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Estudo dirigido 1 TCC

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Estudo dirigido – Terapia Cognitivo-Comportamental
1) Fale, brevemente, sobre as origens da Terapia Cognitivo-Comportamental de Aaron Beck. 
Na década de 60, Aaron Beck, psicanalista atuante, desenvolveu um estudo sobre pacientes com depressão. O pesquisador verificou que esses pacientes desenvolviam crenças à respeito de si mesmos e, a partir daí, desenvolveu uma terapia, inicialmente chamada de Terapia Cognitiva, para tratar esses pacientes. Beck criou, então, uma terapia estruturada, de curta duração, voltada para o presente com a finalidade de solucionar problemas atuais e a modificar pensamentos disfuncionais.
2) Se alguém lhe perguntar no que consiste a Terapia Cognitivo-Comportamental, como você explicaria de forma breve e clara?
A TCC é um tipo de terapia voltada para o presente, ou seja, para os problemas da vida atual do paciente. De curta duração, busca identificar crenças e pensamentos disfuncionais que interferem nas atitudes do paciente frente às situações do dia a dia. Quando o terapeuta identifica essas crenças ele inicia um trabalho de mudança cognitiva para alterar esse sistema de crenças e ajudar o paciente a modificar seu comportamento de forma duradoura.
Pode-se dizer, ainda, que a TCC combina teorias do behaviorismo radical com teorias cognitivas.  A TCC entende a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos como aquilo que nos afeta, e não os acontecimentos em si. Ou seja: é a forma como cada pessoa vê, sente e pensa com relação à uma situação que causa desconforto, dor, incômodo, tristeza ou qualquer outra sensação negativa.
O objetivo principal é identificar padrões de comportamento, pensamento, crenças e hábitos que estão na origem dos problemas,  indicando, a partir daí, técnicas de psicoeducação para alterar essas percepções de forma positiva.
3) Caracterize as três ondas da TCC, citando:
a) O enfoque geral;
b) As principais abordagens;
c) Os principais autores;
	
Primiera onda - terapia comportamental: teve como autores principais Skinner, Lindsley e Solomon que, em 1953 utilizaram o termo pela primeria vez. Citamos, também, Lazarus (África do Sul) e Eysenck, em 1959 (ele conceituou a terapia comportamental como uma nova forma de pensar nas intervenções terapêuticas fundamentada na aplicação de “modernas teorias de aprendizagem”. Pavlov contribuiu para o estudo do condicionamento clássico, e o Thorndike investigou as consequências, no comportamento, do reforço e da punição, o que chamou de condicionamento operante. Nesse primeiro momento, o estudo era voltado para o comportamento e o desenvolvimento de leis de aprendizagem. O foco estava na mudança comportamental, que foi percebida como insuficiente, dando lugar à segunda onda.
 Segunda onda - terapia cognitivo-comportamental: tem como principal autor Beck, que desenvolve um trabalho sobre os pressupostos psicanalíticos da depressão. Beck identificou crenças negativas e distorcidas que pareciam ser espontaneas, como características da depressão e nomeou de pensamentos automáticos, que se baseiam em crenças centrais denominadas esquemas que a pessoa tem em relação a si, ao mundo e ao futuro. O modelo cognitivo propõe que o pensamento disfuncional interfere no pensamento do paciente. Quando o indivíduo aprende a avaliar seu pensamento, de modo mais realista e adaptativo, ele tem um progresso em seu estado emocional e no comportamento. Outro autor de destaque é Ellis, que desenvolveu a terapia racional-emotivo-comportamental (TREC). Ellis apresentou um modelo denominado “ABC dos distúrbios emocionais”, também abrangendo “D” e ocasionalmente “E”. “A” são acontecimentos ativadores; “B”, crenças e ideias — ou seja, avaliações e interpretações de “A”; e “C”, as consequências das crenças em “A”. “D” é o debate (ou questionamento) das crenças irracionais, e “E” são efeitos do debate ou do questionamento das crenças irracionais.
Terceira onda - abordagens cognitivas e comportamentai: Hayes é considerado o fundador dessa nova onda, em que as terapias cognitivas e comportamentais são abordagens emergentes que trouxeram grandes contribuições teóricas e inovações. As principais abordagens são as terapia de aceitação e compromisso, terapia dos esquemas, terapia cognitiva baseada em mindfulness, terapia focada na compaixão, terapia comportamental dialética e terapia comportamental integrativa de casais. A gama de teorias, métodos e técnicas da terceira geração reúne as abordagens que se utilizam dos pressupostos da TCC, segundo as quais a atividade cognitiva afeta a emoção e o comportamento e pode ser alterada e monitorada. A abordagem mais pesquisa é a terapia do esquema, que surgiu como modalidade de tratamento para transtornos de personalidade e expandiu suas fronteiras, de modo a abarcar transtornos severos e fixados resolvidos na TCC padrão.
4) Explique, brevemente, o modelo cognitivo implementado por Beck, conceituando: Pensamentos automáticos, crenças subjacentes e crenças centrais. 
Um dos princípios fundamentais da TC é que a maneira como os indivíduos percebem e processam a realidade influencia na maneira com que se sentem e se comportam. Assim, tem o objetivo terapêutico reestruturar e corrigir esses pensamentos distorcidos e colaborativamente desenvolver soluções que produzam mudanças e melhorem os transtornos emocionais. Um dos postulados é que existem pensamentos nas fronteiras da consciência que ocorrem espontânea e rapidamente e são uma interpretação imediata de qualquer situação; são os pensamentos automáticos, distintos do fluxo normal de pensamentos, geralmente aceitos como plausíveis e verdadeiros. De acordo com Beck,“é tão possível perceber um pensamento, focar nele e avaliá-lo, como é possível identificar e refletir sobre uma sensação como a dor”. 
Nas raízes dessas interpretações automáticas distorcidas estão pensamentos disfuncionais mais profundos, chamados de esquemas (também denominados crenças nucleares, usados com o mesmo significado por muitos autores). Essas crenças centrais são regras rígidas que a pessoa tem sobre si mesma, sobre as outras pessoas e sobre o mundo e o ambiente em que estão inseridas. Essas crenças, enraizadas, se desenvolvem na infância e influenciam o comportamento das pessoas durante toda a vida.
Também são essas crenças centrais, ou nucleares, que dão origem às crenças intermediárias, ou subjacentes. As crenças intermediárias manifestam-se através de pensamentos como “deveria”, ou como condicionantes “se... então”, condicionando o compartamento de uma pessoa às crenças centrais dela.
Entendemos, assim, que o comportamento externado, diante de uma situação qualquer, está atrelado às crenças e esquemas centrais, que se manifestam através dos pensamentos elaborados pelas crenças intermediárias, gerando pensamentos automáticos e, por fim, o comportamento ou sentimento diante da situação.
5) Escolha UM tipo de distorção cognitiva para caracterizar e dê um exemplo.
Escolhi a personalização, por acreditar que se relaciona com os meus comportamentos diante de situaçãoes que não dão certo no trabalho, nomomento em que eu penso: “só eu consigo fazer” ou “só dá errado porque eu não fiz, se fosse eu teria dado certo”. Conceito: acontecimentos externos acabam relacionados a própria pessoa mesmo quando não há fundamentos suficientes para isso e a pessoa assume a responsabilidade ou a culpa por eventos negativos. Exemplo: um revés econômico e um negócio de sucesso passa por dificuldades e várias pessoas são demitidas e outros fatores levam à uma crise nas finanças da empresa, mas um dos administradores pensa: “eu deveria saber que isso iria acontecer e ter feito alguma coisa”.
6) Quais são os principais objetivos do terapeuta que trabalha com a TCC?
Primeiro, vamos relembrar que a Terapia Cognitivo Comportamental tem como principal objetivo ensinar o paciente a lidar com as emoções por meio de habilidades cognitivas (de pensamento) e comportamentais, permitindo com que situações novas e difíceis sejam enfrentadas de maneira construtiva. Um dos pontos principais para o sucesso dotratamento está na aliança terapêutica, quando o paciente e o terapeuta trabalham juntos em metas de trabalho e tomadas de decisão conjuntas para o bem do paciente.
Temos, então, que o terapeuta que utiliza as técnicas de TCC tem como objetivo, junto aos seus pacientes: i) melhorar a consciência do paciente sobre os seus padrões comportamentais; ii) produzir mudanças cognitivas nos pacientes para, depois, mudanças comportamentais e emocionais; e iii) psicoeducar o paciente sobre o modelo cognitivo que foi desenvolvido para evitar recaídas.
7) Descreva o empirismo colaborativo e sua relevância para o processo terapêutico.
O empirismo colaborativo é um termo usado para descrever a relação terapêutica, onde o paciente é envolvido em um processo de colaboração no qual ele divide com o terapeuta as responsabilidades pelas metas a serem alcançadas durante o tratamento. Sendo assim, um princípio fundamental para a implementação dos métodos da TCC é a aliança terapêutica eficaz com o paciente. 
O bom relacionamento terapêutico, melhorará a colaboração do paciente e ajudará no processo de aprendizagem para definir problemas e buscar soluções. Ainda, a empatia é um termo usado para falar da relação terapêutica e está relacionada à capacidade de se colocar no lugar do paciente, lembrando que a empatia precisa se dar de forma equilibrada, considerando que se o terapeuta for despreocupado as possibilidades de um bom resultado diminuirão e, por outro lado, se o terapeuta for demasiadamente afetuoso também pode ser negativo, pois há o risco de não soar verdadeiro para o paciente. 
8) Fale sobre a relevância da psicoeducação para a Terapia Cognitivo-Comportamental.
A psicoeducação é uma técnica da Terapia CognitivoComportamental que tem importante função na orientação de aspectos relacionados às consequências de um comportamento, na construção de crenças, valores, sentimentos e na repercussão destes na vida dos pacientes. Além disso, a psicoeducação norteia o paciente não só em relação à sua vida mas, também, na forma de agir diante a vida e comportamento alheio, bem como a nortear a família do paciente quando à possibilidade de existirem doenças de ordem física, genética o psicológica.
Ainda, segundo Menezes, Melo e Souza, a Psicoeducação foi uma técnica que começou a ser utilizada como tratamento adicional de fármacos a partir dos anos 70, visto que sentiu-se a necessidade não só do tratamento medicamentoso, mas também de uma orientação aos/às pacientes sobre os diversos fatores que envolvem uma doença ou transtorno. 
Por fim, entendemos que a psicoeducação é uma forma de manter o paciente orientado ao alcance das metas definidas durante o tratamento, mesmo após o término do tratamento, podendo ser apresentado ao paciente diversas técnicas diferentes, tais como: miniaulas, caderno de terapia, tecnologias e aplicativos, tarefas de casa e leituras.
9) Rita, 31 anos, pedagoga, divorciada, mãe de Luca, 3 anos. Chega para consulta após o término de um namoro e relata dificuldades com os cuidados pessoais (higiene e alimentação) e baixa motivação para levantar-se da cama e ir trabalhar nas últimas semanas. No trabalho, tem tido dificuldades de concentração e alguns episódios de choro. Rita profere, desde a primeira consulta o quanto que o fim de seus relacionamentos tende a validar a ideia de que “ficará sozinha pra sempre”. É filha única e mora com a mãe, que é quem cuida de Luca durante o dia. Rita menciona que tem poucas lembranças da infância, entretanto conta que várias vezes presenciou sua mãe triste e chorosa em função do sumiço do marido, pai de Rita, com quem elas nunca mais tiveram contato. A falta de suporte paterno fez com que ambas tivessem uma vida cheia de dificuldades financeiras. Por passar pouco tempo com o filho, se sente uma mãe ruim e diz ter medo que, no futuro, ele possa cobrar isso dela. Rita menciona que tem um bom relacionamento com a mãe e que tem um grupo de amigas com quem sempre pode contar. Não apresenta ideação suicida, embora mencione que, por vezes, pensar na morte a conforta.
A partir desse fragmento, faça uma formulação de caso, aos moldes do que fizemos em aula.
Nome: Rita, 31 anos
Diagnóstico/Sintomas: dificuldades com os cuidados pessoais, baixa motivação para levantar da cama, dificuldades de concentração e episódios de choro.
Influências do desenvolvimento: lembranças da mãe triste por causa do sumiço do pai, com quem não teve contato depois disso. Dificuldades financeiras e falta de suporte paterno.
Questões situacionais: término recente de um namoro, mãe de um menino de 3 anos, que é cuidado pela avó, todos vivem na mesma casa.
Fatores biológicos, genéticos e médicos: depressão, pensamentos sobre morte? Histórico da mãe?
Pontos fortes/qualidades: bom vínculo com a mãe e grupo de apoio.
Metas do tratamento: melhorar os hábitos de higiene. Desenvolver estratégias para passar mais tempo com o filho.
Evento 1
Gostaria de passar mais tempo com o filho.
Pensamentos Automáticos: se considera uma mãe ruim e o filho vai cobrar isso um dia.
Emoções: tristeza?
Comportamentos: não fala sobre o comportamento no fragmento.
Esquemas: não sou uma boa mãe
Hipótese de trabalho:
Plano de tratamento: possibilidade de adequação de horários para realizar atividades com o filho.

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