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Monografia - Anteprojeto de Complexo Esportivo em Campos dos Goytacazes

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BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
LUCAS DE PINHO MULIN 
 
 
 
ANTEPROJETO DE COMPLEXO ESPORTIVO EM CAMPOS DOS 
GOYTACAZES - RJ 
 
 
 
 
 
 
 
Campos dos Goytacazes/ RJ 
2014 
 
 
 
LUCAS DE PINHO MULIN 
 
 
 
 
ANTEPROJETO DE COMPLEXO ESPORTIVO EM CAMPOS DOS 
GOYTACAZES - RJ 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
Orientador: Profº. Me. José Luís Maciel Puglia 
 
 
 
 
 
Campos dos Goytacazes/RJ 
2014 
Projeto de Trabalho Final de Graduação, apresentado 
ao Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia Fluminense - IFF, como requisito final 
para obtenção do Diploma de Bacharel em 
Arquitetura e Urbanismo. 
 
 
 
LUCAS DE PINHO MULIN 
 
 
ANTEPROJETO DE COMPLEXO ESPORTIVO EM CAMPOS DOS GOYTACAZES - RJ 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em 31 de outubro de 2014. 
Banca Avaliadora: 
 
................................................................................. 
Profº. Me. José Luís Maciel Puglia (Orientador) 
Arquiteto e Urbanista 
 
.................................................................................. 
Prof. Octávio Fernandes 
Arquiteto e Urbanista 
 
...................................................................................... 
Carlos Henrique de Nigris Teller 
Arquiteto e Urbanista 
Projeto de Trabalho Final de Graduação, apresentado 
ao Instituto Federal de Educação, Ciência e 
Tecnologia Fluminense - IFF, como requisito final 
para obtenção do Diploma de Bacharel em 
Arquitetura e Urbanismo. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 Ao Grande Deus, que ao longo de minha vida, mesmo com todos os problemas 
em minha caminhada, me ajudou e direcionou aos trajetos corretos, aos destinos vitoriosos. 
Mesmo que tenha enfrentado tribulações, consegui chegar até aqui graças a Ele. 
 Ao meu pai, Luiz Carlos, que mesmo não estando hoje comigo, ajudou-me em 
toda a minha vida, ensinou-me os grandes valores da mesma, deixou-me viver para conhecer o 
certo e errado e me mostrou o valor do trabalho. 
 À minha mãe Helena, e irmã Heloise, pelos belos momentos passados juntos, 
lutas travadas e a felicidade no final da caminhada. Obrigado. 
 Ao meu orientador José Luís Maciel Puglia, ajudando-me na elaboração das 
melhores soluções possíveis para o projeto e contando com seu otimismo nas horas de 
desânimo. 
 Ao meu coorientador, Daniel Martins Chame, que mesmo após dias exaustivos 
de trabalho, sentou-se ao meu lado para ajudar e estimular no andamento do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você precisa fazer aquilo que pensa que não é capaz de fazer. 
(Eleanor Roosevelt) 
 
 
 
RESUMO 
 
O trabalho aqui apresentado irá contemplar um anteprojeto de complexo esportivo com intuito 
de trazer um lazer para a cidade de Campos dos Goytacazes, contendo instalações de qualidade 
para atender à população e atletas das mais diversas modalidades, acarretando no crescimento 
do ramo na região e ascendendo seu potencial turístico e financeiro. Em um primeiro momento, 
o projeto constitui em estudos de outros parques esportivos, a fim de buscar crescimento do 
repertório arquitetônico, tendo como foco, a parte funcional e tecnológica. A proposta é que o 
complexo tenha equipamentos que a população possa utilizar, fazendo desse, um atrativo local. 
A principal edificação proposta será a construção de um estádio, tendo em seguida as propostas 
de quadras poliesportivas, campos de futebol de sete, campo de rugby, quadras de vôlei de areia, 
quadras de futebol de areia, skate park, pista de atletismo e uma área de expansão, que servirá 
para possíveis instalações de esportes aquáticos ou afins. A cidade de Campos será a base para 
diversos atletas da região, trazendo de volta, a atenção do esporte ao interior do estado. Com o 
complexo, todos podem almejar algo a mais, retirar os jovens das ruas e trabalhar no 
desenvolvimento do esporte em prol de uma sociedade melhor, pois no município, poucas 
opções de lazer são oferecidas, a não ser em locais mais afastados, como algumas zonas rurais 
da cidade. Tendo este, como principal motivo, é que nasce a ideia de um projeto arquitetônico 
de um complexo esportivo voltado para a população e atletas da região. 
 
Palavras-chave: Complexo esportivo. Lazer. Campos dos Goytacazes. Sociedade. População. 
 
 
ABSTRACT 
 
The work presented here will consider a draft sports complex in order to bring a recreation for 
the Campos dos Goytacazes city containing quality facilities to serve the people and athletes of 
various modalities, resulting in the growth of industry in the region and its ascending tourism 
and financial potential. At first, the project is in studies of other sports parks, in order to seek 
growth of the architectural repertoire, focusing on the functional and technological aspects. The 
proposal is that the complex has equipment that people can use, making this an attractive 
location. The main purpose building will be the construction of a stadium, and then the proposed 
sports courts, seven soccer fields, rugby field, sand volleyball courts, beach soccer, Skate Park, 
running track and a expansion area, which will serve to required facilities like water or sports. 
The city of Campos will be the basis for many athletes in the region, bringing back the sport to 
the attention of the state. With the complex, everyone can aspire to something more, remove 
the youth from the streets and work in developing the sport in favor of a better society, because 
the city, few leisure options are offered, except in more remote locations, such as some rural 
areas of the city. Having this as the main reason is born the idea of an architectural design of a 
sports complex facing the people and athletes of the region. 
 
Keywords: Sports complex. Leisure. Campos dos Goytacazes. Society. Population. 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
COI – Comitê Olímpico Internacional; 
FIFA – Fédération Internationale de Football Association (Federação Internacional de Futebol); 
CBF – Confederação Brasileira de Futebol; 
GBM – Grupamento de Bombeiros Militar; 
FME – Fundação Municipal de Esportes; 
CBAT – Confederação Brasileira de Atletismo. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
FIGURA 1: Mapa do Estado do Rio de Janeiro com destaque para Campos dos Goytacazes. . 9 
FIGURA 2: Estádio do Campos Atlético Associação .............................................................. 11 
FIGURA 3: Estádio Godofredo Cruz (Americano). ................................................................. 12 
FIGURA 4: Estádio Ary de Oliveira e Souza (Goytacaz). ....................................................... 12 
FIGURA 5: Complexo Esportivo do Maracanã, Rio de Janeiro - RJ....................................... 15 
FIGURA 6: Estádio em que ocorreu os Jogos Olímpicos de Atenas -1896. ............................ 18 
FIGURA 7: Estação Ferroviária do Rossio, Lisboa – Portugal. ............................................... 19 
FIGURA 8: Esboço das Zonas de Segurança de um estádio. ................................................... 24 
FIGURA 9: Especificação dos acessos aos assentos. ............................................................... 26 
FIGURA 10: Estádio, pista de atletismo e edifício dentro da ULBRA. ................................... 27 
FIGURA 11: Parte interna do ginásio poliesportivo do ULBRA. ............................................ 28 
FIGURA 12: Campos de futebol para treinamentos de atletas. ............................................... 29 
FIGURA 13: Quadras poliesportivas no interior da PUC-RS. ................................................. 30 
FIGURA 14: Quadras poliesportivas em piso tabuão. ............................................................. 31 
FIGURA 15: Estádio de Pituaçu, Bahia. .................................................................................. 32 
FIGURA 16: A estrutura treliçada do Estádio do Beira-Rio. ...................................................33 
FIGURA 17: Estádio de Al Shamal, Qatar............................................................................... 34 
FIGURA 18: Vista do observador para o estádio. .................................................................... 35 
FIGURA 19: Mapa da cidade de Campos dos Goytacazes. Em destaque local a ser implantado 
a proposta do projeto. ............................................................................................................... 36 
FIGURA 20: Em vermelho, local da proposta do complexo esportivo. Em verde, zona especial 
para implantação futura de um parque urbano. ........................................................................ 37 
FIGURA 21: Parte do mapa retirado do anexo III da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Ao sul, a 
linha branca representa o trajeto completo da Avenida Nossa Senhora do Carmo. Alguns trechos 
da via ainda não estão finalizados. ........................................................................................... 38 
FIGURA 22: Vias arteriais com ciclovia central...................................................................... 39 
FIGURA 23: Ligação entre a Avenida Arthur Bernardes e Av. Nossa Senhora do Carmo. .... 40 
FIGURA 24: Perfil típico de via coletora. ................................................................................ 41 
FIGURA 25: Piso de concreto intertravado. ............................................................................ 42 
FIGURA 26: Primeiro croqui desenvolvido com todos os itens do projeto. Posteriormente, a 
ideia se desenvolveu e mudou certos aspectos do projeto. ....................................................... 45 
 
 
FIGURA 27: Croqui final do projeto: os acessos de veículos continuaram e o programa 
atualizado. ................................................................................................................................. 46 
FIGURA 28: croqui inicial do estádio: forma linear com base na jangada do índio goytacaz. 47 
FIGURA 29: Implantação do Complexo Esportivo ................................................................. 48 
FIGURA 30: Equipamentos do complexo esportivo ................................................................ 49 
FIGURA 31: Planta Baixa - Nível 00: Estacionamento e Vestiários. ...................................... 50 
FIGURA 32: Planta Baixa - Nível 01 - Arquibancadas ........................................................... 51 
FIGURA 33: Planta Baixa - Nível 03- Área cultural e restaurantes ........................................ 52 
FIGURA 34: Planta Baixa - Nível 04 - Camarotes .................................................................. 53 
FIGURA 35: As barreiras físicas entre os espaços dos camarotes são mínimas, podendo haver 
o contato com outros camarotes, caso alguém o queira. .......................................................... 54 
FIGURA 36: Planta Baixa - Nível 05 - Cabines de Mídia ....................................................... 55 
FIGURA 37: Planta Baixa - Níveis 06 e 07 - Cobertura .......................................................... 56 
FIGURA 38: Detalhe da proposta para cobertura e recolhimento de água pluvial. ................. 57 
FIGURA 39: Corte esquemático apresentando altura do estádio. ............................................ 57 
FIGURA 40: Fachada Oeste do estádio. .................................................................................. 58 
FIGURA 41: Perspectiva externa do estádio – vista do estacionamento. ................................ 58 
FIGURA 42: Perspectiva externa do estádio - vista frontal. .................................................... 59 
FIGURA 43: Vista interna do estádio - visão dos camarotes para o campo de jogo. .............. 60 
FIGURA 44: Vista da parte inferior da arquibancada. ............................................................. 60 
FIGURA 45: Estádio do Mineirão como exemplo a ser seguido: energia limpa criada todo dia.
 .................................................................................................................................................. 63 
FIGURA 46: Campo de rugby com medidas oficiais. Ao fundo, ginásio coberto e estádio de 
futebol. ...................................................................................................................................... 64 
FIGURA 47: Esquematização do skate park. ........................................................................... 65 
FIGURA 48: Vista externa do ginásio. .................................................................................... 66 
FIGURA 49: Quadras de Futebol de Areia .............................................................................. 67 
FIGURA 50: Campo de futebol de sete. .................................................................................. 68 
FIGURA 51: Pista oficial de atletismo. .................................................................................... 69 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 9 
1 COMPLEXO ESPORTIVO .............................................................................................. 15 
1.1 Conceito ....................................................................................................... 15 
1.2 Histórico .................................................................................................... 16 
2 ESTÁDIO .......................................................................................................................... 18 
2.1 Histórico e Conceito .................................................................................... 18 
3 LEGISLAÇÃO, NORMAS E RECOMENDAÇÕES ....................................................... 21 
4 REFERENCIAIS ............................................................................................................... 27 
4.1 Referencial Tipológico e Funcional............................................................. 27 
4.2 Referencial Funcional .................................................................................. 30 
4.3 Referencial Tecnológico .............................................................................. 32 
4.4 Referencial Plástico ..................................................................................... 33 
5 PROJETO .......................................................................................................................... 36 
5.1 Localização .................................................................................................. 36 
5.2 Entorno do terreno .................................................................................... 37 
5.3 Tipos de acabamentos do complexo ......................................................... 41 
5.4 Paisagismo do complexo ........................................................................... 43 
5.5 Estacionamentos ....................................................................................... 43 
5.6 Estádio de futebol “Arena Goytacá” ......................................................... 44 
5.6.1 Croqui e Implantação ............................................................................. 44 
5.6.2 Plantas baixas ......................................................................................... 50 
5.6.3 Cortes esquemáticos ............................................................................... 57 
5.6.4 Fachada .................................................................................................. 57 
5.6.5 Perspectivas ............................................................................................ 58 
5.6.6 Detalhes construtivos ............................................................................. 61 
 
 
5.7 Campo de rugby ........................................................................................63 
5.8 Skate park .................................................................................................. 64 
5.9 Quadra poliesportiva ................................................................................. 65 
5.10 Quadra de futebol de areia ...................................................................... 66 
5.11 Quadra de vôlei de praia ......................................................................... 67 
5.12 Campo de futebol de sete (society) ......................................................... 67 
5.13 Pista de atletismo .................................................................................... 68 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................ 70 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 72 
APÊNDICES ............................................................................................................................ 75 
 
 
 
9 
 
INTRODUÇÃO 
 
A cidade de Campos é uma das maiores cidades do interior do Brasil, sendo ainda, 
o maior município em extensão territorial do estado do Rio de Janeiro (figura 1). Segundo o 
IBGE, possui 4.026,696 km² de unidade territorial. É um local de referência por possuir um dos 
maiores acervos em arquitetura eclética da região e grande potência econômica do interior. 
Figura 1: Mapa do Estado do Rio de Janeiro com destaque para Campos dos Goytacazes. 
 
Fonte: Wikipedia (2014). 
Campos é considerada a segunda cidade do Brasil em arquitetura eclética, 
tendo à frente o Rio de Janeiro, mas possui a vantagem de possuir um conjunto 
compacto. Além do eclético outros estilos marcam a arquitetura campista, 
principalmente o neoclássico e o art-noveau. Também se destaca a arquitetura 
religiosa, rica em exemplares que vão do barroco ao moderno (COSEAC, 
2014). 
 
Diferente de outras cidades vizinhas, como por exemplo, São Fidélis e Quissamã, 
Campos não possui atrativos de destaque que possam trazer turistas das regiões vizinhas. A 
cidade possui grandes centros comerciais, shoppings centers que são referências para toda a 
 
10 
 
região, possuidores de grandes marcas e lojas. Porém, as opções para lazer são mínimas, como 
um local para passar um feriado, ter um lazer sadio e com qualidade. 
A ideia central é propor para Campos dos Goytacazes uma forma de melhorar a 
qualidade de vida da população, incentivando a prática de esportes. Aproveitar as áreas verdes 
que virão a ser implementadas como forma de atrativo turístico e trazer para a cidade atletas 
das mais diversas modalidades esportivas, como futebol, basquete, futsal, e claro, o rugby. Este 
último terá uma atenção especial para maior valorização e popularização do esporte na região. 
Alguns outros objetivos estão inclusos no que o espaço poderá trazer para o 
município, como a produção de eventos públicos de qualidade para a população, palestras, 
eventos musicais, apresentações escolares, e outras atividades. 
Uma das ideias também, é propor um parque urbano ao lado do complexo, tendo 
em vista, aproveitar o entorno e valorizar a expansão urbana na área. 
Na cidade, não existem muitas opções de lazer, a não ser em locais mais afastados, 
como algumas zonas rurais do município. Tendo este, como principal motivo, é que nasce a 
ideia de um projeto arquitetônico de um complexo esportivo voltado para o interesse e uso 
regional. 
Com o complexo, o investimento no esporte irá crescer, além ainda de parceiros 
para a compra de camarotes dentro do estádio. 
A Prefeitura Municipal de Campos dos Goytacazes, através da FME (Fundação 
Municipal de Esportes) tem apoiado o time de rugby da cidade há algum tempo. Numa matéria 
publicada em junho de 2011, pelo site da prefeitura, a equipe recebe grande incentivo e mostra 
o quanto pode se destacar. 
O time masculino de rugby de Campos tem recebido total apoio da prefeitura, 
via Fundação Municipal de Esportes, que doou uniformes para os jogadores, 
com ônibus para o time jogar fora da cidade e disponibilizando o campo da 
antiga AABB para os treinos da equipe. O Campos Rugby Clube ficou em 
segundo lugar no I Torneio de Beach Rugby, realizado com apoio da FME, na 
praia do Farol de São Thomé. A equipe também foi campeã da segunda 
divisão do Campeonato Estadual do Rio, no ano passado. Mas não conseguiu 
o acesso à elite do rugby carioca (CAMPOS, 2011). 
 
A equipe de rugby treina em local adaptado e pratica seus jogos também em campo 
adaptado (Figura 2), no Estádio Ângelo de Carvalho (da equipe do Campos Atlético 
 
11 
 
Associação) e muitas vezes têm seus jogos praticados na cidade de Niterói. A partir desta 
necessidade é que o projeto portará um campo com dimensões oficiais para uma partida de 
rugby. 
Figura 2: Estádio do Campos Atlético Associação 
 
Fonte: Google Maps (2013). 
 
Campos possui dois grandes clubes de futebol de destaque: o Americano Futebol 
Clube e o Goytacaz Futebol Clube. Estas duas equipes possuem estádios com acesso aquém do 
básico, pois estão localizados em locais de vias físicas aquém do necessário e sem áreas de 
estacionamentos. 
 O acesso ao Estádio Godofredo Cruz (Figura 3), do Americano Futebol Clube se 
dá pela Avenida Dom Bosco, sendo este um acesso secundário, e o acesso principal, pela 
Avenida 28 de Março. Esta, porém, sendo a via de maior fluxo em Campos dos Goytacazes 
produz um engarrafamento em dias de jogos de maior porte, ou o grande clássico contra o maior 
rival, Goytacaz. Além, claro, de não possuir estacionamento para tal demanda, acarretando 
veículos parados em locais proibidos e trânsito intenso nas demais vias. 
 
12 
 
Figura 3: Estádio Godofredo Cruz (Americano). 
 
Fonte: Google Maps (2013). 
 
O Estádio Ary de Oliveira e Souza (Figura 4), do Goytacaz Futebol Clube possui 
um caso ainda pior: além de possuir pouquíssimas vagas para veículos em seu entorno, tem um 
acesso completamente difícil e vias que não comportam um trânsito de maior fluxo. 
Figura 4: Estádio Ary de Oliveira e Souza (Goytacaz). 
 
Fonte: Google Maps (2013). 
 
O estádio está localizado na esquina da Rua Tenente Coronel Cardoso com a Rua 
Goitacazes, que são duas vias coletoras de grande fluxo, que têm engarrafamento com grande 
facilidade e difícil contorno. 
 
13 
 
Historicamente os dois estádios são muito importantes, fato comprovado pela 
repercussão que está inclusive, rondando com a venda do local do Estádio Godofredo Cruz. 
Segundo o Globo (2013), prédios serão construídos no local e um novo estádio estará sendo 
construído para o clube, no Parque Aeroporto. 
O projeto do complexo esportivo tende a ter esse conceito: levar as pessoas a 
procurar um atrativo turístico e esportivo nas horas vagas. Campos precisa evitar que a 
população saia da cidade e invista a economia nas regiões e cidades vizinhas. As pessoas da 
cidade visitarão o complexo e seu parque urbano, poderão passar o dia com seus amigos, filhos, 
enfim, ter um lazer sadio, sem gastar muito com isto. 
Os métodos que serão utilizados para o trabalho em questão serão: 
• Estudo de caso; 
• Pesquisa de campo; 
• Procedimentos bibliográficos. 
Para o primeiro tópico serão pesquisados alguns projetos de complexos e parques 
esportivos de destaque, a fim de se obter maiores e melhores informações possíveis sobre 
infraestrutura, espaços abertos, necessidades das instalações, entre outros quesitos. 
Na pesquisa de campo, será realizada uma visita ao Estádio Jornalista Mário Filho 
(Maracanã), na cidade do Rio de Janeiro, com o intuito de observar os pontos positivos e 
negativos do local. 
Em procedimentos bibliográficos, item que será o mais pesquisado (visto que para 
o projeto em questão deve-se ter um conhecimento técnico em grande escala) pois serão 
levantados todas os espaços físicos que virão a existir no estudo. 
O complexoserá provido de diversas edificações e equipamentos, dentre eles: um 
estádio de futebol, campo de rugby, quadras poliesportivas, quiosques, campos de futebol 
society, quadras de tênis, salão para lutas e ginástica, quadra para vôlei de areia, pista de 
atletismo e pista para skate e outros esportes radicais. 
Todos os equipamentos poderão ser utilizados pela população, porém, o estádio 
poderá ser utilizado somente por equipes profissionais. 
Para atender ao conceito de sustentabilidade, o complexo utilizará alguns conceitos 
para o mesmo, afim de tentar expandir essa ideologia para o município. 
 
14 
 
O trabalho será dividido em duas etapas: uma será o levantamento descrito acima, 
e pesquisa para todo o embasamento teórico, para posteriormente, executar o anteprojeto do 
complexo esportivo. 
 
 
15 
 
1 COMPLEXO ESPORTIVO 
 
1.1 Conceito 
De modo geral, o complexo esportivo é um grande parque voltado para práticas 
esportivas, e segundo a PUC-RS (2014), é um parque para a população e para atletas 
profissionais. Sua estrutura física pode variar e não há uma regra que diga qual o programa a 
ser utilizado. Isto irá variar da finalidade do projeto. 
Os complexos esportivos podem variar sua finalidade, como dependências para 
serem utilizadas pelo público, ou estudantes de universidades, como no caso da PUC-RS e 
ULBRA. Há alguns complexos que ficam nas dependências das universidades dando liberdade 
para os alunos praticarem atividades físicas sem limitar ao tipo de curso praticado pelos 
mesmos. 
Geralmente, segundo Brasil (2011), podem ser grandes espaços abertos com 
quadras e campos de futebol society locados dentro do terreno, ou simplesmente um grande 
estádio e ginásio, sendo estas suas instalações. Um exemplo disso é o Complexo Esportivo do 
Maracanã. 
Figura 5: Complexo Esportivo do Maracanã, Rio de Janeiro - RJ. 
 
Fonte: Google Earth (2013) com edição do autor. 
 
 
16 
 
Acima, na figura 5, é possível perceber como um complexo esportivo deve ser bem 
projetado. Além de conseguir adequar todas as edificações dentro de um terreno, sendo este, 
limitado ou não (no caso acima, foi necessário se adequar ao terreno, devido ao espaço 
limitado). 
Outro problema a ser pensado na elaboração de um complexo é o posicionamento 
com relação a vento e posição do sol. Segundo Brasil (2011), para cada instalação do complexo, 
para diferentes modalidades esportivas, o posicionamento com relação ao norte magnético é 
essencial. No futebol e rugby por exemplo, evitar que o sol incida sobre o jogador de forma 
frontal ao seu corpo quando este está jogando em direção ao campo adversário. No futebol, o 
vento predominante deve estar sendo bloqueado de forma que uma jogada não seja alterada 
devido à velocidade do vento dentro do campo central. 
 
1.2 Histórico 
De acordo com o site História Net (2013), o primeiro complexo esportivo nasceu 
na Grécia. Possuíam algumas semelhanças funcionais com os complexos esportivos da 
atualidade, como treinamento de atletas e diversas competições. Porém, fisicamente, é diferente 
dos atuais. Com certeza, devido ao tempo, todos os esportes foram evoluindo e se adequando 
às necessidades da sociedade, como segurança, conforto, lazer. Isso acarreta no 
desenvolvimento da parte física do complexo. 
Na Grécia Antiga, os complexos possuíam em suas instalações: ginásio, palestra, 
estádio, hipódromo, administração e recepção dos espectadores. Normalmente, as cidades 
importantes possuíam seu complexo esportivo para treinamento de suas equipes. 
Segundo o site História Net (2013), as instalações possuíam as seguintes 
funcionalidades: 
No ginásio, funcionavam centros de treinamento de atletas, de instrução, educação 
espiritual e para reuniões da sociedade grega. Além, inclusive, de aulas de música, gramática, 
oratória e filosofia. 
Na palestra era onde ocorriam as práticas esportivas, era a arena do complexo 
esportivo. 
 
17 
 
O estádio era uma grande pista onde os espectadores assistiam as competições. 
Normalmente linear, ocorriam jogos e corridas no local. Possuíam dimensões diferentes, mas 
numa média de 192 metros. 
Ainda de acordo com o site História Net (2013), nos hipódromos ocorriam as 
corridas de cavalos. Era uma grande área aberta e possuíam o formato de uma ferradura. Além 
das competições, também era onde ocorriam os adestramentos e exercícios de equitação. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
2 ESTÁDIO 
 
2.1 Histórico e Conceito 
O termo estádio vem de milhares de anos atrás e surgiu na Grécia, mais 
precisamente em Olímpia, cidade bastante conhecida por ser onde se realizavam os Jogos 
Olímpicos da Antiguidade. 
Segundo Dezotti e Oliveira (2014), na Antiguidade também se realizavam os 
famosos Jogos de quatro em quatro anos (aproximadamente século VIII a.C.). Historicamente, 
era de suma importância que todos participassem, pois era dada uma trégua entre as 
civilizações, caso estas estivessem em guerra, e grande parte se concentrasse em Olímpia, a fim 
de competir ou presenciar os Jogos. O interessante é que o vencedor ganharia a famosa 
“kotinos”, que era uma coroa de flores silvestres da árvore de oliveira. 
Figura 6: Estádio em que ocorreu os Jogos Olímpicos de Atenas -1896. 
 
Fonte: Veja (2014). 
 
Os estádios nasceram dos antigos hipódromos e arenas gregas. Alguns mantiveram 
a ideia do formato dos teatros gregos antigos (figura 6), onde as arquibancadas eram recortadas 
em colinas, mantendo assim, uma boa visibilidade para a área dos jogos. 
 
19 
 
De acordo com Dezotti e Oliveira (2014), assim que o Cristianismo começou a se 
expandir por toda a Europa, todos os esforços humanos para construção se voltaram para 
edificações religiosas, a fim de se purificar, obter a salvação de Deus. Durante 
aproximadamente quinze séculos seguintes, nenhuma edificação esportiva significativa fora 
construída. Somente após a Revolução Industrial do Século XIX que devido à grande demanda 
por espaços públicos para eventos de massa é que se necessitou da construção de grandes 
estruturas. 
Coincidentemente ou não, com a nova tecnologia do emprego do ferro com vidro 
na construção, grandes construções foram edificadas, como estações ferroviárias e pavilhões de 
feiras internacionais. Veja na figura 7 a Estação Ferroviária do Rossio, em Lisboa, Portugal: 
um grande vão e um belo paisagismo em seu interior. 
Figura 7: Estação Ferroviária do Rossio, Lisboa – Portugal. 
 
Fonte: Bracht (2012). 
 
Com as novas tecnologias sendo alcançadas, o esporte voltou a fazer parte da vida 
de muitos, o que acarretou na volta dos Jogos Olímpicos. Segundo Andrade, Frazão e Aguiar 
 
20 
 
(2012), a proposta foi feita pelo Barão de Coubertin1, para que os primeiros Jogos fossem 
realizados em Atenas, no ano de 1896 e posteriormente, de quatro em quatro anos, como nos 
antigos Jogos Olímpicos. Com isso, o movimento esportivo foi novamente valorizado, e novas 
construções foram edificadas para que cada local pudesse sediar os Jogos Olímpicos. 
Atualmente, os estádios são grandes locais onde se realizam eventos de altíssima 
importância, como o próprio futebol, atletismo, apresentações culturais, musicais, entre outros 
fins. 
 
 
 
1 Segundo Andrade, Frazão e Aguiar (2012), Pierre de Coubertin foi um pedagogo e 
historiador francês, tendo ficado para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna. 
 
21 
 
3 LEGISLAÇÃO, NORMAS E RECOMENDAÇÕES 
 
Para a construção de um estádio de futebol é necessário estudar algumas 
recomendações e a legislação vigente na cidade. 
A Lei número 7.974, de 31 de março de 2008 (Lei de Uso e Ocupação do Solo) diz 
que é proibido instalação de torres de radiocomunicação e telecomunicações em parques 
urbanos, inclusive torres de transmissão de alta tensão. 
Com relação às vagas de estacionamento, a Lei se pronuncia de forma direta. 
Segundo Camposdos Goytacazes (2008), as vagas têm dimensões mínimas em locais públicos 
e devem ser respeitadas de rigoroso modo. 
 
§ 2º - A vaga obrigatória para estacionamento e guarda de veículos de pessoas 
com deficiência física terá as dimensões mínimas de 3,750m (três metros e 
setenta e cinco centímetros) de largura e 5,00m (cinco metros) de 
comprimento, com área mínima de 18,75m² (dezoito metros e setenta e cinco 
centímetros quadrados), conforme estabelecido na legislação federal 
pertinente. 
§ 3º - A vaga obrigatória para estacionamento e guarda de motocicletas terá 
as dimensões mínimas de 1,50m (um metros e cinquenta centímetros) de 
largura e 2,00m (dois metros) de comprimento, com área mínima de 3,00m² 
(três metros quadrados) (CAMPOS DOS GOYTACAZES, 2008, p. 14-15). 
 
Ainda segundo Campos dos Goytacazes (2008), o número de vagas de 
estacionamento para instalações públicas poderá ser diminuído, desde que haja um acordo com 
parecer técnico do órgão central do Sistema Municipal de Planejamento e Gestão Urbana. 
A Lei não diz ao certo a quantidade mínima exigente para a construção de um 
complexo ou parque urbano. No entanto, referente aos equipamentos internos de um parque, 
como por exemplo uma quadra poliesportiva, a referente Lei exige 1 (uma) vaga de veículos 
para cada 25m² de área útil principal, ou seja, a área útil de cada quadra existente. 
Sendo instalações desportivas, estas estão sujeitas ao Estudo Prévio de Impacto de 
Vizinhança – EIV devido ao impacto ambiental que possa causar, poluição sonora, atmosférica, 
hídrica, vibração e geração de resíduos sólidos. 
 
22 
 
Seguindo para a parte de grau de impacto que o complexo está inserido, tem-se a 
categoria grau de impacto II, onde as instalações independentes de sua área construída, já estão 
inseridas neste grupo. 
 
O planejamento e a realização de uma grande instalação esportiva dependem 
de um correto estudo de zoneamento do terreno disponível. Isso inclui não só 
as áreas destinadas ao esporte, mas também as necessárias para 
estacionamentos, circulação de público e de veículos de serviço, acessos 
diferenciados exigidos, além de instalações técnicas complementares que 
necessitem ser colocadas do lado externo do estádio (BRASIL, 2011, p.33). 
 
O estádio de futebol, mesmo que arrecade grandes valores financeiros para seus 
investidores, muitas vezes se vê na necessidade de aumentar sua arrecadação. A partir daí, os 
estádios passaram a ser grandes centros de eventos, que usufruem do grandioso espaço interno 
para exposições, shoppings, apresentações musicais e outras atividades que possam ser 
concebidas nesses locais. Com isso, sua arrecadação poderá multiplicar, além do investimento 
de empresas associadas na compra de camarotes. 
Algumas recomendações existentes auxiliam no projeto de reformas e construções 
de novos estádios: Estádios de Futebol: Recomendações e Exigências Técnicas, produzido pela 
FIFA (2011) e o Guia de recomendações de parâmetros e dimensionamentos para Segurança E 
Conforto em estádios de futebol (2013), produzido pelo Ministério do Esporte, no Brasil. 
Essas recomendações foram produzidas para auxiliar na recuperação de alguns 
estádios reformados aqui no Brasil para a disputa da Copa das Confederações, em 2013 e da 
Copa do Mundo, em 2014. 
Para que se tenha por exemplo a qualificação da FIFA, o estádio deverá seguir as 
recomendações dadas pela entidade, o que acarretará em estudos minuciosos do guia. 
O guia brasileiro consegue explicar de forma direta todas as necessidades na 
construção e reforma de estádios. Além claro, de explicar etapas e normas de segurança 
adotadas pelo mesmo. 
A primeira decisão a ser tomada, será a implantação do estádio, mais precisamente, 
o campo de jogo. Este deve estar localizado no eixo Norte-Sul, atendendo as recomendações 
oferecidas no Guia de Recomendações de Parâmetros e Dimensionamentos para Segurança e 
 
23 
 
Conforto em Estádios de Futebol. É aceitável uma inclinação no eixo, sendo esta medida, 
utilizada apenas quando há dificuldade de implantação no terreno. 
É necessário que haja dentro de uma edificação deste porte zonas de segurança que 
visam auxiliar e proteger os espectadores de quaisquer eventuais problemas ou situação de 
emergência. Essas zonas fazem parte tanto de estádios que estão sendo construídos neste 
momento, quanto de estádios que serão reformados. 
Para que haja total segurança, segundo Brasil, deve-se primeiro, identificar as 
diferentes zonas de segurança, ligadas umas nas outras, acarretando em rotas de circulação que 
visam proteger a todos. 
As zonas identificadas são: 
- Zona 01 (Área de Segurança Temporária): o próprio campo onde ocorrem os 
jogos. 
- Zona 02 (Área dos Espectadores): arquibancadas e circulação ao redor do campo. 
Caso venha a ter circulação interna, o número de zonas aumenta para 05 (cinco). 
- Zona 03 (Área de Segurança Temporária): área externa do estádio (dentro dos 
limites do terreno). 
- Zona 04 – (Área de Segurança Final): área fora do terreno do estádio. Esta zona é 
destinada à circulação externa e estacionamentos, dando ao local, certa segurança quanto aos 
perigos de por exemplo, um incêndio. 
Veja figura 8 para melhor entendimento. 
Nesta zona também poderão ser localizadas os postos de venda de ingressos. 
 
 
24 
 
Figura 8: Esboço das Zonas de Segurança de um estádio. 
 
Fonte: BRASIL (2011). Editado pelo autor. 
 
Sobre as normas de segurança, o Rio de Janeiro (2013) publicou um boletim no 
qual são expressadas algumas normativas que devem ser seguidas, dentre as principais, tem-se 
as seguintes: 
V - Arquibancada: série de assentos em filas sucessivas, cada uma em plano 
mais elevado que a outra, em forma de degraus, e que se destina a dar melhor 
visibilidade aos espectadores, em estádios, anfiteatros, auditórios, etc. 
Poderão ser providas de assentos (cadeiras ou poltronas) ou não. Há também 
a modalidade de arquibancadas para público em pé; 
VI - Barreiras: estruturas físicas destinadas a impedir ou dificultar a livre 
circulação de pessoas; 
VII - Barreiras antiesmagamento: barreiras destinadas a evitar esmagamentos 
dos espectadores, devido à pressão da multidão aglomerada nas áreas de 
acomodação de público em pé; 
VIII - Bloco: agrupamento de assentos preferencialmente localizados entre 
dois acessos radiais ou entre um acesso radial e uma barreira; 
 
25 
 
IX - Descarga: parte da saída de emergência que fica entre a escada ou a rampa 
e a via pública ou área externa em comunicação com a via pública. Pode ser 
constituída por corredores ou átrios cobertos ou a céu aberto (RIO DE 
JANEIRO, 2013, p.22). 
Para maior segurança dos espectadores, segundo Rio de Janeiro (2013), adota 
algumas outras medidas de segurança com relação ao número máximo de assentos numa fileira, 
distâncias até os túneis e alturas dos patamares: 
Art. 12 - O comprimento máximo e o número máximo de assentos (cadeiras, 
poltronas) nas filas das arquibancadas deverão obedecer as seguintes regras: 
I - Para estádios e similares (arquibancadas permanentes): 20 m, quando 
houver acesso em ambas as extremidades da fila, e, 10 m, quando houver 
apenas um corredor de acesso; 
II - Para ginásios cobertos e similares (locais internos) e para arquibancadas 
provisórias (desmontáveis): 14 m, quando houver acessos nas duas 
extremidades da fila, e, 7 m, quando houver apenas um corredor de acesso; 
III - Os patamares (degraus) das arquibancadas para público em pé (quando 
permitido) deverão possuir as seguintes dimensões: 
a. altura mínima de 0,15 m e máxima de 0,19 m; 
b. largura mínima de 0,40 m. 
IV - Os patamares (degraus) das arquibancadas para público sentado (cadeiras 
individuais ou assentos numerados direto na arquibancada, quando permitido) 
deverão possuir as seguintes dimensões: 
a. largura mínima 0,80 m; (para maior conforto do usuário recomenda-se a 
largura de 0.85 cm). 
b. altura máxima de 0,57 m (RIODE JANEIRO, 2013, p.24). 
 
 
26 
 
Figura 9: Especificação dos acessos aos assentos. 
 
Fonte: Rio de Janeiro (2013, p. 25). 
 
Na figura 9 é possível observar a segurança existente para com o espectador. 
A segurança em estádios tem ganhado grande destaque na imprensa, tanto pela 
Copa do Mundo 2014 no Brasil, quanto pelos acidentes que ocorrem. 
A cultura brasileira é de certa forma, muito festiva, tanto que em algumas 
comemorações, a torcida no estádio faz coro, pula e proporciona uma comemoração sem 
segurança, a conhecida “avalanche”. Esta muitas vezes fora utilizada pela equipe de futebol do 
Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense, no Rio Grande do Sul. Em janeiro de 2013, houve um 
acidente na Arena do Grêmio, resultado da comemoração da “avalanche”, na qual acarretou em 
diversos feridos. Segundo reportagem do canal de notícias Globoesporte (2013): “A 
comemoração da avalanche foi centro de polêmica antes mesmo da inauguração da Arena. Só 
foi permitida após acordo do Grêmio com a Polícia Militar do Rio Grande do Sul. A ação havia 
sido proibida inicialmente pela autoridade policial por questões de segurança”. 
 
 
27 
 
 
4 REFERENCIAIS 
 
4.1 Referencial Tipológico e Funcional 
O primeiro referencial pesquisado foi o complexo esportivo da Universidade 
Luterana do Brasil (ULBRA), localizada em Canoas – RS. A proposta é conseguir promover a 
ideia de parque multiesportivo dentro de um ambiente acadêmico, tudo em prol do 
desenvolvimento humano. 
De acordo com ULBRA (2014), o estádio (figura 10) do complexo possui 6.475 
(seis mil, quatrocentos e setenta e cinco) lugares numerados, sendo 2.483 (dois mil, 
quatrocentos e oitenta e três) cobertos. O espaço possui quatro vestiários, sendo dois com área 
com grama sintética para aquecimento dos jogadores antes das partidas de futebol, banheira de 
hidromassagem, chuveiros, área seca e sala para administração e rouparia. O departamento 
médico possui acesso direto ao campo para atender às emergências que possam vir a ocorrer 
durante uma partida. 
Figura 10: Estádio, pista de atletismo e edifício dentro da ULBRA. 
 
Fonte: ULBRA (2014). 
 
 
28 
 
ULBRA (2014) ainda divulga que possui um ginásio coberto (localizado dentro da 
edificação mostrada na figura acima) e com piso flutuante de tabuão2, o que diminui o impacto 
durante jogos, e segundo Hagah (2014), evita possíveis lesões. Na figura 11 é possível observar 
a parte interna do ginásio. O espaço ainda conta com placar eletrônico, sistema de som, 
vestiários, lavanderia e área para aquecimento e relaxamento dos atletas. Além, claro, sala de 
atendimento médico, lanchonete e estacionamento. 
Figura 11: Parte interna do ginásio poliesportivo do ULBRA. 
 
Fonte: ULBRA (2014). 
Os campos de treinamento (figura 12) atendem a qualquer necessidade que uma 
equipe possa ter para desempenhar seus treinamentos com total segurança e qualidade, de 
 
2 Segundo Hagah (2014), o tabuão é um tipo de piso de madeira muito resistente, podendo durar até 
30 anos ou mais, se bem instalado, além de grande conforto térmico e durabilidade. Para a instalação é 
necessário um contrapiso rebaixado, geralmente em 2 cm. Ele também deve ser impermeabilizado, 
plano e bem curado. A madeira deve receber uma proteção à base de solvente ou de água, com efeito 
fosco ou brilhante. 
 
29 
 
acordo com ULBRA (2014). Os gramados possuem irrigação, medidas oficiais com 
regularidade com a CBF, banco de reservas (para partidas de equipes amadoras e jogadores 
suplentes). 
Figura 12: Campos de futebol para treinamentos de atletas. 
 
Fonte: ULBRA (2014). 
 
O espaço do ULBRA ainda conta com quadras de vôlei de areia, quadras de tênis 
profissionais, sala de musculação em ambiente fechado e salão para lutas e artes marciais. 
Para referencial tipológico, fora utilizado sua estrutura horizontalizada, 
apresentando um grande bloco com as estruturas físicas do complexo no interior do mesmo. 
Devido à altura do pé direito das quadras, a edificação teve mais de um pavimento, 
porém isto não retirou sua condição tipológica, visto que a mesma possui grande extensão 
horizontal. 
 
30 
 
Este referencial também foi utilizado como referencial funcional, pois possui todas 
as características físicas que utilizou-se no projeto. 
 
4.2 Referencial Funcional 
O referencial pesquisado foi o parque esportivo da PUC-RS, no qual mantém o 
formato do primeiro referencial apresentado, que é a proposta de atender aos universitários e 
também à população, de modo geral. 
Abaixo, na figura 13, podem ser vistas as quadras poliesportivas que são abertas 
num único espaço. Este, é divido apenas por sua estrutura aparente. 
Figura 13: Quadras poliesportivas no interior da PUC-RS. 
 
Fonte: PUC-RS (2014). 
 
Segundo PUC-RS (2014), o complexo é teoricamente composto pelas seguintes 
áreas: prédio poliesportivo, estádio universitário, academia de ginástica, pista de atletismo, 
piscina de aprendizagem e olímpica, salão de lutas e ginástica, seis quadras poliesportivas, 
quadra de futebol e vôlei de areia, três quadras de tênis, duas quadras de paddle e auditório. 
 
31 
 
É uma área extremamente extensa e apresenta instalações de primeira linha. O 
prédio administrativo, que é a principal edificação do parque esportivo, é uma construção de 
nove pavimentos. Dentro de si, são abrigados espaços variados, dentre laboratórios a salão de 
ginástica. Destaque para as grandes áreas esportivas, como a piscina térmica e as quadras 
poliesportivas em seu interior. 
No material desenvolvido pela PUC-RS (2014), é apresentado o Estádio 
Universitário, este, possui campo com dimensões oficiais (de acordo com as recomendações da 
CBF) e uma pista de atletismo ao seu redor. A grama do estádio é especial, pois possui grande 
resistência. É a mesma utilizada por exemplo no Estádio Jornalista Mário Filho, mais conhecido 
como Maracanã. 
De acordo com a PUC-RS (2014), a arquibancada do estádio possui uma cobertura 
e tem capacidade para 2.100 (dois mil e cem) espectadores, além, claro, das cabines de televisão 
e rádio. A iluminação do estádio é feita por postes metálicos, cada um com 25 metros de altura 
e sustentam 120 refletores com lâmpadas de 2000 W de potência. 
O parque ainda possui uma grande pista de caminhada, num total de 750 metros, 
segundo a PUC-RS (2014). Há ainda, diversas áreas de contemplação e de lazer ao longo da 
pista de caminhada. 
Na figura 14 é visto as quadras localizadas em um único salão, separadas pela 
estrutura aparente do local. 
Figura 14: Quadras poliesportivas em piso tabuão. 
 
Fonte: PUC-RS (2014). 
 
 
32 
 
Como referencial funcional, aproveitou-se a ideia das quadras unidas (uma ao lado da 
outra) e a tecnologia de laje nervurada (que no caso, foi um referencial tecnológico utilizado no 
projeto), além de toda a estrutura física da construção do ULBRA, exclusive o laboratório. 
 
4.3 Referencial Tecnológico 
Em Pituaçu, bairro de Salvador, Bahia, está localizado o Estádio Governador 
Roberto Santos, mais conhecido como Estádio de Pituaçu. A construção é bem simples, porém, 
possui algo de caráter importantíssimo para os dias de hoje: energia limpa. 
Segundo o site Portal da Copa (2013), o estádio, que ganhou em 2013, o “Selo 
Solar”, foi cotado para ser o centro oficial de treinamento das seleções que disputarão a Copa 
do Mundo FIFA 2014. 
Divulgado pelo site Portal da Copa, o local recebeu um grande investimento para 
reaproveitamento de energia solar, através de painéis solares instalados nas coberturas do 
estádio, na qual durante 1 (um) ano, houve uma economia de R$ 222.000,00 (duzentos e vinte 
e dois mil reais). O que é produzido de sobra é lançado na rede de distribuição da concessionária 
e abatido nas contas de luz das secretarias municipais. 
Na figura 15 é possível notar as placas solares acima da cobertura do Estádio de 
Pituaçu.Figura 15: Estádio de Pituaçu, Bahia. 
 
Fonte: Portal da Copa (2014). 
 
 
 
33 
 
Outro referencial projetual tecnológico foi o Estádio do Beira-Rio, em Rio Grande 
do Sul, no Brasil. Devido às sua estrutura em treliça espacial aparentemente leve, sustentando 
a cobertura acima. 
Como dito pelo jornal Zero Hora (2014), haverá uma cobertura cobrindo grande 
parte dos espectadores, utilizou-se grandes treliças espaciais amarrando-se umas às outras, 
formando uma grande teia em aço, como visto na figura 16. 
A cobertura de vedação fora utilizada membrana de fibra de vidro com enchimento 
em teflon, capaz de suportar até 450º C e durabilidade de até 35 anos, segundo o jornal Zero 
Hora (2014). O detalhe pode ser visto na próxima figura: 
 
Figura 16: A estrutura treliçada do Estádio do Beira-Rio. 
 
 
 
Fonte: Zero Hora (2014). 
 
4.4 Referencial Plástico 
Para este item, foi primeiro pensado um pouco no contexto em que será utilizado: 
uma cidade do interior, de grande extensão territorial e que possui grande histórico cultural, 
com seus contos indígenas e conflitos abolicionistas no decorrer da história. 
O Instituto Chico Mendes (2013) reserva parte de seu trabalho em busca da história 
do nome da Floresta Nacional de Goytacazes. Nela, faz menção ao índio Goytacaz. 
 
34 
 
 
Além do arco e da flecha decorados com penas multicoloridas de aves, 
usavam-nas também para enfeitar o corpo nas ocasiões festivas. Faziam 
machados de pedra, jangadas, trabalhavam com bambu além de modelarem o 
barro para fabricarem igaçabas onde enterravam seus mortos (INSTITUTO 
CHICO MENDES, 2013, p.36). 
 
Como dito no texto, o índio goytacaz era um grande trabalhador manual, no qual 
produzia suas jangadas para serem utilizadas no Rio Paraíba do Sul. Unindo este histórico e a 
arquitetura abaixo apresentada (figura 17), é que se tem a ideia do referencial plástico: remeter 
às jangadas produzidas pelos índios. Uma homenagem à história de Campos. 
Figura 17: Estádio de Al Shamal, Qatar. 
 
 
Fonte: McManus (2014). 
 
De acordo com dados do site Portal Brasil (2014), o Qatar tem se tornado um país 
ainda mais rico cada dia que passa. Com a produção do petróleo em altíssimo volume, o local 
tem se destacado na economia mundial, e os investimentos na construção têm aumentado 
consideravelmente. 
 
35 
 
Figura 18: Vista do observador para o estádio. 
 
Fonte: McManus (2014). 
 
Segundo McManus (2014), o Qatar, que sediará a Copa do Mundo FIFA 2022, já 
iniciou suas obras, diferente do Brasil, que atrasou diversas vezes ao longo dos últimos anos. 
Acima, na figura 18, é o Estádio Al-Shamal, na cidade de Madinat ash-Shamal, norte do país. 
O estádio remeterá às embarcações que ficam próximas ao local, sendo ali, um lugar 
de movimento marítimo. 
No caso, o referencial plástico foi a volumetria da casca do estádio Al-Shamal, que 
no projeto apresentado neste trabalho, remeteu às embarcações fabricadas pelo índio Goytacaz. 
Foi utilizado somente o conceito volumétrico. Os materiais e complementos plásticos foram 
adicionados e conceituados através de estudos do autor conforme desenvolvimento do projeto. 
 
36 
 
5 PROJETO 
 
5.1 Localização 
A localização do terreno de onde se dará a proposta de projeto será ao sudoeste de 
Campos dos Goytacazes, próximo à Rodovia BR-101, no início da malha urbana, sentido 
Macaé-Campos (figura 19). Nota-se em linhas amarelas as principais rodovias da cidade e 
entorno, como a Rodovia BR-101, Rodovia RJ-194, RJ-158 e RJ-216. 
Figura 19: Mapa da cidade de Campos dos Goytacazes. Em destaque local a ser implantado a proposta 
do projeto. 
 
Fonte: Google Maps (2014), com edição do autor. 
O terreno do projeto possui uma área de 338.583m², sendo este o local de 
implantação da proposta de complexo esportivo, localizado numa ZR2 (Zona Residencial 2). 
Ao lado, há um segundo terreno (figura 20) que será proposto um parque urbano, sendo um dos 
alavanques para a implementação do projeto, pois um parque deste porte numa região tão 
intensa de população e de fácil acesso aos visitantes de outras localidades seria vista como um 
grande trunfo para o crescimento e valorização do município. Este trabalho não abrangerá de 
 
37 
 
forma detalhada o parque urbano, somente usará o espaço deste Setor Especial de Preservação 
como ponto de partida para a inserção do complexo esportivo. 
Figura 20: Em vermelho, local da proposta do complexo esportivo. Em verde, zona especial para 
implantação futura de um parque urbano. 
 
Fonte: Google Maps (2014), com edição do autor. 
O Setor Especial de Preservação em questão possui uma área de 260.978m² e tem 
o ponto positivo de estar próximo da principal entrada da cidade, o que deixaria a vista inicial 
muito mais contemplativa e faria de Campos dos Goytacazes uma cidade possuidora de um 
grande parque urbano regional, atraindo turistas e oferendo mais opções de lazer à população. 
 
5.2 Entorno do terreno 
O projeto seguirá a Lei de Uso e Ocupação do Solo (Lei nº 7.974), onde, no anexo 
III, mostra o mapa para a construção do prolongamento da Avenida Nossa Senhora do Carmo, 
via arterial que poderá desafogar o tráfego de outras vias arteriais, como a Avenida Arthur 
Bernardes e Avenida 28 de Março. 
 
38 
 
Figura 21: Parte do mapa retirado do anexo III da Lei de Uso e Ocupação do Solo. Ao sul, a linha branca 
representa o trajeto completo da Avenida Nossa Senhora do Carmo. Alguns trechos da via ainda não 
estão finalizados. 
 
Fonte: Campos dos Goytacazes (2008), com edição do autor. 
A figura 21 apresenta como a Avenida Nossa Senhora do Carmo possui um 
comprimento bastante significativo para os bairros localizados ao sul de Campos dos 
Goytacazes. A finalização da mesma traria inúmeros benefícios para esses bairros e seus 
moradores, como infraestrutura viária, expansão urbana e maior valorização dos terrenos. 
Respeitando o perfil viário proposto na Lei nº 7.795: Lei de Parcelamento do Solo, 
onde no anexo III são apresentados os mais diversos perfis viários que devem ser adotados para 
Campos dos Goytacazes, a proposta para a Avenida Nossa Senhora do Carmo será o exemplo 
número 2, do anexo em questão: 
 
 
39 
 
Figura 22: Vias arteriais com ciclovia central. 
 
Fonte: Campos dos Goytacazes (2008). 
Como mostrado na figura 22, a via terá largura total de 36m (trinta e seis metros), 
sendo 6m (seis metros) de ciclovia central (com canteiro), e 6m (seis metros) em cada calçada 
lateral. Esse perfil de via é essencial para um bom desenvolvimento e evitar transtornos futuros. 
Para facilitar o acesso ao local, será proposto a construção de duas rotatórias, uma 
na Avenida Nossa Senhora do Carmo e uma segunda na Avenida Arthur Bernardes, tendo o 
encontro através de uma rua interna. Abaixo, na figura 23, croqui esquemático das rotatórias 
para facilitar e evitar engarrafamentos no local: 
 
40 
 
Figura 23: Ligação entre a Avenida Arthur Bernardes e Av. Nossa Senhora do Carmo. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
A chamada Rua Interna, também visto na figura 23, será uma via coletora, com 
perfil para tal conforme a lei. Abaixo, na figura 24, perfil típico da via, apresentado na Lei de 
Parcelamento do Solo (2008): 
 
41 
 
Figura 24: Perfil típico de via coletora. 
 
Fonte: Campos dos Goytacazes (2008). 
 
5.3 Tipos de acabamentos do complexo 
Para o projeto do complexo esportivo, foi-se pensado uma mescla de diversos tipos 
de piso para integrar os mais variados ambientes. No geral, o piso do complexo será o bloco de 
concreto intertravado, usando as cores cinza, vermelho, azul, palha e verde, na produção de 
desenhos nos pisos e criando elementos mais orgânicos e menos lineares, visto que os projetos 
das edificações do complexo levam o estilo mais linear, o que será “quebrado” com todos os 
jardins e pisos orgânicos. 
 
42 
 
Figura 25: Piso de concreto intertravado. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
A escolhado intertravado (figura 25) como piso dominante foi pelas características 
do produto, que são inúmeras: fácil instalação, antiderrapante, alta resistência e durabilidade, 
permite a reposição em caso de danos aos blocos, instalação rápida e por ser permeável, sendo 
esta uma característica de sustentabilidade. 
Outros pisos que serão propostos para o projeto serão: 
• Piso cimentado: para o skate park; 
• Piso drenante: este tipo de placa é muito utilizado em ambientes externos 
pois são antiderrapantes, além de serem atérmicos e ecológicos, pois escoam 
cerca de 90% das águas. Este piso seria colocado em áreas próximas aos 
jardins e espelhos d’água, onde as pessoas podem ficar por mais tempo sem 
sentirem tanto o calor que possivelmente possa estar no local. 
• Grama esmeralda (zoysia japonica): todos os canteiros terão árvores e a 
grama esmeralda será plantada para dar mais uma cor ao piso do complexo. 
 
 
 
 
43 
 
5.4 Paisagismo do complexo 
Todo o paisagismo seria definido na fase de projeto executivo, mas os tipos árvores 
e vegetação utilizada seriam: 
 
QUADRO DE VEGETAÇÃO 
Nº NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR CÓDIGO TIPO ALTURA FLORAÇÃO ø 
1 Tabebuia chrysotricha Ipê-amarelo TACH Árvore Até 10 metros Inverno Até 08 m 
2 Brunfelsia uniflora Manacá-de-cheiro BRUN Arbusto Até 03 metros Inverno e 
Primavera 
Até 02 m 
3 Senna spectabilis Canafístula-de-besouro SESP Árvore Até 09 metros Verão e 
Outono 
Até 06 m 
4 Jacaranda mimosifolia Jacarandá-mimoso JAMI Árvore Até 15 metros Verão e 
Outono 
Até 10 m 
5 Lagerstroemia indica Resedá LAIN Árvore Até 06 metros Verão e 
Outono 
Até 06 m 
6 Streptosolen jamesonii Marianinha STJA Arbusto Até 1,5 metros Outono e 
Inverno 
Até 01 m 
7 Tibouchina granulosa Quaresmeira TIGR Árvore Até 12 metros Verão e 
Outono 
Até 07 m 
8 Zoyzia japonica Grama esmeralda ZOJA Grama Até 15 cent. - - 
9 Tabebuia impetiginosa Ipê-roxo TAIM Árvore Até 12 metros Outono e 
Inverno 
Até 8 m 
10 Roystonea oleracea Palmeira-imperial ROOL Palmeira Até 40 metros Primavera e 
Verão 
Até 5 m 
11 Allamanda polyantha Alamanda-de-cerca ALPO Arbusto Até 02 metros O ano todo Até 2 m 
 
5.5 Estacionamentos 
Os estacionamentos terão aproximadamente 3.320 vagas para veículos, sendo 160 
para ônibus, mais 10 balizas para pontos de ônibus locados externamente para entrada e saída 
de passageiros das linhas municipais. 
A proposta para o estacionamento será de piso de concreto intertravado, sendo: 
Bloco de concreto intertravado na cor cinza: circulação de veículos; 
Bloco de concreto intertravado na cor palha: vagas do estacionamento. 
A cada 5 (cinco) vagas de estacionamento será proposto o plantio de uma árvore de 
médio porte, com a finalidade de proporcionar sombra para alguns veículos e proporcionar uma 
melhor contemplação do estacionamento, deixando de lado a visão de local deserto, mas bem 
sombreado. 
A pintura de toda a pavimentação do estacionamento estará em projeto na cor 
“amarelo demarcação” (tinta acrílica para piso). 
 
44 
 
Para a iluminação do local, propôs-se ao poste de pequeno porte já padrão na cidade 
de Campos dos Goytacazes, sendo de iluminação cônica, sendo de material em aço carbono 
zincado 
5.6 Estádio de futebol “Arena Goytacá” 
O objeto de maior detalhamento do projeto é o estádio de futebol, pois é o elemento 
arquitetônico de maior valor no complexo esportivo, além, claro, do ponto focal do projeto, 
onde todos os caminhos levam ao estádio. 
Como há uma grande quantidade de crianças e adolescentes nas ruas, facilmente 
seduzidas pela criminalidade, o complexo esportivo poderá acolhe-las (juntamente com a 
participação da prefeitura em programas sociais, por exemplo) e fazer com que a prática de 
esportes seja um auxílio, ou até mesmo, solução para este problema. 
Com o complexo atuando de forma ativa na vida das pessoas da cidade de Campos 
dos Goytacazes e arredores, o investimento de empresários no local seria um acontecimento 
óbvio. 
O estádio se chamará Arena Goytacá, em homenagem aos índios da região norte 
fluminense. O formato é linear, da mesma forma que eram as antigas jangadas fabricadas pelos 
próprios índios goytacazes, segundo Instituto Chico Mendes (2013). 
A cor do estádio remeterá ao barro, outro ponto forte dos índios da região, pois 
trabalhavam muito bem com o material. 
 
5.6.1 Croqui e Implantação 
Conforme fora feito uma pesquisa para absorver informações da história da região 
e do objeto em projeto, o trabalho foi produzido com o seguinte pensamento: o ponto focal do 
complexo esportivo seria o estádio. Este porque era a homenagem principal ao índio goytacaz, 
e por ser a edificação de maior porte no local. 
 
45 
 
Figura 26: Primeiro croqui desenvolvido com todos os itens do projeto. Posteriormente, a ideia se 
desenvolveu e mudou certos aspectos do projeto. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Como o complexo esportivo é muito extenso e ligou-se entre a Avenida Arthur 
Bernardes e Avenida Nossa Senhora do Carmo (observar figura 26), foi-se pensado em duas 
rotatórias (que posteriormente foram melhor trabalhadas) e dois acessos de veículos (que se 
manteve até a ideia final). Os pontos de ônibus para 5 (cinco) unidades simultâneas também 
foram mantidas para atender da melhor forma possível a todos os usuários das mais variadas 
localidades. 
 
46 
 
Figura 27: Croqui final do projeto: os acessos de veículos continuaram e o programa atualizado. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Após alguns estudos, foi-se notado algumas questões que não seriam válidas como 
proposta de projeto. Depois de evoluir algumas ideias e atualizar o programa de necessidades, 
chegou-se ao croqui da figura 27. O ponto focal continuou sendo o estádio, tendo dois acessos 
destacados: um voltado para o leste (massa urbana maior da cidade) e uma entrada secundária 
voltada para o lado da expansão urbana. 
O programa final conta com: campo de rugby, skate park, quadras poliesportivas, 
quadras de areia, vôlei de praia, campos society, estádio de futebol e pista de atletismo. 
A proposta é que eles possuam linhas contemporâneas e lineares, e todo o complexo 
linhas de projeto mais orgânicas. 
 
47 
 
Figura 28: croqui inicial do estádio: forma linear com base na jangada do índio goytacaz. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Para começar a pensar na volumetria do estádio, fora pensado no objeto a ser 
homenageado: o índio goytacaz. Com alguns pontos históricos levantados, descobriu-se que 
eram grandes construtores de jangadas e excelente no trabalho com o barro. A partir daí, a forma 
linear e cor amarronzada foram elementos base para a produção dos estudos iniciais, como 
mostrados na figura 28. 
Abaixo, na figura 29, é mostrado a forma final da implantação. Ao norte do 
complexo, ao lado das quadras poliesportivas cobertas fora destinado uma área livre para 
possível expansão do complexo com um pouco mais de 2800m². 
 
48 
 
Figura 29: Implantação do Complexo Esportivo 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
Todos os equipamentos instalados no complexo podem ser vistos na figura 30 (para 
maior compreensão, vide apêndice): 
 
49 
 
Figura 30: Equipamentos do complexo esportivo 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
5.6.2 Plantas baixas 
 
Figura 31: Planta Baixa - Nível 00: Estacionamento e Vestiários. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Acima, na figura 31, está a planta de setorização do pavimento térreo do estádio. 
Foi-se pensado em acessos independentes para as arquibancadas e camarotes, além de rampas 
de acesso direto ao campo em casos de emergências (para utilização do Corpo de Bombeiros 
ou até mesmo para a polícia). Estas rampas darão acesso as extremidades do campo, nas quatro 
linhas. 
Os espectadores terão acesso independente e um posto médico e policial no setor 
sul. Tudo isso para atender a quaisquer problemas que possam vir a ocorrer. 
Junto ao acesso norte fora proposto um local paraa instalação da Fundação 
Municipal de Esportes do município, com isso, a utilização do local seria ainda mais intensa, 
além ainda das visitações que poderão ocorrer ao estádio e museu no pavimento nível 03. 
Os vestiários dos jogadores e árbitros localizam-se no setor oeste (de acordo com o 
Norte apresentado na figura 31), e possuem acesso direto ao campo. Ao todo, são quatro 
vestiários para os times, sendo dois maiores e dois menores, pois podem haver dias em que 
serão feitas duas partidas, uma de equipe principal e outra dos juniores ou base. 
 
51 
 
Os estacionamentos dos camarotes terão acesso também separado dos outros 
espectadores e ainda irão aos seus lugares através de elevadores que estarão ali para servi-los, 
ou através de escadas próximas. 
O camarote VVIP também terá acesso pelo elevador do camarote oeste e possuirão 
vagas exclusivas no estacionamento. 
Haverá um acesso de serviço na extremidade do setor norte, sendo este, feito através 
de escadas independentes. Tudo isso, para atender às lanchonetes que estarão nos pavimentos 
acima. 
Figura 32: Planta Baixa - Nível 01 - Arquibancadas 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Acima dos estacionamentos, estarão as arquibancadas. Como visto na figura 32, 
toda a área periférica será para circulação de pessoas e a iluminação será feita lateralmente, 
através dos panos de vidro. 
Abaixo das arquibancadas, estarão os sanitários e lanchonetes, cada setor, com seu 
número adequado para atender à demanda exigida. 
 
52 
 
Todos os setores (norte, sul, leste e oeste) serão independentes, visto que, há 
vedação em alvenaria de um setor para o outro, afim de evitar transtornos entre torcidas e 
preservar a segurança de todos. Para acesso aos outros setores de arquibancadas, há portas que 
controlam este acesso, somente utilizado para pessoas autorizadas. 
Há proposta também de quatro lojas localizadas nos setores de maior utilização 
(setores leste e oeste), onde poderão ser vendidas mercadorias que sejam de interesse da 
prefeitura, ou da empresa administradora do espaço. 
A partir do pavimento “Nível 01”, há rampas de acesso aos pavimentos superiores 
somente nos setores leste e oeste, conforme mostra a figura 31. 
Figura 33: Planta Baixa - Nível 03- Área cultural e restaurantes 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Acima do nível 01, que possui pé direito elevado (considerado no projeto como 
nível 02) há o nível 03 que é composto de áreas somente para exposições, zona cultural e museu 
do futebol (figura 33), estes terão visões privilegiadas tanto da parte externa do complexo, 
quanto para o interior, a área de jogo. A circulação se torna o local para disposição dos quadros 
e acervos a serem expostos, criando verdadeiros corredores culturais. 
 
53 
 
A ideia inicial é para que este pavimento seja fechado em dias de jogos, sendo 
abertos somente nos dias comuns e feriados, evitando assim, confusões nesta área. 
Figura 34: Planta Baixa - Nível 04 - Camarotes 
 
Fonte: Acerto pessoal. 
Para acesso aos camarotes (figura 34), haverá elevadores e escadas vindos do 
estacionamento. O camarote oeste, como possui a área VVIP3, tem acesso privilegiado para o 
campo, caso seja necessário alguma pessoa influente iniciar uma partida festiva, entregar 
medalhas aos jogadores, enfim, fazer com que os VVIP acessem de forma rápida o campo de 
jogo. O andar ainda contará com quatro salões de festas (visto em proposta), sendo localizados 
às quatro grandes áreas periféricas do andar. Os salões terão áreas abertas que darão vista direta 
ao campo de futebol. 
A ideia é ter 43 camarotes (para cerca de 18 pessoas) e um grande camarote VVIP. 
Todos eles acessam uma arquibancada externa particular (separada da arquibancada geral), mas 
essa arquibancada externa dos camarotes será aberta entre eles, propondo que as pessoas 
 
3 Segundo FIFA (2011), expressão inglesa Very Very Important Person. Tradução literal para 
"pessoa muito muito importante" – são pessoas importantes, influentes, ou altos funcionários com privilégios 
especiais. 
 
54 
 
pratiquem o networking4. Esse tipo de situação pode ser visto no Estádio Jornalista Mário Filho 
(Maracanã), onde as pessoas dos camarotes se interagem umas com as outras, veja a figura 35. 
Figura 35: As barreiras físicas entre os espaços dos camarotes são mínimas, podendo haver o contato 
com outros camarotes, caso alguém o queira. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
 
4 Segundo Exame (2014) é uma palavra em inglês que indica a capacidade de estabelecer uma rede 
de contatos ou uma conexão com algo ou com alguém 
 
55 
 
Figura 36: Planta Baixa - Nível 05 - Cabines de Mídia 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
Na planta do nível 05 (figura 36), somente o lado oeste é acessado, pois o restante 
do pavimento é somente para área técnica, como condensadores de ar condicionado, 
maquinários das cabines de mídia, sala de equipamentos para transmissões de TV e 
reservatórios de água. 
Ao todo, são 24 cabines de rádio e TV, possuindo ainda uma área externa para 
comentaristas ou quaisquer necessidades que possam ocorrer durante uma partida. 
 
56 
 
Figura 37: Planta Baixa - Níveis 06 e 07 - Cobertura 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
A proposta para cobertura do estádio é que seja feita em treliça espacial, como fora 
utilizado no Estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre – RS. Nas áreas em marrom, como visto na 
figura 37, seria feita vedação em ACM (composto de duas chapas de alumínio unidas por uma 
camada de polietileno de baixa densidade), e a vedação da cobertura seria em fibra de vidro 
com enchimento em teflon, visto também no Estádio do Beira-Rio. 
Inicialmente, a escolha deste material se deu pela grande durabilidade e pelo poder 
de funcionalidade proposto pelo material, sendo uma duração aproximada de 35 anos e de 
acordo com Rocha (2011), essa membrana suporta grandes temperaturas e é resistente ao fogo. 
A cobertura seria dividida em quatro partes, cada uma delas com inclinação de 14% 
para as extremidades, onde ali, seriam captadas as águas pluviais (e levadas para o nível inferior, 
onde seriam armazenadas) para serem utilizadas na irrigação do gramado, limpeza de alguns 
locais ou quaisquer fins necessários (veja figura 38). 
 
57 
 
Figura 38: Detalhe da proposta para cobertura e recolhimento de água pluvial. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
5.6.3 Cortes esquemáticos 
Figura 39: Corte esquemático apresentando altura do estádio. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Acima, na figura 39 é possível notar a altura final do estádio, que foi finalizado em 
30 (trinta) metros de altura. Esta dimensão irá demonstrar a imponência do elemento na chegada 
da cidade de Campos dos Goytacazes, além dos visitantes do complexo esportivo, que irão tê-
lo como ponto focal do projeto. 
 
5.6.4 Fachada 
 
58 
 
Figura 40: Fachada Oeste do estádio. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
Para materiais da fachada foram pensados inicialmente no ACM (composto de duas 
chapas de alumínio unidas por uma camada de polietileno de baixa densidade), pois são 
adaptadas as mais variadas formas. Na parte inferior, vidro duplo (veja figura 40), com uma 
camada de vidro refletido e a outra, laminado, afim de evitar que o calor entre na edificação e 
o reflexo dos espelhos d’água na edificação, aparentando que a casca do estádio esteja solta, 
independente. Já ao centro, alvenaria em blocos de concreto (o que ajuda na questão de 
segurança contra incêndios) e vidro temperado duplo (com uma camada de vidro laminado), 
protegendo o interior do prédio também na parte superior. 
 
5.6.5 Perspectivas 
Figura 41: Perspectiva externa do estádio – vista do estacionamento. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
59 
 
 A proposta é que o espelho d’água seja refletido no pano de vidro no térreo do estádio 
apresentando uma ilusão de que a casca do estádio estaria flutuando, dandoleveza ao projeto (figura 41 
e 42). 
Figura 42: Perspectiva externa do estádio - vista frontal. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
É possível notar que a visão do espectador será agradável, visto que será possível 
ver todas as extremidades do gramado (figuras 43 e 44). 
 
60 
 
Figura 43: Vista interna do estádio - visão dos camarotes para o campo de jogo. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
Figura 44: Vista da parte inferior da arquibancada. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
 
 
61 
 
5.6.6 Detalhes construtivos 
Com o intuito de evitar afetar o ambiente, foi proposto alguns conceitos sustentáveis 
ao projeto do estádio (locado dentro do complexo), evitando assim, agressões bruscas à 
natureza. Abaixo, alguns itens contemplados no projeto: 
1 - Reaproveitamento de águas pluviais: o projeto conta com uma cobertura em 
treliça espacial em aço com vedação em membrana de fibra de vidro com enchimento em teflon, 
com duração de até 35 (trinta e cinco) anos. Este conceito, usado também no Estádio do Beira-
Rio, em Porto Alegre – RS. 
A cobertura será dividida em “quatro águas”, todas elas escoando para as suas 
extremidades, onde haverá recolhimento dessa água para reaproveitamento da mesma, 
utilizando na manutenção do gramado ou na lavagem de alguns locais. 
De acordo com Rocha (2011), essa membrana suporta grandes temperaturas e 
resistente ao fogo, questão muito importante em caso de algum imprevisível acidente. 
Além disso, as membranas podem receber tratamentos de resinas poliméricas 
que elevam sua resistência mecânica aos raios ultravioleta, às intempéries, ao 
fogo e ao ataque de micro-organismos. Esses tratamentos, feitos com teflon 
ou silicone, nos tecidos de fibra de vidro, ou com PVDF (fluoreto de 
polivinilideno) e Tedlar (polivinilfluorido), nos de PVC, também conferem 
diferentes níveis de luminosidade, ajudam no isolamento térmico e acústico, 
agregando cores e melhorando o acabamento. 
O conforto térmico e acústico das construções pode ser alcançado também por 
meio de soluções de projeto, já que a própria concepção das tensoestruturas 
sugere formas abertas. Execução de lanternins do tipo chapéu, ventilação 
cruzada e redução das reflexões internas melhoram o desempenho desses 
espaços. Uma solução comum é criar o efeito chaminé, que, em razão da 
diferença de pressão do ar, provoca renovação contínua, favorecendo o 
conforto térmico. Mas, além de protegerem do sol e da chuva, as membranas, 
dotadas de transparência, permitem a passagem da luz natural, de maneira 
difusa, promovendo um ambiente agradável com economia de energia. As 
membranas de poliéster/PVC conseguem coeficientes de transmissão de luz 
que variam de 3% a 20%. (ROCHA, 2011) 
Tendo esta manta como vedação da cobertura, o conforto térmico poderá ser 
alcançado de forma surpreendente, já que haverá ventilação cruzada no eixo Norte-Sul do 
projeto, sendo este, o melhor, pois segundo Brasil (2013), a ventilação no eixo Leste-Oeste 
prejudica a prática do esporte (futebol). 
2 – Iluminação lateral: dotado de grandes painéis envidraçados, todo o estádio terá 
iluminação lateral proveniente de pelo menos um lado (interno, vindo do campo de jogo, ou 
 
62 
 
externo), o que acarretará em um menor consumo de energia em determinados tipos de 
atividades ou horas do dia. 
3 – Placas fotovoltaicas: A cobertura do estádio terá em toda a sua fachada norte 
painéis fotovoltaicos que fornecerão energia limpa em grande escala. Como não há maneira de 
armazenar eletricidade no local, a energia gerada seria enviada para a concessionária local e 
desta maneira, descontaria o valor a ser pago durante a utilização do estádio. Esta maneira é a 
mesma utilizada no Estádio Governador Roberto Santos, mais conhecido como Estádio de 
Pituaçu, na Bahia. 
Com a criação desta pequena “fábrica de energia limpa”, Campos seria exemplo 
para diversas localidades e o que poderia ser o arranque para outras cidades seguirem o 
exemplo. 
Como exemplo a ser seguido, em 2014, o Estádio Governador Magalhães Pinto, 
mais conhecido como Mineirão, é um estádio de futebol localizado em Belo Horizonte, Minas 
Gerais e que adotou o sistema de geração de energia limpa. Na figura 45 é possível observar as 
placas fotovoltaicas em toda a extensão da cobertura do estádio. 
 
63 
 
Figura 45: Estádio do Mineirão como exemplo a ser seguido: energia limpa criada todo dia. 
 
Fonte: Minas Arena (2014). 
 
5.7 Campo de rugby 
O projeto do complexo contempla a implantação de um campo de rugby, tendo 
medidas oficiais, segundo Portal do Rugby (2013), 140 (cento e quarenta) metros de 
comprimento e 70 (setenta) metros de largura. O material do campo será em grama natural. 
Abaixo, na figura 46, perspectiva mostrando o campo de jogo do rugby e 
arquibancadas laterais para o público presente. 
 
64 
 
Figura 46: Campo de rugby com medidas oficiais. Ao fundo, ginásio coberto e estádio de futebol. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
5.8 Skate park 
Como proposta do projeto, o complexo esportivo contemplará ainda duas unidades 
de skate park, tendo em vista que o mesmo fora implantado para esquematização do projeto, 
sendo seu equipamento detalhado em um possível projeto básico. Ou seja, o skate park faz parte 
do projeto em nível de implantação, mas o projeto do skate park não faz parte deste trabalho 
final de graduação. 
Abaixo, na figura 47, esquematização do skate park. 
 
65 
 
Figura 47: Esquematização do skate park. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
5.9 Quadra poliesportiva 
A proposta para o projeto é implantar 3 quadras poliesportivas (com medidas de 24 
[vinte e quatro] metros de largura, por 44 [quarenta e quatro] metros de comprimento), com 
cobertura e vedação lateral em telhas de alumínio trapezoidal, além de bloco de apoio interno, 
contendo vestiários, sanitários e chuveiros para atender a duas equipes simultaneamente. 
Abaixo, na figura 48, vista externa das quadras e vestiários cobertos. Todo o piso 
da quadra será em piso flexível de poliuretano, sem juntas ou emendas, moldado no local com 
resinas autonivelantes de poliuretano, perfazendo uma espessura de aproximadamente de 
3,5mm, aplicado sobre base cimentada nivelada. 
 
66 
 
Figura 48: Vista externa do ginásio. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
A construção terá um total de 150 (cento e cinquenta) metros de comprimento, por 
50 (cinquenta) metros de largura. Haverá para cada quadra, arquibancadas para conforto do 
público presente (vide projeto em apêndices). 
 
5.10 Quadra de futebol de areia 
A quadra de futebol de areia implantada no projeto tem dimensões de 26 (vinte e 
seis) metros por 35 (trinta e cinco) metros, sendo esta a área de jogo. Seu tamanho total é de 30 
(trinta) metros de comprimento por 39 (trinta e nove) metros de largura, conforme 
recomendações da FIFA. 
Na figura 49, é possível observar as quadras de futebol de areia com o estádio ao 
fundo. 
 
67 
 
Figura 49: Quadras de Futebol de Areia 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
5.11 Quadra de vôlei de praia 
A proposta para a quadra de vôlei de areia é que sejam instaladas 6 (seis) unidades, 
tendo medidas de 12 (doze) metros de largura, por 20 (vinte) metros de comprimento, e área de 
jogo tendo 8 x 16 metros. 
 
5.12 Campo de futebol de sete (society) 
Foram projetados quatro campos de futebol de sete, ou conhecido como society. 
Tendo medidas de 34 (trinta e quatro) metros de largura por 49 (quarenta e nove) metros de 
comprimento, sendo sua área de jogo 25 x 45 metros, os campos estão dispostos a tal modo que 
o sol não dificulte as condições de jogo para nenhum dos usuários. 
As medidas utilizadas estão dentro dos padrões da Confederação Brasileira de 
Futebol 7 Society, segundo BRASIL (2008), respeitando assim, todas as dimensões propostas. 
Na figura 50, os campos vistos à frente do estádio. 
 
68 
 
Figura 50: Campo de futebol de sete. 
 
Fonte: Acervo pessoal. 
 
5.13 Pista de atletismo 
A pista de atletismo

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