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Segurança Pessoal
ayrton de oliveira Cardozo
guia prático do
agente de Segurança
guia prático do 
agente de Segurança
Ayrton de Oliveira Cardozo
São Paulo, 2010 
10 Edição
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Cardozo, Ayrton de Oliveira
Guia prático do agente de segurança / Ayrton de Oliveira Cardozo. 
-- São Paulo : Sicurezza, 2009.
ISBN 978-85-87297-20-4
1. Agente de segurança - Formação profissional - Estudo e ensino 2. 
Segurança privada 3. Segurança pública I. Título.
09-11189 CDD-338.479107
Índices para catálogo sistemático:
1. Agente de segurança : Formação profissional : Estudo e ensino 
338.479107
Titulo Original:
Guia Prático do Agente de Segurança
© Copyright 2010 by Ayrton de Oliveira Cardozo
1a edição, Janeiro 2010
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução desta obra por 
qualquer meio, em seu todo ou em partes, sem autorização expressa do 
autor e do editor.
Direitos dessa edição cedidos por contrato para:
Sicurezza Gestão de Riscos Corporativos, Editora e Distribuidora Ltda
Endereço fiscal: Rua Damasio Rodrigues Gomes, 301 - Jardim Cupece 
São Paulo - SP - Cep 04652-150
Telefone: 11 5531 6171
Email: editora@sicurezzaeditora.com.br
Coordenação: Enza Cirelli
Projeto Gráfico : Agencia BM Design - contato@agenciabmdesign.com.br
Fotolito, impressão e acabamento: JF Artes Gráficas
Agradecimentos
Primeiro gostaria de agradecer ao Fernando e ao 
Cássio, que foram fundamentais para o despertar de 
meu caminho profissional e que mostraram-me que 
quando trabalhamos com um padrão de excelência e 
foco, os objetvos são alcançados.
Tenho que agradecer também a Luciane Silva, que 
auxiliou-me nesta caminhada e que trouxe-me para a 
realidade do mundo acadêmico, num dos momentos de 
transição de minha vida.
Além disso, gostaria de agradecer a Enza Cirelli e Antonio 
Celso Ribeiro Brasiliano, por acreditarem nesta obra.
Finalmente a minha companheira Vanessa, que mostrou-
me através de seus atos, que a vida é feita de escolhas e 
que muitas vezes ou quase sempre exigem muita coragem, 
determinação e fé. E que estas forças quando reunidas, são 
capazes de revelar o verdadeiro sentido as nossas vidas, 
como foi a pequena e brilhante Carolina.
Ao Professor Fontoura, ao Sr. Jorge G. e ao Sr. Henrique 
M. meu mais profundo agradecimento, pois seus 
ensinamentos, exemplos e crenças, guiaram-me até aqui.
Dedico esta obra ao Nosso Arquiteto Maior, 
que mesmo diante das tempestades faz com 
que o céu azul estrelado esteja diante de 
meus olhos e ao meu filho Enzo, que mesmo 
sem saber, fez com que eu jamais desistisse.
Sumário
Introdução 8
Escala de Força / Uso Moderado dos Meios 10
Qualidade do Escolta 14
Vestuário 16
Equipamento 18
Proteção Integral 22
Motivações do Agressor / Fontes de Perigo 23
Fontes de Ameaça 24
Teoria Esférica da Proteção 25
Teoria dos Círculos Concêntricos 26
Proteção Avançada (Precursor / Reconhecimento) 28
Contra Vigilância 30
Fases da Ação Delitiva 31
Tipos de Vigilância 32
Áreas de Cobertura na Proteção Executiva 35
Organização do Serviço de Proteção 36
Classificando o Risco 38
Tipos de Escolta 39
Formações 41
Veículos 54
Regulagens Internas no Veículo 57
 7Guia Prático do aGente Pessoal
Condução Veículos 58
Condutor Veículo Principal 60
Itinerários 61
Cápsulas de segurança com Veículos 63
Combate à Incêndio 70
Primeiros Socorros 72
Combate em Recinto Confinado (CQB) 73
Gerenciamento de Crise 76
O Primeiro Contato 78
A Abordagem 82
Defesa de Intervenção 91
Proteção Contra Explosivos (MEI) 106
Transporte em Helicóptero 110
Transporte em Jatos Executivos 116
Bibliografia
Sobre o Autor
 8Guia Prático do aGente Pessoal
Introdução
Não podemos falar do profissional de segurança, sem que se fale numa 
preparação técnica profissional adequada as situações dos nossos no-
vos tempos. A evolução da área de segurança é facilmente perceptível 
através do uso de ferramentas administrativas que outrora jamais fize-
ram parte do cotidiano da área. O estabelecimento de metas e objeti-
vos, a eficácia do serviço contratado como resultado da efetividade e 
eficiência constatada, da exposição e mensuração do risco, são alguns 
dos novos desafios a enfrentar.
Mas a resposta para esses desafios a serem vencidos será a soma das 
experiências profissionais, da qualificação pessoal e dos valores éticos 
e morais vividos e serão o grande diferencial neste mercado cada vez 
mais competitivo.
A busca por conhecimentos deve ser incansável ao longo de nossa carrei-
ra, pois já está longe o tempo em que os atributos de um bom profissional 
de segurança era seu porte físico e o tom rude e impositivo que tratavam 
“seus clientes”. Hoje o mercado é muito mais seletivo e exigente e bus-
ca no profissional deste seguimento, uma nova postura comportamental, 
adequada a evolução e velocidade que o mundo vive. Atuar na Proteção 
Executiva significa ser discreto em suas ações e pensar preventivamente.
Creio ser importante ressaltar de que o bem maior que devemos res-
guardar é a VIDA. Que não somos e não seremos inatingíveis, mas que 
dificultaremos ao máximo a investida de um possível agressor. A segu-
rança de meu cliente está ligada diretamente ao valor que você atribui 
para a sua própria segurança. É ela, que você deverá perseguir em seu 
dia-a-dia. Para alcançar este objetivo, concentre suas ações na busca 
constante pela prevenção ao mesmo tempo que deverá estar sempre 
preparado para o cenário mais difícil.
 9Guia Prático do aGente Pessoal
Sejam pessoalmente críticos e reavaliem constantemente se suas ati-
tudes realmente são seguras e promovem a sua segurança e de quem 
o contrata. Se deixarmos o destino nos fazer tal questionamento talvez 
não tenhamos uma outra oportunidade. Cuidem-se!
 10Guia Prático do aGente Pessoal
Escala de Força/ 
Uso Moderado dos Meios
Qualquer sociedade democrática deve reger-se pôr princípios jurídi-
cos que garantam a existência de segurança para as pessoas e bens. 
Em nosso país, a constituição de 1988 traz expressa em seu texto os 
direitos e garantias individuais, entre os quais o direito da vida, que 
constituí-se no maior bem tutelado pelo Estado.
No artigo 23º do Código Penal Brasileiro, também conhecido como 
excludente de ilicitude, diz:
 “Não há crime quando o agente pratica o fato”:
 I – em estado de necessidade;
 II – Em legítima defesa;
 III – “Em estrito cumprimento do dever legal ou no exercício 
regular do direito.”
 Vamos analisar o item número II, que trata sobre a legítima de-
fesa, e que nos mostrará com segurança e sem dúvida de erro 
o parâmetro para nos defendermos dentro dos limites legais.
Já o artigo 25º do Código Penal Brasileiro nos diz que:
 “Entende-se em legítima defesa quem, usando moderada-
mente os meios necessários, repele injusta agressão, atual 
ou eminente, a direito seu ou de outrem”.
A legítima defesa é uma prática humana instintiva aplicada ao longo 
da história e objeto de explicações teóricas que a avaliam. É extrema-
mente importante o entendimento do que diz o artigo 25º do Código 
Penal Brasileiro, pois será através deste entendimento que agiremos 
dentro dos parâmetros da legislação brasileira na proteção de uma 
personalidade e de nossa própria defesa.
 11Guia Prático do aGente Pessoal
 “... moderadamente os meios necessários...” – Reação = 
Ação, a nossa reação deverá ter a mesma proporção do 
ataque que por ventura venhamos a sofrer;
 “... injusta agressão, atual ou eminente...” – Ataque sem mo-
tivação, no momento ou quando está prestes a concretizar-
se, devendo visar Cessar o ataque;
 “... a direito seu ou de outrem.” – Própria ou de Terceiros.
Ou ainda, conforme o dicionário Houaiss:
 Legítima – conforme a lei.
 Defesa – ato ou efeito de defender(-se), de proteger(-se).
Como já mencionei, a compreensão destes artigos são fundamentais 
para a garantia de uma atuação dentro dosparâmetros da legalidade 
e devem ser objeto de consulta constante.
Entre o ordenamento jurídico vigente, podemos destacar as normas le-
gais que disciplinam a atividade da segurança pessoal privada, que são:
Leis
• Lei nº 7.102/83 - Dispõe sobre a segurança para os Bancos, 
normatiza a constituição e funcionamento das empresas de 
Segurança Privada.
• Lei nº 8.863/94 - Altera a Lei nº 7.102, de 20 de junho de1983.
• Lei nº 9.017/95 - Altera a Lei nº 7.102/83.
• MP nº 2.184/01 - Altera o art. 17 da Lei 7.102/83 - Transfere 
da DRT para o DPF o registro profissional dos Vigilantes.
• Lei nº 11.718/08 - Altera a Lei nº 7.102/83, criando a obriga-
toriedade das Cooperativas de Crédito, apresentarem plano 
de segurança de suas instalações.
Decretos
• Decreto Lei nº 89.056/83 - Regulamenta a Lei nº 7.102, de 
20 de junho de 1983.
 12Guia Prático do aGente Pessoal
• Decreto Lei nº 1.592/95 - Altera o Decreto Lei nº 89.056/83, 
que regulamentava a Lei nº 7.102, de 20 de junho de1983 
(atualizando-o).
Portarias da Polícia Federal / MJ
• Portaria nº 992/95 – DPF Alterada pela Portarias nº 277/98 e 
nº 387/06, que institui as normas sobre segurança privada 
e cursos de formação e especialização de vigilantes 
• Portaria nº 1.264/95 - MJ - Dispõe sobre o veículo Especial 
para Transporte de Valores.
• Portaria nº 891/99 - DPF - Cria a Carteira Nacional de 
Vigilante.
• Portaria nº 1.055/01 - MJ - Alterando a Portaria nº 1264/95 - 
MJ - Repotencialização de “Carro Forte“
• Portaria nº 320/04 - DPF - Altera a validade da Carteira Na-
cional de Vigilante.
• Portaria nº 346/06 - DPF - Institui o Sistema de Gestão Eletrô-
nica da Segurança Privada - GESP e dá outras providências.
• Portaria nº 387/06 - DPF - Altera e consolida as normas apli-
cadas sobre a segurança privada. 
• Portaria nº 515/2007- DG/DPF – Altera a Portaria nº 387/06 
– DPF.
Portarias e Instruções de outros Órgãos
• Portaria nº 029/99 - DMB - Nomatiza atividade de seguran-
ça privada, aquisição de materiais controlados, etc., no âm-
bito do Exército.
• Portaria nº 191/06 - MTrabalho - Define colete balístico como 
EPI e fixa prazo para implantação integral.
• Portaria nº 18/06 - DLog - Dispõe sobre coletes balísticos - 
aquisição, controle, etc.
 13Guia Prático do aGente Pessoal
• Portaria nº 020/06 - DLog - Autoriza a aquisição de armas e 
munições não letais para a atividade de segurança privada.
Esta reunião de leis, decretos, normas e instruções, disciplinam e nor-
matizam a atividade de Segurança Privada no Brasil e consequente-
mente a Segurança Pessoal.
ProtEção PEssoal
Será o conjunto de técnicas, táticas, meios humanos e materiais, des-
tinados a garantir a segurança de uma pessoa. A dimensão dada a 
palavra segurança, transcende o aspecto da incolumidade física, pois 
quando tratamos de Executivos e Personalidades, a imagem dos mes-
mos também deverá fazer parte de nossa missão protetora.
o PErFIl do agEntE
A complexidade das missões a desempenhar com os membros da 
equipe, assim como a transcendência da atividade e a busca pela di-
minuição de custos, exigem um profissional cada vez mais qualificado 
técnica e psicologicamente.
Excelentes qualidades físicas, intelectuais, de adaptação, valores morais 
e éticos, proatividade, vocação e espírito de sacrifício, são alguns dos 
itens que posso ressaltar e que serão exigidos do agente de proteção 
executiva. O treinamento e a formação deverão ser constantes, pois os cri-
minosos e o terroristas possuem tempo e dinheiro para aperfeiçoarem-se.
O agente de proteção executiva deverá ser capaz de lidar com as mais dife-
rentes pessoas, independentemente da ideologia, nível econômico ou social.
Na atividade, normalmente tratamos de personalidades que possuem uma vida 
pública. Por esse motivo, a maneira pelo qual será desenvolvido seu trabalho 
se tornará importantíssima. Qualquer excesso cometido pela equipe de prote-
ção ou pelo agente individualmente, terá um reflexo imediato na personalidade.
 14Guia Prático do aGente Pessoal
Qualidades do Escolta
Podemos ressaltar dois elementos extremamente importantes que as-
sociados com os valores que veremos mais a frente farão a diferença 
para um profissional da área:
 Discrição – Esta palavra deverá fazer parte a todo o mo-
mento, pois em 80% ao menos, um plano de segurança re-
side no seu sigilo, pelo qual observa-se que o menor des-
cuido fará com se tenha conseqüências negativas para a 
personalidade. Ao mesmo tempo em que se manterá uma 
reserva absoluta sobre o tipo de vida íntima do cliente.
 Adequação Psicológica – Quase sempre esta profissão 
resulta interessante vista do exterior, filmes como o “Guar-
da Costas”, “Na Linha de Fogo”, entre outros, mas na reali-
dade é sempre mais duro do que na ficção e este trabalho 
requer candidatos com um perfil psicológico adequado a 
sua futura atividade
Diversos valores são de grande importância, destaco os que consi-
dero determinantes na avaliação de um profissisonal de segurança 
executiva: 
 Ascendência: refere-se ao domínio da iniciativa em situa-
ções de grupo, é dizer, à capacidade que possuí um agente 
para ter um papel ativo dentro do núcleo de trabalho (cos-
tumam ser pessoas segura de si mesmas, auto-afirmativas 
nas relações com os demais e capazes de tomar decisões 
sem deixar-se influenciar por pressões externas).
 Responsabilidade: Faz menção ao empenho e perseveran-
ça nas tarefas propostas, mesmo que não sejam de seu in-
teresse particular.
 15Guia Prático do aGente Pessoal
 Estabilidade Emocional: reúne em si mesmo a ausência de 
hipersensibilidade, ansiedade, preocupações e tensões 
nervosas, costumam ser indivíduos que não sofrem com fa-
cilidade alterações bruscas de nível emocional.
 Sociabilidade: Esta característica facilita o trato com ter-
ceiros e deve ser analisado profundamente, uma vez que o 
agente não trabalha afastado da sociedade.
 Auto-estima: estes indivíduos possuem segurança em si 
mesmos e auto-apreço, sabe qual é sua missão e porquê 
estão nelas.
 Compreensão: capacidade para entender as explicações 
ou analisar situações com rapidez e acerto.
 Vitalidade: caracteriza as pessoas com alto nível de energia 
e atividade física ou intelectual.
 Baixo Nível de Estresse: convém selecionar pessoas que 
não sofram na grande maioria por situações ou estímulos 
causadores de problemas ou que estejam muito treinadas 
sob pressão.
 Cautela: todo escolta deve possuir a capacidade de pre-
venir diante as situações esperadas ou ainda que não 
sendo esperadas, possua alguma característica que se 
mostre diferente.
 Observação: a facilidade com que uma pessoa seleciona os 
dados recebidos a nível sensorial e os armazena de forma 
ordenada, se conhece como capacidade de observação, 
fator preponderante na atividade.
 Comunicação: se um agente é seguro de si mesmo e possuí 
várias das características mencionadas, é muito provável que 
também tenha facilidade para comunicar-se com seu entorno, 
no qual é de grande valor durante seu trabalho diário.
 16Guia Prático do aGente Pessoal
Vestuário
As roupas que deverão compor o guarda roupa do agente de proteção 
executiva, deverão ser o mais ecléticas ou seja, servirem para várias 
situações diferentes, isso porque, o vestuário a ser utilizado depende-
rá do local da missão e do tipo de compromisso que o executivo ou a 
personalidade tenha. Quando existir um compromisso formal, a vesti-
menta para este evento deverá prevalecer sobre as demais.
• Deverá se dar prioridade a ternos escuros, no mínimo dois.
• As camisas deverão ser de tons claros e as gravatas 
discretas.
• Os sapatos preferencialmente devem ser de bicos quadra-
dos, pois costumam ser mais confortáveis.
• Meias e peças íntimas devem ser de no mínimo 7 peças, 
pois muitas vezes não se terá à chance de lavá-las imedia-
tamente após o uso.
• Bermudas, boné, um par de tênis e/ou um par de sandálias, 
um par desapatos de cor bege* são aconselháveis ter junto 
à bagagem.
• Calças de bolsos são excelentes, pois propiciam local para 
se guardar coisas.
• Um colete, também é uma excelente opção, pois dissi-
mula o armamento muito bem. Caso vários membros da 
equipe de proteção comprem este acessório é aconselhá-
vel que sejam de cores diferentes, dificultando assim uma 
possível identificação.
• É ideal que se acomode toda a nossa roupa em uma única 
mala, pois o espaço nos carros quase sempre é escasso. 
 17Guia Prático do aGente Pessoal
Ao acomodar as roupas na mala, procure ensacar individu-
almente as camisas, já passadas, pois estarão sempre em 
condição de uso. 
• Meias e peças intímas devem ser colocadas em sacos plás-
ticos pois facilitam sua localização.
• É aconselhável que se possua sacos plásticos para separar 
a roupa suja da limpa, pois nem sempre teremos condições 
de lavá-las rapidamente. 
• Os sapatos deverão ser embalados individualmente e em 
sacos plásticos, pois desta forma é mais fácil sua acomoda-
ção junto à mala.
• Porta terno pode ser um excelente acessório, pois permite 
separar ternos e calças do restante, permitindo um acesso 
mais fácil e rápido.
• Lenços, são elementos importantíssimos, pois muitas vezes 
o suor é inevitável, e o agente tem de parecer que acabou 
de se aprontar para a missão, podendo também ser utiliza-
do como bandagem no caso de um sangramento.
Lembre-se que todo seu material e equipamento deverão lhe acompa-
nhar onde quer que você vá, por isso quanto mais coisas você carre-
gue, mais complicado ficará.
Naturalmente o tempo com o executivo ou personalidade vai sinalizar 
quais são as suas necessidades, pois cada VIP, têm um modo de pro-
ceder e de lugares que frequenta, mas o ideal é estar sempre prepa-
rado para aguentar ao menos dois dias sem precisar voltar à base. Por 
isso, é importante andar sempre acompanhado do mínimo necessário 
e indispensável.
 18Guia Prático do aGente Pessoal
Equipamento
Teremos equipamentos que são de responsabilidade pessoal e aque-
les utilizados pela equipe de proteção pessoal, quando houver. Con-
ceitualmente, os mesmos podem ser divididos em
• Equipamento Pessoal e 
• Equipamento da Equipe de Proteção 
EQUIPaMEnto PEssoal
Como já foi mencionado anteriormente, o equipamento pode variar de caso 
para caso,. Mas existem alguns equipamentos muito importantes indepen-
dentes da missão e que auxiliarão no cumprimento da misão de proteção.
Posso ressaltar, um bom coldre, carregadores sobressalentes, no 
mínimo dois, uma boa lanterna, um canivete e/ou multi-ferramentas 
portátil, bateria do telefone celular sobressalente, bateria do rádio de 
comunicações sobressalente, régua para conectar equipamentos elé-
tricos, adaptadores de tomadas, algemas, relógio com cronômetro, 
Um equipamento de GPS, etc...
O colete balístico é um equipamento fundamental nos dias de hoje para o 
serviço de proteção e legalmente obrigatório. A tecnologia desenvolve vestes 
cada vez mais leves e com um grau de proteção cada vez mais eficiente.
EQUIPaMEntos da EQUIPE dE ProtEção
Já como equipamento da escolta devemos ter todo equipamento in-
dispensável para o bom andamento de nosso serviço e das necessi-
dades pessoais do executivo ou personalidade. 
 19Guia Prático do aGente Pessoal
No carro escolta devemos ter: equipamento de primeiros socorros, 
machado de bombeiro, pé-de-cabra, cordas, “giro-flash”, colete do 
“VIP”, lanternas sinalizadoras. Considero estes equipamentos como 
básicos do carro escolta, quando houver.
Um equipamento muito indicado, são binóculos de visão noturna ou 
ainda câmeras de filmar que possuem este recurso. As câmeras pos-
suem a vantagem, de gravar as imagens e de não serem equipamen-
tos controlados por legislação específica.
Posso citar também como equipamento necessário para o bom anda-
mento de uma missão:
• Telefone Sem Fio (facilita o deslocamento do executivo/per-
sonalidade nas acomodações, além de ser um equipamento 
seguro e que evitará a permanência num local fixo e pré-
determinado para o atendimento do telefone. Não são en-
contrados nos quartos de hotéis).
• Aparelho de Fax (constitui-se num equipamento extrema-
mente difícil de ser interceptado e que pelo teor da informa-
ção constitui-se numa excelente ferramenta).
• Luz de Emergência (auxiliam no caso de uma falta de energia, 
no caso do gerador não entrar automaticamente ou não existir).
• Calços para Portas (facilmente encontardos de matéria 
plástica, serão muito úteis para travar as portas internas das 
suítes, pois estas poderão fechar-se por descuido).
• Repelente Contra Insetos (eventuais exposições em locais 
ao ar livre poderão gerar esta demanda. Servirá para o VIP 
– extremamente importante obter a informação sobre possí-
veis reações alérgicas e se possuí um produto preferencial 
ou prescrito - e para a equipe de proteção).
• Protetor Solar (a exposição prolongada ao sol poderá cau-
sar danos. Aqui vale a mesma consideração grifada no item 
anterior com relação ao uso pelo VIP).
 20Guia Prático do aGente Pessoal
• Mapas Atualizados (embora a tecnologia está presente 
através dos GPS – Global Position Systen – devemos re-
cordar que trata-se de um sistema eletrônico e que poderá 
apresentar panes).
• Contatos Telefonônicos (polícia, bombeiros, urgências mé-
dicas, empresa, membros do serviço de proteção, ...).
• Chaves Sobressalentes e Códigos (cópias das chaves dos 
locais pelo qual o executivo ou personalidade se movimen-
ta, serão úteis – importante existir um controle sobre estas 
cópias – e que estejam disponíveis para a equipe de pro-
teção. Assim como as chaves reservas e os códigos das 
chaves dos veículos utilizados na proteção).
• Procedimentos Padronizados e Escritos (determinadas in-
formações de procedimentos que não constituiem-se in-
formações confidenciais ou sigilosas deverão estar escri-
tas e em cópias controladas, para garantir os processos 
estabelecidos).
• Plano de Resiliência (formado pelos planos de emergên-
cia e contigência e que deverá garantir uma operação mí-
nima e segura).
• Informações Vitais do VIP e Possíveis Hóspedes (em situa-
ções de emergência auxiliarão na resolução de uma possí-
vel intercorrência0.
• Diário de Visitas (Auxiliarão no controle de acesso). 
• Registro de Alterações do Serviço (auxiliarão na elucidação 
de possíveis demandas, bem como servirão para atualiza-
ção do efetivo de folga e como oportunidade de melhoria no 
serviço prestado).
• Avaliação de Risco dos Locais (guiarão o nível de proteção 
há ser utilizado nos locais frequentados pelo executivo ou 
personalidade). 
 21Guia Prático do aGente Pessoal
• Relação de Veículos e Condição (auxiliarão no planejamento 
das missões e na manutenção dos mesmos). 
• Itinerários Usuais (Reconhecimentos armazenados e atuali-
zados com periodicidade).
• Caminhos Pré Estabelecidos (No caso de emergências se-
rão fundamentais).
• Outros (documentos que julgue importantes para o bom de-
sempenho do serviço de proteção).
 22Guia Prático do aGente Pessoal
a Proteção Integral
A missão da equipe de proteção executiva, e desta maneira, do agen-
te, não é a de deter os delinquentes, nem sequer confiná-los num en-
torno geográfico determinado com a intenção de prendê-los, a missão 
principal é evitar todo ataque contra o executivo ou personalidade e 
no caso de produzir-se, reagir mediante a cobertura e retirada do exe-
cutivo ou personalidade, deixando de lado outros fatores, que para o 
objetivo serão considerados secundários.
O sistema e métodos de proteção pessoal devem ser considerados 
como uma filosofia de trabalho e que têm por missão:
• Prevenir
• Dissuadir
• Proteger
• Controlar
• Reagir
• Evacuar
 23Guia Prático do aGente Pessoal
Motivações do agressor/Fontes de Perigo
Estas motivações também conhecidas como fontes de perigo, poderão 
apresenta-se de forma isolada ou ainda estareminter relacionadas uma 
com as outras. Como motivações principais identificamos as seguintes:
• Econômicas 
• Políticas 
• Religiosas
• Ideológicas 
• Psicológicas
• Pessoais
• Emocionais 
• Raciais
Estas motivações estarão relacionadas diretamente com fatores liga-
dos a geopolítica do local onde vive ou se desloca o executivo ou 
personalidade.
 24Guia Prático do aGente Pessoal
Fontes de ameaça
Podemos definir Fontes de Ameaça, como os diversos métodos de 
ataque ou extorsão em que um indivíduo pode ver-se submetido em 
concreto. Será a forma pelo qual irá materializar-se a agressão.
Como Fontes de Ameaça mais frequentes, podemos citar:
• Assassinatos
• Sequestros
• Extorsão
• Elementos Hostis
• Acidentes
• Negligências e 
• Imperícias
Estas fontes de ameaça poderão ser o resultado de uma das motiva-
ções agressoras que comentamos anteriormente ou ainda serem oca-
sionais, variando sazonalmente em decorrência da repressão policial 
ou ainda estabelecendo-se pela ausência do Estado. 
Em decorrência das variáveis e do dinamismo que compõe a atividade 
de proteção executiva ou de personalidades, é correto afirmar que a 
Avaliação do Risco ao qual o Executivo ou Personalidade está expos-
to, deve ser uma prática constante.
Um modelo que poderá ser explorado para estas avaliações é o da ISO 
31.000. O texto original está baseado na norma AS/NZS 4360/2004. este 
novo padrão internacional será uma norma geral de gestão de riscos, 
independentemente da área ou segmento de atuação, e irá fornecer 
diretrizes e princípios para a implementação da Gestão de Riscos nas 
organizações. A proposta de convergência está alinhada com a visão in-
tegrada do Gerenciamento de Riscos Empresariais - GRE. A ISO 31.000 
fornecerá orientações e alinhamento com outras normas específicas.
 25Guia Prático do aGente Pessoal
teoria Esférica da Proteção
Deveremos verificar em todas as direções (explorar os três planos es-
paciais possíveis.
1. Ponto Central (VIP) – Nível Superfície
2. Nível Superior – Nível Aéreo ou acima superfície onde se 
encontra o VIP
3. Nível Inferior – Sub-solos
 26Guia Prático do aGente Pessoal
teoria dos Círculos Concêntricos 
Esta teoria baseia-se no desenho de um sistema de segurança onde 
há o estabelecimento de zonas que chamaremos de CÍRCULOS DE 
PROTEÇÃO, todos estabelecidos ao redor da personalidade e que te-
rão a missão de oferecer resistência há uma possível agressão. Assim 
cada círculo terá uma responsabilidade específica.
Nesta teoria, encontraremos a seguinte especificação:
1. Primeiro Círculo – também denominado de Cápsula de 
Proteção ou de Segurança possuí como missão genérica, 
garantir a cobertura pessoal do cliente ante um ataque ou 
ameaça. O número de agentes que farão parte deste círculo 
está condicionada a necessidade de proteção da persona-
lidade em detrimento do nível de risco.
Entre as diversas formas de cobertura, duas podem ser destacadas: 
• a redução da silhueta da personalidade
e/ou 
• a interposição de elementos físicos e/ou humanos, entre o 
atacante e o VIP.
2. Segundo Círculo – neste círculo normalmente encontrare-
mos Vigilantes, Agentes e/ou Unidades Policiais. Sua mis-
são irá variar em detrimento das funções de proteção gera-
das pela zonas a serem cobertas.
3. Terceiro Círculo – se estabelecerá através de Postos Móveis 
ou Fixos de Observação e sua missão será há de detectar a 
presença de elemntos suspeitos ou possíveis ações agres-
soras contra a personalidade.
 27Guia Prático do aGente Pessoal
Na figura abaixo, está a representação gráfica do que foi descrito so-
bre a Teoria dos Círculos Concêntricos.
 
 28Guia Prático do aGente Pessoal
Proteção avançada 
(Precursor/reconhecimento)
Integradas as técnicas de proteção de personalidades e mencionadas 
anteriormente, uma atividade complementar dentro da Equipe de Pro-
teção Pessoal e de extrema importância para o sucesso da missão é a 
atuação do Avançado.
Pode-se estabelecer dois tipos de Proteção Avançada.
Avançada de Planificação – objetivo principal de analizar o programa 
de atividades da personalidade com tempo suficiente para estabe-
lecer os recursos e meios necessários para a realização da missão .
E
Avançada de Execução – suas ações, terão como objetivo o levan-
tamento de dados no locais há serem visitados, preparando para a 
chegada do VIP,estabelecendo a cobertura para o dia da chegada da 
missão e nos locais afins da visitação.
Suas Atribuições:
• Contato com possíveis agentes locais, envolvidos na missão.
• Estudo pormenorizado das rotas.
• Reconhecimento dos locais por onde o VIP passará ou 
permanecerá.
• Levantamento dos riscos e vulnerabilidades dos locais por 
onde o VIP passar ou permanecer.
• Localização de zonas frias e rotas de emergência.
• Localização de hospitais, restaurantes e locais afins, do VIP.
 29Guia Prático do aGente Pessoal
• Coordenar as atividades com os organizadores dos possí-
veis eventos onde o VIP tenha agenda para estar.
• Inspecionar os veículos que serão utilizados pela personali-
dade e pela equipe de proteção pessoal.
• Validar possíveis condutores envolvidos no transporte e que 
poderão ser utilizados.
 30Guia Prático do aGente Pessoal
Contra Vigilância
Assim como no item anterior, uma atividade complementar dentro da Equi-
pe de Proteção Pessoal é a Contra Vigilância. Poderá acontecer de forma 
esporádica ou sistemática e terá como missão identificar possíveis ações 
delitivas através da ocupação de locais que poderão ser utilizados para 
uma agressão contra a personalidade. Devem atuar como se fossem mero 
observadores, mas quando em situações de um ataque, passarão há atu-
ar de forma ativa na proteção, dando cobertura a seus companheiros e 
a personalidade. Estes locais críticos, serão obtidos através da Proteção 
Avançada de Execução, como mencionei anteriormente.
 31Guia Prático do aGente Pessoal
Fases da ação delitiva
O principal artifício utilizado pelo delinquente é a vigilância sobre o 
seu possível alvo. Na verdade falhamos muitas vezes em detectar uma 
possível vigilância. Se o delinquente nos vê nós também podemos vê-
lo. Portanto, precisamos entender como os delinquentes selecionam 
suas vítimas, este processo abrange quatro fases, são elas:
1. Estabelecimento de metas e objetivos – nesta fase serão 
sondados todos os possíveis alvos.
2. Observação das Vítimas – depois de selecionados os ob-
jetivos, os delinquentes passaram para a observação cui-
dadosa das possíveis vítimas. Esta fase é considerada a 
mais importante, pois através das constatações realizadas, 
teremos a confirmação ou não o objetivo. Quanto maior for 
a resistência observada, pelos delinquentes, menor será a 
possibilidade de eleição como alvo.
3. Vigilância Reforçada – nesta fase os delinquentes aumenta-
rão a vigilância sobre o alvo escolhido, fazendo um estudo 
pormenorizado de todas as possibilidades. Eles enfocarão 
seus esforços na pessoa que oferecer o menor risco e cuja 
taxa de possível sucesso for a maior.
4. Execução do Plano – nesta fase eles buscarão a melhor 
oportunidade, para a execução do seu plano, não importan-
do o tempo que demore em concretizá-lo.
 32Guia Prático do aGente Pessoal
tipos de Vigilância
Poderemos identificar três modelos básicos de vigilância:
• Vigilância Fixa – Residências e Domicílios Fixo ou 
Temporários.
• Vigilância Móvel – Durante os deslocamentos (Motorizados ou Não)
• Vigilância Mista – Envolverá as duas modalidades juntas.
Não podemos esquecer que além dos itens mencionados, eventual-
mente poderemos ser vítimas ocasionais. O processo de vigilância 
da-se sobre um local específico e a vítima é escolhida pelo grau de 
distração e ou possível falta de resistência.
Os tipos de Vigilância citados anteriormente não indicam o meio pelo 
qual ela será estabelecida. Normalmente, o indicativo dos recursos 
que serão utilizados para a realização da vigilância estarãoligados 
diretamente a Motivação do Agressor. 
Também será através do entendimento destas modalidades de vigi-
lância citadas anteriormente, que compreenderemos as necessidades 
das técnicas utilizadas na proteção, com veremos mais a frente.
Com a finalidade de detectar esta vigilância, estabelecemos um prin-
cípio que chamamos de contra vigilância, em zonas que denominamos 
de “zona de premeditabilidade total” e que veremos a seguir.
Não interessando o que você faça para proteger-se, haverá sempre 
dois locais inevitáveis e passíveis de vigilância:
• A Residência
• Local de Trabalho
 33Guia Prático do aGente Pessoal
Devemos fazer com que este fator que aparentemente parece ser ne-
gativo, transforme-se em nosso aliado. De que forma você poderá atin-
gir este objetivo? 
Já identificamos os dois locais de maior facilidade para administração 
de uma vigilância, com isso devemos buscar:
• Onde devemos procurar?
• O que procuramos?
• O que fazer a respeito se identificarmos algo anormal?
Com a identificação destes três pontos mencionados, chegamos à 
constatação de que a localização, a correlação e o comportamento de 
possíveis ações suspeitas, nestes locais poderão nos identificar uma 
possível vigilância.
No parágrafo anterior, encontramos a palavra “suspeitas” que pode 
ser definida segundo o dicionário Houaiss como:
“ato ou efeito de suspeitar”
1 conjetura, convicção ou opinião, fundamentada em indícios, 
mas não provada, a respeito de algo ou de alguém; descon-
fiança, suposição, suspeição.
Acredito que estas definições são de extrema importância, para nosso 
entendimento, sobre o anormal, que deveremos estar sempre buscando.
Creio ser importante ressaltar ainda, que os as possíveis tentaivas de 
agressão, utilizam-se de três fatores preponderantes na abordagem 
de suas vítima e que são:
• Surpresa
• Velocidade
• Agressão
A interferência de nossa parte no fator surpresa inibirá por si só os 
outros dois fatores, sendo a prevenção o nosso maior aliado.
 34Guia Prático do aGente Pessoal
Devemos estar habituados a pensar em segurança, para isto o ideal é 
imaginarmos estarmos envolvidos por uma cápsula de 360°. Pensando 
assim, deveremos sempre buscar uma posição que favoreça o contro-
le do maior ângulo possível, além de estarmos atento a proteção de 
nossa retaguarda.
Lembre-se de olhar para as mãos do oponente, pois são elas que 
poderão matar ou justificar uma possível reação por parte da equipe 
de proteção .
 
 35Guia Prático do aGente Pessoal
Áreas de Cobertura na Proteção Executiva
Como podemos ver anteriormente, junto das teorias de proteção, a 
proteção avançada e a contra vigilância estão ali tipificadas. Alguns 
autores, incluem as duas juntas na área de cobertura. Pode-se dizer 
que é uma questão conceitual, já que o importante é saber exatamen-
te o que fazer em cada um dos conceitos de proteção. As áreas que 
deverão ser cobertas pela equipe, são as seguintes: 
Proteção Dinâmica I 
• Técnicas de Movimentações a Pé.
Proteção Dinâmica II
• Técnicas de Segurança com Veículos.
• Técnicas de Proteção em Transporte Públicos.
Proteção Estática
• Técnicas de Proteção na Residência e Local de Trabalho.
• Técnicas de Proteção no Interior de Edifícios.
 36Guia Prático do aGente Pessoal
organização do serviço de Proteção
Mais uma vez nos deparamos com a importância de uma avaliação de 
risco bem feita e que dimensione de forma efetiva as possíveis ame-
aças. Embora em muitos casos estejam operando em células mínimas 
de proteção, não deverão esquecer que fazem parte de algo maior, 
como um plano de segurança, uma gestão de segurança e que juntos 
deverão buscar uma solução otimizada e com custos adequados a 
nova realidade Global. Temos exemplos recentes, no Brasil, de altos 
executivos que perderam a vida, por conta de uma má avaliação e 
decorrente má gestão do risco que se encontravam submetidos.
Faço a seguir algumas considerações que poderão auxiliar no seu 
dia-a-dia e que manterão sua capacidade crítica sobre o trabalho que 
deverá ser executado, pelo Profissional de Proteção Executiva.
Devemos nos perguntar:
• A quem protegemos?
• Porquê necessita de proteção?
• Encontra-se ameaçado?
• Sofreu ataques ou ameaças de qualquer tipo anteriormente?
• Qual o nível social?
• Nível político e tendências?
• Nível econômico?
• Protegemos a uma ou várias pessoas?
• O serviço é realizado as 24 horas do dia?
• Que meios técnicos e humanos temos a nossa disposição?
• Os deslocamentos se realizarão em veículos blindados?
 37Guia Prático do aGente Pessoal
• Quais as REAIS probabilidades de sofrermos um ataque ter-
rorista? E de grupos organizados?
• Estamos preparados profissionalmente para abordar esta 
missão?
• E uma pergunta interessante é: A personalidade colabora 
ou considera a proteção um peso?
Esta questão é muito importante e deve ser contestada com veracida-
de, pois existem dois motivos bem diferenciados para contratar uma 
equipe de proteção pessoal:
Na primeira circunstância o cliente considera verdadeiramente neces-
sário contar com um grupo de pessoas que cuidem de sua segurança.
Já o segundo grupo, nos contratam porque as políticas internacionais 
da empresa obrigam ou assim consideram importante os assessores.
 38Guia Prático do aGente Pessoal
Classificando o risco
Considerando que o risco será a Probabilidade da ameça produzir-se 
x o Impacto que o mesmo gerará no caso da agressão consolidar-se, 
juntamente com a exposição em que se encontra exposto o executivo 
ou personalidade, apresento abaixo a classificação, considerando o 
modelo de cores adotado pelo Departamento de Estado dos Estados 
Unidos da América após os atentados terroristas e que também ser-
vem para a divulgação da classificação de documentos. Em breve, a 
ISO 31.000, que tratará sobre a Gestão de Risco, norteará e discipli-
nará este assunto tão importante. 
A figura abaixo poderá ser adaptada , conforme sua política interna 
ou prática já estabelecida. Não conseguiremos eliminar o risco, mas 
devemos sim, buscar a mitigação do mesmo e não havendo forma de 
evitá-lo, deveremos estar preparados para enfrentá-lo.
muito alto alto elevado cauteloso baixo
É importante recordarmos que para cada nível estabelecido acima te-
remos já respostas também pré-definidas e que irão variar conforme 
a política da empresa e os procedimentos pré-estabelecidos. Mas é 
extremamente aconselhável conhecerem estas respostas desenhadas 
pelo contratante.
Outro ponto que deve ser considerado, é o monitoramento do Risco, 
pois o mesmo é dinâmico e possuí inúmeros fatores que poderão fazer 
com que a graduação possa sofrer uma variação positiva ou negativa 
frente a escala.
 39Guia Prático do aGente Pessoal
tipos de Escolta
Já sabendo em que grau de risco estará sendo desenvolvida sua 
atividade, veremos a seguir os tipos de escoltas que poderão ser utili-
zadas na tarefa de proteção. 
 Escolta Dissuasiva - Mediante a colocação de forças de se-
gurança ostensivamente, conseguimos na maioria das ve-
zes, que o agressor desista de sua ação por considerá-la 
perigosa para ele mesmo.
 Basicamente deveremos mostrar nossas intenções e o nú-
mero de pessoas que compõem o dispositivo, oferecendo 
uma sensação de segurança e profissionalismo, não dei-
xando dúvidas a esse respeito.
 Escolta Protetora - Servirá de escudo frente aos ataques que 
provenham do exterior e rechaçará com todos os meios téc-
nicos e humanos de que dispomos. 
 Ao contrário do modelo dissuasivo, o protetor deverá passar 
desapercebido em todo momento.
 Escolta Preventiva - Aqui encontraremos duas formas de 
ação, a previsão daquilo que pode acontecer e a proteção 
frente a esse possível ataque. 
 Neste tipo de aplicação, o agente é muito exigido, e o traba-
lho da proteção avançada, será fundamental para o suces-
so da missão.
Exemplo de má avaliação há exposição do risco.
 40Guia Prático do aGente PessoalEmbaixador dos Estados Unidos, atacado durante entrevista coletiva.
 41Guia Prático do aGente Pessoal
Formações
Aqui estarão sendo demonstradas formações com um número reduzi-
do de pessoas envolvidas na equipe de proteção, pois serão estas, na 
grande maioria das vezes as utilizadas, pois a otimização dos recursos 
em decorrência da gestão focada na busca por resultados positivos 
não permitem mais as grandes estruturas de proteção.
E recorde que, o grau de risco permitindo e havendo uma adequada 
gestão dos recursos humanos, será possível há otimização e a utiliza-
ção no trabalho de proteção avançada. 
Não esqueçam jamais de praticar as Teorias de Proteção, pois serão 
através delas que distribuiremos os recursos que possuiremos. 
Também utilizarei o indicativo das cores que mostrei anteriormente e a for-
mação indicada corresponderá a mínima para o grau de risco elencado.
1 hoMEM na ProtEção
Quanto menor o recurso utilizado na 
proteção, maior deverá ser o preparo 
técnico-profi ssional do agente.
baixo
Recorde que nesta figura estamos considerando o agente protetor 
destro. Sendo canhoto, inverte-se a posição. É extremamente impor-
tante repassar esta informação ao executivo ou personalidade, pois 
em caso de necessidade o mesmo saberá para onde direcionar seu 
olhar. Esta orientação servirá para as demais formações.
 42Guia Prático do aGente Pessoal
2 hoMEns na ProtEção
Nesta formação com dois homens rea-
lizando a proteção, o segundo ho-
mem poderá adiantar-se caso apre-
sentasse uma ameaça. Ele poderá 
fl utuar mais a frente, dependendo do 
movimento no local visitado e/ou ao re-
dor da personalidade ou executivo.
cauteloso
2 hoMEns na ProtEção - VarIação
Nesta variação, o segundo homem 
da proteção estará a frente do execu-
tivo/personalidade. Esta formação 
será utilizada quando o movimento 
for intenso. Este segundo homem 
servirá de escudo e ao mesmo tempo 
de facilitador para abertura de pas-
sagem. Este segundo homem tam-
bém poderá ser o responsável pela 
proteção avançada e que se incorpo-
rará no momento da recepção.
cauteloso
 43Guia Prático do aGente Pessoal
3 hoMEns na ProtEção 
Nesta formação, o terceiro homem da 
proteção estará a frente do executivo/
personalidade. Este terceiro homem 
servirá de escudo e ao mesmo tempo 
de facilitador para abertura de passa-
gem, como no modelo anterior. O que 
se busca ´com esta confi guração é 
uma maior cobertura e sobreposição 
de ângulos protegidos. Esta formação 
permite a cobertura e extração do 
executivo/personalidade, conforme é 
possível verifi car na foto que segue.
elevado
Foto de Treinamento Realizado nos EUA
 44Guia Prático do aGente Pessoal
4 hoMEns na ProtEção 
Continua-se utilizando os mesmos 
princípios das formações anterio-
res. Esta formação permite uma me-
lhor cobertura e consequente extra-
ção do executivo/personalidade. 
alto
4 hoMEns na ProtEção - VarIação
Esta formação permite uma melhor 
proteção na transposição de gru-
pos de pessoas e quando há gran-
de movimentação na área visitada. 
O agente de proteção 01 agora re-
cua, pois será o responsável pela 
possível cobertura do executivo/
personalidade durante um ataque.
alto
 45Guia Prático do aGente Pessoal
5 hoMEns na ProtEção 
Nesta primeira formação com 5 ho-
mens na proteção, aproveita-se me-
lhor os ângulos de cobertura. Ideal 
quando se têm mais espaço para 
circulação Excelente capacidade 
de resposta e cobertura.
muito alto
5 hoMEns na ProtEção - VarIação
Formação com capacidade de res-
posta e com um homem dedicado 
exclusivamente à cobertura da per-
sonalidade/executivo. Continua-se 
utilizando os mesmos princípios das 
formações anteriores. Ao contrário 
da anterior, esta formação é acon-
selhada quando o espaço de circu-
lação é mais restrito
muito alto
 46Guia Prático do aGente Pessoal
Posse do Presidente Lula - Cápsula de Proteção Exposta
EsCadas – 1 hoMEM na ProtEção 
baixo
Todas as coberturas deverão ser realizadas sempre que possível. 
Quanto menor a cápsula ou célula de proteção, maior deverá ser o 
preparo do Agente.
 47Guia Prático do aGente Pessoal
EsCadas – 2 hoMEns na ProtEção 
cauteloso
Ressalto a importância do emprego das Teorias de Proteção
EsCadas – 3 hoMEns na ProtEção 
elevado
EP1 protegerá ao Executivo/Personalidade – Lembrando que estes 
exemplos se aplicam interna e externamente. 
 48Guia Prático do aGente Pessoal
EsCadas – 4 hoMEns na ProtEção 
alto
Na medida em que agragamos mais homens na proteção, eles serão 
utilizados como avançados, com o intuito de adianta-se a possíveis 
perigos e até mesmo a barreiras natutais, como portas, etc.
EsCadas – 5 hoMEns na ProtEção 
muito alto
Com cinco homens na proteção deveremos fortalecer a célula de 
proteção/cápsula
 49Guia Prático do aGente Pessoal
EsCadas – 6 hoMEns na ProtEção 
muito alto
As fotos abaixo ilustram os possíveis obstáculos que poderemos 
encontrar.
 
 50Guia Prático do aGente Pessoal
EsCadas E/oU EstEIras rolantEs 
cauteloso
Em locais de grande fl uxo de pessoas poderá existir a presença de 
uma escada normal ao lado da rolante, nestes casos e quando possível, 
deveremos colocar um homem acompanhando nesta escada, a movi-
mentação da rolante, conforme exemplo abaixo. Também é importante 
ressaltar que o nível de risco a se rconsiderado, pois sairemos de um 
nível Cauteloso para Elevado e mais uma vez é possível observar a 
importância de uma correta avaliação de risco. Todas as formações que 
foram mostradas até aqui, continuarão valendo, para estas locomoções.
 51Guia Prático do aGente Pessoal
Nas fotos abaixo, visualia-se melhor as escadas rolantes e possíveis 
dificuldade na realização de proteção nestas movimentações.
 
ElEVadorEs
Sempre que possível devemos 
ter um agente na recepção, no 
andar em que o VIP sairá.
Podendo, devemos controlar 
o painel de controle, ou estar o 
mais próximo possível do mesmo.
Deveremos oferecer cobertura na 
porta do elevador, e ao redor do 
VIP, sempre que possível.
Mas não podemos esquecer, que em muitas situações, pela limitação 
de espaço e dos acompanhantes do executivo ou personalidade, o 
número de homens na proteção será reduzido.
Ao lado veremos uma formação com dois agentes no interior do eleva-
dor e outro no andar de destino.
elevado
 52Guia Prático do aGente Pessoal
Abaixo no desenho, podemos observar a presença de dois homens 
na proteção direta. 
aUdItÓrIos/CoMPosIção dE MEsa/EstrUtUras 
ProVIsÓrIas
Embora repetitivo, encontraremos a necessidade de avaliação de ris-
co, como um fator preponderante para estabelecermos o número de 
homens que são necessários para uma proteção efetiva, nestas oca-
siões. Abaixo segue uma representação com uma equipe de proteção 
composta por três homens. O desenho ambiental, bem como a presen-
ça de outras equipes de proteção, poderão exigir ajustes.
 53Guia Prático do aGente Pessoal
Na foto abaixo poderemos observar a presença da equipe de proteção 
junto aos acessos do local.
 54Guia Prático do aGente Pessoal
Veículos
Não poderemos esquecer, que a grande maioria dos ataques contra exe-
cutivos e/ou personalidades, deu-se quando os mesmos estavam enca-
minhando-se ou em deslocamento em seus automóveis. O veículo bem 
como o condutor constituem-se numa variável interna de risco e que por 
esse motivo deverá ter uma atenção significativa por parte dos gestores.
O veículo há ser utilizado para proteção deverá ter um desenho e 
construção que estejam considerando as distintas ameaças e riscos 
que cercam a personalidade ou executivo. Uma vez mais, verificamos 
a importância da avaliação de risco, que deverá ser realizada nos lo-
cais por onde a personalidade ou executivo se desloque. O veículo 
na atividade de proteção constituí-se numa ferramenta do trabalho. 
Com esta avaliação executada, conseguiremos responder a perguntas 
comuns no trabalho de proteção executiva eque são ouvidas quase 
todos os dias, como:
• O veículo para tal cidade, necessita ser blindado?
• Qual o tipo de veículo, que você precisa?
• O motorista têm de ser bilíngüe?
Perguntas como estas devem nos conduzir para uma situação de aler-
ta máximo, pois terminam nos referenciando de que o risco não foi 
avaliado para a eventual missão e que ainda são na maioria das ve-
zes delegados para um setor específico da empresa, como de viajens 
ou compras. Pela dimensão deste assunto, estou conluindo uma nova 
obra que procura esclarecer estas variáveis tão importantes.
De qualquer forma é importante que os veículos a serem utilizados no 
serviço de proteção, reúnam algumas condições básicas, que seguem 
abaixo referenciadas:
 55Guia Prático do aGente Pessoal
1. Amplo acesso para facilitar a entrada e saída do veículo.
2. Motorização com potência suficiente para garantir respos-
tas rápidas e efetivas em situações de emergência e no de-
senvolver do serviço diário.
3. Capacidade suficiente para garantir o transporte do exe-
cutivo ou personalidade e uma célula mínima de proteção.
É aconselhável ao aproximar-se do veículo pela primeira vez ao dia, 
que observarmos certos detalhes que muitas vezes podem passar de-
sapercebidos, e que poderão nos indicar uma possível manipulação e/
ou sabotagem do veículo, tais como: 
• Existem outros veículos nas proximidades? 
• Existem marcas de pneus nas proximidades do meu veículo? 
• Existem marcas de pisadas e/ou tocos de cigarros? 
• Observamos pedaços de arame , fio e/ou fita isolante? 
• Temos sinais de manipulação de fechaduras e/ou janelas? 
• Os pneus estão em perfeito estado? 
• O porta mala está aberto? 
• Existem abaixo do veículo indícios de artefatos explosivos? 
• Existe no interior do veículo indícios da presença de micro-
fones ambientais? 
“Lembrem-se, sempre devemos buscar a presença de algo 
anormal, ou a ausência de algo normal”
Depois de realizada a primeira vistoria, partiremos para as consta-
tações mecânicas, onde buscaremos identificar possíveis anomalias.
Deveremos estar atentos à verificação de:
• Combustível; 
• Água no limpador de pára-brisa e fluídos do radiador, freio 
e direção; 
 56Guia Prático do aGente Pessoal
• Luzes; 
• Óleo do motor; 
• Calibragem dos pneus. 
O veículo deverá estar sempre com o tanque de combustível comple-
to, no final do dia, bem como a calibragem dos pneus revisada. Esses 
deverão ser feitos sem a presença do VIP.
 57Guia Prático do aGente Pessoal
regulagens Internas no Veículo
As regulagens internas serão fundamentais para o bom desempenho 
na atividade de proteção. Deveremos atentar:
Assentos
Encosto de Cabeça
Espelhos Retorvisores
Não devemos esquecer jamais, que estamos ali, para proporcionar 
segurança e conforto para quem nos contrata. Por isso, as regulagens 
deverão atender as nossas necessidades abrindo mão de nosso con-
forto em detrimento do VIP.
 58Guia Prático do aGente Pessoal
Condução Veículos
É importante lembrar os aspectos que compõe a condução defensiva, 
e que deveremos atentar enquanto conduzimos. São eles:
• Concentração e Decisão 
• Estratégias de Condução 
• Condição Adversa de Luz 
• Condição Adversa de Tempo 
• Condição Adversa da Via 
• Condição Adversa de Trânsito 
CoMPlICadorEs MECânICos 
• Pneus
• Amortecedores 
• Sistema de Direção 
• Sistemas de Freios 
• Técnicas de Frenagem 
CoMPlICadorEs ExtErnos 
• Distância de Segurança
• Aquaplanagem
• Pedestres
• Animais
• Bicicletas
 59Guia Prático do aGente Pessoal
• Motocicletas
• Chuva 
• Neblina
• Derrapagens
• Dirigindo à Noite
• Dirigindo em Estrada
FatorEs dIrEtos QUE InFlUEnCIaM a CondUção 
Existem três ações que influenciam diretamente na condução, são 
elas;
1. Aceleração
2. Frenagem e
3. Movimento do Volante
Deve haver um trabalho exaustivo em treinamento, para esgotar as 
possibilidades de reação diante de cada ação mencionada anterior-
mente bem como a interação entre elas. O que deveremos buscar com 
esse treinamento é garantir a capacidade como condutor de maner o 
Controle do Veículo.
 60Guia Prático do aGente Pessoal
Condutor Veículo Principal
È um elemento importantíssimo do sistema de proteção e que em mui-
tos casos é rotulado como “um simples motorista”. Visões como estas 
são extremamente equivocadas e demonstram o desconhecimento por 
parte de alguns gestores que preocumpam-se demasiadamente com 
a redução de custo deixando de lado fatores como o risco que se en-
contra a personalidade ou executivo. Normalmente avaliações equivo-
cadas como as mencionas terminam em perdas e tragédias pessoais.
Pode-se definir como missão principal do condutor do veículo principal:
1. Reconhecer os riscos envolvidos
2. Reconhecer os limites
3. Adequar-se a situação e
4. Manter seu veículo em movimento longe da ameaça.
 61Guia Prático do aGente Pessoal
Itinerários
Pode-se dizer que itinerário é o caminho escolhido pela equipe de pro-
teção pessoal para transportar o VIP de um ponto determinado a outro.
A eleição do itinerário é de vital importância, pois um grande núme-
ro de atentados se produziram durante os deslocamentos de uma 
personalidade.
 Itinerário Principal - Entende-se como aquele caminho que 
se pretende utilizar de forma preferencial, devido às condi-
ções de segurança que oferece e a junção que torna possí-
vel com outros caminhos. 
 Itinerário Alternativo - Este caminho será utilizado, para o 
transporte do VIP quando as condições de tráfego, segu-
rança ou qualquer outra causa desaconselharem o itinerário 
principal.
 Itinerário de Emergência - Poderão ser vários ao longo de 
um caminho principal e deverão permitir a possibilidade de 
fuga de um possível ataque ou imprevisto durante os deslo-
camentos. A equipe de reconhecimento é responsável pela 
escolha deste itinerário, que deverá ser estudado exaustiva-
mente e validado pelo responsável da equipe de proteção, 
além do conhecimento do condutor do veículo principal.
Quando a escolha do itinerário não é executada dentro de critérios 
técnicos e com uma avaliação correta dos riscos, podemos incorrer 
em erros que terminem provocando situações como as que seguem:
 62Guia Prático do aGente Pessoal
Ataque ocorrido no Iraque
Morte de Jornalista em São Paulo
 63Guia Prático do aGente Pessoal
Cápsulas de segurança com Veículos
Também poderão ouvir em formação de comboio ou ainda células de 
segurança de comboio. O importante é que o dimensionamento terá 
que dar-se com base no grau de risco atribuído para cada missão. 
Utilizando os conceitos das teorias e técnicas demonstradas, verão 
a seguir, os dispositivos mínimos de proteção com veículos em detri-
mento da indicação do grau de risco.
UM VEÍCUlo E UM agEntE dE ProtEção 
baixo
O agente de proteção executiva, é o motorista do veículo principal. 
Nesta condição os parâmetros de segurança são reduzidos ao mínimo, 
já que a capacidade de reação e evacuação se reduzem em grande 
proporção. É aconselhável que o veículo utilizado seja blindado, pois 
desta forma permitirá uma maior resistência há uma possível agressão.
 64Guia Prático do aGente Pessoal
Como já mencionei anteriormente, quanto menor a cápsula e/ou cé-
lula de proteção, maior deverá ser o preparo do agente de proteção 
executiva e sua ação preventiva. É aconselhável nesta modalidade 
que por ocasião do embarque e desembarque da personalidade ou 
executivo, quando esse acontecer fora de uma zona controlada, que o 
agente esteja com a sua porta aberta e fora do veículo, junto a mesma, 
buscando identificar possíveis ameças. O veículo deverá estar com o 
motor ligado.
UM VEÍCUlo E doIs agEntEs dE ProtEção 
cauteloso
Com este formato geralmente as funções de condução e segurança 
são compartilhadas. Aqui já se possuí uma maior capacidade de pre-
venção e proteção.
Como os dois agentes estão embarcados junto com o VIP, é aconse-
lhável que o veículo utilizado seja blindado,mantendo o mesmo con-
ceito mencionado na formação anterior. Verão também mais a frente 
que neste formato é possível estabelecer uma variante que dependen-
do do compromisso ou local visitado, poderá auxiliar preventivamente.
 65Guia Prático do aGente Pessoal
Como mencionei no item anterior, a referência para o posicionamento 
dos agentes no momento do embarque e desembarque se mantém. 
Como mencionei anteriormente está formação já permite o emprego 
de outras táticas, como veremos a seguir.
Segundo Agente, atuando como Avançado.
Neste caso, o agente avançado adianta-se ao veículo principal e infor-
ma ao agente motorista há condição do local devendo sinalizar para o 
mesmo o melhor local para a parada ou ainda reservar o espaço para 
o veículo principal parar, como na figura acima.
Segundo Agente, atuando como Cobertura.
O agente do segundo veículo fornece cobertura para o desembarque. 
 66Guia Prático do aGente Pessoal
É aconselhável que utilize seu veículo para auxiliar nesta tarefa. Sua 
atitude poderá ser tanto ostensiva, como não, dependerá do tipo de 
escolta que estará sendo utilizada.
doIs VEÍCUlo E três 
agEntEs dE ProtEção 
elevado
Existem distintas combinações possíveis com esta formação. A mais 
usual é que um agente realize a função de condução do veículo prin-
cipal e os outros dois agentes de proteção efetuem a cobertura com o 
segundo veículo.
Com esta formação, os dispositivos de segurança resultam num bom 
nível de prevenção e proteção, tendo uma considerável capacidade 
de evacuação e controle.
Aqui o posicionamento do veículo de cobertura já está diferenciado, 
pois existe um maior contingente para a aplicação das teorias de pro-
teção, além de proporcionar uma condição protetora para ambos os 
lados do veículo principal.
 67Guia Prático do aGente Pessoal
doIs VEÍCUlo E QUatro 
agEntEs dE ProtEção alto
Como na formação anterior, são possíveis múltiplas combinações. Usu-
almente se incorporará este agente de proteção, no segundo veículo. 
Outra forma, também usual é a colocação deste quarto agente de pro-
teção como Avançado.
Esta formação apresenta um alto grau de prevenção e disuasão, incor-
porando-se em grande medida parâmetros importantes como a prote-
ção e reação.
doIs VEÍCUlo E CInCo 
agEntEs dE ProtEção 
muito alto
Com a incorporação de mais um agente de proteção, a capacidade 
de reação e proteção são extremamente efetivas. Em decorrência do 
alto risco elencado, este quinto agente poderá também estar a frente 
como avançado em uma motocicleta ou veículo, realizando a cobertu-
ra em locais com risco potencialmente alto de produzir-se a ameaça, 
ou ainda em veículo executando os fechamentos de cruzamentos e 
acessos para a equipe.
 68Guia Prático do aGente Pessoal
Primeira Variação – Quinto Homem Avançado
Segunda Variação – Quinto Homem Cobrindo Veiculo 
Principal e Segundo Veículo
 69Guia Prático do aGente Pessoal
Esta função só deve ser desempenhada por agente de proteção ex-
tremamente efetivo na condução de veículos, e deverá possuir um en-
trosamento muito grande com os demais agentes condutores, pois o 
mesmo terá de conduzir de forma agressiva e ao mesmo tempo har-
mônica com o restante da equipe. O responsável pela equipe de pro-
teção ditará através de rádio, as possíveis necessidades de cobertura 
que se apresentem durante o deslocamento, que também poderão ser 
repassados pelo agente condutor aos agentes do segundo veículo atr-
vés de sinalizações pré estabelecidas.
Como podemos visualizar na figura anterior poderíamos estar in-
cluindo neste formato, mais um agente de proteção no veículo dois 
e três no veículo dois. Esta inclusão dependerá diretamente do Grau 
de Risco, atribuído ao executivo ou personalidade protegida. Motivo 
pelo qual a análise de risco torna-se extremamente importante para 
que seja possível justificar o investimento necessário para uma pro-
teção desta magnitude.
 70Guia Prático do aGente Pessoal
Combate à Incêndio
É extremamente importante possuir meios de extinção para prevenir 
possíveis incidentes que possam gerar incêndios. Normalmente a re-
sidência da personalidade ou executivo será o local com maior expo-
sição para este tipo de ameaça.
Método de extinção do incêndio
• Por retirada do material – retirada do combustível;
• Por resfriamento – retirada do calor;
• Por abafamento – retirada do oxigênio.
Os extintores são indicados para combate de focos de incêndio no seu 
início, ou para extinguir pequenos incêndios. 
ClassEs dE InCêndIo
Classe A – Materiais Sólidos
• Usa-se agente extintor com grande ação de resfriamento e 
penetração, tendo como principal agente à água.
• Extintores recomendados: de espuma que atua resfriando e 
abafando, e de água que atua resfriando.
Classe B – Líquidos Inflamáveis e Gases
• Deve-se utilizar um agente extintor que aja através do aba-
famento ou seja, eliminando o oxigênio.
• Extintores recomendados: Gás carbônico, Pó Químico e de 
Espuma.
 71Guia Prático do aGente Pessoal
Classe C – Elétricos Energizados
• Não se deve utilizar água ou espuma, pois são condutores 
de eletricidade.
• Extintores recomendados: Gás carbônico, Pó químico.
Classe D – Metais Pirofóricos
• Usa-se agente extintor com propriedade de se fundirem em 
contato com o metal combustível, formando uma espécie de 
invólucro que o isola do ar.
• Extintores recomendados: compostos químicos especiais, 
limalha de ferro, grafite e areia.
• Não devemos utilizar água.
Atenção
Antes de combater um foco de incêndio, deve-se verificar 
o tipo de material que o potencializa, para que seja 
possível determinar a sua classe e consequentemente o 
tipo de extintor a ser utilizado.
O agente ao chegar no local designado deverá, verificar 
todas as rotas de fuga, as instalações físicas do prédio e 
observar localização dos extintores e suas condições de 
pronto uso.
Cuidado ao utilizar os Extintores de Pó Químico Seco e de 
Gás Carbônico, pois poderá ocorrer a falta de ar para o 
operador e vítima.
 72Guia Prático do aGente Pessoal
Primeiros socorros
Tem por finalidade prestar assistência a uma pessoa colocada em si-
tuação de perigo mantendo as funções vitais e evitando o seu agrava-
mento até o auxílio qualificado chegar.
O Socorrista deve:
• Assumir a situação.
• Proteger o acidentado.
• Examinar o acidentado.
• Recorrer à ajuda qualificada.
Não altere a posição em que se acha o acidentado sem refletir previa-
mente qual a conduta mais adequada a ser tomada.
Avalie o local do acidente para que não haja perigo para o acidentado 
e o socorrista, como fios elétricos, paredes caindo, forro solto, pois 
talvez seja necessário mudar o acidentado de local ou construir uma 
proteção.
Verifique:
• Nível de consciência;
• Respiração;
• Pulsação;
• Temperatura;
• Pressão Sangüínea (se possível).
 73Guia Prático do aGente Pessoal
Combate em recinto Confinado(CQB)
Grande parte da atividade de proteção ocorre em condomínios, no interior 
de prédios e residências, motivo que por si só mostra a importância do do-
mínio de técnicas e táticas de combate em locais fechados ou confinados. 
Os itens mencionados abaixo são referências para este tipo de confronto.
rEgras dE oUro
• Superioridade do poder de fogo.
• Controle dos disparos.
• Presença mínima de dois homens.
• Controle do cano da arma .
• Mantenha sempre a lateralidade com o seu companheiro.
• Informações dos suspeitos e reféns.
• Informações do local.
• Divida os espaços do ambiente confinado, pois cada ho-
mem será responsável pela sua área.
• Solicite reforço quando necessário.
• Mantenham sempre a comunicação seja por sinal, seja 
por código 
• Você depende do seu colega para cobrir os 360° graus 
do ambiente.
• O medo é importante, pois lhe manterá vivo.
• Fatie as aberturas.
 74Guia Prático do aGente Pessoal
• Ao andar não cruze as pernas, elas devem andar lado a 
lado com passos curtos e flexionadas.
• Janelas e aberturassão locais de alto risco, por possibilita-
rem atuação de um possível agressor.
• Dedo sempre fora do gatilho, use-o no guarda-mato.
• Não arraste o corpo na parede ou divisórias, porque o baru-
lho alertará sobre a sua presença.
• Saia do local sempre em silêncio.
asPECtos do traBalho
• Cobertura e Apoio
• Consolidação de Armas e Equipamentos
• Fogo Coordenado
• Comunicação
Dica
O treinamento minimiza os efeitos do stress.
Sua ação deve possuir Surpresa, Velocidade, Ação de 
Choque e Precisão.
O objetivo é parar a ação agressora.
FatIaMEnto
Sempre que possível, treine o fatiamento, pois ele garantirá a sua segu-
rança ao cruzar por portas ou aberturas, que possam ocultar possíveis 
agressores. Abaixo podemos observar a representação da técnica.
 75Guia Prático do aGente Pessoal
os 10 MandaMEntos no CQB
1. Mantenha a atitude positiva.
2. Esteja alerta aos sinais de perigo.
3. Procure pelas mãos do oponente.
4. Comunicação é vital.
5. Conheça o local da entrada.
6. Pratique o trabalho de equipe.
7. Mantenha a profi ciência de suas armas.
8. Mantenha uma condição física boa.
9. Proceda a busca cuidadosamente.
10. Mantenha consigo o seu equipamento.
 76Guia Prático do aGente Pessoal
gerenciamento de Crise
Sempre que nos depararmos com um evento imprevisível, urgente e com 
ameaça há vida, estaremos diante de uma crise. E para que tenhamos 
êxito será necessária uma resposta imediata que deverá num primeiro 
plano conter a crise, isolar os seus efeitos, afastar os possíveis curiosos 
e só depois começar a negociar. Recordo que a missão da equipe de 
proteção não é a de deter os criminosos. Portanto, os princípios apre-
sentados a seguir devem servir como referência em possíveis ações cri-
minosas que coloquem seu cliente como alvo de uma crise. A doutrina 
utilizada por parte da maior parte das instituições policiais do mundo e 
de organismos privados que dedicam-se a esta tarefa, é a do FBI (Fede-
ral Bureau of Investigation – USA) e preconiza o que segue:
Ao deparar-se com uma Crise, os primeiros passos que deverão ser 
adotados, são os seguintes:
• Conter;
• Isolar e
• Negociar sem Concessões.
Todo o trabalho deve estar centrado na aplicação da lei e na aceitabi-
lidade moral e ética de nossas ações, durante a negociação;
Separar e captar o maior número de informações com as pessoas que 
tiveram o primeiro contato com a Crise, além de juntar o maior número 
de dados e informações sobre o causador da crise, serão aspectos 
importantíssimos para a resolução;
Lembre-se que é extremamente importante identificar a motivação do 
causador da crise, para que possamos dar o tratamento adequado.
Outro fator importante de ser lembrado é que a crise poderá ter o se-
guinte desfecho:
 77Guia Prático do aGente Pessoal
• Rendição por parte dos Suspeitos.
• A negociação.
• Uso da Força Letal (Legítima Defesa).
Existem autores que utilizam como quarto desfecho para a resolução 
de uma crise a transferência da mesma. Mas as que foram realizadas 
até hoje não demostraram sua eficiência e geraram muitas vítimas.
Não teremos um tempo pré-determinado para executar a negociação, 
os resultados obtidos pela doutrina demosntram que quanto maior for o 
tempo de negociação, maior é a chance dos suspeitos renderen-se. As 
políticas das empresas para qual trabalham, devem determinar e deli-
near o parâmetro da negociação. Mas é importante que exista no plano 
de contingência e de emergência quais as ações deverão ser adotadas.
 78Guia Prático do aGente Pessoal
o Primeiro Contato
Esse primeiro contato pode dar o tom para as próximas horas. Portan-
to, a primeira coisa que você deverá fazer é identificar-se e informar 
qual sua função.
Por exemplo: “Oi você aí dentro. Meu nome é.......... E eu trabalho para 
o ............ Tudo está sob controle aqui fora. Está tudo bem aí dentro?”
• Em seguida, dê continuidade dizendo coisas como: “nin-
guém vai tentar entra aí. Eu quero ter a certeza de que nin-
guém vai se machucar. Posso contar com você para manter 
as coisas calmas por aí?”
• Cuidado com as perguntas, pois às vezes mesmo aparentemen-
te inocente, elas podem criar a oportunidade para exigências.
• Faça ele aceitar que você não poderá tomar aquelas deci-
sões, tudo o que você poderá fazer é manter a situação do 
lado de fora sob controle.
• Caso venha a se estabelecer um tipo de harmonia entre vocês, 
o time de negociação pode fazer com que você permaneça 
como negociador principal, com o apoio e orientação deles.
• Permita que o sujeito fale – um bom negociador é um bom 
ouvinte.
• Evite dar ordens que possam piorar o confronto – sua pos-
tura deve ser de reciprocidade e conciliatória.
• Diminua a importância dos eventos passados – É melhor 
minimizar a seriedade do crime tentado.
• Não ofereça nada ao sujeito – Nestes primeiros momentos, 
o sujeito de uma crise com reféns não planejada está inte-
ressado principalmente com sua própria segurança e fuga.
 79Guia Prático do aGente Pessoal
• Evite atrair atenção frequente para as vítimas – Isso poderá 
levar o sujeito a acreditar que ele tem mais poder do que 
realmente tem.
• Evite usar a palavra “refém” e tente humanizar as vítimas 
usando seus nomes. Não sabendo o nome das pessoas, 
refira-se a elas como “as pessoas com você”, ou ainda uti-
lizar a expressão ou “a mulher e o homem”, por exemplo.
• Se você não souber o que ele quis dizer com a frase ou exi-
gência, pergunte-lhe! – Não tente interpretar uma sentença 
que não está clara. Simplesmente pergunte ao sujeito o que 
ele quis dizer.
Artigos sobre o assunto geralmente relacionam quatro tipos principais 
de fazedores de reféns (FRs):
• Pessoas “mentalmente perturbadas”.
• Criminosos encurralados/presos durante a execução do 
crime.
• Prisioneiros quando estão se rebelando.
• Terroristas políticos tentando produzir mudanças sociais 
através da ameaça ou uso de violência.
Na reportagem abaixo, alguns casos que ilustram bem a possibilidade 
real, da equipe de proteção, defrontar-se com uma situação de Crise.
 80Guia Prático do aGente Pessoal
Acredito que estes parágrafos anteriores, demosntram o quão com-
plicado poderá ser nos defrontarmos com uma situação que envolva 
reféns. Mas também espero que com estas pequenas dicas oferecidas 
sirvam para um desenrolar aceitável para ambas as partes. 
A seguir virão posturas indesejadas para quem está realizando a ne-
gociação, que creio ser importante citar.
Posturas Indesejadas:
• Não permitir que o causador da crise fale.
• Dar ordens ao causador de crise.
• Fazer ofertas.
• Dar importância a fatos recém passados.
• Atrair atenção para as vítimas.
• Desprezar qualquer pedido.
• Dizer não ao causador de crise.
• Fazer sugestões sobre alternativas.
• Expor-se cara-a-cara.
• Trocar reféns.
• Introduzir estranhos.
 81Guia Prático do aGente Pessoal
Nas capas das revistas que seguem abaixo, pode-se observar que 
este tipo de situação, pode atingir tanto personalidades públicas, 
quanto anônimos.
 82Guia Prático do aGente Pessoal
a abordagem
Antes de entrar na abordagem propriamente, creio importante fazer 
algumas considerações relevantes. 
A abordagem no âmbito da segurança privada poderá ser realizada 
dentro de sua jurisdição contratada. Os únicos que podem executar 
abordagens em vias públicas são os organismos policiais e militares 
em algumas situações, conforme prevê a Constituição Brasileira.
Mesmo dentro de sua jurisdição contratada, os serviços de segurança 
privada devem atentar para que abusos não sejam cometidos e des-
ta forma não sejam responsabilizados pelo eventual constrangimento 
ilegal ou possível dano moral causado por uma intervenção incorreta.
Por esses motivos a abordagem é um assunto extremamente importan-
te e que deve ser considerado e treinado pelos agentes de proteção, 
pois serão normalmente os que farão parte do sistema de segurança 
e estarão envolvidos em tarefas de abordagemde pessoas e veículos.
As considerações que farei a seguir sobre o assunto, são resultado de 
um trabalho que idealizei e realizei com grupos de operações espe-
ciais em rodovias após algumas experiências trocadas em Los Ange-
les/USA, quando da realização do Curso de Patrulhamento de Alto Ris-
co. Este trabalho foi posto em prática e os resultados foram positivos. 
A colocação em prática destas técnicas e táticas na área da segurança 
privada são plenamente aceitáveis pois as mesmas estão embasadas 
nos conceitos legais brasileiros e em conceitos e doutrinas desenvolvi-
das, estudadas e praticadas, onde o principal objeto é o respeito pelos 
Direitos e Garantias Individuais das Pessoas e Instituições e o uso da 
força está calcado nos princípios de uma Defesa Legítima e que respei-
ta uma escala de emprego, muito bem desenhada. 
 83Guia Prático do aGente Pessoal
A abordagem caracteriza-se por ser uma das atividades mais perigosas 
e delicadas, por esse motivo reveremos alguns conceitos importantes.
Segundo o dicionário Houaiss, Abordagem é:
 qualquer tipo de aproximação
Na atividade da segurança, será o ato de aproximar-se de pessoas ou 
veículos diversos, com a finalidade de validar a permissão de acesso 
geral ou em áreas restritas, onde desenvolvem a atividade de prote-
ção. Em algumas situações essas validações poderá ocorrer através 
de pessoal vigilantes fardados, mas a presença de um homem de pro-
teção executiva junto aos controles de acesso se faz necessário, pois 
o dimensionamento dado pelo agente de proteção há essa atividade 
difere muitas vezes da visão do vigilante.
Além de constituir-se na atividade mais rotineira na vida do segurança, 
ela é a mais perigosa, analisando-se tanto do ponto de vista legal, quan-
to da prática da mesma, como já mencionei em parágrafos anteriores.
Não poderão esquecer que em muitos casos também serão abor-
dados e que o conhecimento destas técnicas poderá auxiliar nestes 
processos. Devido a essas variantes se torna de extrema importância 
criar-se uma doutrina, sobre este procedimento rotineiro e perigoso e 
que suportará a ação realizada de forma legal.
ClassIFICação das aBordagEns
• Abordagem Normal ou Rotineira.
• Abordagem de Alto Risco e
• Abordagem de Emergência.
Na abordagem de alto risco o local será desfavorável e/ou o número 
de pessoas será maior que o número de agentes.
 84Guia Prático do aGente Pessoal
FatorEs dECIsIVos na aBordagEM
• Surpresa;
• Energia controlada;
• Velocidade e
• Segurança.
Mantenha uma distância segura em relação a pessoa abordada. As 
mãos deverão estar sempre prontas para ação.
Caso a abordagem seja feita com cobertura deve-se manter sempre à 
distância, fazer uma formação de 90° com o colega e com movimenta-
ção constante em torno do abordado, dificultando um possível ataque.
A postura durante há aproximação na abordagem e/ou busca será fun-
damental para o seu sucesso.
Os conceito de proteção utilizados até aqui, deverão continuar fazen-
do parte de suas práticas diárias.
Abaixo estarei incluindo um fluxo que poderá ser tido como referência 
para a classificação da abordagem e que trará um padrão de resposta 
desenvolvido para cada tipo. Estas respostas poderão e deverão estar 
condicionadas as políticas e procedimentos estabelecidos pelo cliente 
e deverão fazer parte do plano de treinamento da equipe de proteção.
Avaliação visual
do abordado
abordado
adota postura
hostil?
abordado
infunde
suspeita?
ALTO RISCO
NORMAL
NÃO
NÃO
SIM Adota Controle Tático de
Contato, Legal, Defensivo, e
Letal, se a situação exigir.
Adota Controle Tático
Cooperativo
SIM
CLASSIFICAÇÃO ABORDAGEM X USO ESCALA DE FORÇA
 85Guia Prático do aGente Pessoal
PosICIonaMEnto na aBordagEM dE PEssoas a PÉ
Através da adoção de uma postura segura, as ameaças poderão ser 
evitadas ou minimizar os efeitos do possível ataque.
Deve-se executar uma abordagem, sempre utilizando-se de cobertura. Essa 
cobertura em muitos casos será a estrutura física do local e o sistema de mo-
nitoramento de câmeras, quando houver. Vejam, que mais uma vez encontra-
mos implicitamente a importância de uma valiação de risco bem executada.
Outro fator extremamente importante de ser relembrado, é a distân-
cia mínima para reação diante de um intento de agressão com arma 
branca. Um estudo desenvolvido pelo Policial Jim Wagner do Depar-
tamento de Polícia de Los Angeles/USA, demonstrou que a distância 
mínima necessária para um agente treinado reagir a uma investida 
desta natureza é de 7 metros. Mais a frente veremos duas técnicas 
desenvolvidas para defender-se deste tipo de ataque. 
A cobertura para abordagem deve dar-se num ângulo de 90º graus 
como poderão visualizar na figura que segue. 
Esta primeira figura demonstra o posicionamento quando a aborda-
gem ocorre de forma direta.
 86Guia Prático do aGente Pessoal
Ao lado, é possível observar o 
posicionamento correto de co-
bertura e o posicionamento de-
fensivo do policial, que está 
com uma base estável e com as 
mãos em uma altura e posição 
que possibilitarão uma reação 
rápida e efetiva no caso de uma 
possível investida do abordado. 
Como mencionei anteriormente esta técnica é fruto de curso realizado 
na cidade de Los Angeles/EUA, no ano de 2001. A adoção deste posi-
cionamento permite uma cobertura efetiva para quem aborda.
Na figura abaixo, pode-se observar uma estrutura que busca oferecer 
o ângulo de cobertura mencionado anteriormente e que facilitará o 
controle de acesso, tanto de pedestres como de veículos. Esta figura 
deve ser vista como uma representação da técnica e não como um 
possível projeto de segurança física.
 87Guia Prático do aGente Pessoal
Quando o local onde reside a personalidade ou executivo, não possuir 
uma condição mínima de cobertura dos acessos, poderá ser necess-
sário, dependendo do grau de risco elencado, que se complemente a 
segurança nestes locais. Motivo pelo qual verão a seguir, possibilidades 
de uso de técnicas e táticas para abordagem de veículos.
A menor célula de trabalho que pode ser considerada para uma ati-
vidade que vislumbre uma ameaça de combate, são dois agentes. 
Mas existirão momentos em que a abordagem do veículo será feita 
por um agente apenas. Como também vimos há pouco, as medidas 
de contenção física e a possível cobertura de um sistema integrado 
de eletrônica poderão auxiliar o agente, desde que o mesmo possua 
comunicação com o local que realiza o monitoramento. 
A primeira figura que verão a seguir, apresenta uma técnica que pro-
cura utilizar a surpresa para o abordado, pois inverte o sentido pelo 
qual normalmente se aproximaria do visitante. Essa técnica também 
permite na medida que o deslocamento até o veículo ocorre, que se 
visualize possíveis situações suspeitas. Somente com um grau baixo 
de risco é aconselhável o emprego desta técnica.
 88Guia Prático do aGente Pessoal
Com a incorporação de mais um agente da equipe de proteção ou até 
mesmo um vigilante, se estabelece cobertura para a abordagem. Mas 
é importante o sincronismo e sinergia nas ações. O responsável pela 
cobertura, deverá estar atento para que seu colega não entre em sua 
linha de tiro (Fogo Amigo). Pode dividir-se em duas fases os desloca-
mentos, como veremos a seguir.
Quando não conhecemos o veículo que aproxima-se ou ainda no seu 
interior verificamos a existência de pessoas suspeitas, devemos pro-
ceder como menciona a doutrina para ações de alto risco.
• Sempre que possível, deverão fazer com que o motorista 
venha até o agente. 
• Ao chegar a linha média do veículo o posicionamento do 
homem deve ser tal que resguarde sua integridade física, 
devendo estar apto para o saque e somente assumindo 
um atitude ofensiva caso observem durante o seu deslo-
camento até o carro arma(s) no seu interior, que deverá ser 
informada através da palavra “arma” ou de um código pré-
estabelecido, ao seu(s) companheiro(s), fazendo comque 
todos os envolvidos na abordagem saibam da ameaça.
 89Guia Prático do aGente Pessoal
• É importante ressaltar, que para uma melhor comunicação 
entre os agentes, quando observarem uma ameaça poten-
cial durante a abordagem seja utilizado o sistema do relógio, 
onde às 12 horas será o local para onde a frente do veículo 
abordado esteja apontando, e a identifi cação do perigo se 
dará pelo “horário” onde se encontra o mesmo no interior do 
veículo. Abaixo segue uma fi gura com esta representação.
 90Guia Prático do aGente Pessoal
dUrantE a noItE
Deverão ter redobrada a atenção no período com baixa luminosidade 
e/ou a noite.A grande maioria dos departamentos de Polícia dos EUA, 
utiliza o “SLOW CONCEPT” exemplificado a seguir e que adaptado para 
o uso privado auxiliarão muito. Este conceito preconiza o seguinte:
S STOP THE CAR – PARE O CARRO – Deverá haver uma bar-
reira física que obrigue a parada do veículo.
L LEAVE LIGHTS ON INSIDE – LIGUE AS LUZES INTERNAS 
– Faça com que a iluminação disponível na barreira física 
ilumine o interior do veículo, como holofotes acionados pela 
presença. O objetivo é inverter o efeito “vitrine”.
O TURN ENGINE OFF – DESLIGUE O MOTOR – Fazendo com 
que o condutor desloque até a portaria.
W WALK TO EAR THE POLICE OFFICCER – CAMINHE COM 
UM “OUVIDO POLICIAL” – Um ouvido atento.
Uma boa lanterna tática, será uma ferramenta importante para os tra-
balhos executados em locais com baixa ou ausência de luminosidade.
 91Guia Prático do aGente Pessoal
defesa de Intervenção
As jornadas das equipes de proteção dificilmente deixam espaço para 
a prática de uma arte marcial. Como já foi mostrado anteriormente, as 
ações do agente de proteção bem como as da equipe terão de estar 
dentro dos parâmetros legais. O emprego da arma de fogo é o último 
recurso no emprego da escala de força, o que significa dizer que os 
profissionais envolvidos na área de proteção, deverão ter ferramentas 
eficientes e eficazes para resolver possíveis conflitos e mitigar possíveis 
ameaças que não se enquadrem no último nível do emprego da força.
A junção de algumas técnicas do Daitoryu, arte marcial milenar japo-
nesa, com o krafv-magá, arte marcial de origem israelense transforma-
se numa inteligente ferramenta e que cria um processo de treinamento 
por objetivos específicos e que permite o desenvolvimento de um pa-
drão voltado unicamente para as ameaças percebidas como necessi-
dade da atividade. Procurei conjugar algumas técnicas das duas artes 
marciais, que através das práticas que realizei através destes anos se 
mostram efetivas. A intenção não é a de resumir as duas grandes artes 
marciais aqui citadas ao que apresentarei e sim aproveitar o que cada 
uma pode oferecer para ao agente e equipes de proteção executiva.
Uma doutrina também utilizada pelos departamentos de polícia dos 
EUA e que estabelece aos seu oficiais de polícia, no atendimento de 
ocorrência e que se analisarmos bem servirá para todas as situações 
é a utilização do “STOP CONCEPT”.
S STOP– PARE 
T THINK – PENSE NAS OPÇÕES
O OBSERVE – ANÁLISE O LOCAL 
P PLANNING – PLANEJE SUA REAÇÃO
 92Guia Prático do aGente Pessoal
Quanto mais praticarmos estes conceitos, mais rápido se tornará o 
nosso processamento das situações vivenciadas e que demandam 
uma resposta.
Durante a carriata de posse do presidente LULA em seu primeiro man-
dato, um expectador aproxima-se do veículo presidencial, sobe no 
mesmo e abraça-o pelo pescoço. 
 
 
As imagens falam por si só e foram divulgadas ao mudo pelos meios 
de comunicação que cobriram o evento. A pergunta que deve ser fei-
ta, estou preparado para responder a uma ameça desta natureza? 
O corpo humano é uma “máquina complexa” e que se bem explorada 
poderá garantir ótimos resultados. O uso de armas naturais do corpo 
associadas há ação sobre terminais nervosos, musculatura, ossos e 
articulações transformam-se assim em uma excelente ferramenta para 
responder a possíveis ameças. 
 93Guia Prático do aGente Pessoal
 
 Sistema Nervoso Sistema Circulatório Ossos e Articulações
De uma forma genérica veremos a seguir o local da ação e quais os 
efeitos possíveis:
LOCAL EFEITOS
Cabeça Dor, tontura, fratura, desmaio ou morte
Tronco frente Dor e/ou desmaio
Tronco costas Dor
Membros Superiores Dor e/ou Fraturas
Membros Infeirores Dor e/ou Fraturas
Órgãos Genitais Dor e/ou desmaio e/ou morte
Articulações Dor, luxações e/ou fraturas
 94Guia Prático do aGente Pessoal
arMas natUraIs
 mão braço cotovelo
 pé joelho boca
 cabeça canela dedos
A pressão sobre os terminais nervosos resolverão grande parte de suas 
eventuais intervenções. A seguir seguem os pontos vulneráveis, com 
o efeito que deverá ser causado quando a técnica for bem aplicada.
 95Guia Prático do aGente Pessoal
Nervo Infra-Orbital
Ponto de Pressão: Base do Nariz
Nervo Afetado: Infra-Orbital
Localização: Base do Nariz
Método de Aplicação: Toque de Pressão
Direção da Pressão:
A pressão deverá ser aplicada em direção 
ao topo/centro da cabeça
Efeitos Esperados:
1.Dor de média ou alta intensidade
2.Lacrimação dos Olhos
3.Baixo nível de atordoamento
Princípios de Aplicação:
1.Submissão por dor
2.Deslocamento do Equilíbrio
 96Guia Prático do aGente Pessoal
Chanfro Jugular
Ponto de Pressão: Chanfro Jugular
Nervo Afetado: Laringe Superior/Laringe Periódica
Localização:
Traquéia e pequenas fibras na região do
tronco jugular
Método de Aplicação:
Toque de Pressão
Penetração Rápida
Direção da Pressão:
Deverá ser aplicada diretamente em direção ao 
centro do corpo em ângulo de 45º graus.
Efeitos Esperados
Ponto de Pressão:
1.Redistribuição do equilibrio do ofensor
2.Reflexos involuntários fora da pressão;
3.Imediata mudança no processo mental agressivo;
4.Hiperestensão involuntária dos braços quando 
utilizada a posição inferior.
Efeitos Esperados
Penetração Rápida:
1.Interrupção imediata de toda atividade motora 
não intencional 
2.Redistribuição do equilíbrio do ofensor;
3.Reflexos involuntários fora de pressão;
4.Leve atordoamento mental.
Princípios de 
Aplicação:
Técnica de Distração
Deslocamento do Equilibrio
 97Guia Prático do aGente Pessoal
Plexo Branquial
Ponto de Pressão: Origem do Plexo Branquial
Nervo Afetado: Mediano/Radial e Ulnar
Localização: Ao lado do pescoço
Método de Aplicação:
Toque de Pressão
Penetração Rápida
Técnica de Golpe
Direção da Pressão:
Deverá ser aplicada diretamente em direção 
ao pescoço.
Efeitos Esperados
Ponto de Pressão:
1.Média a alta intensidade de dor
2.Uma fraca disfunção motora que afetará 
braço e mão;
3.(Provável) sinal de submissão
Efeitos Esperados
Penetração Rápida:
1.Alta intensidade de dor
2.Cesação imediata de atividade motora;
3. (Provável) disfunção motora temporária no 
braço afetado;
4.Atordoamento mental de 3 a 7 segundos e 
5.(Possíveis) leve nível de inconsciência.
Princípios de Aplicação:
Disfunção Motora
Submissão por Dor
Disfunção Motora
 98Guia Prático do aGente Pessoal
Chanfro da Clavícula Plexo Branquial
Ponto de Pressão: Chanfro da Clavícula Plexo Braquial
Nervo Afetado: Mediano/Radial e Ulnar
Localização: Entre a junta do externo e do ombro
Método de Aplicação:
ToquedePressão
Penetração Rapida
Direção da Pressão:
Deverá ser aplicada para baixo em ângulo de 
45º graus em relação ao centro do corpo.
Efeitos Esperados
Ponto de Pressão:
1.Alta intensidade de dor
2.Cessação de toda atividade motora 
intencional;
3.Uma disfunção motora que afetará o braço e 
mão; e 
4.(Provável) Imediato sinal de submissão
Princípios de 
Aplicação:
Submissão por Dor/Perda do Equilíbrio
 99Guia Prático do aGente Pessoal
Nervo Radial
Ponto de Pressão: Nervo Radial
Nervo Afetado: Radial
Localização: Abaixo da junta do cotovelo, no topo do 
antebraço
Método de Aplicação: Toque de Pressão
Ténica de Golpe
Direção da Pressão: Deverá ser aplicada para o centro do braço
Efeitos Esperados
Ponto de Pressão:1. Alta intensidade de dor;
2.Cessação de toda atividade motora 
intencional;
3.Uma disfunção motora que afetará o braço e 
mão; e
4.(Provável) Imediato sinal de submissão
Efeitos Esperados
Técnica de Golpe:
1. Média ou alta intensidade de dor
2.Uma disfunção motora temporária no braço e 
mão afetados; e 
3.(Provável) Flexão da mão em resposta 
reflexiva.
Princípios de Aplicação: Disfunção Motora
Atordoamento
 100Guia Prático do aGente Pessoal
Junção Plexo Branquial
 
Ponto de Pressão: Junção Plexo Braquial
Nervo Afetado: Mediano/Radial/Ulnar
Localização: Junção do Peitoral Maior/Bíceps e Deltóide
Método de Aplicação: Ténica de Golpe
Direção da Pressão: Braço o oponenete estiver próximo ao seu lado.
Efeitos Esperados
Técnica de Golpe:
1. Alta intensidade de dor;
2.Disfunção motora temporária que afetará 
braço e mão;
3.(Provável) Flexão da Mão;
4.Atordoamento Mental, durando de 3 a 7 
segundos;
5.A mão e o braço afetados podem formigar ou 
amortecer
Princípios de Aplicação:
Disfunção Motora
(É fundamental que não menos de três golpes, 
sejam deferidos)
 101Guia Prático do aGente Pessoal
Ângulo Mandibular
Ponto de Pressão: Ângulo Mandibular
Nervo Afetado: Hiplogossal/Vago/Glossofaringeal
Localização:
Os 3 nervos correm juntos atrás da mandíbula, 
na base do lóbulo da orelha
Método de Aplicação:
Toque de Presão
Rápida Penetração
Direção da Pressão:
Na base do lóbulo da orelha, em direção ao 
centro da cabeça, dirigida em ângulo agudo 
em relação ao nariz.
Efeitos Esperados
Ponto de Pressão:
1. Dor de média ou alta intensidade;
2.Sinais imediatos de submissão;
3.(Provável) Cessassão de toda atividade mo-
tora intencional.
Princípios de Aplicação:
Princípios de Aplicação:
Disfunção Motora
Submissão por Dor
(Quando a aplicação é feita com o dedão, será 
mais eficiente)
 102Guia Prático do aGente Pessoal
Ponto Motor do Nervo Femural
Ponto de Pressão: Ponto Motor do Nervo Femural
Nervo Afetado: Femural
Localização: Linha Média da Coxa
Método de Aplicação: Técnica de Golpe
Direção da Pressão:
O impacto deverá ser dado no meio da parte 
interior da coxa.
Efeitos Esperados
Ténica do Golpe:
1. Imobilização temporária e disfunção motora 
da perna afetada;
2.Alta intensidade de dor;
3.Atordoamento Mental, durando de 3 a 7 
segundos.
Princípios de Aplicação: Disfunção Motora/Atordoamento
 103Guia Prático do aGente Pessoal
Ações de Submissão – Pegada Mão
 Pegada Pegada seguida de giro para fora e 
 alavancando contra o braço
Pegada e apoio alavanca junto ao cotovelo
Aplicando a técnica com o braço junto as costas
 104Guia Prático do aGente Pessoal
Aplicando a técnica de frente
Aplicando alavanca sobre o cotovelo
O uso de facas ou de objetos diversos que possam ocasior perfura-
ções, constituem-se num grande perigo, tanto para nós, quanto para 
nosso cliente, pois são de fácil ocultação e fáceis de serem obtidos.
Como foi falado anteriormente, são necessários no mínimo 7 metros de 
distância caso a ameaça se produza com objetos perfurantes ou armas 
brancas. Quando se têm essa distância, uma das técnicas que pode-
rá ser utilizada é o “L” Tático, desenvolvido pelo policial americano Jim 
Wagner, sargento do Departamento de Polícia de Los Angeles. A técnica 
consiste em recuar rapidamente, sem perder de vista o objeto que ame-
aça ao mesmo tempo que sai lateralmente da linha direta do ataque, 
executando uma trajetória como a letra L. Com estes segundos de ganho 
é possível sacar a arma ou o bastão tático expansível para defender-se.
 105Guia Prático do aGente Pessoal
Já não possuindo a distância mínima necessária para excutar o “L” Tá-
tico por exemplo, uma boa alternativa é atirar-se ao solo de costas ao 
mesmo tempo que utiliza os pés para defender-se. Estando armado, este 
será o tempo necessário para realizar o saque da arma ou bastão táti-
co expansível. Não estando armado, deverá buscar atingir as mãos do 
agressor com os pés e assim desarmá-lo. Confi gura-se numa excelente 
alternativa. 
Técnica sendo treinada por alunos em curso de 
proteção a autoridades
 106Guia Prático do aGente Pessoal
Proteção Contra Explosivos (MEI)
MECanIsMo ExPlosIVo IMProVIsado (MEI)
Compõe um mecanismo explosivo improvisado:
• Gatilho
• Sistema de Ignição
• Material Explosivo ou Incendiário
• Recipiente
Basicamente um MEI consiste em um gatilho, espoleta e carga principal. O 
gatilho pode ser acoplado diretamente a espoleta ou conectado pôr cordel 
detonante, estopim ou fios elétricos dependendo do tipo de mecanismo.
Exitem muitas maneiras de confeccionarmos um mecanismo explosi-
vo, mas entre estas, destacam-se:
• Pacote Bomba.
• Carro Bomba.
• Artefato colado a parede ou abandonado.
• Artefato Móveis.
• Bomba Oculta em Veículos.
Pacote Bomba
Medidas de Segurança
• Comprovar se o remetente é conhecido.
• Verificar se o nome e direção de destino são corretos e es-
tão escritos sem falhas ou falta de letras.
 107Guia Prático do aGente Pessoal
• Controlar a existência de manchas de graxa ou similar.
• Manusear o pacote com extrema precaução e comprovar 
se o mesmo é rígido e se identifi cam à presença de cabos, 
fi os metálicos, etc.
• Cheiro característico de amêndoas.
No caso de suspeita:
• Não tocar.
• Não abrir.
• Não dobrar ou golpear.
• Evacuar ao VIP.
• Comunicar as forças de segurança pública.
• Isolar a área.
• Abrir portas e janelas.
Carro Bomba
Medidas de Segurança
• Eleição cuidadosa dos itinerários.
• Troca frequente de caminhos.
• Troca de horários.
• Veículo blindado.
• Comprovação do caminho a ser percorrido.
 108Guia Prático do aGente Pessoal
• Durante a comprovação dos caminhos, desconfiaremos de 
veículos que apresentem as seguintes características.
• Cortinas; bancos traseiros ocultos por elementos têxteis ou 
cartões; antenas demasiadas altas ou inusual; fechaduras 
manipuladas; presença de cabos ou qualquer outro dado 
que levante suspeitas.
No caso de suspeita:
• Troca imediata de itinerário, virando no mesmo ponto se for 
necessário.
• Interposição do carro escolta entre o vip e o elemento 
suspeito.
• Acelerar todo possível caso não exista outra solução.
Artefato Colado a Parede ou Abandonado
Medidas de Segurança
• Realizar uma adequada vigilância das zonas periféricas.
• Comprovação cíclica de paredes exteriores, jardins e zonas 
anexas.
• Instalação de Circuito Fechado de Televisão e elementos de 
segurança física e eletrônica.
• Utilização de cachorros adestrados para a busca de 
explosivos.
• Fechamento de zonas de interesse especial.
No caso de suspeita:
• Evacuar o VIP, introduzindo-o numa zona fria (afastando-o 
do pacote suspeito).
• Cortar comunicações via rádio.
• Avisar as forças de segurança pública.
 109Guia Prático do aGente Pessoal
Artefatos Móveis
Nesta divisão encontramos diversos tipos de artefatos, que podere-
mos classificar em:
• Automóveis tele-dirigidos.
• Objetos rolantes.
• Por lançamento.
Bomba Oculta no Veículo
Medidas de Segurança
• Nunca deixar o veículo sem vigilância.
• Inspecionar o carro cuidadosamente, antes de utilizá-lo, 
verificando.
• Seu assoalho.
• Entre as rodas.
• Porta-malas.
• Capô.
• Calotas.
• Cano de escape.
• Outros que julgar importante.
No caso de suspeita:
• Evacuar o VIP da zona e/ou introduzi-lo na zona fria;
• Isolar o veículo;
• Somente um homem da equipe de proteção vistoria o 
veículo;
• Cortar comunicações via rádio;
• Avisar as forças de segurança pública;
• Colocar em prática as medidas habituais frente a artefatos 
explosivos.
 110Guia Prático do aGente Pessoal
transporte em helicóptero
O helicóptero constitui-se um meio de transporte rápido, moderno, se-
guro, principalmente quando os equipamentos são biturbinados.
O custo e a redução do tempo de deslocamento são fatores que de-
verão ser comparados aos outros meios. Abaixo segue foto de um 
modelo utilizado por executivos e personalidades.
Também pode-se observar aextrema maneabilidade deste tipo de 
equipameto. Abaixo executando um resgate em plena Marginal Pinhei-
ros em São Paulo.
Durante o pouso e a decolagem, requer um dispositivo de segurança con-
tra a ação adversa externa e uma equipe de apoio com paramédico, ex-
tintor de incêndio e escada, para facilitar o embarque e o desembarque.
 111Guia Prático do aGente Pessoal
O heliponto é uma área de pouso 
e decolagem para helicópteros, 
construída dentro dos padrões 
estabelecidos pela portaria Nº 
18/GM5 de 14 de Fevereiro de 
1974 e registrada ou homologa-
da pelo Ministério da Aeronáuti-
ca. Os helipontos se dividem em 
público, privado e militar.
hElIPonto
Os helipontos são designados da seguinte forma:
 Heliponto Público: Letra H, dentro de um triângulo no centro 
do heliponto;
 Heliponto Privado: Letra P, dentro de um triângulo no centro 
do heliponto;
 Heliponto Militar: Letra M, dentro de um triângulo no centro 
do heliponto e
 112Guia Prático do aGente Pessoal
 Heliponto Hospitalar: Letra H, dentro de uma cruz no centro 
do heliponto.
O triângulo aponta a direção do Norte magnético e a letra informa o 
tipo de heliponto.
O quadrado interno cuja dimensão é BxB é chamado de área de to-
que, isto é, o ponto no qual o helicóptero poderá pousar. (Onde B será 
a maior dimensão do helicóptero, isto é, a distância entre a ponta do 
rotor de cauda até a ponta do rotor principal).
Formato dos Helipontos
Os helipontos podem ser quadrados, retangulares ou circulares.
Divisão e dimensão do heliponto
A área total de um heliponto é dividida em duas partes:
• Área de pouso e decolagem – que coincide com a área total 
do heliponto;
• Área de toque – área interna, concêntrica e de formato qua-
drado ou circular.
A dimensão do heliponto vária de acordo com o comprimento do helicópte-
ro que irá utilizá-lo, sendo as menores dimensões aceitáveis as seguintes:
• Heliponto Quadrado – de 18 metros de lado e área de toque 
é de 12 metros de lado;
• Heliponto Retangular – de 18 metros de lado menor e área 
de toque é de 12 metros de lado;
• Heliponto Circular – de 12 metros de raio e área de toque é 
de 6 metros de raio.
Capacidade do Heliponto
O peso máximo suportável na plataforma de um heliponto é dado por 
um nº indicativo de toneladas, localizado acima e a direita da letra 
designativa do heliponto, fora do triângulo ou da cruz.
 113Guia Prático do aGente Pessoal
Setor de aproximação (Rampa)
Pelo menos 2 setores, abertos entre si mais de 90°, indicarão as ram-
pas de aproximação para pouso e decolagem do helicóptero. Estes 
setores são indicados por 2 setas existentes nos pisos dos helipontos, 
ao longo do eixo de aproximação.
Pintura do Heliponto
As linhas de demarcação, com 40cm de largura, deverão ser pintadas 
na cor branca ou amarela fosforescente, com micro esferas de vidro. 
Somente as linhas do triângulo terão 55cm de largura. O piso poderá 
ser pintado em cor contrastante com as linhas de demarcação. No 
caso de hospital, a cruz será pintada na cor vermelha e as linhas de 
demarcação em branco ou amarelo.
Iluminação para operação noturna
A sinalização para operação noturna em heliponto é feita com lâmpadas ele-
vadas da plataforma , aproximadamente 25cm. Esta iluminação é colocada 
acompanhando o lado externo do perímetro da área de pouso e decolagem.
O heliponto deverá obrigatoriamente ter uma lâmpada em cada canto 
e cada lado terá um número impar de lâmpadas não menor que 5, 
eqüidistantes e distantes entre si menos de 5 metros.
Indicador de vento (Biruta)
De colocação obrigatória, é formado 
por um cone de nylon, que deverá 
fi car acima do piso do heliponto, visí-
vel de qualquer setor, com condi-
ções de girar livremente por ação do 
vento. No caso de helipontos sinali-
zados para operação noturna, a bi-
ruta também deverá ser iluminada.
 114Guia Prático do aGente Pessoal
Grades de proteção
Nos helipontos elevados deverão ser colocadas grades de proteção 
ao redor das bordas externas. Estas terão a largura de 1,50m e serão 
inclinadas, sendo que as extremidades mais elevadas deverão estar 
no mesmo nível do piso do heliponto.
Heliponto Interditado
Um heliponto interditado deverá ser sinalizado pelo proprietário, com 
um painel quadrado de 3 metros de lado pintado na cor vermelha, 
tendo no seu interior um X unindo os vértices, pintado na cor amarela, 
com uma largura de 40cm.
Podem-se listar os seguintes procedimentos básicos de segurança an-
tes, durante e após o deslocamento:
• Manter-se afastado da área de pouso quando o helicóptero 
estiver manobrando, especialmente quando houver carga 
externa;
• Proteger os olhos quando estiver perto de um helicóptero 
pousando ou decolando. Se for subitamente cegado por 
poeira ou qualquer outro objeto que tenha atingido os olhos, 
parar e baixar-se, ou, melhor ainda, sentar-se e esperar o 
auxílio de alguém;
• Nunca se aproximar ou se afastar pelo lado alto do terreno;
• Não fumar no helicóptero ou nas proximidades sem permis-
são do piloto;
• Não tocar na bolha (é apenas plástico), ou em qualquer par-
te móvel;
• Certificar-se de que o cinto de segurança está do lado de 
dentro antes de fechar a porta;
• Colocar o cinto de segurança ao entrar no helicóptero, tiran-
do-o somente quando o piloto autorizar;
 115Guia Prático do aGente Pessoal
• Não chegar perto do motor de cauda (perigo);
• Manter a área de pouso limpa (o sopro do rotor é capaz de 
mover uma enorme variedade de coisas);
• Nunca jogar nenhum objeto próximo ao helicóptero;
• Conduzir ferramentas e outros objetos compridos horizon-
talmente e abaixo da linha da cintura;
• Manter o corpo curvado para frente ao se aproximar ou 
afastar do helicóptero;
• Nunca se esticar para apanhar um chapéu ou qualquer ou-
tro objeto que tenha sido levado pelo deslocamento de ar;
• Em vôos sobre o mar, os passageiros devem ser informados 
da localização de coletes salva-vidas e outros equipamen-
tos de sobrevivência que estejam a bordo e ainda como dei-
xar o helicóptero, no caso de uma descida de emergência;
• Perguntar ao piloto a respeito das saídas e dos procedimen-
tos de emergência;
• No caso de vôos em regiões isoladas e desertas, todos os 
ocupantes devem conhecer a localização de mapas e bol-
sas de sobrevivência;
• Saber que precauções tomar em casos de emergência, 
como, por exemplo, a posição do corpo para melhor prote-
ger a coluna vertebral contra um impacto vertical;
• Nas operações de pouso e decolagem, todos os passagei-
ros e o pessoal dispensável devem ser mantidos afastados 
da área de manobra.
 116Guia Prático do aGente Pessoal
transporte em Jatos Executivos
É importante relembrar que todos os procedimeto de segurança e cui-
dados genéricos falados até aqui, continuam válidos.
Poderemos contar basicamente com dois tipos de aeronaves. 
 Turbinas e/ou (Foto Acima)
 Turbo Hélices.(Foto Abaixo)
 117Guia Prático do aGente Pessoal
Nota
• Dentro desta divisão mencionada, poderemos observar que 
na mesma ordem citada, elas se apresentarão: Pressuriza-
das e/ou Não Pressurizadas.
• Há escolha da aeronave, se dará em conseqüência do tipo 
de pista que a aeronave necessitará pousar.
• O tamanho da pista, o tipo de piso, são fatores que influen-
ciam diretamente na escolha.
• Estes fatores deverão ser verificados por ocasião da visita 
do agente avançado.
• Também deverá ser veriificado se a pista possuí iluminação 
artificial, pois não existindo, o uso da aeronave fica restrito 
a presença do sol.(pouso e decolagem).
• Devera se verificada as cordenadas da pista, por GPS, para 
que no caso da pista e/ou local visitado, não constar na 
carta aeronáutica, tenhamos condições de fornece-la ao 
comandante da aeronave;
• Devemos conhecer o funcionamento básico de instrumen-
tos e procedimentos de vôo, pois desta forma poderemos 
monitorar possíveis demandas.
• É importante estarmos atento a possíves anomalias no in-
terior da aeronave,pois desta forma poderemos solicitar o 
mais breve possível o reparo.
• A quantidade de agentes, bem como a distribuição no inte-
rior da aeronave, se dará de acordo com o tipo da mesma e 
a natureza da missão a ser desempenhada.
 118Guia Prático do aGente Pessoal
Interior de uma cabine de comando
• Não devemos esquecer de colocar na aeronave, o equipa-
mento da escolta, aquele que obrigatóriamente deveremos 
ter por ocasião da missão no local de destino.
• Devemos atenção redobrada por ocasião do desembarque do 
Executivo e/ou Personalidade, telefones celulares, pertences 
pessoais, normalmente fi cam esquecidos dentro da aeronave.
• Durante o taxieio da aeronave, devemos tentar contato com 
a equipe no interior da mesma, para atualizar os comandos 
em terra.
• Poderemos também, neste momento, passar a bagagem 
pelo corredor, da aeronave, em direção a porta da mesma, 
para ganharmos tempo no momento do desembarque.
• Devemos ter bem presente, qual a quantidade de bagagens 
que o VIP e/ou Autoridade, embarcou.
• Jamais deveremos manusear armamento no interior da 
aeronave.
• O Vip e/ou Autoridade deverá estar no local mais confortá-
vel da aeronave, e sempre que a situação assim o permitir, o 
banco em sua frente deverá permanecer, desocupado, para 
que o mesmo possa estender suas pernas se assim o desejar.
 119Guia Prático do aGente Pessoal
E para fi nalizar este obra, creio importante mencionar a utlização de duas 
técnicas que poderão ser muito úteis, caso venham a ter de sacar a arma. 
A primeira é um posicionamento tático denomininado de “Position Sul” que 
foi desenvolvido pelo ex- mebro do SAS Britânico, Alan Brosmam. Este po-
sicionamento mostrou-se efetivo através deste anos e permite com que a 
arma não esteja em uma ação agressiva, ao mesmo tempo que está pron-
ta para uso, além de difi cultar a sua retenção em possíveis adentramentos. 
Abaixo segu uma foto, onde um policial executa esta posição.
Outro posicionamento tático importante segue abaixo. A foto mostra a 
busca pelo domínio espacial, para que desta forma esteja segura
“ Sejam Seguros, Estejam Seguros.”
 120Guia Prático do aGente Pessoal
BiBliografia
AMORIM, Carlos. CV_PCC, a Irmandade do Crime. Editora Record.
BRASILIANO, Antonio Celso e RAPOSO, Miranda. Sequestro…Como 
se Defender (Planejamento da Segurança Pessoal – Noções anti-
Sequestro). Rio de Janeiro: Editora Forense, 1997.
CASOY, Ilana. Serial Killers, Made in Brasil. Editora ARX.
CHISTRINO, Marcio. Por dentro do CRIME, Crime, Tráfico, PCC. 
Editora Escrituras.
DVIR, Avir. Espionagem Espresarial. Editora Novatec.
FENELLY, Lawrence J.. Handbook of Loss Prevention and Crime 
Prevention. Editora Elsevier
LUNA, Genaro García. Contra El Crimen, Por qué 1,661 corporaciones 
de polícia no bastan?
MIR, Luís. GUERRA CIVIL, Estado e Trauma. Editora Geração Editorial.
OLIVA, Rafael Jimenez. El Secuestro, Proceso, Protección Y Rescate. 
Editora CEAS-Internacional.
PEARSON, Cecil e RADLI, Eric. Hostage Situation, from Crisis 
Intervention to Dealing with Terrorists. por LawTech Publishing.
RAVELO, Ricardo. Herencia Maldita. Editora Grijalbo México.
SALIGNAC, Ângelo Oliveira e THOMÉ, Ricardo Lemos. O 
Gerenciamento das Situações Policiais Críticas. Editora Genesis.;
SOARES, Luiz Eduardo. Segurança tem saída. Editora Sextante.
 121Guia Prático do aGente Pessoal
SODI, Ernestina. Líbranos Del Mal. Editora Aguilar México.
SOSA, Ramon Oscar, Comisario Mayor, Policia de Misiones Argentina. 
El Negociador, El Equilíbrio em las Negociaciones. 
SPIGNESI, Stephen J.. Tentativas, Atentados e Assassinatos que 
estremeceram o Mundo. Editora m.Books.
STEINER, Bradley J. No Second Chance, Disarming the armed 
Assailant. por Paladin Press.
TINELLO, Mauricio Ricardo. Posicionamento para evitar o Sequestro. 
Editora Roca.
Internet
Asis International - http://www.asisonline.org/
Associação Brasileira de Normas Técnicas - http://www.abnt.org.br/
Brasiliano & Associados - http://www.brasiliano.com.br
CSO Security and Risk - http://www.csoonline.com
International CPTED Association - http://www.cpted.net/ 
International Organization for Standardization - http://www.iso.org/iso/
home.htm
Security Management/ASIS - http://www.securitymanagement.com/
 122Guia Prático do aGente Pessoal
SoBre o autor
Ayrton de Oliveira Cardozo
Especializado em Segurança Empresarial pela FASPI e Brasiliano & 
Associados, pelo Curso Master Business Security. Ex-Oficial da Po-
lícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, Graduado em Ciências 
Políticas, possui diversos cursos no Brasil, Estados Unidos e Europa 
nas áreas de Proteção de Executivos, Gerenciamento de Crise, Ne-
gociação de Reféns, SWAT Básico e Avançado, Resgate de Reféns, 
Comando e Controle, Manuseio de Explosivos, Entradas Táticas com 
Explosivos e Investigações Pós-Explosões (EOD). Gestão de Projetos 
e Segurança do Alimento. Responsável pela gestão e coordenação 
de inúmeros eventos e missões de proteção pessoal, para diversas 
empresas multinacionais. Membro da ASIS International e atualmente 
é Consultor Sênior da Brasiliano & Associados.
Editora Sicurezza
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