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Doenças do Ovários FISIOPATO II

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Doenças do Ovários 
Visão Geral 
• Gônadas femininas 
• Responsáveis pela ovulação e produção dos 
hormônios estrógeno e progesterona 
• Localizados na cavidade pélvica 
• São suspensos lateralmente ao útero através do 
ligamento útero-ovariano, coberto pelo mesovário 
Ciclo ovariano: ação do LH e FSH 
1. Fase folicular: um período de crescimento folicular 
tem duração mais variável, de 10 a 21 dias. 
2. Ovulação: quando um ou mais folículos 
amadurecem, o ovário libera o(s) ovócito(s) 
durante a ovulação 
3. Fase lútea: ocorre a transformação do folículo 
rompido em um corpo lúteo, que secreta 
hormônios que continuam a preparação para a 
gestação. Se a gestação não ocorre, o corpo lúteo 
para de funcionar após cerca de duas semanas, e 
o ciclo ovariano é reiniciado. 
• Esse ciclo apresenta relação direta com o ciclo 
uterino, sendo a ovulação observada em um 
momento em que o revestimento do útero 
(endométrio) está preparado para a implantação 
de um embrião caso ocorra uma gravidez 
 
 
Histologia 
1- Epitélio germinativo: epitélio cuboide simples - 
células germinativas primordiais 
2- Túnica albugínea: tecido conjuntivo denso abaixo 
do epitélio – importante para proteger os óvulos 
• Folículos primordiais: oócitos com 
desenvolvimento suspenso (primeiro estágio do 
folículo em desenvolvimento) 
• Folículos primários: unilaminar multilaminar 
• Presença de antro – espaço contendo líquido 
fluido 
• Células da Granulosa 
Células da 
• Teca (Bainha de tec. 
Conjuntivo) com células 
receptoras de LH à 
Secretam andrógenos à 
estrógenos 
• Maturação do Oocito ocorre no folículo primário 
Obs: a teca interna e externa, são responsáveis por 
reconhecer os hormônios LH e FSH. 
 
Cistos ovarianos 
• Os cistos constituem a forma mais comum de 
tumor ovariano. 
• São denominados cistos benignos ou cistos 
funcionais 
• A maior parte ocorre devido ao próprio 
funcionamento do ovário 
• Principais 
o Cisto Foliculares: formados na fase 
folicular 
o Cisto Luteínicos: formados na fase 
luteinica 
Manifestações Clínicas 
• Assintomáticos ou sintomáticos 
• Dor unilateral ou pressão na parte inferior do 
abdômen – dor como “pressão” 
• Se ruptura ou torção ovariana, pode sentir um 
início súbito de dor aguda intensa, possivelmente 
associada a náuseas e vômitos. 
• O ciclo menstrual pode se tornar irregular e pode 
ocorrer sangramento vaginal anormal 
Obs: a presença de cisto não corresponde 
necessariamente a uma síndrome do ovário policístico, 
para que isso ocorra precisamos de um conjunto de sinais 
e sintomas 
Epidemiologia 
• 20% das mulheres formam ao menos 1 vez 
durante a vida. 
• Comum em idade fértil (maior na menarca). 
• Atenção para cisto formados na pós menopausa, 
principalmente após os 60 anos não é para 
ocorrer alteração ovariana, já que ele não 
“precisa” funcionar mais – pode ocorrer de ser 
cicatrizes de cistos passados 
 
 Fisiopatologia: Cistos funcionais 
• Ciclo menstrual normal 
• Fase folicular: ↑ FSH >> seleção do folículo 
dominante >> produção de estrogênio >> ↑ LH >> 
ovulação >> corpo lúteo >> estrogênio e 
progesterona >> inibe a liberação de FSH e LH. 
• 14º dia do ciclo temos o pico de LH que indica a 
ovulação, caso não seja fecundado ou não o óvulo 
não conseguiu expulsar o ovócito devido a falta de 
estímulo adequado de LH levando a uma possível 
formação de cisto que nos próximos dias com o 
equilíbrio pode desaparecer ou em caso de 
mulheres com ciclos irregulares podemos ter a 
formação de vários cistos funcionais – temos um 
ovário policístico, mas não a síndrome 
• Precisa-se regular o ciclo menstrual para diminuir 
a formação desses cistos 
Cisto Foliculares 
• São formados do processo natural de ovulação. 
• Originados quando os folículos não se rompem 
durante a ovulação (não liberação do ovócito) ou 
pode ocorrer também por liberação e fechamento 
imediato do folículo. 
• ↑ [FSH] ou ausência do pico de LH. 
• Folículo continua a crescer por estimulação 
hormonal (FSH). 
• Produto final as células da granulosa, levam ao ↑ 
de estrogênio (hiperestrogenismo) >> ↓ da 
menstruação. 
 
Morfologia: 
Aparência lisa de parede 
fina e unilocular 
São geralmente 
pequenos (< 2,0 cm e 
raramente atingem 5,0 
cm) 
Únicos ou múltiplos 
Têm superfície interna 
lisa, sem massas 
vegetantes na luz. O 
conteúdo é seroso, cristalino ou discretamente 
hemorrágico 
Fisiopatologia: Cisto Luteínicos 
• Após a ovulação, ocorre a formação do corpo 
lúteo. 
• Mais raros 
• Se fecundação, o corpo lúteo mantém a produção 
de estrogênio e progesterona por 14 semanas 
(mulheres com gestações precoce são comuns) 
• Em caso contrário de não fecundação, o corpo 
lúteo regride em até 14 dias 
• Se a dissolução do corpo lúteo não ocorrer, pode 
resultar em um cisto do corpo lúteo 
• Estão sempre presentes durante a gravidez e 
geralmente se resolvem no final do primeiro 
trimestre. 
Exame diagnostico 
• Ultrassonografia transvaginal (diferenciar massa 
maligno e benigno). 
• Achados para cistos benignos em qualquer faixa 
etária são paredes finas e lisas e ausência de 
septações, componentes sólidos e fluxo interno ao 
doppler colorido. 
• Doppler (presença de fluxo sanguíneo) 
• CA125 (para suspeita de malignidade) 
Doença do Ovário Policístico 
• Síndrome de Stein-Leventhal 
• 6 a 10% mulheres em idade reprodutiva, 3a 
década de vida. 
• Distúrbio endócrino complexo, caracterizado por 
hiperandrogenismo (excesso de testosterona), 
anormalidades menstruais, ovários policísticos, 
anovulação crônica e diminuição de fertilidade 
• Queda absurda de FSH, então não teremos a 
maturação folicular 
• Obesidade lembrando que aromatase converte 
testosterona em estrogênio então temos um ciclo 
vicioso 
• Marcada por uma desregulação das enzimas 
envolvidas na biossíntese de andrógenos e na 
produção excessiva de andrógenos 
Características: 
1- Ovários esclerocísticos 
2- Oligomenorréia, ciclos anovulatórios, infertilidade 
3- Hiperandrogenismo (acne, hirsutismo (excesso de 
pelo típico de homem em mulheres), alopecia 
(queda de cabelo)) 
• Associados a: obesidade, resistência à insulina, 
DM II 
Fisiopatologia: 
• Estudos apontam como distúrbio básico 
disfunção enzimática ovariana que leva a 
produção aumentada de andrógenos 
(androstenediona) à convertidos perifericamente 
(pelo tecido adiposo) em estrógenos (estrona). 
• Andrógenos ovarianos em excesso levam a 
maturação folicular anômala (maturação muito 
rápida que causa a infertilidade), com formação 
de múltiplos cistos foliculares, atresia folicular 
prematura e anovulação. 
• A formação acíclica de estrógenos inibe a síntese 
de FSH e estimula a produção de LH. 
• Elevação persistente dos níveis de LH à estimula as 
células da teca interna a produzir 
androstenediona (mais andrógenos) 
• Resistência periférica à insulina também parecer 
ser o evento primário da síndrome, pois a insulina 
auxilia o feedback normal da produção de 
androgênio. Então quando temos a resistência, 
primeiro o pâncreas produz muita insulina para 
tentar compensar, depois diminui bruscamente a 
insulina e acaba estimulando a síntese de 
testosterona pela células da TECA. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Macroscopicamente: os ovários estão aumentados de 
volume e têm superfície externa brancacenta, perolácea e 
lisa (aparência de “ovos de galinha”). 
 Microscopicamente: encontram-se espessamento 
fibroso da cápsula e numerosos cistos foliculares, com 
hiperplasia e luteinização da teca interna. 
 
 
Neoplasia Ovariana 
• Classificação simplificada pela OMS (2014), 
segundo a qual os tumores são classificados 
conforme a sua origem: 
1. Tumores do epitélio superficial 
2. Tumores do cordão sexual / estroma ovariano: 
ocorre no próprio folículo maturado (camada 
granulosa) 
3. Tumores de células germinativasIncidência por Idade 
• 20 a 45 anos (80% benigno); 
• 55 a 65 anos (maligno) → incidência aumenta com 
a idade 
Fatores de risco 
• Nuliparidade 
• Baixa utilização de 
contraceptivos orais 
– para mulheres que 
deveriam usar pata 
tratamento 
• Fatores genéticos → Mutação BRCA-1 e o BRCA-2. 
o O risco vitalício para o desenvolvimento 
de câncer do ovário é de 40% a 60% para 
mutações de BRCA1 e de 10% a 20% nas 
portadoras de mutações de BRCA2 – risco 
de CA de mama e ovário 
• Síndrome do câncer de mama ovário e síndrome 
do câncer familiar ou síndrome de Lynch II. 
• Histórico familiar: mesmos hábitos ambientais 
• Laqueadura reduz risco (recomendado quando 
risco familiar) 
Obs: os tumores são classificados em: benigno, borderline 
(“in situ”) e maligno 
1. tumores do epitélio superficial 
• Tumores serosos (benigno, borderline, maligno) 
• Tumores mucinosos (benigno, borderline, 
maligno) 
• Tumores endometrióides (benigno, borderline, 
maligno) 
• Tumor de células claras (benigno, borderline, 
maligno) 
• Tumor de Brenner (benigno, borderline, maligno) 
2. Tumores do cordão sexual / estroma ovariano 
• Tumores da granulosa 
• Tecomas 
• Fibromas 
• Fibrotecomas 
Favorecem ovulações 
múltiplas, com possível 
perda da integridade do 
epitélio de revestimento, 
seguida de regeneração, 
mutação e malignidade 
 
• Tumores de células sertoli-leydig 
• Tumores de células esteróides 
3. tumores de células germinativas 
• Teratomas (maduro, imaturo) 
• Disgerminona 
• Carcinoma Embrionário 
• Tumor do saco vitelínico 
• Coriocarcinoma não gestacional 
Classificação das neoplasias ovarianas: com base 
no tipo de célula 
1. Tumores do epitélio superficial 
• Cerca de 70% dos casos de tumores de ovário 
• A maioria surge do epitélio mulleriano 
• Tendem a ser bilaterais 
• A camada superficial interna que secreta o 
hormônio mulleriano que leva a formação papilar 
Tipos histológicos 
1. Tumores serosos (50%) – mais comuns, 
normalmente diagnosticados pelo citoadenoma 
(tumor epitelial benigno) 
2. Tumores mucinosos 
3. Tumores endometrioide 
Classificação: 
• Tipo I: seroso de baixo grau, endometrioide e 
mucinoso – indicação de retirada laparoscópica 
o Tumores de baixo grau que 
frequentemente surgem em associação 
com tumores borderline ou endometriose. 
o Mutação nos genes K-RAS e BRAF em 50 – 
60% dos casos de tumores de baixo grau. 
o Mutação no gene TP53 
• Tipo II: seroso de alto grau – possui angiogênese 
com capacidade de infiltração e denominamos um 
carcinoma maligno invasivo 
o Mais frequentemente carcinomas serosos 
de alto grau que surgem a partir do 
carcinoma intraepitelial seroso 
o Mutação BRCA1/2 e TP53 
1. Tumores Serosos 
• Geralmente císticos e revestidos por epitélio 
colunar ciliado (tipo tubário) 
• Tipos Benigno, borderline e maligno 
• Impressão de tecido tubário 
• Seroso do tipo II: displasia de alto grau papilífero, 
faz todo um processo vegetativo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Características 
• 60% benigno 
• 10% bordeline 
• 30% malignos – 56 anos 
• Patogenia – risco de Ca em portadora de BRCA-1 = 
20% / BRCA-2 = 60% Carcinoma seroso – baixo e 
alto grau 
• Baixo grau – surgem do borderline, mutações no 
KRAS, BRAF, ERBB2 
• Alto grau – Mutações no TP53 
• Lesão volumosa ou maligna pode causar dor 
aguda quando associado a torção. 
Os cistadenomas 
(benignos). Suas projeções 
papilíferas estão voltadas 
para o interior do cisto e 
são recobertas por uma só 
camada de células. O 
componente estromal 
(conjuntivo) é grande. Não 
há atipias, mitoses ou 
necrose. 
Os cistadenocarcinomas (malignos). Suas projeções 
papilíferas podem ocorrer dentro e fora dos cistos (no 
presente caso, só dentro). Há grande predomínio das 
células neoplásicas sobre o componente conjuntivo, e as 
células podem formar extensas arborizações papilíferas, 
áreas glandulares ou áreas sólidas. Há atipias, mitoses 
e/ou necrose em quantidade variável. 
 
 
 
 
 
 
 
• Anatomia Microscopia Cistoadenocarcinoma 
(maligno): nítidas invasão do estroma, atipias 
celulares mais acentuadas e mitoses frequentes, 
podendo existir papilas, ninhos, trabéculas e 
pseudoácinos 
2. tumores Mucinoso 
• Raros antes da puberdade e após a menopausa. 
Ocorrem entre 40 – 50 anos de idade 
• Mutação do proto-oncogene KRAS - é uma 
alteração genética consistente nos tumores 
mucinosos do ovário, incluindo a maioria dos 
cistadenomas mucinosos benignos (58%), tumores 
mucinosos borderline (75% a 86%) e carcinomas 
mucinosos ovarianos (85%). 
• 20% dos tumores de ovário 
• Normalmente unilateral 
• Prognóstico Melhor 
• Sobrevida 5 anos 
• Invasivo 50%, Borderline 95% e quando recidiva, 
ocorre de forma precoce (3 anos) 
20 -45 anos (idade 
reprodutiva) 
Anatomia macroscópica 
Cistadenomas mucinosos 
(benigno) 
• Formam massas císticas 
multiloculadas 
• Conteúdo gelatinoso 
• Podem atingir até 50 kg. 
Cistadenomas 
mucinosos (benigno) 
São também císticas 
e revestidas por 
epitélio colunar 
mucossecretor 
(semelhante ao 
gastrointestinal) 
Sem atipias, podendo haver discreta pseudoestratificação. 
Tumores 
mucinosos 
(Borderline) 
Epitélio com grau 
variável de 
estratificação 
Formação de vilos 
ou papilas e atipias 
nucleares. Sem 
invasão do estroma 
Encontrados “lagos” acelulares de muco (pseudomixoma 
ovarii) 
3. Tumores Endometrioides 
• São neoplasias constituídas por elementos 
epiteliais e/ou estromais semelhantes aos do 
endométrio normal. 
• Associados a endometriose (15 – 20%) e CA de 
endométrio, não sendo metástase e sim juntos (15 
–30%). 
• Ocorre principalmente entre 50 – 60 anos de 
idade 
• Mutações no PTEN, PIK3CA, ARID1A e KRAS (via 
PI3K); 
• Mutações nos genes reparadores de erro de DNA 
e no CTNNB1 (β-catenina). 
• Endometrioides benignos (adenofibromas 
endometrioides) 
• Tumores endometrioides borderline são raros. 
• Adenocarcinoma endometrioide (10 – 15% de 
todos os casos de CA de ovário – segundo mais 
frequente) 
Anatomia microscópica 
Adenocarcinoma 
endometrioide 
Lesão é semelhante ao 
adenocarcinoma ou 
adenoacantoma 
endometrial. 
2. Tumores de estroma gonodal e cordão 
sexual 
• Os ovários são derivados dos cordões sexuais da 
gônada embrionário; 
• O mesênquima gonadal (sem diferenciação) 
produz nas gônadas de homens (Sertoli e Leydig) e 
nas mulheres (granulosa e teca). 
• São denominados tumores feminilizantes (células 
tumorais da granulosa/teca), e masculinizantes 
(tumores das células de Leydig) 
Subtipos 
1. Tumores de Células da Granulosa - 5% dos 
tumores ovarianos 
2. Fibromas, Tecomas e Fibrotecomas 
3. Tumores de Células de Sertoli-Leydig 
1. Tumores de Células da Granulosa 
• Todos são potencialmente malignos 
• Este tumor origina-se do estroma especializado do 
ovário, mais especificamente das células da 
camada granulosa, que circundam o óvulo nos 
folículos ovarianosTipos 
• Adulto (95% dos tumores de granulosa) 
• Juvenil 
• Produz grande quantidade de ESTROGÊNIO 
• Pré-púberes (tipo juvenil): Desenvolvimento 
sexual precoce. 
• Adulta (tipo adulto): Relacionado com doença 
proliferativa das mamas, hiperplasia endometrial 
e carcinoma endometrial 
• Níveis serícos elevados de inibina (produto da 
granulosa) estão associados a tumores do estroma 
do cordão sexual. 
• Mutações do gene FOXL2 em 97% dos tumores de 
células da granulosa do tipo adulto 
2. Fibromas, Tecomas e Fibrotecomas 
• Tumores originados do estroma ovariano; 
• Comuns e representam cerca de 4% de todos os 
tumores do ovário. 
• Fibromas: Compostos por fibroblastos. 
• Tecomas: Células fusiformes amplas com gotículas 
lipídicas. 
• Fibrotecomas: Misto dos dois 2pos de células. 
• A maioria são benignos, porém com potencial 
maligno (fibrossarcomas) 
Fibroblastos bem 
diferenciados, entremeados 
porescasso estroma 
colagenoso. 
Pode ser encontrado 
células diferenciadas tecais 
 
3. Tumores de Células de Sertoli-Leydig 
• Arrenoblastoma ou androblastoma 
• Semelhante, histologicamente, ao testículo 
embrionário/fetal (raro) 
• 20 – 30 anos. 
• Tumor masculinizante 
• Baixo potencial maligno 
• Jovens e adultos; 
• Amenorreia, hipertrofia do clitóris, infertilidade, 
hirsutismo (pelos pelo corpo), acne e alterações 
da voz (sinais 2picos). 
• Mutações no DICER1 (codifica endonucleases 
essencial para o processamento correto de micro-
RNAs) 
• Metástase em <5% dos casos 
Características: tumores de células germinativas 
• 20% dos tumores do ovário; 
• Mulheres mais jovens (crianças); 
• Podem seguir várias linhagens de diferenciação, 
• produzindo neoplasias análogas às do testículos 
• Quanto mais jovem, maior a chance de 
malignidade 
• Principais neoplasias deste grupo são os 
teratomas. 
• Surge a par1r de um ovócito depois da primeira 
divisão meiótica, enquanto uma minoria surge 
antes da primeira divisão. 
Teratoma 
• Caracterizam por produzir tecidos derivados dos 
três folhetos embrionários (ectoderma, 
mesoderma e endoderma). 
A. Teratoma maduro 
B. Teratoma imaturo 
C. Teratoma monodermico ou especializado 
 
 
 
 
 
 
A. Teratoma maduro 
• Cistos dermoides (BENIGNO) 
• Macroscopicamente (ver peças, links embaixo) é 
um tumor cístico preenchido por cabelos e 
material sebáceo. A parede interna do cisto tem 
aspecto de pele, com epiderme, folículos pilosos, 
glândulas sebáceas e sudoríparas. 
• Idade reprodutiva (média 32 anos) 
• Diagnóstico ao acaso. 
B. Teratoma imaturo 
• Neoplasia maligna pouco frequente (1% dos 
cânceres ovarianos), 
• Tecidos imaturos, derivados de um ou mais 
folhetos embrionários (lembram o tecido 
embrionário imaturo); 
• Normalmente por volta dos 18 anos 
Prognóstico geral 
• A conduta clinicocirúrgica e o prognóstico dos 
carcinomas ovarianos dependem, em grande 
parte, do estadiamento clínico (realizado na 
cirurgia/laparotomia). 
Diagnóstico Geral 
• Assintomáticos (tardio) 
• Quando sintomáticos 
• Distensão abdominal, massa palpável, desconforto 
pélvico e dor abdominal baixa. Queixas urinárias 
ou digestivas podem estar associadas. 
• Idade; 
• CA125 (pouco específico); 
• β-hCG e α-fetoproteína (tumores germinativos – 
pós-operatório) 
• α-inibina (tumores do cordão sexual); 
• Ultrassonografia transvaginal. 
Terapêutica geral (profilática) 
• Contraceptivo oral 
• Laqueadura 
• Para mulheres com mutação BRCA1/2: salpingo 
ooforectomia profilática. 
• Histórico familiar 
 
 
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