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Desordens Ventilatórias Associadas a Obesidade e ao Sono M5 - Isabella machado pessanha alves Clínica Médica I SÍNDROME DA APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO (SAOS) - A apneia obstrutiva do sono se caracteriza por obstrução parcial ou completa intermitente das vias aéreas durante o sono. • FATORES DE RISCO E FENÓTIPOS DE SAOS - Sexo masculino e mulher na pós-menopausa - Idade (comum em idosos) >50 anos - Obesidade (IMC >30 KG/M2), é o principal fator de risco - Circunferência cervical: >43cm no homem e >38cm na mulher - Circunferência abdominal: >102cm no homem e 88cm na mulher - Síndrome metabólica +SAOS = Síndrome Z - Alterações esqueléticos-faciais (retrognatia e micrognatia) - Aumento de amígdalas e adenoides • ANAMNESE 1. Qualidade do sono: fragmentado e não reparador, insônia 2. Sintomas respiratórios: roncos, pausas respiratórias, engasgos, respiração oral, tosse, dispneia, obstrução nasal, gemidos (catatrenia) 3. Sintomas diurnos: sonolência, fadiga, alterca cognitiva e do humor, acidentes, cefaleia matinal 4. Associação com depressão e hipotiroidismo, principalmente na mulher 5. Uso de tabaco e alcool 6. Aplicar escala de sonolência de Epworth (>9 é sonolência excessiva diurna) e questionários clínicos de Berlim e stop Bang para avaliar a probabilidade de SAOS 7. Comorbidades: DPOC, IC, obesidade morbida, HAS resistentes e AVE) • MEDIDAS ANTROPOMETRICAS • CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS A - Presença de um ou mais dos seguintes: 1. Queixa de sonolência excessiva. Sono não reparador, fadiga 2. Acordar a noite com sensação de sufocamento ou engasgo 3. Relato do companheiro (a) de ronco habitual ou asneias durante o sono 4. HAS, transtorno do humor, disfunção cognitiva, insuficiência coronariana, acidente vascular encefálico, insuficiência cardíaca, fibrilação atrial ou diabetes mellitus tipo 2 B- Polissonografia ou poligrafia - Mais que 5 eventos obstrutivos/hora (apneias, hipopneias) OU C- Polissonografia ou poligrafia - Mais que 15 eventos predominantemente obstrutivos/hora • TRATAMENTO - Ventilação não-invasiva com CPAP é o padrão ouro - Tratamento comportamental da SAOS: medidas de higiene do sono, perda de peso, mudanças nos hábitos alimentares e no estilo de vida - Evitar alcool e tabagismo - Mudança na portada do sono: adotar o decúbito lateral - Correção cirúrgica das alterações craniofaciais, faringes (adenotonsilectomia, faringeoplastia) e mais (septoplastia), avance maxilo-mandibular); traqueostomia - Aparelhos intra-orais, retentores línguas - Terapia miofuncional orofacial, fonoterapia (pela fonoaudiologia) SÍNDROME DA HIPOVENTILAÇÃO E OBESIDADE • DEFINIÇÃO - É definida pela presença de obesidade (índice de massa corpórea >= 30 kg/m2) e hipercapnia arterial diurna (PaCO2 >= mmHg) • FISIOPATOLOGIA - Alterações da função pulmonar - A leptina é uma citocina produzida pelos adipócitos, podendo justificar uma relação casual entre obesidade, controle ventilatório e hipercapnia córnica - Na obesidade ocorre residente a leptina - Deficiência de leptina leva a hipercapnia diurna e redução da reposta ventrículo ao CO2 • ACHADOS CLÍNICOS 1. Ronco, sonolencia diurna, cefaleia matinal, uso de O2 desencadeia cefaleia 2. Hipercapnia e hipoxemia na vigilia 3. Presença de hipoxemia noturna não associada a apneias do sono 4. Hipoxemia que não recupera ao final das apneias 5. Mais complicações, morbidades, interações 6. Menor sobrevida • CRITÉRIOS DIAGNOSTICOS A- Presença de hipoventilação durante a vigília (PCO2 >45mmHg) medida traves de PCO2 arterial, PCO2 exalado final ou PCO2 transcutaneo B- Presença de obesidade (IMC > 30kg/m2) C- Hipoventilação não é devido a doença pulmonar ou de vias aéreas inferiores, doença vascular pulmonar, caixa torácica, uso de medicações, doença neurológica, fraqueza muscular ou hipoventilação alveolar central congênita ou idiopática OBS: 1. Polissonografia mostra piora da hipoventilação durante o sono 2. Quando houve SAOS, ambos os diagnósticos de SAOS e SHO devem ser feitos 3. Geralmente a SpO2 está presente, mas não é requerida para o diagnostico • GASOMETRIA ARTERIAL • TRATAMENTO DA SOH 1. Ventilação não-invasiva com capa 2. Se persistir hipoxemia, trocar para bipap (ventilação com dois níveis de pressão) 3. Se persistir hipoxemia, aumentar oxigênio 4. Em ultimo caso fazer traqueostomia
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