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Psicoeducação Terapia Cognitiva Comportamental Técnicas utilizadas Seta descendente Um objetivo importante do tratamento é tornar o processo da terapia compreensível. O cliente se sentira mais confortável depois que souber o que esperar do tratamento, quando entende claramente o que devera ser feito, quando se tem a ideia concreta de como a terapia prosseguiria, tanto dentro de uma sessão quanto durante o tratamento. Um dos objetivos é psicoeducar o paciente sobre seus EIDs e processos esquemáticos, a fim de que ocorram mudanças nos estilos de enfrentamento, gerando maior adaptabilidade à vida atual e aos novos relacionamento Exemplo: “Você disse que é difícil confiar nas pessoas. Podemos analisar isso mais a fundo?” ou “Quando você sente isso? Pode me dar um exemplo?”. O terapeuta escolhe duas ou três situações mencionadas pelo paciente e procura um episódio recente, do qual o sujeito lembre detalhes, para ser analisado. Ao examinar a situação, a exploração dos significados dos pensamentos automáticos e imagens mentais, por flecha descendente. Exemplos de intervenções utilizadas: “Se isso fosse verdade (pensamento automático), o que significa para você?”; “Se isso acontecesse realmente, o que mostraria a seu respeito?”; “Se isso fosse real, o que diria sobre sua pessoa?”; “O que poderia acontecer então? Do que você tem medo?”. Cavar até o fundo da crença. Escrevemos o pensamento do paciente no topo da página e depois desenha uma seta descendente em direção à série de pensamentos ou eventos implicada pelo pensamentos. Identificação, avaliação e modificação de pensamentos automáticos e crenças; Terapia Cognitiva Comportamental Técnicas utilizadas monitorização de atividades, agendas; O automonitoramento, um elemento chave da TCC, é feito através dos registros de pensamento, métodos semelhantes de registro de pensamentos designados para ajudar os pacientes a modificarem os pensamentos automáticos. 1. Reconhecer seus pensamentos automáticos; 2. Identificar erros cognitivos, examinar as evidências, gerar alternativas racionais; 3. Observar resultados positivos em seus esforços para modificar seu pensamento; Normalmente, é sugerido que os pacientes preencham regularmente como tarefa de casa e que tragam esses registros às sessões de terapia. Às vezes, os pacientes conseguem utilizar sozinhos e obtêm mudanças substanciais no pensamento. Em outras ocasiões, podem ficar estagnados e incapazes de gerar alternativas racionais. Independente do grau de sucesso na utilização dessa ferramenta fora das sessões, esse monitoramento proporciona material importante para discussões em terapia e serve como um facilitador para futuras intervenções para modificar pensamentos automáticos. “Pergunte a si mesmo: ‘Se [o pensamento negativo] for verdadeiro, o que posso fazer para melhorar as coisas? Como posso melhorar minhas habilidades, resolver o problema ou mudar a situação?’.” “Às vezes, nossos pensamentos negativos são verdadeiros. Às vezes alguém pode não gostar de nós ou alguma coisa não dá certo. No entanto, essa realidade nos leva a outras perguntas mais positivas: ‘O que posso fazer para resolver o problema?’ ou ‘Que alternativas estão disponíveis para mim?’. Se o pensamento negativo for verdadeiro, você pode perguntar: ‘Como posso mudar meu comportamento para melhorar?’ Plano de ação e Solução de problemas; peça-lhe que escreva um pensamento negativo todos os dias (ou escreva pensamentos negativos identificados na sessão) e compare as evidências a favor e contra sua validade. Prefiro fazer o paciente também comparar as evidências a favor e contra a validade de um pensamento positivo, já que é mais provável que isso melhore seu humor. Teste de crenças Terapia Cognitiva Comportamental Técnicas utilizadas Exame de Evidências O paciente pode registrar vários pensamentos durante a semana, identificando cada pensamento negativo e as evidências a favor e contra a sua validade. Ou ele pode revisar tarefas de casa ou notas anteriores das sessões de terapia nas quais listou evidências de seus pensamentos negativos. A tarefa é examinar os possíveis problemas com as evidências, focando na existência de distorções cognitivas, vieses ou raciocínio ilógico. O terapeuta diz: “Depois de listar as evidências a favor de seus pensamentos negativos, volte e use o formulário para examinar sua qualidade. Agora pergunte a si mesmo se as evidências contêm alguma distorção. Você pode, ainda, atribuir um conceito à qualidade de cada evidência, como A, B, C, D e E. Você pode também dar notas à qualidade das evidências contra a validade de seus pensamentos negativos.”. Vantagens X Desvantagens O o paciente identificou um pensamento que provoca sentimentos perturbadores, a questão é: “Você está motivado a modificar seu pensamento?” Estamos interessados em levar o paciente a examinar as igual de 50/50? Talvez 60/40? 40/60? Como dividiria os 100% entre esses custos e benefícios? Alternativamente, vamos examinar um pensamento mais positivo ou menos crítico. paciente e terapeuta identificam pensamentos ou escolhas e pesam as vantagens e desvantagens. O profissional pode dizer: “Já identificamos vários pensamentos [ou comportamentos] problemáticos para você. Gostaria que você os listasse e depois escrevesse os custos e os benefícios de cada um e avaliasse o que representam para você.”. Continuum Cognitivo (pensamentos tudo ou nada) O exame das probabilidades é uma técnica excelente para avaliar a possibilidade de que o evento temido não ocorra e para determinar o quanto o paciente exagerou o risco. Para fazer o acompanhamento das probabilidades estimadas dos vários eventos que são motivo de preocupação. O objetivo aqui é identificar os tipos de probabilidades que os indivíduos podem atribuir a eventos negativos. Em vez disso, em alguns casos, pode ser conveniente fazer com que o paciente classifique as probabilidades de eventos positivo Terapia Cognitiva Comportamental Técnicas utilizadas Utilização de cartões de autoajuda Conforme indicado, todas as técnicas da terapia cognitiva discutidas anteriormente são relevantes para a contestação dos esquemas negativos. Além disso, terapeuta e paciente podem criar cartões de enfrentamento, nos quais o cliente escreve os pensamentos negativos mais comuns de um lado e as melhores respostas racionais do outro. Esses cartões podem ser lidos diariamente, antes de entrar nas situações (p. ex., provas, interações sociais, telefonemas) que funcionam como desencadeante dos esquemas negativos. Identificação de distorções cognitivas Os pacientes tendem a cometer erros persistentes no seu pensamento. Frequentemente, existe uma tendência negativa sistemática no processamento cognitivo de pacientes que sofrem de algum transtorno psiquiátrico (Beck, 1976). Costuma ser útil nomear as distorções e ensinar o paciente a fazer o mesmo. Você pode anotar mentalmente as distorções comuns do paciente e apontar uma distorção específica quando identificar um padrão Pensamento do tipo tudo ou nada (também chamado de pensamento em branco e preto, polarizado ou dicotômico): Você enxerga uma situação em apenas duas categorias em vez de em um continuum. Exemplo: “Se eu não for um sucesso total, eu sou um fracasso.” erros típicos de pensamento catastrofização (também chamado de adivinhação): Você prevê negativamente o futuro sem levar em consideração outros resultados mais prováveis. Exemplo: “Eu vou ficar muito perturbada. Eu não vou conseguir trabalhar.” Desqualificar ou desconsiderar o positivo: Você diz a si mesmo, irracionalmente, que as experiências positivas, realizações ou qualidades não contam. Exemplo: “Eu realizei bem aquele projeto, mas isso não significa que eu sou competente; só tive sorte.” Afirmações com “deveria” e “tenho que”: Você tem uma ideia fixa precisa de como você e os outros devem se comportar e hipervaloriza o quão ruim será se essas expectativas não forem correspondidas. Exemplo: “É terrível eu ter cometido um erro. Eu sempre deveria dar o melhor de mim.”Terapia Cognitiva Comportamental erros típicos de pensamento Raciocínio emocional: Você acha que algo deve ser verdade porque você “sentiu” intensamente (na verdade, acreditou), ignorando ou desvalorizando as evidências em contrário. Exemplo: “No trabalho, eu sei fazer bem muitas coisas, mas eu ainda me sinto um fracasso.”Rotulação: Você coloca em você ou nos outros um rótulo fixo e global sem considerar que as evidências possam levar mais razoavelmente a uma conclusão menos desastrosa. Exemplo: “Eu sou um perdedor. Ele não é bom.” Magnificação/Minimização: Quando você se avalia ou avalia outra pessoa ou uma situação, você irracionalmente magnifica o lado negativo e/ou minimiza o positivo. Exemplo: “Receber uma avaliação medíocre prova o quanto eu sou inadequado. Tirar notas altas não significa que eu seja inteligente.” Filtro mental (também chamado de abstração seletiva): Você dá uma atenção indevida a um detalhe negativo em vez de ver a situação Como um todo.. Exemplo: “Como eu tirei uma nota baixa na minha avaliação [que também continha várias notas altas], significa que eu estou fazendo um trabalho malfeito.” Leitura mental: Você acredita que sabe o que os outros estão pensando, não levando em consideração outras possibilidades muito mais prováveis. Exemplo: “Ele acha que eu não sei nada sobre este projeto.” Supergeneralização: Você tira uma conclusão negativa radical que vai muito além da situação atual. Exemplo: “[Como eu me senti desconfortável na reunião], eu não tenho as condições necessárias para fazer amigos.” Personalização: Você acredita que os outros estão agindo de forma negativa por sua causa, sem considerar explicações mais plausíveis para tais comportamentos. Exemplo: “O encanador foi rude comigo porque eu fiz alguma coisa errada.” Visão em túnel: Você enxerga apenas os aspectos negativos de uma situação. Exemplo: “O professor do meu filho não faz nada direito. Ele é crítico, insensível e ensina mal