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VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA Professora Kattiara Estrela 2020.1 CONCEITO Ventilação artificial, realizada por meio de tubo orotraqueal, tubo nasotraqueal ou traqueostomia, visando manter as trocas gasosas. INDICAÇÕES Parâmetros Clínicos Indicação Formal PCR ou parada respiratória Indicação Relativa Fadiga – desconforto respiratório intenso Coma – Glasgow < 8 PARÂMETROS GASOMÉTRICOS IRpA PaO2 < 50 com FiO2 > 60% - oxigenação inadequada PaCO2 > 60 ou subindo 5-10 mmHg/hora – ventilação inadequada REALIZAÇÃO DA INTUBAÇÃO Drogas Sedativos – Dormonid (Midazolan) / Fentanil Curare de ação rápida – Atracúrio / Pavulon LARINGOSCÓPIO / LÂMINAS RETA E CURVA DICA: O tamanho mais adequado seria aquele mais próximo da distância da comissura labial até a implantação superior da orelha. CÂNULA TRAQUEAL • Prematuro – 2,5 a 3,0 mm • RN – 3,0 a 3,5 mm • Até 6 meses – 3,5 a 4,0 mm • 6 a 12 meses – 4,0 a 4,5 mm • 12 a 18 meses – 4,5 a 5,0 mm • 18 a 24 meses – 5,0 a 5,5 mm • 2 a 4 anos – 5,5 a 6,0 mm • 4 a 7 anos – 6,0 a 6,5 mm • 7 a 10 anos – 6,5 a 7,0 mm • Adulto – Mulheres - 7,0 -7,5 mm / Homens - 8,0- 8,5 mm VIA DE ESCOLHA Orotraqueal Nasotraqueal IMPORTANTE Aspirador Esvaziamento Gástrico Ambú Manobra de Sellick Máscara Posição da Cânula Fonte de Oxigênio Monitor OBJETIVOS FISIOLÓGICOS DA VM Melhorar a ventilação alveolar Melhorar a oxigenação arterial Promover aumento do volume pulmonar Reduzir o trabalho respiratório OBJETIVOS CLÍNICOS DA VM Reverter hipoxemia – SatO2 >ou= 90 a 93% Reverter a acidose respiratória aguda Reduzir o desconforto respiratório Prevenir ou reverter atelectasias Permitir sedação e/ou bloqueadores neuromusculares Reduzir o consumo de oxigênio sistêmico e miocárdico PRINCÍPIOS BÁSICOS DE FUNCIONAMENTO DOS VENTILADORES Fase Inspiratória – ventilador insufla os pulmões do paciente; Mudança da Fase Inspiratória para Fase Expiratória – O ventilador interrompe a fase inspiratória e permite o início da fase expiratória – CICLAGEM; Fase Expiratória – o ventilador permite o esvaziamento do pulmão; Mudança da Fase Expiratória para Fase Inspiratória – esta transição pode ser desencadeada pelo ventilador ou pelo paciente – DISPARO; CICLAGEM DO APARELHO Ventilação ciclada a volume – o ciclo ventilatório termina a inspiração quando um determinado volume pré-estabelecido é liberado no circuito do ventilador; Ventilação ciclada a tempo – a inspiração termina e a expiração começa após um determinado intervalo de tempo; Ventilação ciclada a pressão – a inspiração termina e a expiração começa quando um limite pressórico máximo nas vias aéreas é atingido; Ventilação ciclada a fluxo – a inspiração termina e a expiração começa quando o fluxo cai; MODOS VENTILATÓRIOS CONTROLADO – VCV / PCV ESPONTÂNEO - PSV MODOS VENTILATÓRIOS VENTILAÇÃO COM VOLUME CONTROLADO – VCV Volume constante e pressão variável; Ciclado a volume ou tempo. Parâmetros Programáveis: Volume Corrente – VC Fluxo – FL Pressão Positiva – PEEP Frequência Respiratória – FRAP Tempo Inspiratório – TI Sensibilidade –Se Fração Inspirada de Oxigênio – FiO2 MODOS VENTILATÓRIOS VENTILAÇÃO COM PRESSÃO CONTROLADA – PCV Pressão constante e volume variável; Ciclado a tempo. Parâmetros Programáveis: Pressão Inspiratória – PI Pressão Positiva – PEEP Fluxo - FL Frequência Respiratória – FRAP Tempo Inspiratório – TI Sensibilidade –Se Fração Inspirada de Oxigênio – FiO2 MODOS VENTILATÓRIOS VENTILAÇÃO COM PRESSÃO DE SUPORTE – PSV Níveis pré-determinados de Pressão na Fase Inspiratória - PSV; VC / FL / FR / TI são variáveis – paciente que controla. Parâmetros Programáveis: Pressão de Suporte – PSV Pressão Positiva – PEEP Sensibilidade –Se Fração Inspirada de Oxigênio – FiO2 Parâmetros Importantes FiO2 – concentração de oxigênio que vai entrar no circuito e nas vias aéreas do paciente; Fluxo – velocidade que o ar vai entrar no circuito; Pressão Inspiratória – pressão máxima que deve ser alcançada na fase inspiratória; PEEP – pressão que permanece nos alvéolos; Tempo Inspiratório – tempo que o respirador vai demorar insuflando ar nos pulmões; Frequência Respiratória do Aparelho – determina quantos ciclos respiratórios o aparelho vai gerar em 1 minuto; Sensibilidade – sensibilidade do aparelho ao esforço respiratório do paciente – qto maior a sensibilidade, mais facilidade o paciente vai ter pra disparar o aparelho; Volume Corrente – quantidade de ar que será insulflada efetivamente nas vias aéreas – ar que vai entrar e sair dos pulmões. Parâmetros Programáveis FiO2: iniciar com 100%, com redução gradativa, a fim de manter SatO2 > 90 - 93%; FRAP: valor normal de 12 a 16 / 12 a 20 ipm - adequar segundo patologia respiratória para manter ventilação adequada ( PaCO2:35 a 45 mmHg ); Pressão Inspiratória: valores entre 20 a 25 cmH2O - para obter múrmurio vesicular adequado. Não deve ultrapassar 40 cmH2O; PEEP: iniciar com 5 cmH2O; fazer incrementos de 2 em 2 para manter melhor oxigenação com menor FiO2 / recrutar alvéolos quando necessário; TI: Iniciar com fisiológico para idade 0,8 a 1,2 seg.. Manter relação fisiológica – RI:E de 1:2; Sensibilidade: -0,5 a -2 COMO VENTILAR PACIENTES COM PATOLOGIAS OBSTRUTIVAS: Suporte ventilatório limitado a pressão; PIP – em torno de 25 cmH2O; PEEP – fisiológico (5cmH2O); TI – de acordo com a idade ou alto; FRAP – baixa (7 a 11 ipm) RI:E – prolongado (1:3 – 1:4); FiO2 – suficiente para manter SatO2 > ou = 93%. VC baixo – 5 a 7 ml/Kg COMO VENTILAR PACIENTES COM PATOLOGIAS RESTRITIVAS: Suporte ventilatório limitado a pressão; PIP – gere bom volume corrente (a partir de 20 cmH2O) PEEP – fisiológico ou elevado (5cmH2O – 15 cmH20); TI – de acordo com a idade (0,8 a 1,2) FRAP – de acordo com a idade (12 a 20 ipm) RI:E – normal (1:2); FiO2 – suficiente para manter SatO2 > ou = 93%. Ajustes da Ventilação Mecânica Eliminação do CO2 FR VOLUME VC MINUTO Oxigenação FiO2 AJUSTES PEEP PRINCIPAIS TI Fluxo Inspiratório PI Monitorização Avaliação clínica - Estar bastante atento quanto à melhora ou piora clínica do paciente em VMI; Oximetria de pulso contínua – O2 Capnografia – eliminação do CO2 Hemogasometria arterial – reavaliar os parâmetros ventilatórios Telerradiografia de tórax Monitorização Contínua Complicações da VM Barotrauma Sistema Nervoso Central Toxicidade pelo Oxigênio Infecção Hospitalar
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