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Sistema imune

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↠A função fisiológica do sistema imune é a defesa contra 
microrganismos infecciosos; entretanto, mesmo substâncias 
estranhas não infecciosas e produtos de células danificadas podem 
elicitar respostas imunes. 
↠A defesa contra microrganismos é mediada por respostas 
sequenciais e coordenadas que são denominadas imunidade inata e 
adaptativa. 
↠A imunidade inata (também chamada de imunidade natural ou 
imunidade nativa) é essencial para a defesa contra microrganismos 
nas primeiras horas ou dias após a infecção, antes que as 
respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido. A imunidade 
inata é mediada por mecanismos que já existem antes da 
ocorrência de uma infeção (por isso inata) e que facilitam rápidas 
respostas contra microrganismos invasores. 
↠Há outras respostas imunes que são estimuladas pela exposição 
a agentes infecciosos e que aumentam em magnitude e 
capacidades defensivas após cada exposição sucessiva a um 
microrganismo em particular. Uma vez que essa forma de 
imunidade se desenvolve em resposta à infecção e a ela se adapta, 
é denominada imunidade adaptativa (também chamada imunidade 
específica ou imunidade adquirida). 
↠O sistema imune adaptativo reconhece e reage a um grande 
número de substâncias microbianas e não microbianas chamadas 
antígenos. 
 
↠A resposta imune inata aos microrganismos fornece os 
primeiros sinais de perigo que estimulam as respostas imunes 
adaptativas. Por outro lado, as respostas imunes adaptativas 
frequentemente trabalham intensificando os mecanismos 
protetores da imunidade inata, tornando-os mais capazes de 
combater efetivamente os microrganismos. 
↠Em decorrência da capacidade de linfócitos e de outras células 
imunes em circular pelos tecidos, a imunidade é sistêmica. Isso 
significa que uma resposta imune iniciada em um local poderá 
conferir proteção em locais distantes. Exemplo: vacinação. 
 
 
↠As respostas imunes são reguladas por um sistema de alças de 
feedback positivo que amplificam a reação e por mecanismos de 
controle que previnem reações inapropriadas ou patológicas. 
Quando ativados, os linfócitos disparam mecanismos que aumentam 
ainda mais a magnitude da resposta. Esse feedback positivo é 
importante para capacitar o pequeno número de linfócitos, que são 
específicos para qualquer microrganismo, a gerarem a ampla 
resposta necessária à erradicação daquela infecção. Muitos 
mecanismos de controle se tornam ativos durante as respostas 
imunes e previnem a ativação excessiva dos linfócitos, o que 
poderia causar dano colateral aos tecidos normais, além de 
prevenirem respostas contra os autoantígenos. 
 
 
 
↠O sistema imune inato responde quase imediatamente a 
microrganismos e células lesadas, e repetidas exposições invocam 
respostas imunes inatas praticamente idênticas. 
Os principais componentes da imunidade inata são: 
• barreiras físicas e químicas, tais como os epitélios e os 
agentes antimicrobianos produzidos nas superfícies 
epiteliais; 
• células fagocíticas (neutrófilos, macrófagos), células 
dendríticas (DCs, do inglês, dendritic cells), mastócitos, 
Imunidade inata 
células natural killer (células NK) e outras células linfoides 
inatas; 
• proteínas sanguíneas, incluindo componentes do sistema 
complemento e outros mediadores da inflamação. 
↠A resposta imune inata combate microrganismos por meio de 
duas reações principais — pelo recrutamento de fagócitos e 
outros leucócitos que destroem os microrganismos, no processo 
chamado inflamação; e pelo bloqueio da replicação viral ou pelo killing 
(morte ou ataque) de células infectadas por vírus, sem a 
necessidade de uma reação inflamatória. 
 
 
 
↠A resposta imune adaptativa é mediada por células chamadas 
linfócitos e seus produtos. 
↠A imunidade adaptativa se desenvolve de maneira lenta. 
↠Há duas populações principais de linfócitos, denominadas 
linfócitos B e linfócitos T, os quais medeiam diferentes tipos de 
respostas imunes adaptativas. 
Características fundamentais das respostas imunes adaptativas. 
↠As propriedades fundamentais do sistema imune adaptativo 
refletem as propriedades dos linfócitos que medeiam essas 
respostas. 
1) Especificidade e diversidade. Respostas específicas para cada 
tipo de antígeno. As partes desses antígenos, que são 
reconhecidas especificamente pelos linfócitos, são denominadas 
determinantes ou epítopos. A diversidade corresponde a clones de 
linfócitos que respondem a antígenos estranhos. 
2) Memória. Exposição do sistema imune a um antígeno estranho 
aumenta sua habilidade em responder novamente mais rápido a 
esse antígeno, ou seja, as células de memória servem justamente 
para que caso ocorra uma reinfecção (resposta imune secundária), 
o combate possa acontecer de maneira mais rápida e específica. 
3) Expansão clonal. Proliferação de células idênticas, ou seja, os 
linfócitos específicos para um determinado antígeno se multiplicam 
após a exposição a este antígeno. Por isso, expansão clonal, 
surgimento de clones idênticos. 
4) Especialização. Respostas distintas para fases distintas, ou seja, 
os microrganismos podem alojar-se tanto no meio intracelular 
quanto extracelular, com isso as respostas devem ser tanto para 
o meio intracelular quanto para o extracelular. 
5) Contração e hemostasia. As respostas imunes diminuem com o 
tempo para que ocorra o retorno ao estado basal, 
consequentemente, a homeostasia. Para isso ocorre eliminação do 
estímulo para a sobrevivência e ativação dos linfócitos, dessa 
forma os linfócitos que NÃO possuem células de memória são 
eliminados por apoptose. 
6) Não reatividade ao próprio (Tolerância). Os linfócitos não iniciam 
reação imunológica contra antígenos do nosso próprio organismo. 
“Habilidade de em reconhecer, responder e eliminar antígenos 
estranhos (não próprios) enquanto não reagem negativamente as 
suas próprias substâncias antigênicas”. 
↠OBS.: Anormalidades na indução ou manutenção da 
autotolerância levam a respostas imunes contra os autoantígenos 
(antígenos autólogos), as quais podem resultar em distúrbios 
denominados doenças autoimunes. 
 
Visão geral da imunidade humoral e mediada por células (celular). 
↠Existem dois tipos de respostas imunes adaptativas, 
denominadas imunidade humoral e imunidade mediada por células, 
as quais são induzidas por diferentes tipos de linfócitos e atuam 
para eliminar diferentes tipos de microrganismos 
↠Imunidade humoral. É mediada por moléculas no sangue e em 
secreções mucosas, denominadas anticorpos, os quais são 
produzidos pelos linfócitos B. Os anticorpos reconhecem antígenos 
microbianos, neutralizam a infectividade dos microrganismos e 
marcam microrganismos para sua eliminação pelos fagócitos e pelo 
sistema complemento. 
Imunidade adaptativa 
REVISANDO: 
↠Defesa inicial: impede, controla e elimina 
infecção. Estimula respostas adquiridas. 
↠Componentes: barreiras, fagócitos, células NK e 
sistema complemento. 
 
 
↠A imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa contra 
os microrganismos e suas toxinas, localizados fora das células (p. 
ex.: no lúmen dos tratos gastrintestinal e respiratório, e no sangue), 
uma vez que os anticorpos secretados podem se ligar a esses 
microrganismos e toxinas, neutralizando-os, além de auxiliar na sua 
eliminação. 
↠Imunidade celular. A imunidade mediada por células, ou imunidade 
celular, é mediada pelos linfócitos T. Muitos microrganismos são 
ingeridos, mas sobrevivem dentro dos fagócitos, e alguns, 
particularmente os vírus, infectam e se replicam em diversas 
células do hospedeiro. Nesses locais, os microrganismos são 
inacessíveis aos anticorpos circulantes. A defesa contra tais 
infecções é uma função da imunidade mediada por células, a qual 
promove a destruição de microrganismos dentro dos fagócitos e a 
morte das células infectadas para eliminar os reservatórios da 
infecção. 
 
↠OBS.: os linfócitos T auxiliarem eles ativam os macrófagos para 
matar o microrganismo, enquanto, o linfócito T citotóxico destroemas células que tem replicantes intracelulares. 
↠Imunidade ativa. É a forma de imunidade induzida pela exposição 
a um antígeno estranho. Indivíduos e linfócitos que nunca 
encontraram um antígeno particular são considerados naive, 
implicando que ambos são imunologicamente inexperientes. 
Indivíduos que responderam a um antígeno microbiano e estão 
protegidos de exposições subsequentes àquele microrganismo são 
ditos imunes. (Vacina se aplica o antígeno para desenvolvimento da 
imunidade). 
↠Imunidade passiva. A imunidade também pode ser conferida a 
um indivíduo pela transferência de anticorpos de um indivíduo 
imunizado para um indivíduo que nunca encontrou o antígeno. O 
receptor de tal transferência se torna imune ao antígeno em 
particular sem nunca ter sido exposto nem ter respondido àquele 
antígeno. Exemplo: soro e transferência de anticorpos pela 
amamentação. (o soro já contém o anticorpo pronto). 
 
REVISANDO: 
↠Os linfócitos são as únicas células capazes de reconhecer 
antígenos especificamente e são, assim, as principais células da 
imunidade adaptativa. A população total de linfócitos consiste em 
muitos clones, cada um com um único receptor antigênico e 
especificidade. As duas principais subpopulações de linfócitos são 
as células B e as células T, que diferem em seus receptores 
antigênicos e em suas funções. 
↠A resposta imune adaptativa é iniciada pelo reconhecimento de 
antígenos estranhos pelos linfócitos específicos. As APCs (células 
apresentadoras de antígenos) especializadas capturam antígenos 
microbianos e os apresentam para o reconhecimento pelos 
linfócitos. Os linfócitos respondem proliferando e se diferenciando 
em células efetoras, cuja função é eliminar o antígeno, e em células 
de memória, as quais possuem respostas aumentadas em 
encontros subsequentes com o antígeno. A eliminação dos 
antígenos frequentemente necessita da participação de diversas 
células efetoras. 
↠A imunidade humoral é mediada por anticorpos secretados pelos 
linfócitos B e é o mecanismo de defesa contra microrganismos 
extracelulares. Anticorpos neutralizam a infectividade dos 
Um exemplo fisiologicamente importante de 
imunidade passiva é a transferência de anticorpos 
maternos através da placenta para o feto, a qual 
permite aos recém-nascidos o combate a infecções 
por vários meses antes que eles próprios 
desenvolvam a capacidade de produzir anticorpos. A 
imunização passiva é também um método útil na 
medicina por conferir resistência rapidamente, sem 
a necessidade de esperar pelo desenvolvimento de 
uma resposta imune ativa. A imunização passiva 
contra toxinas potencialmente letais pela 
administração de anticorpos de animais ou pessoas 
imunizadas é um tratamento que salva vidas em 
infecções rábicas ou picadas por serpentes. 
microrganismos e promovem sua eliminação pelos fagócitos e pela 
ativação do sistema complemento. 
↠A imunidade mediada por células é mediada por linfócitos T e 
seus produtos, tais como citocinas, sendo importante para a 
defesa contra microrganismos intracelulares. Os linfócitos T 
auxiliares CD4+ ajudam macrófagos a eliminar os microrganismos 
ingeridos e ajudam células B a produzir anticorpos. Os CTLs (células 
T auxiliares e células T citotóxicas) CD8+ matam as células que 
abrigam patógenos intracelulares, eliminando, assim, reservatórios 
da infecção. 
 
 
↠Anticorpos são proteínas circulantes, do grupo das proteínas 
globulinas, produzidas em vertebrados em resposta à exposição a 
estruturas estranhas conhecidas como antígenos, e são os 
mediadores da imunidade humoral contra todas as classes de 
microrganismos. 
↠Os anticorpos são extremamente diversos e específicos em 
sua capacidade de reconhecer estruturas moleculares estranhas. 
↠Os anticorpos são sintetizados somente pelas células da 
linhagem de linfócitos B e existem em duas formas: anticorpos 
ligados à membrana na superfície dos linfócitos B que atuam como 
receptores antigênicos, e anticorpos secretados que atuam na 
proteção contra microrganismos. 
↠O reconhecimento dos antígenos pelos anticorpos ligados à 
membrana nas células B naive ativa esses linfócitos e inicia a 
resposta imune humoral. As células B ativadas se diferenciam em 
plasmócitos que secretam anticorpos com a mesma especificidade 
do receptor antigênico. 
↠As formas secretadas dos anticorpos estão presentes no 
plasma (a porção fluida do sangue), nas secreções mucosas e no 
fluido intersticial dos tecidos. Na fase efetora da imunidade 
humoral, esses anticorpos secretados neutralizam toxinas 
microbianas, previnem a entrada e disseminação dos patógenos e 
desencadeiam vários mecanismos efetores que eliminam os 
microrganismos. 
↠A eliminação dos antígenos frequentemente requer a interação 
do anticorpo com outros componentes do sistema imune, incluindo 
moléculas como proteínas do complemento, e células como 
fagócitos e mastócitos. 
↠As funções efetoras mediadas pelos anticorpos incluem: 
neutralização dos microrganismos ou produtos microbianos tóxicos; 
ativação do sistema complemento; opsonização dos patógenos para 
aumento da fagocitose; citotoxicidade celular dependente de 
anticorpo, pela qual os anticorpos têm como alvo células infectadas 
para a lise pelas células do sistema imune inato; e ativação de 
mastócitos mediada por anticorpo para expelir vermes parasitas. 
↠Quando o sangue ou plasma removido de um indivíduo forma um 
coágulo, os anticorpos permanecem no fluido residual, o que é 
denominado soro. O soro não possui os fatores da coagulação (os 
quais são consumidos durante a formação do coágulo), mas contém 
todas as outras proteínas encontradas no plasma. 
↠Qualquer amostra de soro que contenha moléculas detectáveis 
de anticorpo que se ligam a um antígeno em particular é 
normalmente chamada antissoro. 
↠O estudo dos anticorpos e suas reações com antígenos é, 
portanto, chamado sorologia. 
↠Um indivíduo humano adulto e saudável pesando 70 kg produz 
ao redor de 2 a 3 g de anticorpos a cada dia. Quase dois terços 
destes correspondem a um anticorpo chamado IgA, a maior parte 
do qual é produzido por células B ativadas e plasmócitos no trato 
gastrintestinal. 
 
 
↠Proteínas plasmáticas ou séricas podem ser fisicamente 
separadas em albuminas e globulinas, com base nas características 
de solubilidade 
↠A denominação comum para anticorpo é imunoglobulina (Ig), 
referindo-se à porção que confere imunidade da fração globulina 
do soro ou do plasma. Os termos imunoglobulina e anticorpo são 
usados de maneira alternada. 
↠Todas as moléculas de anticorpo compartilham as mesmas 
características estruturais básicas, mas apresentam 
extraordinária variabilidade nas regiões que se ligam ao antígeno. 
Essa variabilidade das regiões de ligação ao antígeno explica a 
capacidade de diferentes anticorpos se ligarem a um enorme 
número de antígenos estruturalmente diversos 
↠Em todos os indivíduos existem milhões de diferentes clones de 
células B, cada uma produzindo moléculas de anticorpo com sítios 
de ligação antigênica idênticos, mas que diferem dos sítios de 
ligação antigênica dos anticorpos produzidos por outros clones. Ou 
seja, existem uma variabilidade de clones de células B, que entre 
linhagens de “clonação” diferentes produzem sítios de ligação 
antigênicos diferentes. 
↠As funções efetoras e propriedades físico-químicas comuns 
dos anticorpos estão associadas às porções que não se ligam ao 
antígeno, as quais exibem relativamente poucas variações entre 
os diferentes anticorpos. 
↠Uma molécula de anticorpo tem uma estrutura central simétrica 
composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas 
idênticas. 
↠Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas contêm uma 
série de unidades estruturais homólogas repetidas, cada uma com 
Imunoglobulinas (ANTICORPOS) 
Estrutura do Anticorpo 
cerca de 110 resíduos de aminoácidos de comprimento, que se 
dobram independentemente em um motivo globular chamado 
domínio Ig, 
↠Um domínio Ig contém duas camadasde folhas β-pregueadas, 
cada uma composta de três a cinco fitas de cadeia polipeptídica 
antiparalelas. As duas camadas são mantidas unidas por uma ponte 
dissulfeto e as fitas adjacentes de cada folha β são conectadas 
por pequenas alças. 
 
 
Estrutura da molécula de um anticorpo 
↠Tanto as cadeias leves quanto as cadeias pesadas consistem 
em regiões aminoterminais variáveis (V) que participam no 
reconhecimento do antígeno e regiões carboxiterminais 
constantes (C); as regiões C das cadeias pesadas ajudam a mediar 
algumas das funções protetoras e efetoras dos anticorpos, ou 
seja, as funções biológicas dos anticorpos. 
↠Nas cadeias pesadas, a região V é composta de um domínio Ig e 
a região C é composta de três ou quatro domínios Ig.. 
↠Cada cadeia leve é composta de uma região V de domínio Ig e 
uma região C de domínio Ig. 
↠As regiões variáveis são assim chamadas porque suas 
sequências de aminoácidos variam entre os anticorpos produzidos 
por diferentes clones de células B. 
↠Região variável da cadeia pesada: VH 
↠Região variável da cadeia leve: VL 
↠A união das regiões variáveis permite a formação de um sitio 
de ligação ao antigeno, com isso cada molécula de anticorpo possui 
pelo mens dois sitios de ligação antigênica. 
↠A porção de ligação ao antígeno de uma molécula de anticorpo 
é a região Fab, e a extremidade Cterminal que está envolvida nas 
funções efetoras é a região Fc. 
Características estruturais das regiões VARIÁVEIS dos 
anticorpos 
↠A maioria das diferenças de sequência e variabilidade entre os 
diferentes anticorpos está restrita a três trechos curtos na 
região V da cadeia pesada e a três trechos na região V da cadeia 
leve. 
↠Esses segmentos de maior diversidade são conhecidos como 
regiões hipervariáveis. 
↠Em uma molécula de anticorpo, as três regiões hipervariáveis 
de um domínio VL (domínio variável da cadeia leve) e as três regiões 
hipervariáveis de um domínio VH (domínio variável da cadeia pesada) 
são mantidas unidas para criar uma superfície de ligação ao 
antígeno. 
↠As regiões hipervariáveis também são chamadas regiões 
determinantes de complementariedade (CDRs). 
↠CDR1, CDR2 e CDR3 (São seis CDRs, três para a cadeia pesada 
e três para a leve) 
↠As diferenças na sequência entre as CDRs de diferentes 
moléculas de anticorpo contribuem para superfícies de interação 
distintas e, dessa maneira, para as especificidades dos anticorpos 
individuais. 
Características estruturais das regiões CONSTANTES 
dos anticorpos 
↠As moléculas de anticorpo podem ser divididas em classes e 
subclasses distintas com base em diferenças na estrutura de suas 
regiões Constantes da cadeia pesada. 
↠As classes das moléculas de anticorpo são também chamadas 
de isotipos e são nomeadas IgA, IgD, IgE, IgG e IgM 
↠As diferenças dos tipos de imunoglobulina estão relacionadas as 
discrepâncias nas cadeias constantes, ou seja, a quantidade de 
domínio constantes, quantidade de açucares ou quanto a 
quantidade de pontes de sulfeto. 
↠Diferentes isotipos e subtipos de anticorpos realizam funções 
efetoras distintas. A razão para isso é que a maioria das funções 
efetoras dos anticorpos é mediada pela ligação das regiões C da 
cadeia pesada aos receptores Fc (FcRs) nas diferentes células, 
tais como fagócitos, células NK e mastócitos, e em proteínas 
plasmáticas, como as proteínas do complemento. 
 
↠As moléculas de IgG e IgE secretadas e todas as Ig de 
membrana, independentemente do isotipo, são monoméricas no 
que diz respeito à unidade estrutural básica do anticorpo (i.e., duas 
cadeias pesadas e duas cadeias leves). Em contraste, as formas 
secretadas de IgM e IgA formam complexos multiméricos nos quais 
dois ou mais núcleos de quatro cadeias de unidades estruturais do 
anticorpo são unidos covalentemente. A IgM é secretada 
principalmente como pentâmero, mas também como hexâmero do 
núcleo de quatro cadeias estruturais, enquanto a IgA é 
frequentemente secretada como um dímero. 
➢ Apresentam-se como monômeros: IgG, IgE, IgD. 
➢ Apresenta-se como dímeros: IgA. 
➢ Apresenta-se como pentâmero: IgM 
➢ OBS.: a IgM de membrana se comporta como monômero, 
porém quando é secretada para um antígeno ela é 
pentamérica. 
➢ O dímero e o pentâmero tem suas moléculas ligados por 
uma cadeia J 
 
Síntese, montagem e expressão das moléculas de imunoglobulina 
 
 
↠A primeira imunoglobulina a ser produzida é a IgM e, 
posteriormente, a IgD. 
↠A célula B madura é naive, ou seja, ainda não ocorreu contato 
com o antigeno. 
↠Após a ativaçaõa da imunoglobulina ela passa por uma 
diferenciação (transformação em plasmócito) para qur ocorra a 
produção da imunoglobuina especifica. 
↠Após a ativação o Ig (imunoglobulina) de menbrana é reduzida. 
Ligação dos anticorpos aos antígenos 
↠Todas as funções dos anticorpos são dependentes de sua 
capacidade de se ligar especificamente aos antígenos. 
↠O anticorpo se liga somente a uma porção da macromolécula, a 
qual é chamada determinante ou epítopo. 
↠Qualquer forma ou superfície disponível em uma molécula que 
possa ser reconhecida por um anticorpo constitui um 
determinante antigênico ou epítopo. 
↠A organização espacial de diferentes epítopos em uma única 
molécula proteica pode influenciar a ligação dos anticorpos de 
várias maneiras. Quando os determinantes estão bem separados, 
duas ou mais moléculas de anticorpo podem se ligar ao mesmo 
antígeno proteico sem que uma influencie a outra; tais 
determinantes são ditos não sobrepostos. 
Meia-vida dos anticorpos 
↠A meia-vida dos anticorpos circulantes é uma 
medida de quanto tempo esses anticorpos 
permanecem no sangue após a secreção pelas 
células B (ou após a injeção, como no caso de um 
anticorpo administrado). 
↠A meia-vida é o tempo médio antes que o número 
de moléculas de anticorpo seja reduzido à metade. 
↠A IgE tem uma meia-vida bastante curta, de 
aproximadamente 2 dias na circulação (embora a IgE 
ligada à célula associada ao seu receptor de alta 
afinidade no mastócito tenha meia-vida bastante 
longa); 
↠A IgA circulante tem meia-vida de cerca de 3 dias. 
↠IgM circulante tem meia-vida de 
aproximadamente 4 dias. 
↠As moléculas de IgG circulantes têm meia-vida de 
cerca de 21 a 28 dias. 
↠Pelo fato de a região da dobradiça dos anticorpos lhes conferir 
flexibilidade, um único anticorpo pode se ligar a um único antígeno 
multivalente em mais de um sítio de ligação. Para a IgG ou IgE, essa 
ligação pode envolver, no máximo, dois sítios de ligação, um para 
cada Fab. Para a IgM pentamérica, entretanto, um único anticorpo 
pode se ligar a até 10 sítios diferentes 
↠A força geral de ligação é chamada avidez e é muito maior do 
que a afinidade a qualquer sítio individual de ligação antigênica. 
Assim, uma molécula de IgM de baixa afinidade ainda pode se ligar 
firmemente a um antígeno polivalente porque muitas interações 
de baixa afinidade (até 10 por molécula de IgM) podem produzir 
uma interação de alta avidez. 
↠Interações polivalentes entre antígenos e anticorpos também 
têm significado biológico, uma vez que muitas funções efetoras dos 
anticorpos são disparadas de maneira ótima quando duas ou mais 
moléculas de anticorpos são aproximadas pela ligação a um antígeno 
polivalente. 
 
Relações estrutura-função nas moléculas de anticorpos 
↠A capacidade dos anticorpos em reconhecer especificamente 
uma grande variedade de antígenos com afinidades variadas 
reflete as propriedades das regiões Variáveis. 
1) Especificidade: Os anticorpos podem ser notavelmente 
específicos para os antígenos, distinguindo entre pequenas 
diferenças em sua estrutura química. 
2) Diversidade: um indivíduo é capaz de produzir um número 
tremendo de anticorpos estruturalmente distintos, talvez da 
ordem de milhões, cada um com uma especificidade distinta. A 
capacidade dos anticorpos, em qualquer indivíduo, de se ligar 
especificamente a um grande número de antígenos diferentes é 
um reflexo da diversidade de anticorpos. 
3) Maturação de afinidade:Aquelas células B produtoras de 
anticorpos de maior afinidade se ligam preferencialmente ao 
antígeno e, como resultado da seleção, se tornam células B 
dominantes a cada exposição subsequente ao antígeno. Esse 
processo, chamado maturação de afinidade, resulta em um 
aumento na afinidade média de ligação dos anticorpos a um 
antígeno à medida que a resposta imune evolui. 
 
 
↠A região constante da cadeia Pesada difere de uma classe de 
anticorpos para outra, e sua estrutura serve como base para 
distinguir cinco classes diferentes, designadas IgG, IgA, IgM, IgD e 
IgE. (Tortora) 
↠Em humanos, os isotipos IgA e IgG podem ainda ser 
adicionalmente divididos em subclasses, ou subtipos, intimamente 
relacionadas, denominadas IgA1 e IgA2 e IgG1,IgG2, IgG3 e IgG4. 
↠Cada classe tem uma estrutura química diferente e um papel 
biológico específico. (Tortora) 
↠Como aparecem primeiro e são de duração relativamente curta, 
os anticorpos IgM indicam uma invasão recente. Em um paciente 
doente, o patógeno responsável pode ser sugerido pelo achado de 
níveis elevados de IgM específicos para um determinado organismo. 
A resistência do feto e do recém-nascido à infecção resulta 
principalmente de anticorpos IgG maternos que cruzam a placenta 
antes do nascimento e de anticorpos IgA do leite materno após o 
nascimento. 
 
 
 
 
 
Tipos de imunoglobulinas 
Ações dos anticorpos 
As ações das cinco classes de imunoglobulinas são um pouco 
diferentes, mas todas desativam antígenos de alguma 
maneira. As ações dos anticorpos incluem as seguintes: 
1) Neutralização de antígenos: A reação do anticorpo com o 
antígeno bloqueia ou neutraliza algumas toxinas bacterianas 
e impede a ligação de alguns vírus às células do corpo. 
2) Imobilização de bactérias 
3) Aglutinação e precipitação de antígenos: formação de 
ligação cruzada entre os patógenos que leva a aglutinação, 
uma vez que os anticorpos apresentam dois ou mais locais 
para ligação do antígeno. (Um único anticorpo pode se ligar a 
dois antígenos). Essa ligação cruzada facilita a fagocitose. 
 
 
 
 
↠A mais abundante representando, aproximadamente, 80% de 
todos os anticorpos do sangue. 
↠Encontrada no sangue, linfa e intestino. 
↠Possuí a estrutura monomérica. 
↠Nos seres humanos a classe IgG das imunoglobulinas contém 
quatro subclasses denominadas lgG1, lgG2, lgG3 e lgG4., em função 
de sua abundância no soro sendo a IgG1, a mais abundante. 
↠As moléculas de IgG circulantes têm meia-vida de cerca de 21 a 
28 dias, a mais longa meia-vida de todos os isotipos. 
↠A mesma forma de IgG materna que atravessa a placenta 
conferindo ao feto imunidade à infecção, também pode ser 
responsável pela doença hemolítica do recém-nascido 
(eritroblastose fetal), que é causada pelos anticorpos maternos 
contra os eritrócitos do feto. Os anticorpos IgG maternos contra 
o antígeno Rh, produzidos pela mãe Rh negativa, atravessam a 
placenta e se prendem aos eritrócitos fetais que expressam 
antígenos Rh (Rh+). (COICO, 6ª ed.) 
↠Protege contra bactérias e vírus, aprimorando a fagocitose, 
neutralizando toxinas e desencadeando o sistema complemento. 
↠ A molécula de IgG é um excelente anticorpo para a 
neutralização de toxinas tal como a toxina tetânica e botulínica ou 
para a inativação de, por exemplo, veneno de cobra ou escorpião. 
(COICO, 6ª ed.) 
↠ Devido a sua capacidade de neutralizar estes venenos 
(principalmente bloqueando seu sítio ativo), bem como devido a sua 
longa meia-vida, comparada com a dos outros isotipos, a molécula 
de IgG constitui o isotipo de escolha para a imunização passiva (isto 
é, transferência de anticorpos) contra toxinas e venenos. (COICO, 
6ª ed.) 
↠ As moléculas de IgG são eficientes na imobilização de inúmeras 
bactérias móveis. A reação dos anticorpos específicos com os 
flagelos e cílios de certos microrganismos faz com as bactérias se 
agrupem, paralisando, consequentemente, seu movimento e 
impedindo sua capacidade de disseminar ou invadir tecidos. (COICO, 
6ª ed.) 
↠É a única classe de anticorpos que cruza a placenta da mãe 
para o feto, conferindo proteção imunológica considerável ao 
recém-nascido. 
↠ O anticorpo IgG é um eficiente neutralizador de vírus. Em um 
mecanismo de neutralização, os anticorpos se ligam a 
determinantes antigênicos presentes em várias partes do 
revestimento dos vírus, entre eles a região utilizada pelo vírus para 
se prender à célula alvo. A inibição da fixação do vírus efetivamente 
paralisa a infecção. (COICO, 6ª ed.) 
 
 
 
↠ A IgA é a principal imunoglobulina nas secreções externas como 
saliva, muco, suor, fluído gástrico e lágrimas. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Ela é, além disso, a principal imunoglobulina encontrada no 
colostro e no leite das lactantes, e, durante as primeiras semanas 
após o nascimento, pode prover o neonato com a principal fonte 
de proteção intestinal contra patógenos. (COICO, 6ª ed.) 
↠ A IgA circulante tem meia-vida de cerca de 3 dias (embora a 
maior parte da IgA seja produzida em sítios de mucosa e seja 
secretada diretamente no lúmen do intestino ou da via aérea). 
(COICO, 6ª ed.) 
↠ A imunoglobulina da classe IgA contém duas subclasses: IgA1, 
(93%) e IgA2 (7%). (COICO, 6ª ed.) 
↠ Pequenas quantidades estão presentes no sangue e na linfa. 
↠ Compõe de 10 a 15% de todos os anticorpos do sangue; ocorre 
como monômeros e dímeros. 
↠ Seus níveis diminuem durante o estresse, abaixando a 
resistência à infecção. 
↠ Fornece proteção localizada das túnicas mucosas contra 
bactérias e vírus. 
↠PAPEL NAS INFECÇÕES MUCOSAS: Devido a sua presença nas 
secreções como, saliva, urina e fluido gastrintestinal, a IgA 
secretora é importante na defesa imunológica primária contra 
infecções respiratórias ou gastrintestinais locais. (COICO, 6ª ed.) 
Acredita-se que seu efeito protetor seja devido a sua capacidade 
de impedir que o microrganismo invasor se ligue e penetre na 
superfície epitelial. (COICO, 6ª ed.) 
↠ATIVIDADE BACTERICIDA: Sabe-se que a lgA possui atividade 
bactericida contra microrganismos Gram-negativos, mas apenas na 
presença de lisozima, que também está presente nas mesmas 
secreções que contêm a IgA secretora. (COICO, 6ª ed.) 
↠ATIVIDADE ANTIVIRAL: A lgA secretora é um excelente 
anticorpo antiviral, impedindo os vírus de penetrarem nas células 
IgA 
IgG 
do hospedeiro. Além disso, a lgA secretora é um eficiente anticorpo 
aglutinante. (COICO, 6ª ed.) 
 
 
 
↠Aproximadamente 5 a 10% de todos os anticorpos do sangue; 
também encontrada na linfa. 
↠ A IgM presente no soro de indivíduos adultos é encontrada 
predominantemente nos espaços intravasculares. (COICO, 6ª ed.) 
↠Ocorre como pentâmeros; 
↠Também é encontrada na forma de monômeros na superfície 
dos linfócitos B, onde atua como receptores de antígeno (BCR) 
↠A IgM circulante tem meia-vida de aproximadamente 4 dias. 
(COICO, 6ª ed.) 
↠A primeira classe de anticorpos a ser secretada pelos 
plasmócitos após a exposição inicial a qualquer antígeno 
↠ A IgM é a primeira imunoglobulina produzida após a imunização. 
Sua denominação deriva-se de sua descrição inicial como 
macroglobulina (M), uma imunoglobulina de alto peso molecular. 
(COICO, 6ª ed.) 
↠No plasma sanguíneo, os anticorpos anti-A e anti-B do grupo 
sanguíneo ABO, que se liga aos antígenos A e B durante a 
transfusão de sangue incompatível, são também anticorpos IgM 
↠Ativa o complemento, provoca a aglutinação e lise de 
microrganismos. 
↠ Os anticorpos lgM não são capazes de atravessar a placenta. 
Entretanto, pelo fato de constituírem a única classe de 
imunoglobulina sintetizada pelo feto, cuja produção se inicia 
aproximadamente aos cinco meses de gestação, elevados níveis de 
IgM no feto indicam infecção congênita ou perinatal. (COICO, 6ª ed.) 
↠ A IgM é o isotipo sintetizado por crianças e adultos em 
quantidades apreciáveis após imunização ou exposição a antígenos 
T-independentes e constitui o primeiro isotipo sintetizado após a 
imunização. Desta maneira, elevados níveis de IgM geralmenteindicam infecção ou exposição recentes a um antígeno. (COICO, 6ª 
ed.) 
. ↠ As moléculas de lgM são eficientes anticorpos aglutinantes. 
Devido a sua forma pentamérica, os anticorpos IgM podem formar 
pontes macromoleculares entre epítopos sobre moléculas que 
podem estar muito distante uma da outra para serem unidas por 
um anticorpo IgG de menor tamanho. (COICO, 6ª ed.) 
 
 
 
↠ Encontrada principalmente na superfície dos linfócitos B como 
receptores de antígenos. 
↠ Ocorre como monômeros. 
↠ Está envolvida na ativação dos linfócitos B. 
↠ Aproximadamente 0,2% de todos os anticorpos do sangue. 
↠ A IgD está presente no soro em quantidades muito baixas e 
variáveis, provavelmente porque não é secretada pelas células 
plasmáticas e também porque, entre as imunoglobulinas, ela é 
altamente suscetível à degradação proteolítica devido a sua longa 
região da dobradiça. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Embora a função da IgD ainda não esteja completamente 
elucidada, a expressão da IgD na membrana parece estar 
correlacionada à eliminação das células B com capacidade de gerar 
anticorpos autorreativos. Desta maneira, durante o 
desenvolvimento, a principal importância biológica da IgD pode ser 
a de silenciar as células B autorreativas (COICO, 6ª ed.) 
 
 
 
↠Ocorre como monômeros; 
↠Está presente em menos de 0,1% de todos os anticorpos do 
sangue, a mais baixa concentração; 
↠Está localizada nos mastócitos e basófilos. 
↠Está envolvida nas reações alérgicas de hipersensibilidade; 
↠Fornece proteção contra vermes parasitas; 
↠ A IgE tem uma meia-vida bastante curta, de aproximadamente 
2 dias na circulação (embora a IgE ligada à célula associada ao seu 
IgM 
IgD 
IgE 
receptor de alta afinidade no mastócito tenha meia-vida bastante 
longa; (COICO, 6ªed.) 
↠ Ela tem um papel na proteção contra certos parasitas, como 
os helmintos (vermes). Esta proteção é alcançada pela ativação da 
mesma resposta inflamatória aguda vista na forma mais patológica 
das respostas de hipersensibilidade imediata. (COICO, 6ª ed.) 
 
 
↠A imunidade adaptativa tem a importante função de defesa do 
hospedeiro contra infecções microbianas, mas as respostas 
imunes também são capazes de causar lesão tecidual e doença. 
↠Os distúrbios causados pelas respostas imunes são chamados 
doenças de hipersensibilidade. 
↠Normalmente, as respostas imunes erradicam os patógenos 
infecciosos sem provocar graves lesões aos tecidos do hospedeiro. 
No entanto, essas respostas são algumas vezes controladas de 
maneira inadequada, inapropriadamente direcionadas aos tecidos 
do hospedeiro ou desencadeadas por microrganismos comensais 
ou antígenos ambientais que geralmente são inócuos. Nessas 
situações, a resposta imune, normalmente benéfica, torna-se a 
causa da doença. 
 
 
↠As respostas imunes, que são a causa das doenças de 
hipersensibilidade, podem ser específicas para antígenos de 
diferentes fontes. 
1) Autoimunidade: reações contra autoantígenos. 
↠A falha dos mecanismos normais de autotolerância resulta em 
reações de células T e células B contra as próprias células e tecidos 
do indivíduo, chamadas autoimunidade. 
↠As doenças causadas pela autoimunidade são denominadas 
doenças autoimunes. 
2) Reações contra microrganismos. As respostas imunes contra 
antígenos microbianos podem causar doença se as reações forem 
excessivas ou se os microrganismos forem anormalmente 
persistentes. 
↠As respostas das células T contra microrganismos persistentes 
podem dar origem a uma inflamação grave, algumas vezes com a 
formação de granulomas; essa é a causa da lesão tecidual 
observada na tuberculose e outras infecções crônicas. Se forem 
produzidos contra antígenos microbianos, os anticorpos podem se 
ligar aos antígenos para produzir imunocomplexos que se 
depositam nos tecidos e desencadeiam inflamação. 
3) Reações contra antígenos ambientais não microbianos. A maioria 
dos indivíduos saudáveis não reage contra substâncias ambientais 
comuns, geralmente inócuas (inofensivas), mas quase 20% da 
população é anormalmente responsiva a uma ou mais dessas 
substâncias. Esses indivíduos produzem anticorpos imunoglobulina E 
(IgE) que causam doenças alérgicas. 
↠Alguns indivíduos tornam-se sensibilizados a antígenos 
ambientais e substâncias químicas que, em contato com a pele, 
desenvolvem reações de células T que levam à inflamação mediada 
por citocinas, resultando em sensibilidade de contato. 
 
 
↠As doenças de hipersensibilidade são geralmente classificadas 
de acordo com o tipo de resposta imune e o mecanismo efetor 
responsável pela lesão celular e tecidual. 
↠Alguns desses mecanismos são predominantemente 
dependentes de anticorpos, e outros, de células T, embora um 
papel para ambas as imunidades, humoral e mediada por células, 
seja frequentemente encontrado em muitas doenças de 
hipersensibilidade. 
Hipersensibilidade imediata (tipo 1) 
↠ É causada por anticorpos IgE específicos para antígenos 
ambientais e é o tipo mais prevalente de doença de 
hipersensibilidade. 
↠ As doenças de hipersensibilidade imediata, agrupadas como 
alergia ou atopia, são normalmente causadas pela ativação de 
células Th2 produtoras de interleucina-4 (IL-4), IL-5 e IL-13, e pela 
Reações de hipersensibilidade 
Causas das doenças de hipersensibilidade 
↠Em todas essas condições, os mecanismos de lesão 
tecidual são os mesmos que normalmente participam da 
eliminação de agentes infecciosos. Esses mecanismos 
incluem as respostas imunes inatas e adaptativas que 
envolvem fagócitos, anticorpos, linfócitos T, mastócitos e 
várias outras células efetoras, além dos mediadores da 
inflamação. O problema das doenças de hipersensibilidade 
é que a resposta imune não é controlada adequadamente 
ou é dirigida aos tecidos normais. Como os estímulos para 
essas respostas imunes anormais são frequentemente 
impossíveis de se eliminar (p. ex.: autoantígenos, 
microrganismos comensais e antígenos ambientais) e o 
sistema imune tem muitas alças de retroalimentação 
positiva intrínsecas (mecanismos de amplificação), assim 
que uma resposta imune patológica é iniciada, torna-se 
difícil controlá-la ou interrompê-la. Dessa maneira, essas 
doenças de hipersensibilidade tendem a ser crônicas e 
progressivas. 
Classificação das reações de hipersensibilidade 
produção de anticorpos IgE que ativam mastócitos e eosinófilos e 
induzem inflamação. 
↠ Todo este processo resulta nas manifestações clínicas da 
hipersensibilidade do tipo I, que inclui rinite, asma e, nos casos 
graves, anafilaxia. (COICO, 6ª ed.) 
↠ As reações de hipersensibilidade do tipo I são rápidas, 
ocorrendo minutos após o desafio (reexposição ao antígeno). 
Consequentemente, as reações alérgicas são também 
denominadas hipersensibilidade imediata. (COICO, 6ª ed.) 
↠A sequência de acontecimentos envolvidos no desenvolvimento 
de reações alérgicas pode ser dividida em várias fases: (COICO, 6ª 
ed.) 
➢ fase de sensibilização: durante a qual os anticorpos IgE são 
produzidos em resposta a um estímulo antigênico ligando-se, 
posteriormente, a receptores específicos presentes nos 
mastócitos e basófilos; 
➢ fase de ativação: durante a qual a reexposição (desafio) ao 
antígeno deflagra a resposta dos mastócitos e basófilos através 
da liberação do conteúdo de seus grânulos; 
➢ fase efetora: durante a qual ocorre uma resposta complexa 
resultante dos efeitos de muitos mediadores inflamatórios 
liberados pelos mastócitos e basófilos. 
↠Os sintomas das reações alérgicas são inteiramente atribuídos 
aos mediadores inflamatórios liberados pelos mastócitos ativados. 
É útil classificar estes mediadores em duas categorias principais: 
(COICO, 6ª ed.) 
↠Mediadores pré-formados: Histamina, Serotonina, Fatores 
Quimiotáticos, Heparina 
↠Mediadores recentemente sintetizados: Leucotrienos, 
Tromboxanos e Prostaglandinas, Fator de Ativação das Plaquetas. 
Hipersensibilidade mediada por anticorpos (tipo II) 
↠ Anticorpos IgG e IgM específicos para antígenos da superfíciecelular ou da matriz extracelular podem causar lesão tecidual 
ativando o sistema complemento, recrutando células inflamatórias 
e interferindo nas funções celulares normais. 
↠ O resultado é a destruição da célula. (COICO, 6ª ed.) 
Hipersensibilidade mediada por imunocomplexos (tipo III) 
↠Anticorpos IgM e IgG específicos para antígenos solúveis no 
sangue formam complexos com antígenos, e esses 
imunocomplexos podem se depositar nas paredes dos vasos 
sanguíneos em vários tecidos, causando inflamação, trombose e 
lesão tecidual. 
↠ Em condições normais, os imunocomplexos circulantes 
constituídos por anticorpos ligados a antígenos estranhos são 
removidos pelas células fagocitárias. (COICO, 6ª ed.) 
Hipersensibilidade mediada por células T (tipo IV) 
↠Nesses distúrbios, a lesão tecidual pode ser causada por 
linfócitos T que induzem inflamação ou matam diretamente as 
células-alvo 
↠Em muitas dessas doenças, o principal mecanismo envolve a 
ativação de células T auxiliares CD4+, as quais secretam citocinas 
que promovem inflamação e ativam leucócitos, principalmente 
neutrófilos e macrófagos. Os linfócitos T citotóxicos (CTLs, do 
inglês, cytotoxic T lymphocytes) contribuem para a lesão tecidual 
em algumas doenças. 
↠ Os anticorpos não participam das reações de hipersensibilidade 
do tipo IV. As células TH1 ativadas liberam citocinas que promovem 
acúmulo e ativação de macrófagos que, por sua vez, causam dano 
local. Este tipo de reação tem início tardio, que pode ocorrer dias 
ou semanas após o desafio com o antígeno. (COICO, 6ª ed.) 
↠ Os efeitos prejudiciais da DTH são causados pela liberação 
inapropriada de grandes quantidades de citocinas (incluindo 
quimiocinas) pelas células T ativadas. (COICO, 6ª ed.) 
 
 
 
➢ ABBAS, Abul K.; LICHTMAN, Andrew H.; PILLAI, Shiv. 
Imunologia Celular e Molecular, 9ª edição. Elsevier Editora 
Ltda., 2019. 
➢ COICO, Richard; SUNSHINE, Geoffrey. Imunologia, 6ª 
edição. Guanabara Koogan, 2010. 
➢ TORTORA, Gerard J. Princípios de anatomia e fisiologia / 
Gerard J. Tortora, Bryan Derrickson; tradução Ana 
Cavalcanti C. Botelho... [et al.]. – 14. ed. – Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
Referências

Outros materiais