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01 - Disposições preliminares

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Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 15 
TÍTULO I 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
 
Art. 1o O PROCESSO PENAL reger-se-á, em todo o território brasileiro, por este Código, 
RESSALVADOS: 
 
I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional; 
 
II - as prerrogativas constitucionais 
 do Presidente da República, 
 dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da 
República, 
 e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade 
(Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100); 
 
III - os processos da competência da Justiça Militar; 
 
IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17); 
 
O tribunal especial, conhecido como Tribunal de Segurança Nacional, não existe mais no 
ordenamento. Atualmente os crimes contra a segurança nacional são, em regra, julgados pela 
Justiça Federal (art. 109, IV, da Constituição Federal), já que são considerados delitos políticos. 
 
V - os processos por crimes de imprensa. (Vide ADPF nº 130) 
 
O STF, no julgamento da ADPF nº 130 decidiu pela não recepção da Lei de Imprensa. Para esses 
casos, aplica-se diretamente o procedimento previsto no CPP. 
 
Parágrafo único. Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos no s. IV e V, quando as 
leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso. 
 
CRIMES PRATICADOS NO TERRITÓRIO BRASILEIRO 
REGRA EXCEÇÃO 
 
Aplicação do Código de Processo Penal 
(princípio lex fori ou locus regit actum) 
Tratados, convenções e regras de direito 
internacional 
Foro por prerrogativa de função 
Justiça Militar 
* Tribunal Especial 
* Crimes de imprensa 
Lembrando que o Código Penal considera praticado o crime no local em que ocorreu a ação ou 
omissão ou no lugar em que ocorreu o resultado (teoria da ubiquidade ou mista). 
 
 
Aplica-se o princípio 
da territorialidade, 
como regra! 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 16 
 
Art. 2o A lei processual penal 
 APLICAR-SE-Á DESDE LOGO, 
 sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior. 
 
 Não há retroatividade em se tratando de normas com conteúdo exclusivamente processual 
penal, mesmo se for prejudicial ao réu. 
 ATENÇÃO: no direito processual penal, a lei nova aplica-se de imediato, mesmo que, de certa 
forma, prejudique o réu. Diferente do direito penal, no qual, a lei nova retroage para favorecer 
o réu. 
 Se a norma tiver natureza penal e processual penal (lei híbrida), deve-se seguir a regra da 
irretroatividade da lei penal mais gravosa (exemplo art. 366 do CPP). 
 Portanto, quanto ao tempo da aplicação da lei processual penal prevalece o princípio do tempus 
regit actum (princípio da imediatidade ou da aplicação imediata das normas processuais). 
 Logo, o sistema adotado é o do isolamento dos atos processuais. 
 Não é adotado o sistema da unidade processual e o sistema das fases processuais. 
 O importante é a data do ato, e não do fato criminoso. 
 A lei processual penal não se submete ao princípio da retroatividade in mellius, devendo ter 
incidência imediata sobre todos os processos em andamento, independentemente de o crime 
haver sido cometido antes ou depois de sua vigência ou de a inovação ser benéfica ou 
prejudicial. 
 
Art. 3o A LEI PROCESSUAL PENAL ADMITIRÁ 
 interpretação extensiva e 
 aplicação analógica, 
 bem como o 
 suplemento dos princípios gerais de direito. 
 
 O que é? Tipo 
Direito 
Processual 
penal 
Direito penal 
INTERPRETAÇÃO 
Apreensão do 
sentido da norma 
(o alcance da norma 
não é específico) 
Interpretação 
extensiva 
SIM SIM 
INTEGRAÇÃO 
Preenchimento de 
lacuna existente 
(a norma não 
regulamenta a 
situação apresentada, 
precisa recorrer a uma 
norma que trata de 
uma questão parecida) 
Analogia SIM 
Admite para 
favorecer o réu 
(não pode 
prejudicar). 
Não pode 
combinar lei 
para criar uma 
terceira. 
Suplementos 
dos PGD 
SIM 
Admite, mas 
não pode 
prejudicar 
 
 
ATENÇÃO 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 17 
Juiz das Garantias 
 
Suspensão do Juiz das Garantias 
 
 Alguns pontos da Lei Anticrime foram suspenso pelo STF em decisão referente às Ações Diretas 
de Inconstitucionalidade 6298, 6299, 6300 e 6305. A maioria dessa suspensão refere-se ao instituto 
do juiz das garantias. 
 A maioria das críticas do Juiz das Garantias não refere-se ao órgão em si, mas, sim, na 
incompatibilidade de instituir mais um órgão, o que exige mais agentes públicos, diante da realidade 
estrutural, orçamentária e financeira dos Tribunais brasileiros. 
 Vejamos partes do julgamento que culminou nessa suspensão: 
 
(...)3. Fixadas essas premissas, impende esclarecer que foram propostas as ADI 6.298, 6.299, 6.300 
e 6305, cujo objeto de impugnação são os seguintes dispositivos: 
 
(a) Artigos 3º-A a 3º-F do Código de Processo Penal, na redação concedida pela Lei n. 
13.964/2019 (Juiz das garantias e normas correlatas): 
 
(a1) O juiz das garantias, embora formalmente concebido pela lei como norma 
processual geral, altera materialmente a divisão e a organização de serviços 
judiciários em nível tal que enseja completa reorganização da justiça criminal do país, 
de sorte que inafastável considerar que os artigos 3º-A a 3º-F consistem 
preponderantemente em normas de organização judiciária, sobre as quais o Poder 
Judiciário tem iniciativa legislativa própria (Art. 96 da Constituição); 
 
(a2) O juízo das garantias e sua implementação causam impacto financeiro relevante 
ao Poder Judiciário, especialmente com as necessárias reestruturações e 
redistribuições de recursos humanos e materiais, bem como com o incremento dos 
sistemas processuais e das soluções de tecnologia da informação correlatas; 
 
(a3) A ausência de prévia dotação orçamentária para a instituição de gastos por parte 
da União e dos Estados viola diretamente o artigo 169 da Constituição e prejudica a 
autonomia financeira do Poder Judiciário, assegurada pelo artigo 99 da Constituição; 
 
(...) 
 
(a6) A complexidade da matéria em análise reclama a reunião de melhores subsídios 
que indiquem, acima de qualquer dúvida razoável, os reais impactos do juízo das 
garantias para os diversos interesses tutelados pela Constituição Federal, incluídos o 
devido processo legal, a duração razoável do processo e a eficiência da justiça 
criminal; 
 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 18 
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, 
 vedadas 
 a iniciativa do juiz na fase de investigação 
 e a substituição da atuação probatória do órgão de 
acusação. 
 
 
 
 
 
SISTEMAS DE PROCESSO PENAL 
Sistema inquisitivo ou 
inquisitorial 
Sistema 
acusatório 
Sistema 
misto 
Não há distinção entre 
figuras do acusador e do julgador. 
 
 
Em verdade, não há acusador nem 
acusado, mas somente o juiz (o 
inquisidor), que investiga e julga. 
 
 
O acusado é privado do 
contraditório, prejudicando-lhe o 
exercício da defesa. 
 
Não existe liberdade de acusação, 
uma vez que o “juiz” se converte 
ao mesmo tempo em acusador, 
assumindo ambas as 
funções. 
 
 
A gestão da prova fica com o juiz 
inquisidor. 
 
 
Costuma vigorar no sistema 
inquisitório o 
modelo escrito, 
mediato, 
disperso e 
sigiloso 
de seus atos. 
Caracterizado pela separação 
entre as 
funções da acusação e do 
julgamento. 
 
Existe contraditório, 
permitindo-se o exercício de 
uma defesa ampla. 
 
As partes, em pé de 
igualdade (par conditio), têm 
garantido o direito à 
prova, cooperando, de modo 
efetivo, na busca da verdade 
real. 
 
A ação penal é de regra 
pública, e indispensável para 
a realização do processo. 
 
A gestão da provarecai 
precipuamente sobre as 
partes. 
 
Costuma vigorar o 
princípio 
oral, 
imediato, 
concentrado e 
público 
de seus atos. 
Nasceu com Code d’Instruction 
Criminelle 
 (Código 
de Processo Penal) francês, 
em 1808. 
Junção dos dois modelos 
anteriores, tornando-se, assim, 
eminentemente bifásico. 
 
Compõe-se de uma 
primeira fase, inquisitiva, de 
instrução ou investigação 
preliminar, sigilosa, 
escrita e não contraditória, e uma 
segunda fase, acusatória, 
informada pelos 
princípios do devido processo 
legal, do contraditório e da ampla 
defesa. 
 Não há consenso na doutrina quanto à classificação do sistema processual penal brasileiro. 
 Hélio Tornaghi e Edilson Bonfim definem como misto. Sendo a 1ª fase inquisitiva referente ao 
inquérito policial e a 2ª fase acusatória referente à instauração da relação processual. 
 Mirabette, Tourinho, Scarance e Renato Brasileiro definem como acusatório, pois entendem que a 
fase inquisitiva (fase do inquérito policial) é administrativa, não processual. Ademais, com o advento 
da CF/88 ficou claro as funções de acusação, defesa e julgamento. 
 Princípios do sistema penal acusatório: 
 Contraditório; 
 Oralidade; 
 Publicidade; 
 Imparcialidade; 
 Ampla Defesa. 
 
 Adoção do sistema acusatório de 
forma expressa. 
 Juiz das garantias não é juiz 
investigador. 
COPIA 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 19 
JUIZ 
DAS 
GARANTIAS 
Responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal 
Responsável pelo salvaguarda dos direitos individuais 
 As competências do juiz das garantias elencadas no art. 3º - B são exemplificativas. 
 Não é um rol taxativo. Não é numerus clausus. 
 O juiz das garantias atuará até o recebimento da inicial acusatória. 
 
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela 
salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder 
Judiciário, competindo-lhe especialmente: 
 
 
 
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da 
Constituição Federal; 
 
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o 
disposto no art. 310 deste Código; 
 
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua 
presença, a qualquer tempo; 
 
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal; 
 
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o 
disposto no § 1º deste artigo; 
 
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, 
 bem como substituí-las ou revogá-las, 
 assegurado, no primeiro caso, 
 o exercício do contraditório em audiência pública e oral, 
 na forma do disposto neste Código ou em legislação especial 
pertinente; 
 
VII - decidir sobre o requerimento de 
 produção antecipada de provas consideradas urgentes e não 
repetíveis, 
 assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência 
pública e oral; 
 
Juiz das Garantias Juiz da Instrução 
Art. 3º - B, VII - decidir 
sobre o requerimento de 
produção antecipada de 
provas consideradas 
urgentes e não repetíveis, 
assegurados o contraditório 
e a ampla defesa em 
audiência pública e oral; 
Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova 
produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua 
decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na 
investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e 
antecipadas. 
 
Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, 
porém, facultado ao juiz de ofício: 
 
I – ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção 
antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, 
observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da 
medida; 
 
No caso de prorrogação de 
prisão provisória o preso terá 
direito de audiência 
pública e oral. 
JUIZ DAS GARANTIAS 
Provas 
urgentes e não repetíveis 
Competências do juiz da garantia: 
 Rol exemplificativo (numerus apertus). 
 Não é rol taxativo (numerus clausus). 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 20 
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, 
 estando o investigado preso, 
 em vista das razões apresentadas pela autoridade policial 
 e observado o disposto no § 2º deste artigo; 
 
IX - DETERMINAR o trancamento do inquérito policial 
 quando não houver fundamento razoável para sua instauração ou prosseguimento; 
 
Juiz das Garantias Ministério Público 
Art. 3º - B, IX - DETERMINAR o 
trancamento do inquérito policial 
quando não houver fundamento 
razoável para sua instauração ou 
prosseguimento. 
Art. 28 - ORDENADO o arquivamento do inquérito 
policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma 
natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à 
vítima, ao investigado e à autoridade policial e 
encaminhará os autos para a instância de revisão 
ministerial para fins de homologação, na forma da lei. 
 
X - REQUISITAR documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da 
investigação; 
 
XI - DECIDIR sobre os requerimentos de: 
 
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática 
ou de outras formas de comunicação; 
 
b) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico; 
 
c) busca e apreensão domiciliar; 
 
d) acesso a informações sigilosas; 
 
e) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado; 
 
XII - julgar o habeas corpus impetrado ANTES do oferecimento da denúncia; 
 
Habeas 
corpus 
Antes do oferecimento (não é recebimento) 
Juiz das garantias 
julga 
Depois do oferecimento (inclui a fase de 
recebimento) 
Juiz da instrução e julgamento 
julga. 
 
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental; 
 
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código; 
 
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, 
 o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos os elementos 
informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, 
 salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento; 
 
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia; 
 
XVII - decidir sobre a homologação de 
 acordo de não persecução penal ou 
 os de colaboração premiada, 
 quando formalizados durante a investigação; 
 
Atos com 
reserva de 
jurisdição. 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 21 
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo. 
 
§ 1º O preso em flagrante ou por força de mandado de prisão provisória 
 será encaminhado à presença do juiz de garantias 
 no prazo de 24 horas, momento em que se realizará audiência com a presença do 
Ministério Público e da Defensoria Pública ou de advogado constituído, 
 vedado o emprego de videoconferência. 
 
 O § 1º foi vetado pelo Presidente da República na redação inicial do Pacote Anticrime. 
 O veto foi derrubado no dia 29/04/2021. 
 
§ 2º SE O INVESTIGADO ESTIVER PRESO, 
 o JUIZ DAS GARANTIAS poderá, mediante 
 representação da autoridade policial 
 e ouvido o Ministério Público, 
 prorrogar, 
 uma única vez, 
 a duração do inquérito por até 15 dias, 
 após o que, 
 se ainda assim a investigação não for concluída, 
 a prisão será imediatamente relaxada. 
 
 
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias 
 abrange todas as infrações penais, 
 exceto as de menor potencial ofensivo, 
 e cessa com o recebimento da denúncia ou queixa na forma do 
art. 399 deste Código.PRORROGAÇÃO DE INQUÉRITO 
 
 Juiz não pode de ofício. 
 Autoridade policial representa. 
 MP é ouvido. 
 Prorroga uma única vez por até 15 dias 
(não é exatamente 15 dias). 
 Prisão será relaxada ( o termo mais 
correto deveria ser revogada). 
 É será relaxada, não é poderá. 
COMPETÊNCIA DO JUIZ DAS GARANTIAS 
 
 Competência de todas as infrações penais, em regra. 
 Não abrange as infrações de menor potencial ofensivo - IPMPO (todas as contravenções penais e os 
crimes a que a lei comine pena máxima não superior a 2 anos, cumulada ou não com multa). 
 Para Fernando Capez, os crimes a que a lei comine exclusivamente pena de multa, qualquer que seja 
o procedimento previsto, também se enquadra como conceito de IPMPO. 
 A competência do juiz das garantias CESSA com o RECEBIMENTO da denúncia ou queixa. 
 Cessa com recebimento. Não é oferecimento. 
 
CESSA  RECEBIMENTO. 
Sistematização Concursos sistematizacaoconcursos@gmail.com @sistematizacaoconcursos 22 
§ 1º RECEBIDA a denúncia ou queixa, 
 as questões pendentes 
 serão decididas pelo juiz da instrução e julgamento. 
 
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias 
 não vinculam o juiz da instrução e julgamento, 
 que, após o recebimento da denúncia ou queixa, 
 deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, 
 no prazo máximo de 10 (dez) dias. 
 
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das garantias 
 ficarão acautelados na secretaria desse juízo, 
 à disposição do Ministério Público e da defesa, 
 e NÃO serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da 
instrução e julgamento, 
 ressalvados os 
 documentos relativos às provas irrepetíveis, 
 medidas de obtenção de provas ou de antecipação de 
provas, 
 que deverão ser remetidos para apensamento em 
apartado. 
 
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias.’ 
 
Art. 3º-D. O juiz que, 
 na fase de investigação, 
 praticar qualquer ato incluído nas competências dos arts. 4º e 5º deste Código 
 ficará impedido de funcionar no processo. 
 
Parágrafo único. Nas comarcas em que funcionar apenas um juiz, 
 os tribunais criarão um sistema de rodízio de magistrados, 
 a fim de atender às disposições deste Capítulo.’ 
 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos 
Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo 
respectivo tribunal.’ 
 
Art. 3º-F. O juiz das garantias 
 deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, 
 impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para 
explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, 
 sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal. 
 
Parágrafo único. Por meio de regulamento, 
 as autoridades deverão disciplinar, em 180 (cento e oitenta) dias, 
 o modo pelo qual as informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso 
serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput 
deste artigo, 
 transmitidas à imprensa, 
 assegurados 
 a efetividade da persecução penal, 
 o direito à informação e 
 a dignidade da pessoa submetida à prisão. 
 
Autos do juiz das garantias 
NÃO SERÁ 
apensado aos autos do processo 
enviado ao juiz da instrução. 
Não é suspeito. 
É impedido. 
Por meio de 
regulamento. 
Não de lei ou 
decreto. 
Decisões do juiz das garantias 
NÃO vinculam o juiz da 
instrução e julgamento.

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