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Por Yan Slaviero Augusto Anatomia Aula 3 Cerebelo O cerebelo é uma grande massa encefálica, formada por dois hemisférios, unidos ao centro pelo vérmis do cerebelo e pelo lobo �óculonodular. Anatomicamente, o cerebelo é dividido em três lobos: lobo anterior, posterior e �óculonodular. Existem duas �ssuras que realizam essa divisão, a �ssura primária, que divide o lobo anterior e posterior, e a �ssura póstero-lateral que separa o lobo �óculonodular do lobo posterior. Importantes estruturas do cerebelo são as tonsilas ou amígdalas cerebelares, localizadas na porção inferomedial do cerebelo, e que se projetam sobre a face dorsal do bulbo. E por que essa importância? Em situações de hipertensão intracraniana, pode ocorrer a herniação dessas tonsilas em direção ao forame magno, e consequentemente ocorre a compressão do bulbo. Essa compressão pode levar a morte, pois no bulbo temos importantes centros, como por exemplo, o centro respiratório. O cerebelo é separado do cérebro por um folheto da dura máter, o tentório do cerebelo, que faz uma divisão em região supratentorial e infratentorial. Outro folheto da dura máter é a foice do cerebelo, que divide parcialmente os hemisférios cerebelares. Vascularização A vascularização do cerebelo se dá por três artérias: a artéria cerebelar superior, que é ramo da artéria basilar; a artéria cerebelar posteroinferior, ramo da artéria vertebral; e a artéria cerebelar anteroinferior, que também é ramo da artéria vertebral. Massa cinzenta O cerebelo, assim como o cérebro, possui externamente a substância cinzenta, que forma o córtex do cerebelo, e internamente a substância branca. Nessa substância branca, existem núcleos cerebelares, que são formados por substância cinzenta, como o núcleo denteado, o principal deles, o núcleo emboliforme, núcleo globoso e núcleo fastigial. 1 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto Ele também pode ser dividido de acordo com o tempo de origem de suas partes, que é a divisão �logenética. De acordo com tal divisão, o córtex cerebelar pode ser dividido em arquicerebelo, paleocerebelo e neocerebelo. O arquicerebelo é o mais antigo e é representado pelo lobo �óculonodular. Ele faz conexões com os núcleos vestibulares do tronco encefálico, por meio do núcleo fastigial, que também faz parte do arquicerebelo. O paleocerebelo, é composto pelo vérmis, inferior e superior, e pelos núcleos emboliforme e globoso. Por �m, a porção mais recente do cerebelo: o neocerebelo é formado pela maior parte do córtex cerebelar e pelo núcleo denteado, estando envolvido em conexões com o córtex cerebral, pré-motor e motor. Funções do Cerebelo Agora que já falamos sobre a anatomia, divisões e histologia do cerebelo, vamos falar sobre sua função. Nesse momento será importante que você se lembre da divisão �logenética que já conversamos anteriormente. A divisão das funções cerebelares está muito relacionada à divisão �logenética. O cerebelo sempre foi visto relacionado às funções motoras, e sim, ele está relacionado à estas. Porém, estudos recentes vêm mostrando que vai muito além disso, pois o cerebelo está relacionado também à funções cognitivas, emocionais, comportamentais, afetivas, sociais e linguísticas. O arquicerebelo (lobo �óculonodular) atua modulando inconscientemente o controle motor do equilíbrio, e isso ocorre de forma instantânea. Se relaciona com movimentos oculares e orientação macroscópica no espaço. O núcleo fastigial possui um importante papel, pois auxilia na conexão com os núcleos vestibulares. O paleocerebelo (vérmis cerebelar), por sua vez, está relacionado à modulação do movimento pela propriocepção inconsciente (lembrando que propriocepção é a noção de posição segmentar e do grau de estiramento e tensão muscular). O vérmis possui grandes relações com as vias medulares espinais, recebendo assim sinais da propriocepção inconsciente por meio dos feixes espinocerebelares, que ao fazerem sinapse no paleocerebelo, são enviadas �bras aos núcleos emboliforme e globoso. Nessa via, o núcleo rubro, que está localizado no mesencéfalo, também atua. O paleocerebelo está envolvido nas funções de postura, tônus muscular, controle dos músculos axiais e locomoção. Por �m, o neocerebelo (parte do córtex cerebelar) atua ajustando os movimentos voluntários por meio de integração com o córtex cerebral pré motor (área 6) e motor (área 4). O núcleo denteado também atua no processo. Há nessa integração a formação de um grande circuito que é o circuito córtico – ponto – cerebelo – tálamo – cortical. O neocerebelo também atua por meio de um circuito conhecido como Triângulo de Mo�aret, circuito esse que envolve cerebelo – núcleo rubro – núcleo olivar – cerebelo. A função mais conhecida do cerebelo é o ajuste �no dos movimentos, por meio da harmonia entre os músculos agonistas (ativos em determinado movimento) e músculos antagonistas (que estão inativos em determinado movimento). Essas funções motoras estão relacionadas, por exemplo, à manutenção do corpo numa linha média, ao equilíbrio, à marcha, à coordenação motora, entre outras. E como dito, o cerebelo atua em outras áreas além da área motora. Estudos mostram que o cerebelo tenta manter uma homeostase, amortecendo as oscilações, tanto em processos motores quanto em 2 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto processos cognitivos. E esse papel em processos cognitivos relaciona-se até mesmo com condições como o autismo, esquizofrenia, depressão e dislexia. Exame cerebelar Os testes de equilíbrio estão relacionados à manutenção do equilíbrio e coordenação do corpo. Para isso, avalia-se a postura e a marcha. Desde o momento que o paciente entra no consultório começa o seu exame, por meio da ectoscopia. A postura é a maneira na qual o indivíduo permanece de pé, enquanto a marcha é o ato de caminhar. Ambas necessitam de inúmeros mecanismos para serem realizadas, como propriocepção, força e tônus muscular, função vestibular, cerebelo, e gânglios da base. Para testar a postura, pede-se que o paciente �que de pé, com os pés juntos, e assim, avalia-se se ocorrerá alguma oscilação. Para realizar o teste de forma ainda mais rigorosa, primeiro avalie a postura com os olhos abertos e depois peça que ele feche os olhos. Nos distúrbios cerebelares, nota-se que o paciente aumenta a sua base de sustentação, �cando com os pés afastados um do outro, e ocorre oscilação que é indiferente com os olhos abertos ou fechados. Se o dano cerebelar for no vérmis, essa oscilação ocorre para frente, para trás ou para qualquer lado. Já em um dano de um dos hemisférios cerebelares, essa oscilação ocorre para o lado afetado, ou seja, a manifestação é ipsilateral à lesão, ou ainda se pedir que o paciente �que sobre um pé de cada vez, ele é incapaz de manter o equilíbrio sobre o pé ipsilateral a lesão. Na avaliação da marcha primeiramente deve-se atentar a largura da base. Muitas vezes, pacientes com disfunção cerebelar aumentam a largura da base compensatoriamente, a �m de melhorar o equilíbrio. Normalmente, a largura da base é de menos que 5 cm, ou seja, a distância entre os maléolos mediais durante a fase da passada é menor que 5 cm, e valores acima disso podem indicar alguma alteração do equilíbrio e/ou da marcha. Em seguida, peça ao paciente que caminhe normalmente em linha reta. Depois disso, solicite que ele ande em linha reta, mas dessa vez em “�la indiana”, de forma que o hálux do pé posterior toque o calcanhar do pé anterior. Depois, peça ainda que ele ande em linha reta, mas na ponta dos pés. E por �m, peça ao paciente que salte na ponta dos pés, parado no local. Nos distúrbios cerebelares será possível observar que a marcha atáxica, presente na síndrome cerebelar, será oscilante e instável; o paciente não consegue �car em pé parado; há uma grande di�culdade em fazer curvas; e a base é alargada. Existem também os testes não relacionados ao equilíbrio. Estão relacionados a movimentos intencionais, de extremidades, e coordenação. Para avaliação da presença de dismetriae até mesmo de dissinergia, existem alguns testes. O primeiro teste é o conhecido Teste do Index – Nariz. O teste é bem simples, e pode ser feito tanto com o paciente sentado, deitado ou em pé. O paciente deve estender o braço, e tocar na ponta do nariz, inicialmente lentamente e vai aumentando progressivamente a velocidade do movimento. Também pode-se realizar o Teste Index – Nariz – Index, onde o paciente deve encostar o dedo indicador no dedo do examinador, depois no nariz e depois novamente do dedo do examinador, e durante o teste, o examinador pode ir movendo o dedo. Nota-se que na síndrome cerebelar, a medida que o dedo aproxima do alvo há aumento do tremor, grosseiro e irregular. Ocorre também di�culdade de coordenação, oscilações do movimento, não conseguindo assim executar o movimento. Na presença de dismetria, o paciente pode parar o movimento antes de chegar ao alvo, e após uma pausa, terminar o movimento lentamente mas sem �rmeza, ou pode ultrapassar o alvo com velocidade e força excessiva. Se houver dissinergia, a execução do ato não possui harmonia e uniformidade. 3 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto Outro exame utilizado na avaliação da dismetria, mas dessa vez nos membros inferiores, é o Teste Calcanhar – Joelho – Tíbia, onde o paciente deve colocar o calcanhar de um dos pés sobre o joelho do lado oposto, e empurrar a ponta do calcanhar ao longo da tíbia numa linha reta até chegar ao hálux, e então retornar até o joelho. O paciente com disfunção cerebelar pode elevar o pé além do necessário, ou �exionar demais o joelho, e todo o movimento ao longo da canela é instável e espasmódico. Outra função que é avaliada no exame físico é a capacidade de realizar movimentos alternados, a diadococinesia. Um teste realizado é pedir para que o paciente alternadamente faça a pronação e supinação do punho, batendo alternadamente com a palma e o dorso na coxa. Progressivamente deve-se aumentar a velocidade do movimento. Também pode solicitar que ele toque a ponta dos dedos na ponta do polegar. E ainda, pode-se pedir que o paciente abra e feche as mãos. Todos esses testes envolvem ação de músculos agonistas e antagonistas, e deve-se atentar para frequência, ritmo, precisão e uniformidade dos movimentos. Quando o paciente tem uma síndrome cerebelar pode ter di�culdade na realização dos movimentos, e isso é conhecido como disdiadococinesia. Para avaliar o fenômeno do rebote pode-se usar o Teste de rebote de Holmes (Stewart – Homes), em que o paciente �ca com o braço aduzido no ombro e �exionado no cotovelo, com o antebraço supinado e o punho cerrado. O examinador puxa o punho e o paciente deve resistir a tração. E então, o examinador subitamente solta o punho. Em um paciente normal, ele consegue controlar o movimento de �exão súbito do cotovelo. Porém, um paciente com disfunção cerebelar não consegue realizar o movimento de parada, então o punho em uma velocidade e força considerável, é arremessado ao ombro ou a face. Por isso, é importante que quando for realizar o teste, a mão livre do examinador deve ser colada entre o punho e a face do paciente, como um anteparo. E, uma vez que o cerebelo também está envolvido no tônus muscular, este deve ser testado. Primeira parte consiste na inspeção dos contornos musculares devendo ser veri�cada a existência de achatamentos musculares. Em seguida, deve-se realizar a palpação dos grupos musculares, avaliando a consistência muscular. Por �m, realizar a movimentação passiva iniciando nas articulações distais. Durante a movimentação devem ser avaliadas a passividade (avaliar se existe resistência ou se a passividade está aumentada) e a extensibilidade (avaliar se há exagero na extensão da �bra muscular). Nesta etapa, avalia-se também o balanço passivo que consiste na avaliação da amplitude do movimento das articulações do paciente. Nos distúrbios cerebelares, é comum encontrar a hipotonia, e com isso, durante o exame será possível observar achatamento das massas musculares, consistência muscular reduzida, a passividade e a extensibilidade estão aumentadas, e a amplitude dos movimentos encontra-se aumentada. Síndrome Cerebelar Indivíduos com disfunção cerebelar apresentam uma série de manifestações clínicas, que compõem a ataxia cerebelar. Mas que manifestações são essas? Muitas já comentamos anteriormente ao falarmos do exame físico. Como vimos, o cerebelo realiza o ajuste �no dos movimentos, e está envolvido na manutenção da postura, movimentos oculares, marcha e etc. Assim, quando ocorre uma lesão cerebelar, e estando essas funções comprometidas, desenvolve-se a síndrome cerebelar. Uma das manifestações, e muito importante, é a dissinergia ou decomposição dos movimentos. Com o dé�cit da função cerebelar na harmonia do movimento, controlando os músculos agonistas e antagonistas do 4 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto movimento, ocorre a dissinergia que é a perda da harmonia do movimento. Assim, o movimento se decompõe em diversas partes e sua execução também é desarmoniosa podendo ocorrer de forma espasmódica, errática, desorganizada e desajeitada. Outra manifestação é a dismetria que é a di�culdade de parar o movimento em determinado ponto, assim pode ultrapassar o alvo (hipermetria) ou não alcança-lo (hipometria). O indivíduo tem di�culdade em calcular a distância entre dois pontos, além da di�culdade de realizar um movimento em linha reta. Ocorre também a disartria, que é a alteração da fala. Essa alteração pode ser lenta, atáxica, pastosa, arrastada, espasmódica ou explosiva. Uma alteração bem característica é a disatria escandida ou fala escandida, que é uma fala arrastada. Outra manifestação comum é a disdiadococinesia que consiste na incapacidade ou di�culdade na realização de movimentos alternados, como movimento de pronação e supinação dos dois punhos simultaneamente. Isso porque na disfunção cerebelar um ato não pode ser imediatamente seguido por outro diametralmente oposto. O tremor também é comum. O do tipo intencional aparece na execução de um movimento, ou seja, não há tremor durante o repouso. Nota-se esse tremor quando o paciente estende a mão a um alvo, e assim surgem movimentos espasmódicos para frente e para trás. Também pode ser notado quando se estende os membros, mesmo sem direcioná-los a um alvo. Outra manifestação é a hipotonia muscular ou �acidez muscular, havendo redução da resistência para o movimento passivo. Os re�exos tendinosos tornam-se pendulares devido à hipotonia muscular e pela ausência de parada normal da resposta re�exa. O paciente pode apresentar o fenômeno do rebote, não sendo capaz de parar um movimento rapidamente, pois os movimentos de parada envolvem a contração dos antagonistas após uma carga ou força removida inesperadamente durante uma forte contração do agonista. Ocorre também instabilidade postural e a marcha é uma marcha atáxica conhecida também como marcha do tipo ebriosa, com tendência a desviar-se para o lado afetado. Na marcha atáxica ocorre o alargamento da base, oscilação e cambaleio da marcha. Como o cerebelo está relacionado a movimentos oculares, outra manifestação da disfunção cerebelar é o nistagmo. O paciente com nistagmo não consegue manter o olhar excêntrico e acaba desviando repetidamente o olhar lateralmente. Essa manifestação geralmente está relacionada a lesões das vias vestibulocerebelares. As manifestações também podem relacionar-se a área cerebelar acometida. Quando ocorre acometimento do lobo �oculonodular (arquicerebelo) nota-se o nistagmo e anormalidades dos movimentos extraoculares. Quando há acometimento do verme (paleocerebelo) percebe-se ataxia de marcha. E quando há acometimento dos hemisférios cerebelares (neocerebelo) ocorre uma ataxia apendicular. E por �m, se acometer todo o cerebelo (pancerebelar) observa-se todas essas manifestações anteriormente citadas. Duas síndromes cerebelares são bem descritas: Síndrome da Linha média e Síndrome Hemisférica. A síndrome da linha média possui como principaiscausas a degeneração cerebelar alcoólica e o meduloblastoma. É ocasionada pelo acometimento do vérmis cerebelar. Afeta principalmente as funções relacionadas a linha média, como caminhar e manter a coordenação da cabeça e do tronco. O paciente apresenta ataxia de marcha (pode oscilar e cambalear, para qualquer lado), com base ampliada, di�culdade em andar em �la indiana e di�culdade de realizar curvas. A ataxia de tronco conta com di�culdade em manter uma postura ereta. Em relação a cabeça, pode ocorrer movimentos anteroposteriores (Sim – Sim). Pode ocorrer também nistagmo, e a disartria é comum. 5 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto Já a síndrome hemisférica pode ser causada por astrocitoma cerebelar, esclerose múltipla e acidente vascular cerebral. No caso da síndrome hemisférica, as manifestações são relacionadas ao esqueleto apendicular e são unilaterais e ipsilaterais a lesão. Ocorre alteração principalmente nos movimentos das extremidades distais, e com maior frequência em braços e mãos o que pernas e pés, e nos movimentos �nos. É caracterizada pela presença de dismetria, dissinergia, disdiadococinesia, e hipotonia. Nistagmo também é comum. Alterações da postura e da marcha não são tão exuberantes, mas podem ocorrer leves oscilações e queda para o lado da lesão. Pode ocorrer também a disfunção cerebelar difusa, ocasionada por síndromes de ataxia espinocerebelar hereditárias, drogas como a fentoína, toxinas e degeneração cerebelar paraneoplásica. Ocorrem manifestações tanto da síndrome da linha média quanto da síndrome hemisférica. Giros e sulco cerebrais Giros Sulcos Lobo frontal No lobo frontal, existem 3 sulcos principais: pré central, frontal superior e o frontal inferior. Entre o sulco central e sulco pré central, está o giro pré central, onde se localiza a principal área motora do cérebro. Além desse importante giro, o lobo frontal possui os giros frontal superior, frontal médio e frontal inferior. O giro frontal inferior do hemisfério cerebral esquerdo é denominado giro de Broca, e aí se localiza, na maior parte das pessoas, uma das áreas de linguagem do cérebro. Além disso, o giro frontal inferior pode ser dividido em três partes: orbital, triangular e opercular. Lobo temporal No lobo temporal, existem dois sulcos principais: temporal superior e temporal inferior. Neste lobo, evidencia-se a área da audição localizada no giro temporal transverso anterior, que é a porção posterior do giro temporal superior, visível afastando-se os lábios do sulco lateral. Os giros existentes no lobo temporal são giro temporal superior, giro temporal médio, giro temporal inferior e giros temporais transversos. Lobo parietal O lobo parietal possui 2 sulcos principais: pós central e intraparietal. Além disso, possui 3 giros: pós-central, supramarginal e angular. O giro pós central �ca entre os sulcos central e pós-central, onde se localiza uma das mais importantes áreas sensitivas do córtex, a área somestésica. Lobo occipital O lobo occipital se localiza na face dorsolateral do cérebro, ocupando uma área pequena. Apresenta giros e sulcos irregulares. Este lobo cerebral é o de menor crescimento durante o desenvolvimento, por isso �ca 6 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto recoberto pelos lobos vizinhos (frontal, temporal e parietal). Apresenta alguns sulcos e giros, dentre eles: sulco circular da ínsula, sulco central da ínsula, giros curtos e giro longo da ínsula. Músculo da base 1) Núcleo caudado; 2) Núcleo lentiforme (dividido em duas porções o globo pálido e o putame); 3) Claustro; Os núcleos caudado e lentiforme formam o corpo estriado (relacionado com o planejamento motor, apresentando conexões com o mesencéfalo e o diencéfalo). Núcleo caudado: em forma de arco, se relaciona com o ventrículo lateral. Sua porção anterior é dilatada constituindo a cabeça do núcleo caudado (relaciona-se lateralmente com o ventrículo lateral). Posteriormente, o núcleo caudado se continua, mais estreito, com o corpo (localizado próximo ao assoalho do ventrículo lateral), terminando em uma porção bastante a�lada, denominada de cauda (localizada próxima ao corno temporal do ventrículo lateral). Núcleo lentiforme: formado medialmente pelo globo pálido e, lateralmente pelo putâmen. O globo pálido é separado do núcleo caudado e tálamo pela cápsula interna. Funcionalmente, o corpo estriado é dividido em: estriado (formado pelo núcleo caudado e putame), e o pálido (constituído pelo globo pálido). A maior parte das �bras parte do estriado para o pálido. Deste último, partem �bras eferentes do corpo estriado. Claustro (do latim claustrum – barreira): é uma �na lâmina de substância cinzenta, localizada entre as cápsulas externa e extrema. Músculos centrais ● Denteado (posterior): Verme do córtex ● Fastigial (ouvido): �oco medular ● Globoso (lobo anterior): interpósito ● Emboliforme (lobo anterior): mesma função que do globoso 7 Período 3- Módulo 2 - Anatomia aula 3 por Yan Slaviero Augusto 8
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