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Fármacos na hematopoiese e imunomodulação

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1 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
Fármacos na hematopoiese e 
imunomodulação 
HEMATOPOIESE: “produção de células sanguíneas” 
IMUNOMODULAÇÃO: “uso de imunomoduladores, que 
são substâncias atuando no sistema imunológico na 
resposta contra microorganismos, produzindo células 
imunes” 
MEDULA ÓSSEA 
FUNÇÕES: realizar hematopoiese 
HEMATOPOIESE: origem de todas as células do sistema 
hematopoiético e imunológico 
 Geradas a partir de uma célula tronco 
hematopoiética (multipotente), dando origem 
a linhagem progenitora mieloide e linfoide, e 
consequentemente nas células que compõem 
o sangue: 
 Eritrócitos 
 Plaquetas (partícula do megacariócito, 
não é uma célula!) 
 Leucócitos circulantes e teciduais 
 Linfócitos 
 A principal célula produzida na MO em número 
é o eritrócito 
 Função de carregar O2 do pulmão até 
os tecidos, que está dentro do 
complexo da molécula Hb 
 Chegando nos tecidos ele entrega o O2 
(se for no músculo entrega para a 
mioglobina) 
FERRO 
Importante para o transporte do O2 para os tecidos e 
estoque do O2 nos músculos (mioglobina) 
 O ferro (Fe) é um dos principais fármacos 
usados na hematopoiese 
 Ferro faz parte do agrupamento Heme 
para que o O2 seja carreado 
 Se a quantidade de Fe na dieta não for 
suficiente ou estiver perdendo Fe = não haverá 
Fe em quantidade suficiente para compor o 
agrupamento HEME (parte porfirina que existe 
dentro da molécula Hb e mioglobina, que 
carrega o O2) = Assim, o ferro é essencial 
dentro desse processo para o O2 ser 
transportado 
 Lembrar que o CO2 não é 
primariamente transportando pela Hb, 
pois a maior parte do CO2 é 
transportado dissolvido no tampão-
bicarbonato 
 ONDE PRECISA DE FERRO NO CORPO? 
• Hemoglobina (eritrócitos) – maior parte do Fe, para 
distribuição nos tecidos 
• Mioglobina (músculos) – reserva de O2 para força 
muscular 
• Enzimas (fígado e tecidos) – processos enzimáticos 
• Transferrina (plasma e líquido extracelular) – forma 
intermediária de transporte de Fe 
• Ferritina e hemossiderina (fígado, baço, MO) - forma 
intermediária de transporte de Fe 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
 POR ONDE CONSEGUIMOS O FERRO? 
• TURNOVER DO FERRO: A taxa de absorção do ferro 
diária é baixa (1-2mg), por isso ele é reabsorvido, 
através de um ciclo (turnover) 
• Absorção através de: 
 Dieta 
 Suplementação (sulfato ferroso ou dieta) 
 SUPLEMENTAÇÃO DE FERRO 
GESTAÇÃO: há um metabolismo super ativo, assim, 
necessidade de mais enzimas e mais Hb para cumprir a 
carga metabólica da gestação 
CRIANÇAS DE 3/6 MESES ATÉ 2 ANOS: nessa idade 
começam a acabar os estoques de Fe do cordão 
umbilical, assim, se faz necessário a suplementação 
ANEMIA FERROPRIVA: somente a anemia ferropriva 
necessita de suplementação de Fe, e não todos os 
tipos. Mas, quando pensar em anemia ferropriva? 
 Aumento de necessidade (gestante e crianças) 
 Perda de sangue 
 ↓ da ingesta e absorção inadequada (idosos) 
 Déficit de utilização do ferro 
 TTO DA ANEMIA FERROPRIVA 
1) SUPLEMENTAR O FERRO 
 sulfato ferroso / ferro oral 
 ferro IV 
2) SUPLEMENTAR COM SANGUE - TRANSFUSÃO DE 
SANGUE (em caso de perda de sangue em 
acidentes) 
3) USAR EPO (ERITROPOIETINA) → fármaco induz / 
sinaliza para a MO a ↑ a produção de hemácias, 
mas precisa da quantidade correta de Fe pra 
funcionar 
OBS: Devido ao turnover do ferro → a forma oral do 
ferro é de difícil absorção, por isso a prescrição da 
forma IV 
 Alimentação ácida facilita absorção as vezes 
REPOSIÇÃO DO FERRO 
 REPOSIÇÃO ORAL 
• Sulfato ferroso (20% Fe elementar) 
• Hidróxido de Ferro III polimaltosado (30% Fe 
elementar) 
 Forma de complexar o ferro diferente, 
permitindo que tenha uma absorção 
melhor 
• Ferro quelato glicinato (20% Fe elementar) 
• Ferrocarbonila (33% Fe elementar) 
 
 
 REPOSIÇÃO PARENTERAL 
• Administração parenteral: solução IV e IM 
• Infusão lenta para evitar flebite 
• Necessita diluir 
• Indicada em: situações clínicas que o paciente 
não pode usar VO (por conta de náuseas, 
hemorragia gástrica, vômitos frequentes em 
pacientes oncológicos, capacidade de deglutir 
diminuída) ou devido à baixa absorção 
SOLUÇÃO INTRAVENOSA: complexo coloidal de 
sacarato de hidróxido de ferro III 
 Apresentação: 2500 mg/5 mL (100 mg de Fe 
elementar) por ampola 
 Dose: mL de solução parenteral – 0,0442 (Hb 
desejada – Hb observada) x peso magro + (0.26 
x peso corporal magro) 
 
3 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
 Posologia: diluir duas ampolas em 200 mL de 
solução fisiológica e administrar IV, em 2 
horas, até 2 vezes por semana 
SOLUÇÃO INTRAMUSCULAR: complexo de hidróxido 
de ferro III polimaltosado 
 Apresentação: 330 mg/2 mL (100 mg de Fe 
elementar) por ampola 
 Dose: mL de solução parenteral – 0,0442 (Hb 
desejada – Hb observada) x peso magro + (0.26 
x peso corporal magro) 
 Posologia: administrar IM, sempre no glúteo, 
por técnica de aplicação em Z, intramuscular 
profundo. Dose máxima diária: 
o Crianças até 5 Kg = 0,5 mL 
o Crianças de 5-10 Kg = 1 mL 
o Adultos = 4 mL ou habitualmente uma 
ampola a cada 2 dias ou uma – duas 
ampolas a intervalos maiores 
REPOSIÇÃO DE SUBSTÂNCIAS / HORMÔNIOS 
BIOFÁRMACO / MEDICAMENTO BIOLÓGICO = precisam de 
um organismo vivo para serem produzidos → 
camundongo (anticorpo monoclonal), cultura de 
células, bactéria 
 
 
 
 
 
 
ERITROPOIETINA 
ERITROPOIETINA (EPO): hormônio produzido 
fisiologicamente que indica / estimula a MO que 
precisa ↑ produção de hemácias e eritrócitos = ↑ 
transporte de oxigênio 
 Aumenta síntese de eritrócitos = ↑ viscosidade 
do sangue = hipertensão, risco de derrame e crise 
cardíaca aguda 
o Indicado seu uso quando há ↓ do 
hematócrito: perda sanguínea e CA de 
medula óssea 
 Meia vida curta – detecção difícil (não pega no 
doping) 
 Usado para ↑ resistência esportiva = uso ilícito 
(doping) 
 Em locais de alta altitude (baixa pressão 
atmosférica de oxigênio) ocorre a produção de EPO = 
↑ capacidade oxigenativa 
PRODUÇÃO DA EPO 
 É um biofármaco = medicamento biológico que 
utiliza uma bactéria (E.coli) para ser produzido = usa o 
gene de produção da EPO, coloca dentro da bactéria, é 
produzido a cadeia de aminoácidos e ocorre as 
modificações pós-transcrisionais: glicolisação 
 Sofre uma Glicolisação do tipo N e tipo O 
EPO nativa: meia vida curta de 8,5 h 
EPO aranesp (medicamento): meia vida longa de 25,3 
h 
OBS: a indústria farmacêutica faz com que tenha maior 
meia vida através de 2 sítios de N-glicosilação extras = 
aranesp 
 1ª GERAÇÃO 
▪ Proteínas com idêntica sequência de aminoácidos. 
▪ Voltadas para a reposição ou aumento do nível de 
proteínas endógenas 
 2ª GERAÇÃO 
▪ Fração crescente dos biofármacos aprovados 
recentemente (engenharia de proteínas → 
propriedades terapêuticas endógenas) 
 Geração de um produto de ação mais rápida ou 
mais lenta 
 Alteração do tempo de meia vida do produto 
 Alteração da imunogenicidade do produto 
 Desenvolvimento de proteínas terapêuticas 
híbridas 
 
 
 
 
 
 
 
OUTRAS REPOSIÇÕES 
Vitamina B12 e Folato 
Auxiliam nos processos metabólicos → mediadores 
importantes (interferem na hematopoese porque são 
usados em células de crescimento rápido) 
 
4 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
IMUNOMODULAÇÃO 
 
IMUNOMODULADORES: interferem na resposta imune 
modificando o curso das doenças. Fármacos 
estimuladores (imunoestimulantes) e fármacos 
supressores (imunossupressores) do sistema imune 
 Modular: pode regular para cima ou para baixo 
(imunossupressão ou imunoestimulação) 
 A quantidade de imunossupressores é bem 
maior que a de imunoestimulantes 
RESPOSTA IMUNOLÓGICA: faz partedo controle de 
homeostase 
 Se estiver tudo bem = linha central horizontal 
 Resposta imunológica excessiva: alergia, 
doenças auto-imunes, tumores linfoides → uso de 
imunossupressor (antialérgicos, corticoides) 
▪ Responde a coisas que não são 
imunogênicas, como sendo (pólen, pelo de 
gato e próprias células) 
 Resposta imune defeituosa: maior 
suscetibilidade a infecções, câncer → uso de 
imunoestimulante 
▪ Não vai ter os LTCD8+ sentinelas para 
proteger contra o câncer 
OBS: clinicamente é mais comum o uso de 
imunossupressor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Imunossupressores 
APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS: 
 Transplante de órgãos e tecidos: renal, 
cardíaco, hepático e pancreático 
 Doenças autoimunes: artrite reumatoide, 
psoríase grave, uveíte, miastenia gravis, 
síndrome nefrótica e glomerulonefrite 
OBS: Existem 3 modalidades de transplante de órgão 
sólido: 
 Auto-transplante: tecido do próprio paciente 
 Transplante alogênico: órgão / tecido de outro 
paciente, da mesma espécie 
 Xenotransplante: órgão de outra espécie 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CLASSES DE IMUNOSSUPRESSORES 
• Glicocorticoides: Prednisolona 
• Inibidores da calcineurina: Ciclosporina, Tacrolimus 
• Anti-proliferativos: Sirolimo 
• Antimetabólicos: Azatioprina, Leflunomide, Áido 
micofenólico, Metotrexato 
• Imunobiológicos (biofármacos): Muromonab-CD3, 
Basiliximabe e Daclizumabe 
AZATIOPRINA (AZA) 
• Primeiro fármaco imunossupressor usado com 
sucesso para transplante 
 Principais usos: transplantes, doenças 
autoimunes (artrite reumatoide, LES) 
• É um pró-fármaco, análogo 
da purina, que reage de forma 
não-enzimática com 
compostos sulfidrílicos, como 
a glutationa → formando a 6-
mercaptopurina 
 Entra dentro da rota de 
produção de purinas, 
IMUNOSSUPRESSORES 
• Glicocorticoides 
• Inibidores da calcineurina 
• Antiproliferativos 
• Antimetabólicos 
• Imunobiológicos (biofármacos) 
IMUNOESTIMULANTES 
• BCG 
• Interferons 
• Interleucina-2 (aldesleukin) 
• Imunoglobulina 
• Filgrastim 
 
5 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
necessárias para a produção de DNA/RNA 
 Entretanto, não há os nucleotídeos corretos 
para a síntese = sem material genético 
• MECANISMO DE AÇÃO: inibe a produção de purinas 
→ não há produção de DNA/RNA, que são essenciais 
para as células de crescimento rápido (medula óssea) 
→ célula da resposta imune não consegue se 
proliferar → prejuízo do metabolismo (diminuição na 
produção de leucócitos e mediadores inflamatórios) 
 Por isso a azatioprina é antimetabólico 
• EFEITOS ADVERSOS: supressão de medula óssea, 
hepatotoxicidade 
• FARMACOCINÉTICA: a azatioprina precisa de uma 
enzima XO (xantina oxidase) para conseguir ser 
metabolizada. Assim, é essencial para a síntese de 
nucleotídeos de purina 
 A xantina oxidase é a enzima que produz o 
ácido úrico também! 
 
 
 
 
 
OBS: O uso combinado de azatioprina (antimetabólico) 
e prednisona (corticoide) foi a base de esquema 
imunossupressor em 1960-1983 
INIBIDORES DA CALCINEURINA (ICN) 
CICLOSPORINA: polipeptídeo cíclico 
 Menos ativa = menos potente 
TACROLIMO: mais ativo 100x que a ciclosporina, mas a 
toxicidade é maior 
• MECANISMO DE AÇÃO: ligam-se a imunofilinas 
específicas presentes nos linfócitos T = ↓ IL-2 
 Ciclosporina (CsA): se liga à ciclofilina 
 Tacrolimus: se liga à proteína FK 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Calcineurina: molécula necessária dentro do linfócito T 
para produção de IL-2 
Assim, eles se ligam às imunofilinas específicas do 
linfócito T → interferem na via de sinalização 
intracelular → impedem a ativação da calcineurina (fica 
inativada) → não há modulação / expressão gênica da 
citocina IL-2 → ↓ IL-2 = ↓ linfócito T = ↓ resposta 
imune 
 IL-2 é essencial para manter os linfócitos T 
estimulados e ativos (modulação autócrina), 
evitando a apoptose 
 Lembrando das funções dos linfócitos T: 
o TCD4+ = faz padrão Th1 
▪ Se diferenciam em linfócitos 
auxiliares (T helper), e auxiliam 
processos da resposta 
imunológica = produção de 
anticorpos, liberação de citocinas 
que aumentam a resposta imune.. 
o TCD8+ = faz padrão Th2 
▪ Dá origem ao linfócito citotóxico, 
librando substâncias químicas que 
matam células 
• FARMACOCINÉTICA: 
 Absorção da ciclosporina e do tacrolimo é 
variável e incompleta, com biodisponibilidade que 
varia entre 4% e 89%, sendo em média de 20-25% 
 Cmáx de ciclosporina é alcançada em 1-4 hrs e 
circula ligada a proteínas plasmáticas, linfócitos e 
hemácias 
 A ciclosporina sofre metabolização hepática 
(CYP3A), resultando em mais de 15 metabólitos 
 Excreção hepática (biliar pelas fezes); somente 
cerca de 6% é excretado por via renal 
OBS: Monitoramento farmacocinético na 
imunossupressão 
 atenção para o transplante renal, pois ao 
mesmo tempo que eu dou o medicamento 
para evitar rejeição, ele possui 
nefrotoxicidade 
 
6 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
 observar a janela terapêutica → a dose 
deverá ser entre 150 e 400 para evitar rejeição 
e nefrotoxicidade, nesse caso da CsA da 
imagem 
 Concentrações elevadas de CsA e tacrolimo 
durante os primeiros 30 dias reduz marcadamente a 
incidência de rejeição aguda 
 CICLOSPORINA: 
• < 150ng/mL = rejeição 
• > 400ng/mL = toxicidade 
 TACROLIMO: 
• < 5ng/mL = rejeição 
• > 15ng/mL = toxicidade 
• INTERAÇÃO COM OUTRAS DROGAS: 
 Clearance é aumentado quando 
administrados em conjunto com indutores da 
CYP450 (fenobarbital, Fenitoína, rifampicina) 
o Vai ter mais excreção dos 
medicamentos = ↓ efeito pelas 
concentrações não ideais 
o Se não monitorado pode levar à 
rejeição 
 Clearance é diminuído quando administrados 
em conjunto com inibidores da CYP450 
(eritromicina e cetoconazol) 
o Vai ter menos excreção dos 
medicamentos = ↑ efeito pelas 
concentrações mais do que as ideais 
o Pode levar à toxicidade 
• EFEITOS ADVERSOS: 
 Nefrotoxicidade (↑ tacrolimo) 
 Neurotoxicidade (↑ tacrolimo) 
 Hipertensão 
 Hiperplasia gengival (somente CsA) 
 Suscetibilidade a infecções 
• USOS TERAPÊUTICOS: 
 Psoríase (lesões de pele regridem muito!) 
o Hipersensibilidade tipo IV, muito 
dependente de linfócitos T 
 Uveíte 
 Síndrome nefrótica 
 Artrite reumatoide 
 Glomerulonefrite 
 DM tipo I 
 Rejeição de órgãos sólidos transplantados 
 
 
SIROLIMO (RAPAMICINA) 
É um antiproliferativo → apresenta sinergismo potente 
quando associada a outros imunossupressores 
(ciclosporina, pois inibe pontos diferentes da via 
• MECANISMO DE AÇÃO: liga-se a uma imunofilinas da 
família FK, mas não inibe a calcineurina 
 Inibe a enzima mTOR, uma serina-treonina, 
que é crítica da sinalização da IL-2 → inibe a 
proliferação e diferenciação dos linfócitos T 
 Mesmo que seja produzida a IL-2 e se ligue ao 
receptor, ela não consegue realizar as vias de 
sinalização intracelular = impede proliferação 
 
• USO TERAPÊUTICO: rejeição aguda à transplantes de 
órgãos sólidos (renal e cardíaco) 
 Ação sinérgica com a ciclosporina 
• FARMACOCINÉTICA: 
 Baixa absorção oral 
 Meia vida longa (60hrs) 
 Metabolismo hepático pela CYP450 
o Interação com drogas é similar aos 
inibidores da calcineurina 
• EFEITOS ADVERSOS: 
 Trombocitopenia 
 Leucopenia 
 Hiperlipidemia (↑colesterol e TGL) 
 Disfunção do TGI 
 Hepatotoxicidade 
 Baixa toxicidade renal → escolha para tx renal 
 
 
 
 
 
 
7 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
 
 
 
 
 
 
 
 
LIGANTES DE IMUNOFILINAS 
(SIROLIMO, CICLOSPORINA E TACROLIMO) 
X 
ANTIMETABÓLICOS 
(AZATIOPRINA, LEFLUNOMIDE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBS: É necessário a apresentação antigênica para a célula T 
naive (T virgem) → sofre um sinal de ativação pela liberação 
de IL-2 → expansão clonal (formação de vários clones a partir 
de uma célula ativada) 
 Todos os ligantes de imunofilinas (ciclosporina,tacrolimo e sirolimo) se ligam e impedem que o 
linfócito T receba o sinal para a expansão clonal. 
 Já os antimetabólicos (azatioprina, leflunomide, 
metotrexato e micofenolato) impedem que a 
proliferação celular ocorra por falta de oferta 
suficiente de bases nitrogenadas para conseguir 
fazer a duplicação de DNA. 
o Atuam no ciclo celular 
o Substrato falso na síntese de DNA 
(possuem característica química similar à 
base nitrogenada endógena) = produzem 
um nucleotídeo errado = não prolifera 
 
 
 
 
IMUNOBIOLÓGICOS (BIOFÁRMACOS) 
ANTICORPOS MONOCLONAIS 
São anticorpos produzidos através de um único clone 
de linfócito B em camundongo→ reconhecem apenas 
um antígeno 
São obtidos através dos camundongos (murino) e é 
usado engenharia genética para transformar a 
molécula mais humano → observar os sufixos dos 
medicamentos 
➔ -omab → Murino (0% humano) 
➔ -ximab → Quimérico (65% humano) 
➔ -zumab → Humanizado (>90% humano) 
➔ -umab → “Fully human” (100% humano) 
 
 
 
 
 
 
 
POTENCIAL IMUNOGÊNICO: sistema imune do 
paciente olha a proteína e identifica como non-self e 
monta uma resposta para aquela situação 
 Vai diminuindo quanto mais a molécula for 
humana 
REGIÃO FAB: é as duas pontas do “Y” do anticorpo 
monoclonal. Se ligam especificamente ao alvo, e por 
conta de ser muito grande a molécula, a molécula 
perde a conformação espacial, resultando em 
neutralização → por isso o anticorpo monoclonal é 
ferramenta fundamental para a terapia e 
desenvolvimento da ciência em geral 
MUROMONAB – CD3 
(OKT-3) 
Anticorpo monoclonal murino dirigido contra o 
antígeno CD3 de células T humanas 
• MECANISMO DE AÇÃO: liga-se especificamente ao 
complexo CD3 na superfície dos linfócitos → impede 
o complexo fundamental para o reconhecimento da 
célula apresentadora de antígeno → a célula não é 
reconhecida → não ocorre ativação dos linfócitos T → 
rápida remoção dos linfócitos T da circulação 
 
8 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
 O muromonab é uma molécula grande, e 
quando ele se liga ao CD3, ele ocupa o espaço 
→ células (linfócitos T) removidas da circulação 
• INDICAÇÕES: 
 Rejeição aguda a transplantes (renal, cardíaco, 
hepático) 
 Efeito na rejeição aguda resistente a 
glicocorticoides 
• FARMACOCINÉTICA: 
 O metabolismo do OKT-3 não está claro → 
provavelmente é removido pelos macrófagos 
por ativação da fagocitose quando ligado aos 
linfócitos (opsonização) 
 Aproximadamente 85% dos pacientes tratados 
com OKT-3 desenvolvem anticorpos humanos 
reativos anti-murino que, com o tempo, 
podem levam à taquifilaxia e neutralização do 
OKT-3 
• EFEITOS ADVERSOS: 
 Síndrome aguda clínica conhecida como 
Síndrome da Liberação de Citocinas (SLC) 
o Sintomas semelhantes aos da gripe, 
incluindo febre, tremores, dor de 
cabeça, náusea, vômitos, artralgia, 
fraqueza muscular e mialgia. 
 
 
 
 
OBS: CD = “cluster of diferenciation” = célula de 
diferenciação = proteína presente em células da 
resposta imunológica, servindo para diferenciação 
 Toda célula T é CD3 +, assim, tem essa 
molécula na sua membrana, favorecendo a 
sinalização para a APC 
 CD3 é uma molécula que está junto com o 
complexo correceptor-TCR → importante para 
o linfócito T consiga reconhecer a célula APC 
BASILIXIMAB E DACLIZUMAB 
São anticorpos monoclonais dirigidos contra o 
receptor da IL-2 (CD25) de células T humanas 
➔ BASILIXIMAB é um anticorpo quimérico com 
constituição proteica 25% murina e 75% humana 
➔ DACLIZUMAB é um anticorpo humanizado com 
constituição proteica de 90% humana (mais caro) 
• MECANISMO DE AÇÃO: ligam-se especificamente à 
porção alfa do complexo D25, na superfície dos 
linfócitos ativados, bloqueado a sinalização da IL-2 
 Impede que a IL-2 se ligue 
• FARMACOCINÉTICA: 
 Administração por via IV 
 Meia vida longa 
o Basiliximab: 7 dias 
o Daclizumab: 20 dias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 FARMACOLOGIA 6ª ETAPA – M2 EDUELY TURBINO 
Imunoestimulantes 
 
FILGASTRIN 
(GRANULOKINE, FIPRIMA) 
Produz o G-CSF (fator estimulador de colônias de 
granulócitos humanos) 
G-CSF: lá na medula óssea, necessita de um “sinal” para 
saber qual leucócito ela vai produzir, quando e como. 
Por isso, existem vários fatores de estimulação para 
isso, e um deles é o G-CSF, que possui inúmeras ações 
na resposta imunológica: 
 Mobilização de células T dendríticas 
 Mobilização de células T regulatórias 
 Indução de células APC 
 Aumentar neutrófilos (o mais importante, 
nesse caso) 
o Avisa a MO para produzir mais 
neutrófilos, pois está com pouco 
o Usado para reduzir a neutropenia e 
diminuir a incidência de neutropenia 
em pacientes de QT (quimioterapia) 
• É um biofármaco = usa o gene na E. coli, realizando a 
produção da proteína G-CSF (fator estimulador de 
colônias de granulócitos humanos) 
• Redução da duração da neutropenia e da incidência 
da neutropenia febril nos pacientes com neoplasias 
não-mieloides tratados com quimioterapia citotóxica 
• Redução da duração da neutropenia e suas sequelas 
clínicas em pacientes submetidos à terapia 
mieloablativa, seguida de transplante de medula 
óssea 
OBS: Primeiro medicamento biossimilar totalmente 
desenvolvido no país (fiprima) 
 
LEVAMISOL 
• Ascaricida (usado para tratar Ascaris) que também 
tem a capacidade de restaurar a função imune 
deprimida de células B, células T, macrófagos e 
monócitos 
• Adjuvante do tratamento com fluorouracil 
(antimetabólico) após ressecação cirúrgica de 
paciente com câncer de cólon 
BCG (BACILO DE CALMETTE E GUÉRIN) 
Mycobacterium bovis atenuado através do método de 
Calmette e Guérin 
• BCG estimula o sistema imunológico contra tumores 
neoplásicos por mecanismo ainda desconhecido 
• Profilaxia do carcinoma de bexiga urinária 
• Gera reações de hipersensibilidade 
INTERFERONS RECOMBINANTES 
• Interferons (, , ) 
 Interferon-: é uma citocina fundamental para 
que tenha um padrão de resposta de linfócitos 
T auxiliares (padrão Th1) 
• Antivirais (principalmente hepatite viral) 
• Inibição da proliferação celular, aumento da 
fagocitose por macrófagos e aumento da 
citotoxicidade por linfócitos T 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERLEUCINA-2 RECOMBINANTE HUMANA 
(ALDESLEUKIN) 
• Imunidade celular com linfocitose, eosinofilia, 
trombocitopenia e liberação de outras citocinas (TNF, 
IL-1, interferon-1) 
• Tratamento do carcinoma de células renais com 
metástase e melanoma 
• Resulta em: reações cardiovasculares adversas e 
aumento de risco de infecções graves devidas a 
prejuízo da função dos neutrófilos

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