 1. Bom estado geral, hidratada, afebril, acianótica, anictérica, eupnéica, corada, ativa, comunicativa, fácies atípicas. 2. Oroscopia: sem edema, sem lesões, sem hiperemia 3. Otoscopia: membrana timpânica translúcida sem abaulamento ou hiperemia 4. Aparelho cardiovascular: 2 bulhas normofonéticas rítmicas sem sopro. FC: 110bpm 5. Aparelho respiratório: murmúrio vesicular presente, bilateral simétrico, sem ruídos adventícios 6. Abdômen: plano, sem lesões, normotenso, indolor à palpação, sem visceromegalias, timpânico a percussão, ruídos hidroaéreos presentes e normoativos. 7. Pele sem lesões 8. Membros sem edema ou deformidades 9. Conversa, se comunica bem, sabe o próprio nome, sabe a idade, sabe várias cores, sem agitação ou hipoatividade, marcha atípica 10. Peso: 22 kg. Estatura: 120 cm. IMC: 15,2 -----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
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