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PROENEM.COM.BR
2121
REDAÇÕES
NOTA 10001000
2 PROENEM.COM.BR
SUMÁRIO
O combate ao analfabetismo no Brasil01
Pessoas em situação de rua no Brasil05
Obesidade infantil no Brasil03
Desafio da doação de sangue no Brasil07
Desafios para a formação educacional dos alunos 
compreendidos no espectro autista02
Adoção tardia no Brasil06
Combate ao suicídio entre jovens04
O combate ao uso excessivo de plástico na 
sociedade brasileira08
A inclusão dos deficientes físicos na sociedade 
brasileira09
Os desafios do uso da vacina no Brasil10
Clique no tema desejado. 
3 PROENEM.COM.BR
SUMÁRIO
O aumento da obesidade populacional no Brasil 11
Desastres ambientais no Brasil: impactos naturais e sociais 15
Mudança climática e produções de alimentos na 
sociedade brasileira 13
Doação de órgãos no Brasil 17
A educação tecnológica em questão no Brasil12
Crise hídrica no Brasil16
Preservação da vida marinha no Brasil 14
Insegurança alimentar no Brasil 18
Fake science: o desafio de conviver com falsas 
informações científicas 19
Vício em jogos eletrônicos 20
Violência contra idosos na sociedade brasileira21
1 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
TEMA
O combate ao analfabetismo no Brasil
Estima-se que, no mundo, haja atualmente mais de 750 milhões de jovens e adultos 
que não sabem ler e escrever. Especificamente, no Brasil, o número de analfabetos 
é alarmante e revela o agravamento de um cenário de preconceito. Isso se evidencia 
não só pelo descumprimento da responsabilidade constitucional com a educação 
como também pela direta relação com desigualdades sociais históricas.
Diante desse cenário, é relevante destacar a ineficiência do Estado como fator 
fundamental para o agravamento dos índices de letramento e alfabetização. 
Atualmente, o panorama de corte de verbas, o baixo investimento em pesquisa e a 
ausência de políticas educacionais mais concretas permitem que o Brasil apresente 
uma população analfabeta superior a 10 milhões de pessoas, o que afronta diretamente 
a previsão, presente na Constituição, de acesso à educação de qualidade a todos os 
cidadãos. É, pois, inaceitável que, apesar de membro da ONU, o Brasil descumpra tão 
profundamente suas metas de desenvolvimento humano e educacional para 2030.
Além disso, o desrespeito às minorias compõe a atual situação de déficit 
educacional brasileiro. De acordo com pesquisa publicada pelo IBGE, mulheres, idosos, 
nordestinos, negros e pardos representam maioria nos índices de analfabetismo, fator 
que corrobora preconceitos históricos em nossa sociedade. Lê-se, portanto, como 
nociva a percepção de que um país signatário da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos não seja capaz de garantir a democratização do ensino em todos os seus 
grupos sociais.
Portanto, Ministério da Educação deve criar campanhas de alfabetização com foco 
específico, sobretudo, nas minorias mais atingidas, por meio de parcerias público-
privadas, com materiais, profissionais e métodos de ensino capazes de atingir esses 
grupos. Espera-se, com isso, diminuir o analfabetismo no Brasil e tornar a teoria 
constitucional uma prática em nossos dias.
01
2 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
De acordo com a convenção da ONU sobre os direitos da pessoa com deficiência, 
a esse educando deve-se garantir a participação efetiva, sem discriminação e com 
igualdade de oportunidades. No Brasil, entretanto, a formação educacional dos alunos 
compreendidos no espectro autista enfrenta muitos desafios. Entre eles, destacam-
se não só o preconceito de muitas famílias como o despreparo da maior parte das 
instituições de ensino para atendê-los.
A partir desse contexto, é possível destacar a omissão de alguns responsáveis 
como grave ameaça ao desenvolvimento social de seus próprios filhos. De acordo 
com o jornal O Globo, no Rio de Janeiro, por exemplo, metade das crianças autistas 
está fora da escola, fator que conta com a irresponsabilidade, com o medo e, muitas 
vezes, com posicionamento dos pais de preservá-los do convívio em sociedade, o que 
seria tão benéfico ao deficiente. Desse modo, é inaceitável que a família - primeira 
instituição responsável pela proteção ao cidadão - permita-se, em muitos casos, pôr-
se contra sua inclusão educacional.
Ademais, a ausência de estrutura e equipe capacitada nas escolas para receber alunos 
com TEA representa outro importante desafio a ser superado. Se por um lado, a Justiça 
proíbe que colégios se recusem a aceitar esse grupo como estudante; por outro, poucos 
dispõem de cuidados, professores, pedagogos e demais profissionais com formação e 
espaço de atuação que os atenda de forma satisfatória e a preço acessível. Esse cenário 
alarmante afronta diretamente a lei 7.611/2011, a qual prevê educação e atendimento 
especializado ao autista, fatores que se agravam com a desigualdade social.
Portanto, o governo federal deve tornar mais rígidas as punições a famílias e escolas 
que negligenciam a educação da população autista, por meio de leis que estabeleçam 
metas como frequência, cursos de formação tanto quanto atendimento especializado e 
custeado pelo Estado. Espera-se, com isso, promover a formação desses cidadãos mais 
vulneráveis e tornar realidade outras leis já existentes de proteção à pessoa com TEA.
TEMA
Desafios para a formação educacional dos 
alunos compreendidos no espectro autista02
3 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
O documentário "Muito além do peso" compara a obesidade infantil a uma 
perigosa pandemia, haja vista sua letalidade ou prejuízo para qualidade de vida. No 
Brasil, o combate a essa doença ainda é lento, o que representa um desafio tanto à 
saúde física quanto psicológica. Nesse sentido, convém analisarmos as principais 
causas, consequências e possível medida relacionada ao fenômeno abordado nessa 
obra de 2012.
A partir desse contexto, é possível destacar o estilo de vida moderno de muitas 
famílias como relevante fator relacionado ao sobrepeso entre crianças. De acordo 
com publicação da Fiocruz, hábitos alimentares pesados, sedentarismo e problemas 
de convívio familiar representam alguns dos principais motivadores da doença, 
uma conjuntura que envolve, sobretudo, a decisão e o contexto de vida dos pais. 
É, portanto, alarmante a contribuição negativa das pessoas mais próximas para o 
prejuízo à saúde infantil em nossa sociedade.
Ademais, são inúmeros os legados da obesidade não só quando criança como 
também após seu desenvolvimento. Segundo a Revista de Pesquisa Óssea e 
Mineral, meninos e meninas com sobrepeso apresentam maior risco de acidentes 
cardiovasculares e fraturas. Essa informação, comparada aos dados da Fiocruz de que 
80% dos adolescentes obesos continuam assim na fase adulta, configura um inaceitável 
panorama negligenciado, inclusive, pelo poder público.
Desse modo, o Ministério da Saúde deve educar melhor as famílias sobre os danos 
da obesidade, por meio de campanhas desenvolvidas na mídia e nas escolas, com 
instruções médicas bem como números reais e atualizados sobre o problema. O 
objetivo dessa medida é preservar a integridade das crianças e combater, de forma 
eficaz, a grave pandemia denunciada no documentário.
TEMA
Obesidade infantil no Brasil03
4 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, o suicídio é a terceira maior causa 
de morte entre os jovens brasileiros. O fenômeno é crescente, atinge vários setores da 
sociedade e, em muitos casos, envolve posturas negligentes em nosso tecido social. Sob 
esse aspecto, convém analisarmos a inobservância tanto das condições psicológicas das 
vítimas - o que inclui as crianças - quanto da lei como fatores que contribuem para o 
agravamento dessa situação.
Frente a essa conjuntura, é possível entender a falta de informação de muitas famílias 
para lidar com os transtornos de seus filhos como um perigoso agravante. Segundo o 
psiquiatra Rodrigo de Almeida Ramos, 90% dos suicidas sofriam de problemas como 
depressão; entretanto alguns familiaressó percebem a doença mental tardiamente. 
Desse modo, é inaceitável que a sociedade negue a devida atenção a seus jovens e 
crianças, um dos grupos mais atingidos diante desse desafio.
Além disso, o descumprimento da lei agrava as consequências da depressão, o que 
pode culminar em morte. Apesar de, em 2019, ter sido sancionada a norma específica 
que pune a incitação à automutilação e ao suicídio, os casos de bullying presencial ou 
virtual ainda são frequentes, sobretudo no contexto escolar. É, pois, contraditório que 
as instituições de ensino, maiores responsáveis pela formação cidadã dos mais novos, 
possa representar também uma grave ameaça a esse grupo tão vulnerável.
Portanto, o governo federal deve criar uma orientação especializada para escolas e 
famílias, por meio de campanhas presenciais e veiculadas pela mídia, com explicações 
que ajudem a identificar a depressão e prevenir situações que levem ao suicídio. 
Espera-se, com isso, garantir não só a preservação como a qualidade de vida de 
crianças e jovens tanto quanto contornar os tristes dados apresentados pela OMS.
TEMA
Combate ao suicídio entre jovens 
e crianças no Brasil04
5 PROENEM.COM.BR
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A Constituição Federal brasileira, promulgada em 1988, prevê a todo cidadão o 
pleno direito à dignidade humana, à moradia e ao bem-estar social. Em oposição 
a esse estatuto, o Brasil tem apresentado um número cada vez maior de pessoas 
em situação de rua, fenômeno que revela o grave descaso em relação a esse grupo 
socialmente vulnerável. Nesse sentido, convém analisarmos as principais causas de 
tão nociva situação.
Diante desse cenário, cabe destacar fatores históricos como a colonização do 
Brasil e as cruéis condições da Abolição da Escravatura como graves motivadores 
para o problema. Sob esse aspecto, o modelo colonialista do século XVI, aliado ao 
abolicionismo perverso, sem caminhos de reinserção social para os ex-escravizados 
no século XIX, provocou um panorama de exclusão que contabiliza hoje pardos e 
negros como maioria entre os pobres sem moradia. É, portanto, nociva a percepção 
de que, mesmo após 520 anos do início do período colonial e 132 anos após o fim 
do cruel regime escravocrata no país, nossa sociedade ainda conviva com seu triste 
legado de abandono.
Outrossim, uso de droga e os transtornos mentais compõem a realidade da maioria 
das pessoas em situação de rua. De acordo com publicação do Jornal O Estadão, 
além de se tratar de uma questão social de urbanização, o problema envolve fatores 
relacionados à saúde, pois a drogadição dessas pessoas causa não só dependência 
como sequelas psicológicas. Assim, é contraditório que um país signatário da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos não garanta condições básicas de 
existência à sua nação.
Desse modo, o Ministério da Cidadania, por meio de parceria com o Ministério da Saúde, 
deve destinar a estados e municípios tanto recursos quanto modelos de atendimento e 
acolhimento, para que, em conjunto, consigam diminuir o alto índice populacional em 
situação de rua. Espera-se, com isso, tornar as prescrições da Constituição Cidadã uma 
realidade que atinja a todos, independentemente da classe social e, consequentemente, 
ressocializar os indivíduos em condição de abandono.
TEMA
Pessoas em situação de rua no Brasil05
6 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
O artigo 19 do ECA prevê que toda criança seja criada por sua família ou uma 
substituta. No Brasil, entretanto, esse direito apresenta-se como uma realidade 
distante a uma parcela significativa de menores com mais idade. Isso se deve não só 
ao preconceito de muitos pais, mas também à burocracia implicada no processo de 
adoção no país.
Frente a esse conceito, faz-se necessário analisar o tipo de exigência dos pretensos 
pais que se inscrevem para o processo. Apesar de o número de pessoas interessadas 
em formar família por meio desse acolhimento ser bem maior do que a quantidade de 
crianças disponíveis em orfanatos no Brasil, cerca de 20% dos adotantes cadastrados 
querem crianças brancas e quase 80% deles só as aceitam com menos de 5 anos 
de idade, segundo o Portal de Conteúdo Jurídico. Evidencia-se, portanto, um cenário 
cruel de exclusão à maior parte da fila de espera por um lar, especialmente composta 
por negros e pardos, uma situação que se torna ainda mais grave, em se tratando dos 
deficientes e dos mais velhos.
Ademais, os trâmites legais impostos em muitas cidades representam também 
um perigoso entrave nesse sentido pois atrasam o processo enquanto as crianças 
adquirem mais idade. De acordo com Tânia da Silva Pereira, advogada e presidente 
da Comissão de Infância e Adolescência do Instituto Federal de Direitos da Família, 
a análise pessoal, a fila de espera e as exigências judiciais adiam por anos o direito 
de crianças que vivem em abrigos a terem um novo lar como consta na Constituição 
Federal. Lê-se, pois, como nociva a contribuição contra as garantias constitucionais 
de proteção familiar, sobretudo às crianças mais velhas.
Desse modo, o governo federal deve tornar mais célere os processos de adoção 
- principalmente a tardia - no Brasil. Isso deve ocorrer por meio de campanhas em 
parceria com a mídia para sensibilizar os adotantes contra seus preconceitos, com 
exemplos da real necessidade vivida por esses meninos e meninas e por intermédio 
de leis mais punitivas a estabelecimentos que atrasem esse encontro entre filho e 
pais. Espera-se, com isso, diminuir a exclusão importa à maioria das crianças que 
espera a oportunidade de ter um acolhimento familiar.
TEMA
Adoção tardia no Brasil06
7 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
Relativo ao processo de doação de sangue no Brasil, é possível destacar tanto 
aspectos positivos quanto negativos. Se por um lado, avanços na lei têm permitido o 
aumento do número de doadores; por outro, fatores culturais ainda representam um 
empecilho contra esse movimento a favor da vida.
Diante dessa conjuntura, é necessário destacar a revogação da restrição à doação 
por homens "gays" como relevante posicionamento não só contra o preconceito, mas 
em benefício de quem precisa. De acordo com o jornal O Globo, a decisão foi tomada 
após o Supremo Tribunal regional considerar tal impedimento inconstitucional, por 
fazer distinções a partir da orientação e não apenas do comportamento sexual. 
É, pois, inaceitável que essa postura ampliadora da capacidade de captação de 
sangue, apesar de toda garantia de igualdade prevista na Constituição, só tenha 
ocorrido tão tardiamente.
Entretanto, cabe analisar aspectos de informação e cultura que representam perigosos 
entraves contra as inúmeras campanhas de doação promovidas por instituições 
públicas e privadas. Segundo a revista Vox Sanguinis, fatores como religiosidade, 
medo, conduta de risco e qualidade de vida de possíveis voluntários são os que mais 
interferem contra a decisão de doar. Nesse sentido, é inevitável que circunstâncias 
comportamentais permitam que apenas 1,6% da população seja doadora.
Portanto, o Ministério da Saúde, por meio de parceria com o Ministério da Educação, 
deve criar campanhas midiáticas com esclarecimentos acerca dos benefícios a quem 
recebe doação, de suas graves necessidades bem como dos mitos falsamente 
relacionados ao procedimento. Espera-se, com isso, aumentar os estoques de sangue 
em todas as regiões do país e salvar um maior número de vidas.
TEMA
Desafio da doação de sangue no Brasil07
8 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
Atualmente, nos oceanos, há cerca de 300 milhões de toneladas de plástico, sem 
contar o lixo também acumulado em terra. Especificamente, no Brasil, o uso excessivo 
desse material - relacionado, sobretudo, à procura por descartáveis, embalagens e 
produtos com pouca durabilidade - tem conduzido o país a um contexto ambiental 
alarmante. Sob esse aspecto, convém analisarmos as principais causas, consequências 
e possível medida relacionada a esse perigoso desafio.
Diante desse cenário, faz-se necessário destacar o baixoíndice de reciclagem como 
um fator agravante para atual degradação causada pelo plástico. De acordo com o jornal 
Valor Econômico, a reciclagem, no Brasil, é inferior a 2%, contra 35% nos EUA, 22% 
na China e 6% na Índia, circunstância que expõe a grave contribuição do nosso país a 
favor da maior produção de plástico e contra preservação ambiental. Nesse sentido, o 
comportamento social médio do brasileiro, um dos maiores produtores de lixo do mundo, 
afronta diretamente as metas de sustentabilidade previstas pela ONU para 2030.
Além disso, o excesso de resíduos plásticos prejudica exponencialmente a qualidade 
de vida da população. Segundo a Ong World Wide Fund (WWF), seu acúmulo nas 
cidades cumpre a função de vetor para insetos e roedores, além de contribuir para 
o aumento de enchentes urbanas, o que degrada tanto o meio ambiente quanto a 
saúde pública. Lê-se, portanto, como nociva a negligência tanto do poder público 
quanto da população em relação à destruição do seu próprio planeta.
Desse modo, o governo federal deve criar campanhas contra o uso desnecessário 
do plástico e em prol da sua reutilização em instituições públicas e particulares. Isso 
deve ser feito por meio de convênios junto a empresas de educação e reciclagem, com 
incentivos fiscais a quem se envolver nesse projeto. Espera-se, com isso, reverter o 
atual panorama de degradação ambiental tanto em terra quantos nos oceanos.
TEMA
O combate ao uso excessivo de plástico 
na sociedade brasileira08
9 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
O paradigma epistemológico intrínseco à Constituição Federal de 1988 preza, 
prioritariamente, por seu caráter humanístico. Tal prioridade é explicitada em seu artigo 3º, 
cujo conteúdo abarca os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: construir 
uma sociedade livre, justa e solidária. No entanto, a problemática da inclusão de pessoas 
com deficiência evidencia como o descompromisso do Poder Público e das instituições de 
ensino com os ideais de Émile Durkheim e da modernidade líquida constroem a identidade 
de uma nação que caminha em desajuste com sua legislação, nas esferas política e social.
No que tange a essa situação, destaca-se a limitada acessibilidade dos deficientes por 
um viés político. Segundo Durkheim, as instituições sociais devem assegurar e respaldar 
as ações humanas. Porém, um olhar atento ao planejamento urbano permite concluir que 
a sociedade brasileira não cumpre o ideal constitucional de ser justa e solidária com os 
Portadores de Necessidades Especiais (PNE). Sob essa ótica, as cidades em muito pouco 
adaptam seus edifícios públicos e seus veículos de transporte coletivo visando a garantir 
acesso adequado à totalidade da urbe aos PNE. Como consequência, esses indivíduos 
veem sua liberdade de circulação solubilizada em meio à líquida atuação da esfera pública.
Além da ausência de atuação política, a inclusão de pessoas com deficiência no Brasil 
também pode ser ressaltada por um viés social. Devido à herança histórica de exclusão 
dos deficientes no panorama nacional, ainda hoje, esses cidadãos são negligenciados 
enquanto mão de obra. Nesse sentido, mesmo com a política de ações afirmativas de 
trabalho, a igualdade não é efetivada em função da postura passiva das instituições de 
ensino, que pouco atuam no sentido de desestigmatizar os portadores de deficiência. 
Dessa forma, mais uma vez a Constituição é desrespeitada em seu ideal de isonomia 
por uma escola omissa aos princípios durkheimianos e que, por isso, contribui para a 
manutenção de estereótipos que tornam líquidas as relações interpessoais entre os 
PNE e a sociedade como um todo.
Portanto, a efetiva inclusão de pessoas com deficiência na sociedade brasileira faz-
se urgente e necessária. Nesse contexto, o Governo Federal deve investir na promoção 
de debates e de oficinas sobre acessibilidade desses cidadãos, por meio do repasse 
de verbas do Ministério da Gestão ao Ministério da Educação. Isso deve ocorrer sob 
a forma de feiras periódicas nas escolas, abordando a integração social dessa parcela 
da população de forma crítica, com o convite aos PNE, a fim de que os alunos tenham 
contato com as dificuldades vividas por tais indivíduos. Com a aplicação dessa medida, 
a liquidez das relações interpessoais entre os portadores de deficiência e a sociedade 
brasileira torna-se sólida e sustentada pelos pilares de Durkheim e da Carta Magna.
TEMA
A inclusão dos deficientes físicos 
na sociedade brasileira09
10 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
O início do período republicano no Brasil foi marcado por inúmeras revoltas populares. 
Entre elas, destaca-se a Revolta da Vacina, cuja causa está associada à da campanha 
de vacinação obrigatória contra varíola, imposta pelo Governo Federal. A transgressão 
temporal dessa mentalidade serviu - ou, pelo menos, deveria servir - para evidenciar a 
importância da vacinação atualmente no Brasil, não pela imposição, mas pela educação. 
Nesse sentido, entender a patologia que vem afetando a nação, ao negligenciar a 
imunização, é fundamental para sugerir medidas profiláticas, a partir de anticorpos 
sociais durkheimianos e kantianos.
Diante desse panorama, destaca-se a omissão do Estado nos postos de vacinação 
como um antígeno ao organismo brasileiro. De acordo com o pensamento de Durkheim, as 
instituições devem zelar pelo cuidado e respaldar as ações humanas. No entanto, quando 
se atenta aos casos de falta de vacinas suficientes nas casas de saúde, à infraestrutura 
precária para a manutenção dos medicamentos e à ausência da pontualidade quanto à 
sua entrega, percebe-se que a esfera pública está distante dos princípios do sociólogo. Ou 
seja, a falha logística, intrínseca ao sistema de saúde brasileiro, é um sintoma do descaso 
governamental ao quadro clínico de muitos cidadãos, dependentes da imunização 
adquirida ativa para viver com dignidade.
Além desse desrespeito, a postura passiva dos principais formadores de opinião 
também ativa o sistema imunológico do Brasil. As vacinas destacam-se na erradicação 
mundial da varíola e na interrupção da circulação dos vírus do sarampo e da poliomielite 
no Brasil. Entretanto, ainda que tais avanços tenham trazido inúmeros benefícios salubres 
à sociedade, os cidadãos pouco se mobilizam no sentido de preencher sua carteira de 
vacinação. Esse desinteresse da população em geral associa-se ao ideal de Kant, que 
afirma ser o homem o produto da educação. Sob essa ótica, a multiplicação do reduzido 
ensino sobre questões de saúde por parte da escola tem como resultado inevitável o ser 
humano negligente quanto à responsabilidade da vacinação.
Portanto, a negligência à importância da imunização ativa exige tratamento urgente. 
Nesse contexto, o Governo Federal deve ampliar a educação sobre saúde no ambiente 
escolar, por meio da promoção de projetos, como “semanas de conscientização sobre 
vacinação”. Tal medida pode ocorrer na convocação de médicos e de enfermeiros, 
capazes de palestrar sobre a relevância da vacina, a fim de garantir a dignidade da 
pessoa humana no que tange à sua saúde. Com essa medida, a patologia de um Brasil 
inobservante à questão da imunidade profilática será prevenida a partir dos princípios 
ativos durkheimiano e kantiano.
TEMA
Os desafios do uso da vacina no Brasil10
11 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
Durante a Pré-História, o homem teve dificuldade para conseguir alimentos. Por 
isso, a natureza encarregou-se de dotar o corpo humano de um mecanismo para 
armazenar energia mediante a transformação do excesso de calorias em gordura. No 
entanto, ao passo que nossos ancestrais se alimentavam, principalmente, de raízes 
e de sementes, houve uma mudança no padrão alimentar, ao longo dos anos, capaz 
de não mais restringir a alimentação à pura necessidade fisiológica. A transgressão 
temporal dessa mentalidade reflete, no século XXI, a imagem de um Brasil que assiste 
ao crescimento da obesidade a partir de fatores sociais e culturais.
Frente a essa situação, destaca-sea relação entre escolaridade e hábitos 
alimentares como suporte à lógica do sobrepeso. Segundo Kant, "o homem é aquilo 
que a educação faz dele". Nesse sentido, o limitado acesso ao saber, característico de 
parte significativa da população brasileira, contribui para a formação não crítica dos 
indivíduos quanto à associação entre escolhas saudáveis à mesa e qualidade de vida. 
Como consequência disso, as estatísticas revelam o aumento de doenças crônicas 
entre adultos, como diabetes e hipertensão. Entretanto, a realidade é ainda mais 
cruel quando se atenta à obesidade crescente entre crianças, resultado da carência 
educacional suprida por propagandas midiáticas de apelo aos açúcares e aos lipídios.
Além do cerceado contato com a educação, a fugacidade da vida moderna também 
acrescenta traços ao cenário de obesidade no Brasil. Sob essa ótica, a adoção do modelo 
capitalista traz à rotina fluidez e aceleração como características essenciais para adequar-
se ao mercado de trabalho. Desse modo, a velocidade típica da contemporaneidade 
exigiu a criação de uma cultura alimentícia que a respaldasse: o "fast food". De acordo 
com a teoria da "McDonaldização" de George Ritzer, o modelo da lanchonete ganhou 
apelo global devido à sua conveniência e à sua acessibilidade. Tais aspectos colaboram 
para o sobrepeso e justificam o seu aumento na sociedade brasileira.
Portanto, o crescimento da obesidade no Brasil atual exige solução urgente. Nesse 
contexto, o Ministério da Educação e o Ministério da Saúde devem desenvolver 
projetos de método alimentar nas escolas, por meio de parcerias público-privadas, 
com a inclusão de uma disciplina referente a hábitos alimentares e com a contratação 
de nutricionistas nesses espaços. Espera-se, com isso, promover reflexão crítica 
sobre os malefícios e os benefícios de cada alimento e de criar cardápios apropriados 
aos alunos. Com essa medida, a obesidade perderá espaço para que a imagem de um 
país mais saudável seja construída, pautada nos pilares kantianos.
TEMA
O aumento da obesidade populacional 
no Brasil11
12 PROENEM.COM.BR
VOLTAR AO SUMÁRIO
Segundo Marshall McLuhan, "os homens criam as ferramentas e estas recriam 
o homem". A frase do filósofo em muito se associa ao potencial transformador de 
ferramentas tecnológicas utilizadas na educação. No entanto, a capacidade remodeladora 
desses instrumentos vem sendo negligenciada enquanto um meio de promover maiores 
recursos à aprendizagem e ao desenvolvimento cognitivo. A restrição ao uso de 
dispositivos técnicos no ambiente escolar reflete a imagem de um Brasil passível de ser 
analisado sob fatores econômicos e sociais.
Diante desse panorama, destaca-se o limitado acesso à tecnologia por parte dos 
estudantes no país. Apesar de ter seu surgimento datado na Guerra Fria, a internet começou 
a popularizar-se em 1990. Essa lenta democratização pode ser facilmente observada no 
interior de escolas públicas brasileiras, nas quais o número de computadores por aluno 
ainda é insuficiente. Como consequência direta disso, aulas dotadas de insumos modernos 
são raramente inseridas na carga horária dessas instituições de ensino. Assim, torna-se 
notória a defasagem de aprendizagem entre os alunos que tiveram acesso a ferramentas 
tecnológicas e os que não tiveram. Essas disparidades refletirão no diferenciado ingresso 
no mercado de trabalho entre os indivíduos.
Além da falha democratização da internet, a manutenção de um ideário obsoleto de 
educação também integra o cenário brasileiro de descaso com o aprimoramento técnico 
da educação. De acordo com Kant, é no problema do ensino que assenta o grande segredo 
do aperfeiçoamento humano. Nesse sentido, o ideal tradicionalista de modelo educador 
delineia limites à introdução de mecanismos tecnológicos. Com isso, restringem a figura 
da escola a um ambiente pouco dinâmico e pouco plural. Tal restrição, no entanto, pode 
comprometer o desenvolvimento cognitivo de estudantes que não se adequam aos 
métodos tradicionais de ensino, mas que poderiam melhor se adaptar à aprendizagem 
baseada na tecnologia, por exemplo. 
Portanto, o uso de ferramentas tecnológicas na educação precisa ser inserido na 
imagem atual do Brasil. Nesse contexto, o governo – órgão responsável pelo bem-
estar geral – deve criar projetos de reajuste do atual modelo de ensino, por meio 
da contemplação de uma estrutura educacional dotada de informatização e de 
profissionais da área. Com isso, espera-se promover um ensino que utiliza diversas 
formas de aprendizagem como meio de garantir o acesso isonômico ao mercado 
de trabalho. Com essa medida, o ideal kantiano e o uso desse material permitirão a 
edificação de uma educação com qualidade e com tecnologia.
TEMA
A educação tecnológica em questão
no Brasil12
13 PROENEM.COM.BR
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Se documentos como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, produzidos 
pela ONU, preveem o uso responsável da terra entre todos os seus países signatários. 
Na prática, entretanto, solos e florestas adoecidos agravam sistematicamente as 
mudanças climáticas e, consequentemente, a produção de alimentos, inclusive no 
Brasil. Sob esse aspecto, convém analisarmos os principais fatores relacionados ao 
perigoso cenário social e ambiental que se desenha a partir desse impasse.
Diante de tal contexto, é possível destacar o aquecimento global como relevante 
promotor da ameaça ambiental e econômica instaurada. Frente a isso, segundo 
especialistas do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, caso a 
temperatura do planeta atinja o limite de 2° Celsius, as terras férteis podem se 
transformar em desertos, e fenômenos meteorológicos extremos colocarão em 
risco o sistema de produção de comida. Revela-se, portanto, como inaceitável a 
postura de degradação praticada no Brasil mesmo com todos os alertas emitidos por 
organizações internacionais.
Além disso, o aumento da desigualdade social representa um danoso legado do 
desmatamento que favorece o desiquilíbrio ambiental e prejudica o acesso aos 
alimentos. De acordo com publicação do Jornal O Globo, só entre 1990 e 2010, o Brasil 
perdeu 55,3 milhões de hectares, uma situação ainda mais grave em nossos dias, 
sobretudo pelo aumento do preço de grãos, o que condena os mais pobres à restrição 
imediata do que consome. É, pois, contraditório que um dos maiores produtores de 
alimento do mundo seja também um país com alguns dos mais graves índices de fome. 
Desse modo, o governo federal deve promover programas de educação e punição 
relacionados à preservação do meio ambiente, por meio de parcerias junto a 
instituições produtoras de alimento, que auxiliem a fiscalização e a manutenção tanto 
da fauna quanto da flora brasileira. Espera-se, com isso, garantir o acesso dos mais 
vulneráveis socialmente à comida, cumprir os ODS da ONU, preservar a vida humana 
na Terra a longo prazo.
TEMA
Mudança climática e produções 
de alimentos na sociedade brasileira13
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Apesar de os oceanos cobrirem três terços da superfície terrestre, no Brasil, a 
ausência de políticas públicas eficazes para proteção do meio ambiente tem permitido 
a degradação sistemática da biodiversidade marinha. Cabe, desse modo, destacar as 
principais causas, consequências e possível medida implicada nesse perigoso desafio.
Diante de tal cenário, a falta de gerenciamento de resíduos urbanos representa 
um notório agravante para o problema. De acordo com a ONU, 80% de todo o lixo 
descartado no mar é de plástico, o que resulta em cerca de 13 toneladas de dejetos, 
situação que tem no Brasil um de seus maiores poluidores. É, portanto, nociva a postura 
consumista da população do país e de seus gestores, uma afronta direta, inclusive, aos 
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável propostos pelas Nações Unidas.
Além disso, a destruição da vida tanto no mar quanto na terra pode ser apontada 
como legado dessa má gestão social. Segundo publicação da Secretaria de Estado 
do Meio Ambiente do Maranhão,essa poluição atinge tartarugas, peixes e o próprio 
ser humano por causa da cadeia alimentar, além de contribuir efetivamente para o 
agravamento do efeito estufa. Lê-se, pois, como inaceitável um país com um dos mais 
extensos litorais do planeta representar na atualidade uma das maiores ameaças à 
vida marinha.
Dessarte, o governo federal deve criar projeto contra produção excessiva de plástico 
e a favor da recuperação desse ecossistema, por meio de parcerias público-provadas 
com setores da mídia e da indústria de embalagens, uma das grandes causas de 
poluição e morte no mar. Como efeito, espera-se preservar a biodiversidade nos 
oceanos e garantir também a qualidade de vida em terra. 
TEMA
Preservação da vida marinha no Brasil14
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Vazamento de óleo na baía de Guanabara, nos rios Birigui e Iguaçu, rompimento das 
barragens de Brumadinho e Mariana, incêndio no porto de Santos. Entre os grandes 
desastres ambientais no Brasil do século XXI, a participação do homem figura como 
um de seus maiores agentes. Nesse sentido, a fim de encontrar medida efetiva contra 
o problema, convém analisarmos suas principais consequências.
Diante de tal cenário, é possível destacar o prejuízo ambiental até mesmo em 
localidades distantes da tragédia. Segundo o portal de notícias G1, o céu da cidade 
de São Paulo, por exemplo, ficou encoberto por uma névoa de poluição, em 2020, 
causada por queimadas florestais no Pantanal, o que demonstra o quanto todos somos 
vulneráveis ao desiquilíbrio eventualmente provocado à natureza. É, pois, inaceitável 
que, frente a esses nocivos legados, o Estado não garanta maior fiscalização contra 
os crimes de incêndio.
Além disso, fatores econômicos também estão diretamente implicados nesse 
fenômeno. De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a tragédia de Brumadinho 
foi uma das principais responsáveis pela redução do PIB no Brasil, em 2019, o que 
envolve, além da diminuição do extrativismo, o prejuízo financeiro às famílias que 
viviam nas áreas afetadas. Configura-se, portanto, como flagrante a percepção de 
que a ganância de uma pequena parte da sociedade aliada à má gestão pública possa 
atingir tão contundentemente a vida de tantos cidadãos.
Desse modo, o governo federal deve aumentar a fiscalização e a punição em relação 
aos danos causados ao ecossistema, por meio de projetos de lei que destinem recursos 
suficientes para essa finalidade, com profissionais e tecnologias especializadas para 
investigar, identificar e punir crimes contra natureza. Espera-se, com isso, diminuir a 
participação humana como protagonista das tragédias ambientais.
TEMA
Desastres ambientais no Brasil - 
impactos naturais e sociais15
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Apesar de 70% do planeta ser coberto por água, de acordo com a coluna Congresso 
em Foco, menos de 3% é doce e apenas 0,4% é de fácil acesso. Esse cenário, agravado 
pela participação humana, tem feito com que, no Brasil, a população enfrente situações 
de insegurança hídrica cada vez mais graves. Diante disso, convém analisarmos as 
principais causas implicadas nesse fenômeno.
A partir de tal panorama, é possível destacar a poluição como um dos graves fatores que 
contribuem para essa instabilidade. De acordo com o Jornal Correio Brasiliense, mesmo 
que a sujeira urbana seja uma das mais graves fontes de degradação, a contaminação 
de origem rural causada por fertilizantes, pesticidas e processos erosivos também gera 
alto impacto nesse sentido. Assim, o próprio estilo de vida e o aumento populacional 
fomentam condenação das nascentes de água.
Além disso, a falta de educação ambiental também representa uma ameaça a favor 
da crise hídrica. Ainda que o Brasil, segundo Agência Nacional de Água, possua cerca 
de 12% de sua parte doce no planeta, as campanhas de conscientização à população 
sobre seu uso sustentável são insuficientes tanto na mídia quanto no contexto escolar. 
Lê-se, portanto, como nociva a ausência de responsabilidade do Estado, diante de um 
patrimônio natural tão importante.
Desse modo, o governo federal deve criar medidas de punição aos grandes poluidores 
de água nos centros rural e urbano bem como de conscientização ambiental na mídia 
e nos colégios. Isso pode ser feito por meio de campanha coletiva que envolva setores 
de segurança, educação e gestão pública, no intuito de preservar os recursos hídricos 
- elementos tão importantes para manutenção da vida Terra.
TEMA
Crise hídrica no Brasil16
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Na série brasileira "Sob Pressão", uma personagem, ao receber a notícia de morte 
cerebral de seu filho, não aceita o diagnóstico e recusa o pedido de doação de órgãos. 
Analogamente, o Brasil ainda enfrenta sérios desafios nesse sentido. Se por um lado, 
houve consideráveis avanços do número de transplantes; por outro, a família do potencial 
doador, muitas vezes, representa o principal empecilho contra o procedimento.
Diante de tal cenário, é válido destacar o crescimento da participação dos brasileiros 
em campanhas e ações de doação. De acordo com dados do portal de notícias G1, 
apesar da pandemia, só em 2020, a quantidade de transplantes aumentou em 20% no 
Hospital das Clínicas do Triângulo Mineiro, o que resulta do investimento em tecnologia 
e aperfeiçoamento de técnicas na área. Infelizmente, o número de doadores é ainda 
insuficiente e não atende todas as vidas que precisam de ajuda.
Apesar das boas notícias, a negativa de muitas pessoas ao impedirem o 
aproveitamento de órgãos de seus familiares representa um desserviço. Nesse sentido, 
segundo o Ministério da Saúde, cerca de 50% dos parentes têm recusado autorização 
para o transplante, mesmo após comprovação da morte encefálica do paciente. É, pois, 
inaceitável que aspectos ligados ao preconceito, à religião e à fata de informação ainda 
sirvam de entrave à preservação de vidas em nosso país.
Desse modo, o governo federal deve orientar melhor as famílias brasileiras sobre 
a importância da doação de órgãos, por meio de campanhas de informação e 
sensibilização, com participação de escolas, de instituições religiosas e da mídia. 
Espera-se, com isso, não só aumentar a quantidade de transplantes no Brasil como, 
consecutivamente, salvar mais vidas ou garantir-lhes melhor qualidade.
TEMA
Doação de órgãos no Brasil17
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O acesso básico à alimentação adequada está contemplado no Artigo 25 da 
Declaração Universal dos Direitos Humanos e, após ampla mobilização social, em 
2010, passou a compor também a Constituição Federal do Brasil em seu Artigo 
6. Apesar disso, a insegurança alimentar tem se agravado sistematicamente no 
país. Nesse sentido, a fim de buscar medida para combater esse desafio, convém 
analisarmos suas principais causas.
Diante de tal panorama, é possível destacar a alta no preço dos alimentos como 
relevante contribuição para a fome. Segundo publicação da ONU, uma dieta saudável 
representa uma realidade inalcançável para 38% da população mundial. Já, no Brasil, 
uma alimentação adequada pode ser até cinco vezes mais cara, e boa parte dos 
cidadãos relata ter vivido episódios sem perspectiva do que comer. É, portanto, 
inaceitável que uma país membro pleno da ONU não seja capaz de cumprir um de 
seus objetivos mais elementares, que é a democratização do acesso à comida.
Além disso, fatores naturais relacionados à desigualdade social agravam o 
problema. Se por um lado, situações como clima, seca, pragas de insetos e doenças 
de planta podem prejudicar a alimentação do povo brasileiro; por outro, segundo 
dados da Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural, a concentração de 
renda típica dos chamados países periféricos bem como a recente crise humanitária 
da COVID-19 contribuem de forma decisiva para o aumento da fome. Revela-se, pois, 
como contraditório o Brasil, um dos maiores produtores de alimento do mundo, ser 
também o que apresenta um dos mais graves índices de insegurança nesse sentido.Desse modo, o governo federal deve criar campanhas que favoreçam a distribuição 
de renda no Brasil e garantam, em situações de crise, a doação de alimentos às 
famílias em condições de vulnerabilidade. Isso deve ser feito por meio de parcerias 
público-privadas entre setores públicos e empresas do ramos alimentícios. Espera-
se, com isso, diminuir atual situação de insegurança alimentar e garantir os direitos 
básicos previstos tanto na DUDH quanto em nossa Carta Magna.
TEMA
Insegurança alimentar no Brasil18
19 PROENEM.COM.BR
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A expressão "Era da Pós-Verdade", incorporada ao Dicionário Oxford, em 2016, 
refere-se às circunstâncias em que fatos objetivos são menos influentes para opinião 
pública do que apelos à emoção ou às crenças pessoais. Analogamente, no Brasil, 
o aumento da divulgação de notícias científicas falsas representa um desafio a ser 
enfrentado de forma mais organizada pela sociedade. Assim, convém analisarmos as 
principais causas desse perigoso fenômeno.
Frente a tal cenário, cabe destacar a falta de letramento informacional como um dos 
principais motivadores para o problema. Nesse sentido, segundo o site de notícias 
BBC News, ultrapassando o grupo dos radicais políticos, os idosos são os que mais 
compartilham as chamadas "fake news", fator que se justifica, em se tratando da 
ciência, pela ausência de discernimento entre dados reais e falsos, sobretudo no 
atual contexto de pandemia. Infelizmente, essas notícias podem contribuir para o 
agravamento da doença - um risco principalmente à população de mais idade.
Ademais, a impunidade também representa uma condição decisiva nesse contexto. 
Além da dificuldade para identificar os criadores das "fake sciences", segundo o portal 
de notícias UOL, a morosidade para aprovar leis de combate à proliferação dessas 
mentiras figura também como entrave, haja vista o medo que muitos políticos têm 
de dar margem a ações de censura. Lê-se, portanto, como inaceitável tantas vidas 
serem prejudicadas supostamente em nome da liberdade de expressão.
Desse modo, o governo federal deve promover ações direcionadas tanto à 
informação quanto à punição de criadores e divulgadores de falsos dados científicos. 
Isso pode ser feito, por meio de convênios firmados entre empresas de internet, 
agências reais de notícia e setores de inteligência do Estado. Espera-se, com isso, 
inibir a multiplicação das chamadas "fake sciences" e diminuir o risco que representam 
para a saúde dos brasileiros.
TEMA
Fake science: o desafio de conviver com 
falsas informações científicas19
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A classificação do transtorno dos jogos eletrônicos como doença pela Organização 
Mundial da Saúde tem trazido ao mundo um alerta sobre seus danos. Com efeito, no 
Brasil, esse vício cresce de forma alarmante e acomete tanto jovens quanto adultos. 
Diante disso, convém analisarmos os fatores físicos e emocionais implicados nesse 
perigoso fenômeno. 
Diante de tal cenário, é fundamental destacar as consequências fisiológicas do 
excesso de exposição a jogos que contribuem para sua classificação como doença. 
Além do favorecimento a diabetes e a problemas posturais, segundo o Dr. Aderbal - 
coordenador do laboratório de dependência do comportamento da UNESP - há casos 
também de trombose e esgotamento físico devido à quantidade de horas sentado e 
sem alimentação. Lê-se, portanto, como contraditória a percepção de que atividades 
criadas com finalidade recreativa, por seu mau uso, possam representar uma ameaça 
tão grave ao bem-estar social.
Além disso, cabe destacar condições psicológicas diretamente relacionadas a esse 
tipo de dependência. 
De acordo com o médico Cristiano Nabuco - do Instituto de Psicologia da USP 
-, tal vício compõe um quadro ainda maior, pois grande parte dos dependentes de 
videogames apresenta vulnerabilidades familiares ou depressão, circunstâncias que 
permitem sua comparação com o alcoolismo, guardadas as devidas proporções. É, 
pois, nociva a falta de mobilização do Estado brasileiro diante do problema, haja vista 
a gravidade de suas consequências.
Desse modo, o vício em jogos eletrônicos é grave e requer medida urgente do 
governo federal. Nesse sentido, o Ministério da Saúde deve criar campanhas contra o 
uso excessivo desses dispositivos, por meio de parcerias educacionais entre setores 
de ensino público, privado e da mídia, com orientação aos jovens e às famílias sobre 
como se comportarem diante desse desafio. Espera-se, com isso, diminuir a exposição 
da população ao risco relacionado a esse transtorno, que representa uma das atuais 
preocupações da OMS.
TEMA
Vício em jogos eletrônicos20
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Em seu Artigo 230, a Constituição Federal brasileira declara que é dever do Estado 
amparar as pessoas idosas, defender sua dignidade, bem-estar e direito à vida. No 
Brasil, entretanto, é crescente o número de casos de desrespeito a esse grupo. Isso 
se evidencia não só pelos graves exemplos de abandono como também por sua 
exploração financeira cada vez maior
Diante desse contexto, é possível destacar o desamparo dos parentes como um 
dos grandes desafios enfrentados pela terceira-idade no Brasil. Apesar de o estatuto 
do idoso prever pena de até 16 anos de prisão a quem pratica o abandono afetivo 
ou financeiro com esses indivíduos mais vulneráveis, de acordo com o serviço de 
denúncias do Ministério dos Direitos Humanos, tais casos representam 80% das 
queixas recebidos pelo "Disque 100". Revela-se, portanto, como inaceitável a falta 
de políticas públicas divulgadoras da responsabilidade e das possíveis punições 
implicadas na relação entre as famílias e seus anciãos.
Além disso, a apropriação indevida dos recursos financeiros da pessoa idosa 
figura também como um fenômeno perigoso e crescente. Segundo informações 
publicadas pelo jornal Estadão, esse crime representa o terceiro maior número de 
casos de violência no Brasil e os principais opressores são filhos, netos e parentes 
que convivem com a vítima. É, pois, contraditório que a própria família - primeira 
instituição responsável pela qualidade de vida dos seus membros - possa representar 
uma de suas maiores ameaças na atualidade.
Desse modo, o governo federal deve criar medidas de agravamento das punições 
direcionadas aos crimes contra a população de mais idade. Isso pode ser feito por meio 
da implementação de leis que garantam investigação, atendimento especializado e 
unidades específicas de polícia relacionados à sua proteção no Brasil. Espera-se, 
com isso, combater tanto o abandono quanto a exploração aos idosos, bem como 
assegurar-lhes os direitos constitucionalmente previstos.
TEMA
Violência contra idosos na 
sociedade brasileira21
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