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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS - FMU BACHARELADO EM ENFERMAGEM NÁIRA SOUZA DE CAMPOS – 3764634 IOLANDA RODRIGUES OLIVEIRA – 3471234 PROF.ª MARGARETH CAMPELO E ROCHA ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA SAÚDE MENTAL SÃO PAULO 2021 CASO Alberto, 19 anos, está encerrado no quarto, há mais de mês, não quer ver ninguém. A mãe está muito doente com câncer e uma tia está na casa cuidando dela. A. já apresentou outros episódios de isolamento e anda cada vez mais estranho. Agressivo com a tia, agora não quer sair de seu quarto. A comida é deixada na porta. Saí para ir ao banheiro e não toma banho há dias. Parece indiferente ao que está havendo com sua mãe, não pergunta nada e mal se aproxima. O relacionamento com o pai é difícil, troca com ele poucas palavras. Piorou depois que desistiu da escola na 6a série e passou a ir à uma igreja, mudou o jeito de vestir, e recriminava o pai por que este bebia. Depois se afastou também da igreja, e fica cada vez mais em casa. A mãe refere que ele fala coisas estranhas, sobre fatos que não aconteceram e que ele inventa e interpreta as coisas de um jeito próprio. Na escola, após a adolescência passou a afastar-se dos colegas, na igreja tinha um amigo, que o decepcionou, segundo comentou com sua mãe. Sempre foi considerado esquisito na escola e na família. Gostava de desenhar, mas é por uns tempos, que inventa alguma atividade, logo perde o interesse e se recolhe para o quarto e para um quase mutismo, fala cada vez menos e às vezes é bem agressivo com as palavras. A tia diz que ele parece frio e distante, que não expressa emoção. A família está muito preocupada e associa este comportamento à doença da mãe. Nunca teve namorada e afastou-se dos poucos amigos. ATIVIDADE A. Considerando o caso acima, faça o levantamento dos problemas de enfermagem. • Encerrado no quarto, há mais de mês e não quer ver ninguém. • Apresentou outros episódios de isolamento e anda cada vez mais estranho. • Agressivo com a tia. • Sai para ir ao banheiro e não toma banho há dias. • Parece indiferente ao diagnóstico de câncer da mãe. • O relacionamento com o pai é difícil, troca com ele poucas palavras. • Desistiu da escola na 6.ª série e passou a ir à igreja, mas depois se afastou. • Fala coisas estranhas, sobre fatos que não aconteceram. • Inventa e interpreta as coisas de um jeito próprio. • Perde o interesse e se recolhe para o quarto e para um quase mutismo; • Fala cada vez menos e às vezes é bem agressivo com as palavras. • Parece frio e distante, que não expressa emoção. B. Elabore 5 diagnósticos de enfermagem - NANDA com título, fatores relacionados e características definidoras. • Manutenção ineficaz da saúde relacionada a estratégias de enfrentamento ineficazes, habilidades de comunicação ineficazes, pesar complicado, sofrimento espiritual e tomada de decisões prejudicada, evidenciado por ausência de comportamentos de adaptação a mudanças ambientais, ausência de interesse em melhorar comportamentos de saúde, conhecimento insuficiente sobre práticas básicas de saúde, incapacidade de assumir a responsabilidade de atender a práticas básicas de saúde e padrão de ausência de comportamento de busca de saúde, associada a transtornos perceptivos. • Regulação do humor prejudicada relacionada a alteração no apetite, função social prejudicada, isolamento social e solidão, evidenciado por desesperança, disforia, distanciamento e irritabilidade, associada a psicose. • Isolamento social relacionado a comportamento social incoerente com as normas, dificuldade para estabelecer relacionamentos e valores incoerentes com as normas culturais, evidenciado por ações repetitivas, desejo de estar sozinho, hostilidade e retraimento, associado a alteração no bem-estar e alteração no estado mental. • Processos familiares disfuncionais relacionado a estratégias de enfrentamento ineficazes e habilidades insuficientes para a solução de problemas, evidenciado por desesperança, hostilidade, frustração, infelicidade, raiva, mau humor, solidão e rompimento de papéis familiares, associado a disfunção da intimidade. • Resiliência prejudicada relacionada a controle insuficiente dos impulsos, paternidade inconsistente e rompimento de papéis na família, evidenciado por estado de saúde prejudicado, estratégias de enfrentamento ineficazes, integração ineficaz, interesse diminuído pelas atividades acadêmicas e isolamento social, associado a transtorno psicológico. C. A partir dos diagnósticos de enfermagem NANDA, prescreve cuidados específicos a esses diagnósticos, tendo como referência a literatura NIC. • Manutenção ineficaz da saúde: Estabelecer uma relação terapêutica baseada na confiança e no respeito. Demonstrar empatia, cordialidade e autenticidade. Oferecer privacidade e garantir o sigilo. Estimular a expressão dos sentimentos. Auxiliar o paciente a identificar o problema ou situação que está causando sofrimento. Auxiliar o paciente a listar e priorizar todas as alternativas possíveis a um problema. Identificar todas as diferenças entre a visão do paciente acerca da situação e a da equipe de cuidados de saúde. Determinar como o comportamento da família afeta o paciente. Verbalizar a discrepância entre os sentimentos e os comportamentos do paciente. Encorajar o desenvolvimento de habilidades, conforme apropriado. Encorajar a substituição de hábitos indesejáveis por outros mais desejáveis. Reforçar novas habilidades. Desencorajar a tomada de decisão, quando o paciente estiver muito estressado, quando possível. • Regulação do humor: Obter prescrição médica para a fototerapia (i.e., frequência, distância, intensidade e duração da fototerapia), conforme apropriado. Orientar o paciente/pessoa importante sobre o tratamento (e., indicações de uso, procedimento do tratamento). Documentar o tratamento e a resposta do paciente • Isolamento social: Encorajar atividades sociais e comunitárias. Promover o envolvimento em interesses completamente novos. Ajudar o paciente a aumentar a percepção dos pontos fortes e das limitações ao comunicar-se com os outros. • Processos familiares disfuncionais: Estabelecer uma relação pessoal com o paciente e seus familiares que estarão envolvidos nos cuidados. Identificar as capacidades dos membros da família para o envolvimento nos cuidados do paciente. Identificar as expectativas dos membros da família em relação ao paciente. Encorajar os familiares e o paciente a auxiliarem na elaboração de um plano de cuidados, inclusive resultados esperados e a implementação desse plano. Monitorar a estrutura e os papéis da família. Encorajar os familiares a conservarem ou manterem as relações familiares, conforme apropriado. • Resiliência prejudicada: Avaliar o impacto da situação de vida do paciente nos papéis e nas relações. Encorajar o paciente a identificar uma descrição realista da mudança de papel. Avaliar a compreensão que o paciente tem do processo de doença. Avaliar e discutir respostas alternativas à situação. Usar uma abordagem calma e tranquila. Proporcionar uma atmosfera de aceitação. Limitar a necessidade de decisão se isso causar frustração/confusão ao paciente. Reduzir estresse ambiental que cause irritação ou frustração. Reduzir o isolamento social, conforme apropriado. Dar apoio ao paciente para manifestar, com adequação, a raiva, a hostilidade e a frustração. Identificar a função da raiva, da frustração e da fúria para o paciente
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