Buscar

Banner CBGQ - Neila

Prévia do material em texto

Paleoambiente deposicional - Formação Pimenteiras (Neo-Devoniano), Bacia do Parnaíba.
1 ABREU, N.C., 2Andrade, c. L. N. / Oliveira, O.M.; 3Severiano Ribeiro, H.J. P; 2Cerqueira, J. R; 2Queiroz, A.F. de S; 2Garcia, K.S
INTRODUÇÃO
A Bacia Sedimentar de Parnaíba é caracterizada como intracratônica e está localizada, em maior proporção, no nordeste do Brasil. Distribuída pelos estados do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins, Bahia e Ceará, a bacia ocupa aproximadamente 600.000 km², tem uma espessura de coluna sedimentar de cerca de 3.500 m (VAZ 2007).A Formação Pimenteiras é a principal rocha geradora da bacia, composta por folhelhos ricos em matéria orgânica, resistividade e baixa densidade. A deposição destes sedimentos está associada a um evento de anoxía global, em um período de máxima inundação marinha ocorrida no período Neodevoniano, na idade do Frasniano (RODRIGUES, 1995). 
OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo caracterizar o paleoambiente deposicional da Formação Pimenteiras com base no estudo de geoquímica orgânica e palinológico.
METODOLOGIA
27 amostras de rocha foram coletadas em afloramentos no município Aparecida do Rio Negro (TO), nos KM 26 e 35, da rodovia TO – 010, (figura 1). As amostras foram submetidas a análises palinológicas (baseadas em Tyson, 1995) e de geoquímica orgânica de carbono orgânico total (TOC), pirólise Rock-Eval, isótopos estáveis de carbono orgânico e biomarcadores saturados.
CONCLUSÕES
A caracterização geoquímica orgânica e palinológica do folhelhos analisados da Bacia do Parnaíba, permitiram interpretá-los como sendo da Formação Pimenteiras, depositada em um contexto com alternância de valores ora característicos de ambiente marinho ora característicos de ambiente de mar raso. As amostras apresentaram predominância de querogênio dos tipos II e III, com moderado potencial gerador de hidrocarbonetos
REFERÊNCIAS
RUIZ, Isabel Suárez; FLORES, Deolinda; MENDONÇA FILHO, João Graciano; HACKLEY, Paul C. Review and update of the applications of organic petrology: Part 2, geological and multidisciplinary applications. International Journal of Coal Geology, v.98, p. 73–94, mar. 2012
TRINDADE, V.S.F.; CARVALHO, M. de A.; BORGHI, L. Palynofacies patterns of the Devonian of the Parnaíba Basin, Brazil: Paleoenvironmental implications. Journal of South American Earth Sciences. V. 6, p.164- 175, 2015
TYSON, R. V. Palynofacies Analysis. In: Jenkins, D.J. (eds), Applied Micropaleontoly, Kluwer Academic Publishers, Dordrecht. p. 153-191, 1993.
AGRADECIMENTOS
Esta pesquisa foi realizada em associação com o projeto de P&D em andamento registrado como ANP Nº20075-8, “Projeto Pesquisa de Sistemas Petrolíferos em Bacias Sedimentares Brasileiras” (UFBA / Shell Brasil / ANP) - título do projeto ANP (Pesquisas em Sistemas Petrolíferos de Bacias Sedimentares Brasileiras ), patrocinado pela Shell Brasil sob a taxa de P&D da ANP como “Compromisso de Investimentos com Pesquisa e Desenvolvimento”.
O presente trabalho foi realizado com opoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES) – Código Financiamento 001
Figura 1: Imagem ilustrativa do possível contato entre as Formações Cabeças e Pimenteiras na TO-010, análises realizadas e componentes organopalinológicos encontrados em lâminas microscopicas: A- Acritarca (em luz fluorescente), B- Prasinófita, C- Quitinozoário; D- Traqueídeo; E- Esporomorfo
Figura 3: Representação gráfica de contribuição de componentes marinhos (prasinófitas + acritarcas + MOA) e terrestres (fitoclastos + esporos) ao longo dos afloramentos.
 Foi possível classificar o querogênio como tipo II e III, através de dados de geoquímica. Foram identificados componentes dos grupos Palinomorfos, Fitoclastos e Matéria Orgânica Amorfa (MOA) através da palinologia (Figura 2) . Algumas amostras resultaram da deposição em um ambiente marinho, em outras, paleoambiente de mar raso, com maior deposição de componentes de origem terrestre (Figura 3). 
Figura 5: Caracterização de palinofácies baseado em Tyson (1995)
As amostras apresentaram moderado potencial de geração de hidrocarbonetos, baixa quantidade de hidrocarbonetos livres (S1) e imaturidade térmica (Tmax e ICE). 
A análise dos isótopos de carbono orgânico (δ13C) apresentou variação de ambientes com influência marinha (-25,9) e continental (-29,0). Razões de biomarcadores saturados (pristano/fitano e esteranos regulares %C27-C28-C29) caracterizaram um ambiente de transição. 
A caracterização do paleoambiente deposicional das amostras através das palinofácies de Tyson apresentaram: III- Plataforma óxica heterolítica; IV- Transição plataforma-bacia; V- Plataforma óxica dominada por lama (Figura 5).
1. LEPETRO, Universidade Federal da Bahia, Brasil. neila86.nc@gmail.com
2. LEPETRO, Universidade Federal da Bahia, Bahia, Brasil.
3. LENEP, Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro, Rio de Janeiro, Brasil
A presença considerável de algumas espécies como prasinofitas do gênero Pterospermella, Cymatiosphaera, Durvenaysphaera, Leiosphaeridia, Tasmanites, Hemiruptia e Maranhites, caracterizando uma superfícies de inundação, e de esporos do gênero Samarisporites, permitiram uma possível identificação da idade do Frasniano (Figura 4). 
Figure 2: Fotomicrografias de componentes orgânicos identificados nas amostras estudadas da Formação Pimenteiras. a) Fitoclastos estruturados b) Prasinófitas do gênero Maranhites c) Quitinozoários d) Esporos e) Acritarca f) Matéria Orgânica Amorfa (MOA) e palinomorfos.
Figure 4: Fotomicrografias de espécimes de microplâncton sob luz branca e modo de fluorescência identificados nas amostras estudadas da Formação Pimenteiras. Em a, bec amostras de acritarca; d) Maranhitas sp.1; e) Pterospermella sp. e f) Maranhites sp.2.
RESULTADOS

Continue navegando