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COMPLICAÇÕES DO PUÉRPERIO O período do puerpério é um momento de muitas mudanças de ordem hormonal, social, psíquica e física no corpo da mulher e, nesse período tudo que se alterou na gravidez volta ao estado anterior a gestação Momento que envolve diversos riscos, considerando o trabalho de parto um momento estressante e que mexe muito com a fisiologia corporal da mulher Tais mudanças podem desencadear conflitos psicológicos relevantes na vida da mulher, dentre eles os transtornos psíquicos puerperais, que podem ser classificados como disforia ou baby blues, depressão pós-parto e psicose puerperal. Além dessas outras complicações de maior ocorrência o MS, estão dividias em três categorias: edema, proteinúria e transtornos hipertensivos; além dessas outras complicações, relacionadas ao puerpério incluem a infecção puerperal, complicações venosas, embolia de origem obstétrica, complicações de anestesia, complicações de incisão cesariana e obstétrica do períneo, infecções mamarias e lactação; infecções de vias urinarias subsequente ao parto, hemorragia puerperal, sendo a complicação mais grave e responsável pelo maior número de óbitos maternos. COMPLICAÇÕES DO PUÉRPERIO · Hemorragias · Infecções · Distúrbios psíquicos baby maternity blues depressão pós-parto psicose puerperal HEMORRAGIAS PÓS-PARTO Inclui todo o sangramento excessivo que ocorre desde o momento do nascimento da criança até o final do puerpério, seis semanas depois. Classificação: · Perda sanguínea em mais de 500ml · Perda sanguínea em mais de 1.000ml · Imediata – 24h após o parto · Tardia – após as 24h e antes de 6 semanas PRINCIPAIS CAUSAS · Atonia uterina · Laceração · Retenção do tecido placentário – imediato ou tardio · Placenta acreta FATORES PREDISPONENTES · Multiparidade · Placenta anômala · Trabalho de parto prolongado · Placenta retida · Sobredistensão uterina · Cesariana prévia e atual · Curetagem uterina pós-parto · Corioamnionite · Atonia uterina prévia · Pré-eclâmpsia, DPP Atonia uterina - Causada pela exaustão do músculo no trabalho de parto prolongado, ou por uma hiperdistensão do útero, nesses casos há necessidade de massagem excessiva (kristeller); DPP – sangramento para dentro do músculo e miomas. Cuidados De Enfermagem · O fundo uterino deve ser prontamente palpado – se está relaxado é a causa mais provável de falha das fibras musculares · Se estiver firme, o sangramento pode ser de lacerações (colo, lateral da vagina) · Se a musculatura estiver atônica, o primeiro passo é massagem excessiva e a administração de ocitócitos (aumenta a contratilidade uterina) · Compressão bimanual por um período indeterminado Lacerações Lacerações do trajeto constituem a segunda causa de sangramento pós-parto Causa principal: fetos macrossômicos Cuidados: Revisão do colo por pinçamento Hematoma Por lesão de vasos sem laceração ou por episiorrafia (ou rafia de laceração) Tratamento: incisão, remoção de coágulos, ligadura do vaso e ATB profilático Se for hematoma pequeno, pode deixa-lo sem tratar Retenção placentária 3° causa de hemorragia pós-parto A placenta é considerada retida quando a dequitação demora um período superior a 30 minutos, embora em casos de hemorragia intensa, a extração manual possa ser indicada em períodos mais breves. Placenta anômala Cuidados De Enfermagem · Identificação dos sintomas · O pulso e a pressão podem estar dentro dos valores normais até que se tenha grande perda sanguínea · Quando aparecem os sinais: pulso rápido e fraco, PA baixa, dispnéia superficial, sinais de choque (cor pálida, suor frio, inquietação) PREVENÇÃO – RETENÇÃO PLACENTÁRIA · Nenhum esforço deve ser feito para retirar a placenta · Observação rigorosa no período de Greenberg (4° período clínico) · Verificação do fundo uterino a cada 10 ou 15 minutos na primeira hora; Hemorragia pós-parto tardia Principal causa: retenção placentária Pode ser necessário uma curetagem Cuidados: discutir com a puérpera a investigação dos lóquios FLUXOGRAMA DA HEMORRAGIAAtonia; Palpação Uterina Lacerações Revisão do trajeto Rotura e inversão uterina Revisão do útero Curagem/CuretagemRetenção e anomalia placentária Distúrbios da coagulação INFECÇÃO PUERPERAL Qualquer infecção bacteriana após o parto, seno a endometrite (endomiometrite) a forma clinica mais frequente – em qualquer época durante o parto ou 10 dias após A maioria ocorre após a alta hospitalar e são infecções nosocomiais (bactérias autóctonas ao hospital) Outras complicações · Infecção de ferida operatória ou da episiorrafia/rafia de laceração; · Tromboflebite; · Mastite; · Cistite e pielite; · Ascensão de infecção (salpingite, peritonite, choque séptico); · Subinvolução uterina; Diagnóstico: · Temperatura acima de 38°C após o primeiro dia de puerpério que se mantém por mais de dois dias nos 10 primeiros dias (exceção das primeiras 24h); · Casos de Streptococcus do grupo B podem cursar com febre alta, hipotensão, lóquios sem odor fétido e escassos; Sinais e sintomas: · Dor a mobilização uterina · Lóquios fétidos, calafrios · Útero subinvoluído Fatores de risco anteparto: · Infecções do trato genital não tratadas na gravidez · IMC (5 unidades a mais duplica o risco) · Nuliparidade Fatores de risco Intraparto · Cesariana · Parto e aminiorrexe prolongado · Toques vaginais excessivos · Corioamnionite · Pre-eclampsia · Perda sanguínea (a cada 100ml aumenta o risco em 30%) Tratamento; · PN- ATB de largo espectro com medicamento único · PC- Clindamicina, gentamicina, amicacina, ampicilina · Se o ATB não modificar os sintomas em até três dias, deve ser considerada falha terapêutica
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