Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL FRATURA SANARFLIX 1 1. Conceito Perda da continuidade óssea Geralmente de traumas de alta energia Tipos de fratura x força aplicada: ❖ Angular → fratura transversa ou oblíqua ❖ Torção → fratura espiral ❖ Tração → fratura por avulsão ❖ Compressiva → fratura por compressão 2. Classificação Traço: ❖ Simples → um traço ❖ Cunha → dois traços ❖ Cominutiva → múltiplos traços Comprometimento articular: ❖ Intra-articular ❖ Extra-articular Comprometimento de partes moles: ❖ Aberta (exposta) ❖ Fechada 3. Consolidação O processo de consolidação é único e natural Trata-se da capacidade de regeneração depende da reindução das cascatas osteogênicas do período embrionário Estabilização da fratura é gradativa Consolidação óssea: ❖ Reparar a lesão ❖ Promover a estabilidade ❖ Remodelar o osso ❖ Retorno da função Fatores importantes: ❖ Fator mecânico → relacionado com a estabilização da fratura por imobilização ou cirurgia ❖ Fator biológico → relacionado com o aporte sanguíneo e a chagada de substâncias essenciais na consolidação das fraturas *Células sanguíneas, mediadores químicos inflamatórios, células osteogênicas e células de preenchimento Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL FRATURA SANARFLIX 2 Tipos de consolidação → tempo variável para cada osso ❖ Primaria → sem mobilidade no foco da fratura; não há formação do calo ósseo; acontece no contato direto nas corticais dos fragmentos; ocorre através da proliferação dos canais de Havers (ósteons) *Esse tipo de consolidação é denominado de remodelação Haversiana *A maior parte do osso compacto é composto pelos sistemas de Havers ou ósteons. Cada um desses sistemas é composto por cilindros de lamelas concêntricas em torno de um espaço neurovascular chamado de Canal de Havers (Haversiano). Os canais de Havers adjacentes são unidos por canais de Volkamann. Os canais de Havers formam os osteons e os canais de Volkmann realizam a conexão entre os canais de Havers. ❖ Secundária → mobilidade controlada no foco da fratura; há formação do calo ósseo Etapas de consolidação secundária: ❖ Fase precoce/hematoma → imediata ao trauma que levou à fratura; sangramento local; foco da fratura ocorre o acúmulo de células; dor e edema no local da fratura ❖ Fase inflamatória → proliferação de células inflamatórias; angiogênese; chagada de fibroblastos, condroblastos, fatores de crescimento tecidual, interleucinas, prostaglandinas e células mesenquimais ❖ Fase do calo mole → formação de um calo provisório; tecido fibrocartilaginoso ❖ Fase do calo duro → substituição gradual do calo mole; matriz calcificada formando um calo de tecido ósseo no foco fraturado; visualização na radiografia ❖ Fase da remodelação → excesso de tecido ósseo será reabsorvido; pode durar anos Tipos de estabilidade: ❖ Estabilidade relativa → movimentos controlados no foco da fratura; permite a movimentação interfragmentária adequada para a formação do calo ósseo; síntese flexível (calo ósseo, consolidação secundária); normalmente utilizado quando a fratura atinge a diáfise ❖ Estabilidade absoluta → métodos; restauração óssea anatômica; ausência de movimentos no foco da fratura; superfícies do foco de fratura não se deslocam sob a aplicação de carga; mobilização precoce; consolidação primária, sem calo ósseo; normalmente utilizado quando a fratura atinge articulação *O tecido ósseo é um tecido conjuntivo especializado, formado por um material extracelular calcificado (matriz óssea) e alguns tipos celulares: os osteócitos (ocupam cavidades ou Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL FRATURA SANARFLIX 3 lacunas no interior da matriz óssea, sendo essenciais para a sua manutenção), os osteoblastos (sintetizam a parte orgânica da matriz óssea e se localizam em sua periferia) e os osteoclastos (células gigantes, multinucleadas e móveis que possuem como função a reabsorção óssea, gerando processo de remodelação) 4. Quadro clínico Dor (nem sempre é aguda) Incapacidade funcional (nem sempre presente) Impotência funcional (dificuldade de realização de alguma atividade) Deformidade (nem sempre presente) 5. Abordagem Inicial: ❖ Exame clínico ❖ Exame radiológico em pelo menos duas incidências ortogonais → AP e perfil Definitiva: ❖ Alívio da dor ❖ Redução da fratura → aberta ou fechada ❖ Imobilização ❖ Restaurar a função → reabilitação Complicações: ❖ Osteomielite ❖ Lesão arterial ❖ Síndrome compartimental ❖ Trombose venosa profunda (TVP) ❖ Tromboembolismo pulmonar (TEP) ❖ Necrose avascular ❖ Pseudoartrose → não consolidação óssea 6. Tipos de imobilização Contenção externa Fixação cirúrgica externa Fixação cirúrgica interna 7. Fratura exposta Contato do foco com o meio externo Prognóstico é proporcional ao trauma (à energia) Evolução relacionada à quantidade de tecido mole desvitalizado Classificação de Gustilo e Anderson (ajuda na antibiótico profilaxia/terapia) *PAF classificar automaticamente em IIIA Marina Ribeiro Portugal MARINA RIBEIRO PORTUGAL FRATURA SANARFLIX 4 Antibiótico profilaxia: 8. Fratura da placa (fise) de crescimento Traumas nas epífises dos ossos longos Pode gerar o fechamento precoce da fise Localizações mais comuns de trauma: ❖ Rádio distal ❖ Fêmur distal ❖ Cotovelo ❖ Tíbia distal Classificação de Salter Harris (define o prognóstico e tratamento): ❖ I e II bom prognóstico → conservador ❖ III e IV → tratamento cirúrgico ❖ V mau prognóstico → sequelas inevitáveis 9. Mapamental
Compartilhar