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APG 17 - Embriologia Sistema Respiratório

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APG 17 1º SEMESTRE @valecarneiro 
APG 17: CEDO DEMAIS 
 Carlos recebeu a notícia que seu sobrinho acabou de nascer. 
Alegre com a notícia, foi correndo para a maternidade. Chegando 
lá encontrou seu irmão muito triste na porta, pois seu filho tinha 
nascido prematuro, com 28 semanas de gestação e estava na 
UTI. 
 - O doutor disse que ele nasceu com dificuldade para respirar. 
 - Mas já não era para estar com o pulmão formado? 
 - O médico disse que não, por isso deu corticoide para minha 
esposa 2 horas antes do nascimento, na tentativa de prevenir 
problemas respiratórios no bebê, mas não deu certo. 
questões 
1- Qual a função do corticóide na finalização da formação 
do pulmão? 
R: Suprir a falta do surfactante. 
2- Qual a consequência da hipóxia pulmonar fetal em 
bebês prematuros? 
R: Dificuldade de respiração, falta de oxigênio no 
organismo, dificuldade nas trocas gasosas. 
3- Como ocorre a formação do pulmão? Em que semana 
ele é finalizado? 
R: É finalizado no nascimento do bebê. Sua formação 
inicia na quarta semana de gestação. 
4- Como está a formação do pulmão do feto na 28º 
semana de gestação? 
R: Ele está “pronto”, mas inativo. Ainda não está 
produzindo a quantidade correta de surfactante. 
5- Quais as principais características da formação do 
pulmão? 
6- R: Se inicia na quarta semana e finaliza após o 
nascimento. 
7- Qual é a função do surfactante? Quais suas 
características? 
R: Atua nas trocas gasosas, está presente nos alvéolos. 
8- Como ocorre a formação embriológica do sistema 
respiratório? 
R: (folhetos embrionários) Se origina do endoderma. 
objetivo 
1. Entender como ocorre a formação embrionária do 
sistema respiratório com ênfase no pulmão (anatomia, 
histologia e fisiologia); 
2. Compreender a composição e a função do surfactante; 
2.1 Citar a influência do corticóide para a formação do 
surfactante 
resumo 
CONCEITOS BÁSICOS 
O sistema respiratório deriva do intestino primitivo 
O intestino primitivo acontece no dobramento lateral cefálico 
caudal, é nada mais é que uma cavidade tubular no embrião. 
O intestino primitivo é dividido em anterior, médio e posterior. 
A estrutura que dá origem a parte inferior do sistema 
respiratório brota do intestino anterior. 
Conforme o dobramento vai acontecendo a comunicação do 
intestino primitivo como o saco vitelino trona-se cada vez menor, 
até que se forme o ducto vitelino. 
Primeira diferenciação do intestino primitivo são as bolsas 
faríngeas (deriva do endoderma), que vão delimitar os arcos 
faríngeos 
O desenvolvimento respiratório tem seu início de formação na 4ª 
semana de desenvolvimento até a 8ª semana de desenvolvimento 
FORMAÇÃO DO BROTOS PULMONARES 
 Na região laringotraqueal vai ocorrer uma evaginação do intestino 
primitivo vai formar um sulco voltado para o ventre, o 
DIVERTÍCULO RESPIRATÓRIO (broto pulmonar), que é uma 
protuberância na parede ventral do intestino anterior, começa a 
se formar na 4ª semana de desenvolvimento 
sistema respiratório 
↳ ↳ 
APG 17 1º SEMESTRE @valecarneiro 
 
Ele aparece e tem sua localização determinada pelo aumento de 
ácido retinóico, que é produzido pelo mesoderma adjacente. Esse 
ácido eleva a expressão do fator de transcrição TBX4 no 
endoderma do tubo intestinal, local onde se formara o divertículo 
respiratório, vai induzir a formação do broto, e dar continuidade 
ao seu crescimento, e depois, a sua diferenciação dos pulmões. 
A parte epitelial da faringe, da laringe, brônquios e pulmões se 
originam do endoderma, já a parte de tecido conjuntivo e tecido 
cartilaginoso muscular, que tem na tranqueia e pulmões, tem sua 
origem no mesoderma esplâncnico. 
No início, o broto pulmonar se comunica com o intestino anterior, 
mas quando o divertículo se expande caudalmente, há a criação 
de duas pregas, chamadas PREGAS TRAQUEOSOFÁGICAS, que se 
separam do intestino. Em seguida, elas se unem, e formam o 
SEPTO TRAQUEOSOFÁGICO, fazendo com que o intestino anterior 
se divida em uma porção anterior (esôfago), uma porção ventral 
(traqueia e brotos pulmonares). O primórdio respiratório continua 
se comunicando com a faringe pelo ORIFÍCIO FARÍNGEO. 
 
DESENVOLVIMENTO DA FARINGE 
Os arcos faríngeos se originam na 4ª semana de 
desenvolvimento fetal, quando as células da crista neural migram 
para a região da cabeça e pescoço. 
Cada arco faríngeo é consistem em um núcleo mesênquima 
(tecido conjuntivo embrionário) e é coberto do lado de fora pelo 
ectoderma e do lado de dentro pelo endoderma. 
Ao total temos 4 pares de arcos faríngeos e 2 arcos faríngeos 
rudimentares, que não aparecem na superfície do embrião. 
Os arcos contribuem para o desenvolvimento da face, cavidades 
nasais, boca, laringe, faringe e pescoço. 
Os arcos faríngeos sustentam as paredes laterais da faringe 
primitiva., que derivam da parte cefálica do intestino anterior 
DESENVOLVIMENTO DA LARINGE 
Revestimento interno originado no endoderma, 
Cartilagens e músculos originados no mesênquima do 4º e 6º 
arcos faríngeos 
Como se o mesênquima se prolifera muto rápido, há uma 
modificação de aparência do orifício laríngeo, saindo do formato 
de fenda sagital, e adquirindo uma abertura em formato de T. 
Durante o desenvolvimento o mesênquima dos dois arcos se 
transforma em cartilagens tireóidea, cricóidea e aritenóidea, já 
com o formato do orifício laríngeo adulto. 
Durante a o período em que as cartilagens se formam, o epitélio 
faríngeo também se prolifera rapidamente, causando uma 
oclusão temporária do lumem. A vacuolização e a recanalização 
vão produzir um par de RECESSOS LATERAIS, chamados de 
ventrículos laríngeos, esses são delimitados por pregas teciduais 
que se diferenciam em pregas vocais falsas e verdadeiras. 
Todos os músculos laríngeos são inversados por ramos do décimo 
nervo craniano, o NERVO VAGO, já que toda a musculatura da 
laringe é derivada do mesênquima do quarto e sexto arco 
faríngeo. 
Nervo Laríngeo Superior inerva derivados do 4º arco faríngeo 
Nervo Laríngeo Recorrente inerva os derivados do 6º arco 
faríngeo 
. DESENVOLVIMENTO DA TRAQUÉIA, 
BRÔNQUIOS E PULMÕES 
Acontece entre a 5ª até a 16ª semanas 
O broto pulmonar (na separação do intestino anterior) forma a 
traqueia e os brotos brônquios (duas evaginações laterais). 
APG 17 1º SEMESTRE @valecarneiro 
 
→ 5ª semana: cada um desses broto vai se alargar e vai 
formar os brônquios principais (Direito e Esquerdo) 
• Brônquios principal Direito: constitui três brônquios 
secundários 
• Brônquios principal Esquerdo: constitui dois brônquios 
secundários 
Essa divisão dos brônquios principais corresponde aos lobos dos 
pulmões 
 
→ Os brotos pulmonares se expandem para a cavidade 
corporal. 
Canais pericardioperitoneais: parte estreita, onde os pulmões vão 
se alojar, ficam de cada lado do intestino anterior, serão 
preenchidos pelos brotos pulmonares em expansão. 
 
As cavidades pleurais primitivas é o espaço restante que sobra 
quando ocorre a separação das pregas pleuroperitoneais e 
pleuropericárdias dos canais pericardioperitoneais das cavidades 
peritoneal e pericárdica. 
 
A pleura visceral é o mesoderma que cobre o exterior dos 
pulmões. Já a pleura parietal corresponde a camada de 
mesoderma somático, que cobre a superfície interna da parede 
corporal. O espaço entre a pleura parietal e a visceral é chamado 
de cavidade pleural. 
 
Posteriormente, os brônquios secundários continuam se dividindo 
repetidamente. 
• Pulmão Direito: formação de 10 brônquios terciários 
(segmentares) 
• Pulmão Esquerdo: formação d 8 brônquios terciários 
(segmentados) 
• Criação dos segmentos broncopulmonares do pulmão 
adulto 
Até o sexto mês há aproximadamente 17 gerações de 
subdivisões 
APG 17 1º SEMESTRE @valecarneiro 
Ainda há seis divisões adicionais durante a vida pós-natal 
Enquanto acontece essas divisões os pulmões vão tomando uma 
posição mais caudal. 
MATURAÇÃO DOS PULMÕES 
→ Período Pseudoglandular: 
• Acontece entrea 5ª e a 16ª semanas 
• Nesse período a ramificação continua a formar 
bronquíolos terminais. Nesse momento não há bronquíolos 
respiratório nem alvéolos 
→ Período Canalicular: 
• Acontece entre a 16ª a 26ª semanas 
• Cada bronquíolo terminal se divide em dois ou mais 
bronquíolos respiratórios, e estes vão se dividir em três 
a seis ductos alveolares 
→ Período Saco Terminal: 
• Acontece entre a 26ª semanas até o nascimento 
• Os sacos terminais (alvéolos primitivos) se formam e 
estabelecem contato próximo com capilares sanguíneos 
→ Período Alveolar: 
• Acontece entre o 8º mês até a infância 
• Os alvéolos maduros apresentam contatos 
epitelioendoteliais (capilares) bem desenvolvidos 
Os bronquios continuam se dividindo em números maiores de 
canais, se tornando cada vez menores, e há um aumento gradual 
de suprimento vascular. 
 
A divisão dos bronquíolos terminais forma os bronquíolos 
respiratórios. 
Os bronquíolos respiratórios se dividem em três a seis ductos 
alveolares. Os ductos vão terminar nos sacos terminais (alvéolos 
primitivos), que serão cercados por células alveolares achatadas, 
estas ficam em contato próximo com capilares vizinhos. 
 
 
Ao chegar ao final do sétimo mês já existe uma quantidade 
suficiente de sacos alveolares e de capilares maduros para 
conseguir fazer trocas gasosas, e o prematuro consegue 
sobreviver. 
Nos últimos dois meses da vida pré-natal e durante a infância, os 
sacos terminais continuam aumentando. 
As células alveolares epiteliais do tipo I, que são as células que 
revestem os sacos, vão ficando mais achatadas, possibilitando 
que os capilares circunjacentes se projetem para os sacos 
alveolares. Esse contato entre as células alveolares epiteliais 
achatadas e endoteliais formam uma barreira sangue-ar. 
 
 
SURFACTANTE 
APG 17 1º SEMESTRE @valecarneiro 
Além das células alveolares epiteliais achadas, outro tipo de célula 
se desenvolve no sexto mês, que são as células alveolares 
epiteliais do tipo II, e essas produzem surfactante. 
O liquido surfactante é rico em fosfolipídios, que diminui a tensão 
superficial na interface ar-alvéolo A concentração de 
surfactante no liquido dos pulmões aumenta consideravelmente 
nas duas últimas semanas antes do nascimento. 
Com o aumento do liquido surfactante (34ª semana) alguns 
fosfolipídios entram no líquido amniótico, gerando a ação de 
macrófagos na cavidade amniótica. Isso fara com que o sistema 
imunológico produza diversas proteínas, incluindo a interleucina-1b, 
e com o aumento desta há produção de prostaglandinas, que 
causam contrações uterinas, podendo causar um parto 
prematuro. 
O liquido surfactante, no início das respirações (já acontece 
durante no final do período pré-natal) é reabsorvido dos sacos 
pulmonares, e vira um revestimento fosfolipídico fino sobre as 
membranas celulares alveolares. Isso evita o desenvolvimento de 
uma interface ar-água (sangue) com altas tensões superficiais. 
Se não houvesse essas camadas gordurosas de surfactante os 
alvéolos entrariam em colapso durante a expiração. 
Quando há insuficiência de surfactante nos recém-nascidos os 
alvéolos podem entrar em colapso pela alta tensão superficial ar-
água (sangue), e corresponde cerca de 20% das mortes em 
prematuros. 
Uma alternativa para que isso não ocorra é administração de 
corticoide na mão, quando há risco de parto prematuro, e no 
recém-nascido, para ajudar na produção de surfactante nos 
pulmões. 
 
Referências: 
SADLER. Langman - Embriologia Médica. [Digite o Local da Editora]: 
Grupo GEN, 2016.

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