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Reclamação Trabalhista Direito Trabalhista seção 1 (1)

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DA ______ VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO/SP
PEDRO CASTILHO, brasileiro, solteiro, inscrito no CPF sob (nº) e CTPS (nº), residente e domiciliado na Rua Fontoura Xavier, nº 20, Bairro Itaquera, São Paulo/SP, CEP 00.120-50, simplesmente identificado como reclamante, por meio de seu advogado regularmente constituído, cujos dados constam na procuração anexa, vem ajuizar
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
em face de CONSTRUTORA VIVER BEM LTDA., inscrita no CNPJ sob o (nº), com endereço na Av. Paulista, nº 500, 14º andar, Bairro Bela Vista, São Paulo/SP, CEP 00.010-30, simplesmente identificada como reclamada, pelos seguintes fatos e fundamentos a seguir:
DOS FATOS
Pedro Castilho, brasileiro, solteiro, pedreiro. Estava desempregado, portanto resolveu aceitar uma proposta de trabalho da Construtora Viver Bem Ltda. Todavia, para sua surpresa, a construtora lhe propôs uma contratação por meio de pessoa jurídica, ao fundamento de que não havia qualquer impedimento para a realização deste tipo de terceirização. Foi sugerido que ele criasse uma Microempresa Individual, popularmente conhecida como MEI. Esta sua empresa é que firmaria um contrato de prestação de serviços com a Construtora Viver Bem. Este contrato foi firmado em 7 de janeiro de 2019, data em que o trabalho se iniciou.
Na realidade, o Sr. Pedro laborava de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com intervalo de 1h. No contrato, ficou ajustado o valor fixo mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais) pela prestação de serviços. Como se tratava de contrato de natureza civil, sem vínculo de emprego, não recebia qualquer valor a título de horas extras. Também, não recebia vale-transporte, embora, diariamente, precisava se deslocar de ônibus de sua casa para o trabalho e o trajeto contrário, gastando R$ 4,50 em cada uma das duas passagens que necessitava por dia.
Ele laborou ininterruptamente até 20 de dezembro de 2019, quando foi notificado pela construtora acerca da rescisão do seu contrato. No pacto firmado, havia a previsão de necessidade de prévio aviso da rescisão contratual com 10 (dez) dias de antecedência, o que foi observado. Houve, portanto, o pagamento de todos os serviços prestados no mês de dezembro de 2019. Seção 1 DIREITO DO TRABALHO Sua causa! 3 Pedro lhe procura para verificar se existe alguma possibilidade jurídica de ajuizamento de reclamação trabalhista contra a Construtora Viver Bem Ltda., pois informa que não podia faltar ao trabalho; tinha que cumprir o horário previsto no contrato, sob pena de advertência; estava subordinado ao Sr. Marcelo, encarregado da obra em que prestou serviços e funcionário celetista da empresa; e que tinha que usar uniforme da construtora.
Pedro Castilho informou que a Construtora Viver Bem Ltda. tem, aproximadamente, 12 (doze) funcionários e que o local de trabalho era na Avenida Rebouças, nº 1.500, no Bairro de Pinheiros, em São Paulo/SP. Ele entregou uma cópia do contrato de prestação de serviços entre a Pedro Castilho MEI e a mencionada construtora. Por este documento, verifica-se que o endereço da construtora é na Av. Paulista, nº 500, 14º andar, Bairro Bela Vista, São Paulo/SP, CEP 00.010-30. Já o Sr. Pedro é residente e domiciliado na Rua Fontoura Xavier, nº 20, Bairro Itaquera, São Paulo/SP, CEP 00.120- 50.
DO DIREITO
RECONHECIMENTO DO VÍNCULO EMPREGATÍCIO
Pedro Castilho, laborava de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, com intervalo de 1h. No contrato, ficou ajustado o valor fixo mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais) pela prestação de serviços.
O contrato foi firmado em 7 de janeiro de 2019, data em que o trabalho se iniciou, e laborou ininterruptamente até 20 de dezembro de 2019, quando foi notificado pela construtora acerca da rescisão do seu contrato.
Art. 3º CLT - Considera-se empregado toda pessoa física
que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único – Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Segundo o Art. 3º CLT, é um Direito de Pedro o reconhecimento do vínculo empregatício. 
Quando se terceiriza, o tomador dos serviços não pode mais usar o seu poder diretivo no dia a dia. 
Entretanto, no dia a dia, Pedro estava submetido ao controle de horário e as regras estabelecidas pela construtora e têm o seu trabalho fiscalizado, A situação narrada é a típica hipótese de “pejotização”, que não se confunde com a terceirização. Ela é justamente a fraude à terceirização.
Art. 9º CLT - Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Ocorrendo assim, uma contratação fraudulenta- MEI feita pela construtora.
Diante do exposto a nulidade do contrato de prestação de serviços no termo do Art.9° e o consequente reconhecimento do vínculo empregatício nos termos do Art.3° da CLT é medida que se impõe.
 
AVISO PRÉVIO
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de trinta dias, nos termos da lei;
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
I – oito dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
II - trinta dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze) meses de serviço na empresa. (Redação dada pela Lei nº 1.530, de 26.12.1951)
LEI Nº 12.506, DE 11 DE OUTUBRO DE 2011.
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
O trabalhador tem direito ao recebimento dos 20 (vinte) dias faltantes a título de aviso prévio, nos termos do art. 1º da Lei nº 12.506/11
FÉRIAS PROPORCIONAIS+ 1/3 E 13º SALÁRIO
Art. 146 - Na cessação do contrato de trabalho, qualquer que seja a sua causa, será devida ao empregado a remuneração simples ou em dobro, conforme o caso, correspondente ao período de férias cujo direito tenha adquirido. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
Parágrafo único - Na cessação do contrato de trabalho, após 12 (doze) meses de serviço, o empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 1/12 (um doze avos) por mês de serviço ou fração superior a 14 (quatorze) dias. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
Como relatado nos fatos acima, Pedro trabalhou do período de 7 de janeiro de 2019 à 20 de dezembro de 2019, sendo assim, ele tem Direito a 11/12 (onze doze avos), de percentual de férias. 
Art. 7º CF/88 São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal;
Conforme o Art. 7º, XVII da CF/88, é Direito de Pedro 1/3 a mais de férias, sobre um valor de 11/12 (onze doze avos)
Art. 1º - No mês de dezembro de cada ano, a todo empregado será paga, pelo empregador, uma gratificação salarial, independentemente da remuneração a que fizer jus.
§ 1º - A gratificação corresponderá a 1/12 avos da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente.
Art. 7º, VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
Deste modo, Pedro tem Direito a receber11/12 (onze doze avos) de décimo terceiro salário, como afirma os art. Acima. 
MULTA DE 40% DO FGTS
Conforme preconiza o Art. 7° em seu inciso I da CF:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
I - Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização compensatória, dentre outros direitos;
Conforme já esclarecido Pedro Castilho sempre laborou na condição de empregado e que por via de consequência ele faz jus aos depósitos fundiários relativos ao período de janeiro a dezembro de 2019 conforme preconiza o Art. 18 da lei 8.036/90 transcrito a seguir:
Art. 18. Ocorrendo rescisão do contrato de trabalho, por parte do empregador, ficará este obrigado a depositar na conta vinculada do trabalhador no FGTS os valores relativos aos depósitos referentes ao mês da rescisão e ao imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, sem prejuízo das cominações legais.
Desta forma, em razão da rescisão indireta do contrato de trabalho, deverá ser paga uma multa de 40% sobre o valor total a ser depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c art. 7º, I, CF/88 citados acima.
MULTA DO § 8° DO ART. 477 DA CLT
No prazo estabelecido no art. 477, § 6º, da CLT, nada foi pago ao Reclamante pelo que se impõe o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertida em favor da Reclamante, conforme § 8º do mesmo artigo, citado a seguir:
Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. 
§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o trabalhador der causa à mora. 
Vale ressaltar que segundo a súmula 462 do Tribunal Superior do Trabalho, o simples fato de a relação de emprego ter sido reconhecida perante o Juízo não afasta, por si só, a multa do art. 477, § 8º, da CLT, no valor equivalente ao salário do empregado.
Diante do exposto acima, a reclamante requer o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário disposto no art. 477, § 8º, da CLT.
VALE TRANSPORTE
ART. 1º da LEI 7418/85
Art. 1º Fica instituído o vale-transporte, (Vetado) que o empregador, pessoa física ou jurídica, antecipará ao empregado para utilização efetiva em despesas de deslocamento residência-trabalho e vice-versa, através do sistema de transporte coletivo público, urbano ou intermunicipal e/ou interestadual com características semelhantes aos urbanos, geridos diretamente ou mediante concessão ou permissão de linhas regulares e com tarifas fixadas pela autoridade competente, excluídos os serviços seletivos e os especiais. 
ART. 1º DECRETO 95.247/87
Art. 1º São beneficiários do Vale-Transporte, nos termos da Lei nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985, os trabalhadores em geral
Pedro não recebia o Direito ao vale transporte como estabelece os art. Mencionados acima, embora, diariamente, precisava se deslocar de ônibus de sua casa para o trabalho e o trajeto contrário, gastando R$ 4,50 em cada uma das duas passagens que necessitava por dia, durante o período de 7 de janeiro de 2019 à 20 de dezembro de 2019.
JUSTIÇA GRATUITA
Pelo motivo de ainda estar desempregado, Pedro quer receber o Direito a Justiça Gratuita, pois o mesmo tem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Conforme disposto no art. 790da CLT.
Art. 790. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. (Redação dada pela Lei nº 10.537, de 27.8.2002)
§ 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. (Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
DO PEDIDO
Diante do exposto, o reclamante requer:
a. A citação da reclamada para, querendo, comparecer à audiência e responder à presente, sob pena de revelia e consequente aplicação dos efeitos da confissão, presumida, quanto à matéria fática (caput do art. 844 da CLT).
b. O reconhecimento do vínculo empregatício no período de 7 de janeiro de 2019 a 20 de dezembro de 2019, com a respectiva anotação na CTPS, considerando como data de baixa 9 de janeiro de 2020, haja vista a projeção do aviso prévio.
c. Condenação da reclamada ao pagamento das seguintes parcelas:
• 20 (vinte) dias faltantes a título de aviso prévio: (R$).
• 12/12 de férias proporcionais + 1/3: (R$)
• 12/12 de décimo terceiro salário referente ao ano de 2019: (R$).
• 1/12 de décimo terceiro salário do ano de 2020: (R$).
• Multa de 40% do FGTS: (R$).
• R$ 9,00 por dia, durante todo o período de prestação de serviços, referente ao vale transporte que não foi concedido: (R$).
• Honorários advocatícios previstos no art. 791-A da CLT: (R$).
d. Condenação da reclamada ao fornecimento das guias para recebimento do seguro desemprego.
REQUERIMENTOS
Requer a total procedência da presente Reclamação Trabalhista, bem como o deferimento da Justiça Gratuita ao autor.
O reclamante protesta pela produção de todas as provas admitidas em Direito, especialmente, o depoimento pessoal do representante da empresa, assim como a oitiva de testemunhas.
Requer, ainda, que todos os valores porventura apurados sejam atualizados monetariamente e que incidam juros desde a citação.
Dá-se à presente reclamação trabalhista, somente para fins de definição de alçada, o valor de (R$).
 
 Termos em que pede deferimento.
Local____ data__/__/__
Advogado____
Nº da OAB____

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