Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Illana Lages- Medicina Conceito Conjunto de sinais e sintomas relacionados a parada de respiração (apneia) de causa obstrutiva; • A obstrução ou semi-obstrução pode ocorrer em qualquer local da via respiratória; (principalmente na faringe) • Principal sintoma: ronco (não é obrigatório): o A vibração dos tecidos móveis ocasionada pelo fluxo de ar que passa; o Quando essa passagem está obstruída ocasiona o ronco; o A gravidade da apneia não é precondição para a intensidade do ronco. • Ronco primário: não causado por apneia obstrutiva primária; • Nem toda apneia é obstrutiva (apneia central); • É necessário o uso da polissonografia e do índice de apneia para diagnóstico; • Na polissonografia há aumento do esforço respiratório, contrário a apneia central. Epidemiologia • 32,9% na população; • 40,6% homens X 26,1% mulheres; • Fatores de risco: o Sexo masculino (mulheres: estrogênio como fator protetor, pois ele se iguala na pós-menopausa); o Obesidade; o Idade> 40 anos; o Alterações craniofaciais/faríngeas; o Síndromes genéticas: Pierre Robin (retrognasia); o Alteração anatomia na via aérea; o Síndrome de Down: Macroglossia; Músculos mais hipotônico; Fatores endocrinológicos; Alterações craniofaciais Illana Lages- Medicina Fisiopatologia • Durante a noite a redução do tônus muscular da faringe, gerando a obstrução (língua e tecidos moles) da via área. Provoca o aumento do esforço respiratório; • Aumento da frequência respiratório > aumento adrenérgico > aumento do fluxo cardíaco > aumento da pressão > despertar; • Cai O2 e aumenta a pressão parcial de CO2; • Consequências: o Alteração das trocas gasosas: hipoxemia (curto prazo), maior PCO2 (longo prazo); o Fragmenta o sono; o Alterações cardiovasculares (hiperatividade do SNA): maior tônus vascular; • Locais mais susceptível a obstrução: faringe pois ela é toda envolvida por tecidos ósseos e pouco arcabouço ósseo para proteção. Sintomas • Noturnos: o Ronco; o Apneia presenciada; o Despertar noturno; o Sudorese. • Diurnos: o Hipersonolência; o Disfunções cognitivas (memória, aprendizagem, concentração); o Alteração do comportamento (irritabilidade); o Cefaleia matinal; o Dor de cabeça principalmente pela manhã. Diagnóstico • Somatório do quadro clinico + exames complementares (polissonografia); • Quadro clínico (sintomas noturnos e diurnos); • Questionários: o Escala de sonolência de Epworth (quão sonolento é o paciente); o STOP-BANG (foi desenvolvido para apneia) ▪ Medidas termométricas do paciente; o Mallampati ▪ A-B-C-D ▪ Avaliação da orofaringe por oroscopia; •Polissonografia (método padrão-ouro) Illana Lages- Medicina o Índice de distúrbio respiratório (IDR) = Apneia + Hipopneia + RERA (somatório dos eventos/hora); o Índice de distúrbio respiratório > 5 (eventos por hora) + sintomas; o Índice de distúrbios respiratórios > 15 (eventos por hora) sem sintomas. Classificação: • Grau de gravidade; • IAH – índice de apneia-hipopneia: Tratamento • Medidas clínicas: o Perda de peso; o Exercício físico; o Higiene do sono: ▪ Hábitos, horários, controle ambiental; ▪ Uso de álcool e benzodiazepínicos; ▪ Uso de cafeína, psicoestimulantes; ▪ Medidas posturais: Decúbito lateral diminui a hipopneia, a queda da saturação de O2. • Tratamento clínico: o Aparelho de pressão positiva (CPAP): ▪ Tratamento padrão para SAOS moderada e grave; ▪ Opção para SAOS leve; ▪ Melhora sonolência diurna, qualidade de vida, sintoma cognitivo; ▪ Melhora do desfecho cardiovascular; ▪ Desconfortável e custos são desvantagens. o Aparelho intraoral: ▪ SAOS leve; ▪ Alternativa para casos de SAOS moderada e grave (ex.: má adaptação); ▪ Aparelho de avanço mandibular; ▪ Melhora de parâmetros neurofisiológicos (IAM, IDR) e sintomas (sonolência); ▪ Mais viável financeiramente, porém desconfortável e, possivelmente, doloroso. • Tratamento cirúrgico: o Cirurgias nasais; o Uvulopalatofaringoplastia/outras faringoplastias; o Cirurgia de base de língua; o Cirurgias craniomaxilofaciais. Illana Lages- Medicina Consequências da SAOS não tratada: • Hipóxia intermitente; • Aumento dos despertares; • Mecanismos envolvidos: o Atividade inflamatória; o Disfunção endotelial: placa aterosclerótica; o Hiperatividade simpática. • Hipertensão arterial sistêmica (sobretudo refratária); • Arritmias cardíacas (maior recorrência e eventos embólicos); • ICC; • Mortalidade cardiovascular; • Piora da qualidade de sono. SAOS e resistência à insulina: • Hiperatividade simpática e do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal; • Obesidade: o Aumento de 13 cm de circunferência abdominal aumenta o risco de SAOS em 4x; o Tratamento de SAOS com CPAP reduz a obesidade central. • Maior ocorrência de resistência insulínica e Diabetes Mellitus tipo 2
Compartilhar