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ESTUDO DE CASO THIAGO

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 
DIRETORIA DE ENSINO A DISTÂNCIA 
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
THIAGO DANTAS RIBEIRO 
 
 
 
 
 
 
 
AUTO DE VISTORIA DO CORPO DE BOMBEIROS (A. V. C. B.) 
E SUAS CONTRIBUIÇÕES NA PREVENÇÃO DE ACIDENTES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Belo Horizonte 
2021 
 
2 
 
Resumo 
 
O estudo de caso abordado neste artigo proporcionou uma abordagem descritiva 
realizada no edifício residencial Silvana, localizado em São Caetano do Sul, no 
ABCD Paulista, com o objetivo de analisar as contribuições a autovistoria do Corpo 
de bombeiros junto à alocação adequada de extintores de incêndio e hidrantes, 
saídas de emergência e demais componentes que são essenciais num edificação 
para a prevenção de acidentes e incêndios. A justificativa deste estudo deu-se pela 
necessidade de ressaltar a necessidade e as contribuições da correta instalação dos 
extintores de incêndio e hidrantes nos edifícios comerciais e residenciais para a 
garantia de segurança da população, tendo em vista que muitos ignoram esta norma 
de segurança, deixando as pessoas vulneráveis a acidentes de grande. 
 
Palavras- chave: autovistoria do Corpo de bombeiros, AVCB, prevenção, acidentes. 
 
1 Introdução 
O estudo de caso, ora apresentado contempla a abordagem descritiva 
realizada no edifício residencial Silvana, localizado em São Caetano do Sul, no 
ABCD Paulista, com a finalidade de analisar as contribuições a autovistoria do Corpo 
de bombeiros junto à alocação adequada de extintores de incêndio e hidrantes, 
saídas de emergência e demais componentes que são essenciais num edificação 
para a prevenção de acidentes e incêndios. 
A justificativa desta pesquisa deu-se pela necessidade de ressaltar a 
necessidade dos extintores de incêndio e hidrantes nos edifícios comerciais e 
residenciais para a garantia de segurança da população, tendo em vista que muitos 
ignoram esta norma de segurança, deixando as pessoas vulneráveis a acidentes de 
grande. 
 Como hipótese de estudo destaca-se que toda edificação em seu projeto 
arquitetônico deve ter um plano de proteção contra incêndios, levando em conta 
as distâncias para serem alcançadas as saídas, as escadas (largura, 
dimensionamento dos degraus, controle de fumaça, corrimãos, resistência ao 
fogo etc), a combustibilidade e a resistência ao fogo das estruturas e materiais de 
acabamento, a vedação de aberturas entre pavimentos adjacentes, as barreiras 
3 
 
para evitar propagação de um compartimento a outro, o controle da carga 
incêndio e a localização dos demais sistemas contra incêndios. 
 A metodologia utilizada nesta pesquisa é o estudo de caso cujo objetivo geral 
é encontrar respostas ou soluções aos problemas por meio de uma investigação or-
ganizada, crítica, sistemática, científica e baseada em dados observados (COLLIS; 
HUSSEY, 2005; LAKATOS; MARCONI, 2011). 
 Segundo Yin (2015), uma pesquisa é considerada um estudo de caso quando 
o pesquisador tem pouco controle sobre os fenômenos, mas tem como objetivo cen-
tral compreender as ações sociais inseridas no contexto da vida real. Uma das sin-
gularidades da utilização do método do estudo de caso é a comparação dos resulta-
dos levantados com a literatura existente (STAKE, 2011). 
2 Identificação do risco e descrição dos objetivos 
No edifício em estudo foram observadas as condições da saída de 
emergência, iluminação de emergência, sinalização de emergência, extintores de 
incêndio e hidrantes no interior do edifício e garagem e com isso, foram levantados 
riscos de segurança que necessitam ser sanados para garantia da segurança e 
salubridade, ou seja, condição (notoriamente ambiental) que não afeta, ao menos de 
forma potencial, a saúde das pessoas. 
Observou-se que faltam sinalizações e posicionamentos adequados dos 
extintores e hidrantes alocados no edifício, o que pode provocar acidentes conforme 
estabelece as diretrizes expostas. 
O objetivo exposto neste estudo é analisar se o edifício está dentro dos 
padrões técnicos de segurança que o corpo de bombeiros exige para o 
funcionamento baseado nos princípios da segurança. 
Espera-se com este estudo verificar o que está dentro dos padrões de 
normalidade e o que necessita ser realizado num contingente de “plano de 
melhorias” no edifício para que o que se encontra fora dos padrões de normalidade 
e segurança seja corrigido. 
 
3 Revisão da literatura 
O Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (A. V. C. B.), é o documento emiti-
do pelo Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo (CBPMESP) 
certificando que, durante a vistoria, a edificação possuía as condições de segurança 
4 
 
contra incêndio. Trata-se de um conjunto de medidas estruturais, técnicas e organi-
zacionais integradas para garantir a edificação um nível ótimo de proteção no seg-
mento de segurança contra incêndios e pânico, previstas pela legislação e constan-
tes no processo, estabelecendo um período de revalidação. (CBPMESP, 2021) 
4 Proposta de medida de segurança e operacionalização 
Sugere-se um Plano de Melhorias Junto ao Síndico responsável pelo prédio onde 
se possa abordar questões importantes quando ao A.V.B.C do Corpo de Bombeiros. 
1- Objetivo: Conscientizar os moradores do Edifício Residencial sobre a 
Importância da vistoria do Corpo de Bombeiros para segurança dos moradores do 
prédio e segurança dos mesmos, além da prevenção constante de acidentes, 
Público-alvo: Moradores do Residencial Silva 
2- Levantamento do risco: ausência de sinalizações concisas nos locais de 
hidrantes e extintores nos espaços do residencial, demarcações impróprias dos 
equipamentos, melhorias nas condições das instalações do subsolo. 
3- Ações: Palestras, vídeos, cursos apostilados pelo Corpo de Bombeiros, 
reuniões de condôminos com o síndico com pautas voltas a segurança e prevenção 
de acidentes envolvendo incêndio. 
• Atividades educativas como palestras e cursos nos prédios residenciais; 
• Divulgação por redes sociais e jornais no edifício; 
• Elaboração de normas e leis que obriguem a aprovação de projetos de prote-
ção contra incêndios, instalação dos equipamentos, testes e manutenção 
adequados; 
• Formação, treinamento e exercícios práticos de brigadas de incêndio no edifí-
cios residenciais junto a equipe do Corpo de Bombeiros. 
• Módulos semanais com estudos sobre as normas relativas a prevenção de 
incêndios 
4-Métodos: Aulas expositivas, palestras, workshops. 
5- Recursos: Vídeos, data show, palestras 
6-Produto final: Apresentação dos resultados das atividades educativas em 
slides junto aos moradores e cartilha em PDF enviada a cada um por e-mail ou 
WhatsApp. 
 
5 
 
4 Estudo de caso 
O estudo de caso foi realizado no edifício residencial, localizado a Rua Monte 
Alegre, 65 Santo Antônio- São Caetano do Sul, CEP- 09531-110. O objetivo expos-
to neste estudo foi analisar se o edifício está dentro dos padrões técnicos de segu-
rança que o corpo de bombeiros exige para o funcionamento baseado nos princípios 
da segurança. 
 
 
Figura 1- Visão externa do edifício residencial Silvana. Fonte: https://www.google.com/maps 
 
Fase 1- Autorização para o estudo de caso, visita interna e uso de imagens pa-
ra ilustrar o case 
Para dar início ao case, o pesquisador, com autorização prévia do proprietário 
do imóvel realizou uma visita interna e externa pelo residencial e em seguida 
começou a registrar as partes a serem pesquisadas por fotografias para, em 
momento posterior, realizar a análise, coletar as informações, levantar os problemas 
e propor as melhorias. A figura 1 ilustra a imagem externa do edifício e a figura 2 
demonstra a recepção. As fotos com as etapas do estudo de caso seguirão em 
anexo a este estudo. (Figuras 2 a 15) 
Foram fotografadas a recepção do prédio, a garagem e instalação dos 
extintores e hidrantes e adequação de posicionamentodos mesmos, analisou- se a 
porta de saída de incêndio e suas condições de funcionamento, observou-se o tipo 
de corrimão junto a escada sendo o mesmo confeccionado em alumínio. 
 
https://www.google.com/maps
6 
 
Fase 2- Estudo observacional das instalações e adequação dos equipamentos 
de segurança 
A figura 3 demonstra o tipo de corrimão utilizado junto à escadaria no prédio. 
O corrimão é confeccionado em alumínio, de acordo com as normas de segurança e 
possui a finalidade de garantir apoio a quem utiliza o acesso as escadas no aspecto 
da mobilidade, reduzindo o risco a quedas. 
Na figura 4 observa-se a escada de emergência e como encontra-se instalado 
o corrimão. A figura demonstra a largura do corrimão que é de aproximadamente 
50mm, e a distância da parede é 45mm. A altura do corrimão nas escadas é de 
1,10 metros, e a altura no patamar das escadas é de 0,94 metros. A largura das 
escadas é de 1,25 metros. 
A figura 5 expõe a rota de saída da edificação. Vale ressaltar que todos os 
andares possuem essa identificação para melhor localização das pessoas no 
edifício. 
A figura 6 contempla as dimensões das placas de identificação, uma vez que 
possui um padrão a ser seguidos pela IT do corpo de bombeiros e devem ser 
obedecidas criteriosamente pelas edificações. 
A figura 7 demonstra que no local onde estão alocados os extintores, porém 
não possui a devida identificação no chão e também há objetos obstruindo a área 
abaixo do extintor, o que compõe um agravante perigoso, pois alguns indivíduos 
podem circular sem reparar na localização do extintor e debater no mesmo. Nas 
figuras 7 e 8 são expostos que todos os extintores e hidrantes estão identificados 
com as plaquetas referentes a cada um dos equipamentos de acordo com as 
normas específicas do corpo de bombeiros. Vale ressaltar que a botoeira do alarme 
de incêndio também se encontra presente em todos os andares, o que é de suma 
importância. 
A figura 9 ilustra e identifica a iluminação de emergência em todas as 
escadas, que acendem quando há uma queda de energia no prédio sendo 
acionadas automaticamente. 
As figuras 10 e 11 respectivamente, identificam os dois tipos de extintores 
presentes em todos os andares do edifício que são o de CO² e o de PÓ QUIMICO. 
No corpo dos extintores tem todas as instruções de uso, validade e identificações do 
tipo de substância extintora e para qual tipo de incêndio pode ser usado, e nos 
7 
 
manômetros identifica que estão com a carga no nível desejável e também com os 
selos de segurança. Os extintores e hidrantes possuem o nome do edifício. 
Na figura 12 e 13 a sinalização utilizada está correta na parede, porém o 
posicionamento dos extintores está incorreto, o que traz importantes divergências 
para quem utiliza estes equipamentos. Como esses extintores não estão fixos na 
parede pode ficar em uma base. A altura da base onde estão os extintores é de 0,22 
metros. 
A figura 14 imagem demonstra a central do sistema de alarme de incêndio no 
edifício Silvana, juntamente com a sirene. A imagem contempla a porta corta fogo 
presente somente na escada do subsolo. Essa escada possui de 1,10 metros de 
comprimento, 2,10 metros de altura e 0,05 metros de largura. 
Fase 3- Resultados do estudo observacional e descritivo 
Diante do estudo observacional e descritivo de caso aqui exposto, 
considerando o nível dos detalhes observados no Edifício Silva, averiguando sua 
atual situação e instalações de equipamentos de segurança, propõe-se com o plano 
de melhorias sanar as ocorrências observadas no residencial para que seja 
garantida a prevenção de incêndios e demais acidentes no prédio visando o bem-
estar de todos os moradores. 
Fase 4- Discussão 
Este estudo de caso demonstrou que o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros 
(AVCB) serve como prova de que diversas obrigações de segurança estão em dia 
no condomínio. Existe uma lei, em vigor desde 9 de abril de 2019, que pode 
surpreender condomínios com advertências e multas que não caminham rumo ao 
AVCB ou Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros. 
5 Conclusão 
 
Este estudo cumpriu com o objetivo proposto que foi analisar se o edifício 
está dentro dos padrões técnicos de segurança que o corpo de bombeiros exige 
para o funcionamento baseado nos princípios da segurança. 
Foi verificado pelo pesquisador que faltam sinalizações e posicionamentos 
adequados dos extintores e hidrantes alocados no edifício, o que pode provocar 
acidentes conforme estabelece as diretrizes expostas. 
8 
 
Foi possível com este estudo verificar o que está dentro dos padrões de 
normalidade e o que necessita ser realizado num contingente de “plano de 
melhorias” no edifício para que o que se encontra fora dos padrões de normalidade 
e segurança seja corrigido. 
Vale ressaltar, que qualquer condomínio está sujeito a ter que lidar com um 
incêndio. Casos de incêndio em edifícios residenciais são mais frequentes do que se 
imagina. Sendo assim, O AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) é de 
suma importância para a prevenção de acidentes e para uma convivência de 
segurança, seja no ambiente comercial ou residencial. 
Referências 
 
COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em Administração: um guia prático para alu-
nos de graduação e pós-graduação. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005. 
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 
2011. 
STAKE, R. E. Pesquisa qualitativa: estudando como as coisas funcionam. Porto 
Alegre: Penso, 2011 
YIN, R. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 
2015. 
https://bombeiros.com.br/avcb-clcb/ Acesso em 20 mai.2021. 
https://www.sindiconet.com.br/informese/auto-de-vistoria-do-corpo-de-bombeiros-
avcb-manutencao-contra-incendios. Acesso em 20 mai.2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.sindiconet.com.br/informese/auto-de-vistoria-do-corpo-de-bombeiros-avcb-manutencao-contra-incendios
https://www.sindiconet.com.br/informese/auto-de-vistoria-do-corpo-de-bombeiros-avcb-manutencao-contra-incendios
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ANEXOS 
ANEXO A- Imagens das etapas do estudo de caso no “Edifício Residencial 
Silvana” 
 
 
Figura 2- Recepção do residencial Silvana. Fonte: próprio autor/ abr. 2021 
 
Figura 3- Identificação do tipo de corrimão. Fonte: Próprio autor/abr.2021. 
10 
 
 
 
Figura 4- Escada de emergência. Fonte: Próprio autor/abr.2021. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5- Rota de saída da edificação. Fonte: Próprio autor/abr.2021. 
11 
 
 
Figura 6- Rota de saída da edificação. Fonte: Próprio autor/abr.2021. 
 
Figura 7- Fixação de extintores e hidrantes nas paredes do residencial. Fonte: Próprio 
autor/abr.2021. 
12 
 
 
Figura 8- Fixação de extintores e hidrantes nas paredes do residencial. Fonte: Próprio 
autor/abr.2021. 
 
Figura 9- iluminação de emergência nas escadas do edifício. Fonte: Próprio autor/abr.2021. 
13 
 
 
Figura 10- Extintores e hidrantes presentes em todos os andares do edifício. Fonte: Próprio 
autor/abr.2021. 
 
Figura 11- Extintores e hidrantes presentes em todos os andares do edifício. Fonte: Próprio 
autor/abr.2021. 
14 
 
 
Figura 12- Sinalização utilizada está correta na parede, mas o posicionamento dos extintores está 
errado. Fonte: Próprio autor/abr.2021. 
 
Figura 13- Central do sistema de alarme de incêndio no edifício Silvana. Fonte: Próprio au-
tor/abr.2021. 
15 
 
 
Figura 14- Porta corta fogo presente somente na escada do subsolo. Fonte: Próprio au-
tor/abr.2021. 
 
Figura 15- identificação da rota de saída da edificação 
16

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