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APS Processo Civil 3º semestre

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS 
UNIDAS 
CASA METROPOLITANA DO DIREITO 
Bacharel em Direito 
 
 
 
 
 
 
BEATRIZ JULIA RAIAL MAMBRINI – RA: 3870957 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
 
 
BEATRIZ JULIA RAIAL MAMBRINI – RA: 3870957 
 
 
 
 
 
APS 
 
 
 
 
 
 
Dissertação elaborada pela aluna citada acima, sala: 
003203C02, para a obtenção de nota na disciplina de 
Processo de Conhecimento Civil, lecionada pela Prof. 
Dr. Indira Chelini e Silva Pietoso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO 
2021 
Atividade 1 
A vedação da assim denominada ‘decisão-surpresa’ encontra lastro no art. 10, do 
CPC/15, reforçando não apenas o direito ao contraditório, mas o dever de diálogo (ou consulta) 
do julgador para com as partes, o que também é uma decorrência do direito à colaboração 
processual. À luz dessas considerações, o aluno deverá examinar criticamente o seguinte 
julgado, proferido no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, identificando se ele está adequado 
ao dispositivo legal mencionado (art. 10, CPC/15) e aos conceitos de causa de pedir, pedido e 
fundamentação da decisão: 
“O "fundamento" ao qual se refere o art. 10 do CPC/2015 é o fundamento jurídico - 
circunstância de fato qualificada pelo direito, em que se baseia a pretensão ou a defesa, ou que 
possa ter influência no julgamento, mesmo que superveniente ao ajuizamento da ação - não se 
confundindo com o fundamento legal (dispositivo de lei regente da matéria). A aplicação do 
princípio da não surpresa não impõe, portanto, ao julgador que informe previamente às partes 
quais os dispositivos legais passíveis de aplicação para o exame da causa. O conhecimento geral 
da lei é presunção jure et de jure” (STJ – Quarta Turma, EDcl nos EREsp 1280825, rel. Min. 
MARIA ISABEL GALLOTTI, j. 27.6.2017). 
 
No sistema processual brasileiro, é proibido a articulação da “decisão-surpresa”, já que 
a mesma vai contra o artigo 10 do CPC: “O juiz não pode decidir, em grau algum de jurisdição, 
com base em fundamento a respeito do qual não se tenha dado às partes oportunidade de se 
manifestar, ainda que se trate de matéria sobre a qual deva decidir de ofício.” 
Ademais, os princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa estariam 
sendo contraditado, onde é garantido pelo artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal: “aos 
litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes”. 
A proibição da “decisão-surpresa” ocasiona somente no contraditório. O juiz, ao 
pronunciar uma decisão-surpresa, estaria impossibilitando o diálogo ou consulta, conforme é 
assegurado no artigo 10 do CPC, além disso, estaria também indo contra o artigo 5º do CPC, 
pois estaria impossibilitando a conduta de boa-fé no processo. Para mais, no processo, é 
garantido a cooperação, artigo 6º do CPC: “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre 
si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva.”, e de acordo com 
o artigo 9º do CPC: “Não se proferirá decisão contra uma das partes sem que ela seja 
previamente ouvida.”. 
Consequentemente, é fundamental a participação das partes, para que seja possível que 
sejam ouvidos, para só assim, o juiz proferir sua decisão. 
No caso acima, a petição inicial deve indicar o fato e os fundamentos jurídicos do pedido 
e sua causa de pedir, conforme o artigo 319, III do CPC. Contudo, o juiz poderá usar 
fundamentação legal diferente das que o foram apresentadas pelas partes para decidir, pois o 
ordenamento jurídico permite o “jure et de jure”, mas que tenha ocorrido o diálogo e a defesa 
das partes. 
 
Atividade 2 
Afrânio está movendo ação indenizatória por danos materiais e morais em face de 
Roberto, por conta de acidente automobilístico provocado por este e que teria levado ao óbito 
da esposa de Afrânio. A inicial e a contestação foram instruídas com documentação relacionada 
à propriedade dos veículos e comprovando a ocorrência do acidente, bem como os danos 
materiais causados. Mediante requerimento de autor e réu, foi admitida e produzida prova 
pericial, analisando diversos aspectos sobre a dinâmica do acidente, tais como a velocidade 
desenvolvida pelo veículo conduzido pelo réu e a utilização do cinto de segurança pela falecida 
esposa do autor. Também foi produzida a prova testemunhal. Segundo as testemunhas arroladas 
pelo autor, o veículo conduzido pelo réu trafegava em alta velocidade e tentou ultrapassar o 
veículo conduzido pelo autor sem realizar a sinalização devida. Por sua vez, segundo as 
testemunhas arroladas pelo réu, o veículo por ele conduzido obedecia aos limites legais de 
velocidade, enquanto o veículo conduzido pelo autor mudou abruptamente de mão, sem a 
devida sinalização, provocando o acidente. Se você, como juiz, julgar procedente a demanda, 
quais provas terá de analisar? Responda o problema, analisando-o a partir dos dispositivos 
legais aplicáveis do Código de Processo Civil de 2015. 
 
Em primeiro lugar, terá que ser analisadas as provas que foram realizadas no decorrer 
da demanda, dando destaque a prova pericial, neste caso, já que mesmo havendo testemunhas, 
todas afirmam que a culpa do ocorrido era da parte contrária, restando assim, a perícia como a 
determinante do processo. 
Portanto, a prova pericial fornecida nos autos, deve provar a culpa do réu, para só assim 
haver o convencimento da ação culposa do mesmo, determinando a ação procedente em razão 
do autor, tudo isso no fulcro dos artigos 369 e seguintes do CPC.

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