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São lesões que quando detectadas precocemente, permitem o acompanhamento mais proximo quando à condição do paciente, sendo importantissimo saber diagnosticá-las corretamente. Essas lesões são formadas por tecidos morfologicamente alterados onde é mais provavel ocorrer cancer que nos tecidos normais correspondentes. Temos duas lesões principais nessa categoria que são as leucoplasias e eritroplasias. A leucoplasia é uma formação branca e a eritroplasia é uma formação vermelha. Além dessas duas temos as queilites actinica e liquen plano e fibrose submucosa (exclusivo do sul asiático - mascam nozes com cal; quase 100% desenvolve cancer, mas não tem prevalencia no ocidente). Leucoplasia É uma lesão predominantemente branca (as vezes permeada por áreas vermelhas) da mucosa oral que não pode ser caracterizada como nenhuma lesão. Leucoplasia é uma placa branca de risco questionável para cancer bucal, excuidos outras doenças e disturbios. É um termo clínico, não tem microscopia especifica. Lesões de leucoedema, queimadura química e mordiscamendo bucal podem ser confundidos pela leucoplasia, visto sua lesão esbranquiçada com porções vermelhas. Para diagnóstico diferencial, podemos fazer diagnóstico por exclusão, selecionando na anamnese o que não o classifica como leucoplasia. Lesões por fricção, candidiase pseudomembranosa e liquen plano (diferenciado da leucoplasia na histologia; liquen tem potencial de malignização) também são lesões similares à leucoplasia, bem como estomatite nicotinica e a formação de linha alba. A etiologia da leucoplasia é geralmente idiopática. Contudo, podemos identificar algumas causas locais relacionadas à doença, como o fumo (leucoplasia é 6 vezes mais comum entre fumantes; lesão sempre no mesmo lugar da posição do cigarro/cachimbo na boca, com anos de fumaça quente passando pelo mesmo ponto, induzindo a formação de uma área branca e reativa, podendo formar células displásicas), uso do álcool (ação local e sistêmica; localmente agressivo em assoalho de boca, porção da boca altamente irrigada e de rápida absorção, ação sistêmica nos etilista, que entra em deficiencia de vitaminas como a B12, irritantes crônicos (sempre mesmo lugar mordiscado e traumatizado, podendo alterar o tecido) e infecções cronicos; alguns hábitos exóticos podem envolver o Tabaco de mascar, que pode ser mastigado ou alojado em mucosa, podendo formar leucoplasia por contato cronico com as mucosas. As causas gerais mais comuns são as avitaminoses, anemia e sifilis - baixos niveis de Vit A, B12, C, beta caroteno e ácido fólico tem sido encontrados em portadores de leucoplasia. Portanto, pode-se apenas fechar o diagnóstico e manter o paciente em proservação, fazendo uma biopsia se possivel. A prevalencia mundial é de aproximadamente 2%, com alterações regionais. No sul do Brasil, a maneira de consumo do Chimarrão pode aumentar essa prevalencia, visto que o canudo utilizado se aloja sempre no mesmo lado da boca. Tipos clínicos Homogenea - lesão toda branca Por pior que seja o aspecto clínico, não podemos dizer que seja maior a chance de uma neoplasia, sendo importante a proservação Leucoplasia Eritroplasia De mais dificil observação. Nem sempre uniformemente vermelho, podendo estar envolto em lesão branca ou outra alteração. Lesões Potencialmente Malignas terça-feira, 19 de maio de 2020 07:52 Estomatologia III Page 1 Não homogenea ou manchada Para biopsia, selecionamos áreas de transição entre branco e vermelho, onde melhor podemos obsevar uma possivel transformação maligna Estomatologia III Page 2 Histologia A maioria desses casos não há dor e podem ser assintomáticas, podendo relatar uma pequena ardencia. Histologicamente é caracterizada por uma displasia leve ou moderada ou intensa ou carcinoma "in situ" (neoplasia ainda não invadindo tecido conjuntivo). A displasia é uma formação anormal, mal formado e de desenvolvimento desodernado. São alterações citológicas atipicas no tamanho e forma das estruturas celulares. É comum no epitelio do cervix uterino, no carcinoma in situ. As células basais sofrem hiperplasia, com maturação desorganizada das células nas camadas mais superficiais. Estas alterações são consideradas como precursoras do carcinoma. As displasias são consideradas alterações pré-cancerosas. Há perda da arquitetura do tecido epitelial e da uniformidade das células. Nas lesões leucoplásicas, o caráter histológico nem sempre coincide com o aspecto clínico, uma vez que a displasia pode ser a mais severa o possivel em aspectos clínicos mais brandos. Portanto, esta é imprevisível. Assim, essas alterações displásicas podem ser consideradas alterações prédisplasicas. Na primeira imagem, podemos ver o arrendodamento das criptas epiteliais, mais queratina e alteração das células epiteliais, carater que se intensifica nas situações seguintes, assim como a severa na ultima imagem, com aumento dos núcelos e hipercromatismo. Não existe raciocionio longitudinal de evolução entre essas fases, podendo se manter pra sempre como severo ou moderado ou nem evoluir para um caráter mais grave. Isso não ocorre no colo do utero, onde é clara a evolução entre esses quadros. Por isso deveos manter o acompanhamento do paciente. Na imagem ao lado, vemos a diferença entre displasias leve, moderada e severa. Malignização Estomatologia III Page 3 Malignização Mesmo quando a microscopia da leucoplasia não mostra displasia, ou seja, apenas contem hiperplasia epitelial com hiperortoqueratose ou hiperparaqueratose e discreto infiltrado inflamatorio subjacente, 1 a 5% dos pacientes desenvolvem carcinoma. É geralmente aceito que leucoplasia com displasia tem risco de malignização em 5 vezes maior que leucoplasia sem displasia. A transformação em carcinoma pode ocorrer em leucoplasia e nem . A transformação em carcinoma pode ocorrer em leucoplasia e nem toda leucoplasia ocom displasia evoluirá em carcinoma. Os maiores riscos de malignização estão em mulheres com leucoplasias de longa duração, de causa idiopática (não fumantes), localização na lingua ou soalho de boca, com tamanho maior de 200mm2, tipo não homogeneo, presença de candida albicans e presença de displasia epitelial. Diagnóstico O diagnóstico é feito por meio de biopsia incisional em lesão de maior porte, verificando grau de displasia ou a presença de um cancer em si. Devemos tomar cuidado com peças membranosas, que na hora de colocar no formol pode se enrolar, sendo importante dispor o tecido biopsiado sobre um pequeno pano. Tratamento O tratamento de lesões brancas deve ser primeiramente direcionado à eliminação de causas. A eliminação dos fatores de risco, como fumo, alcool e o trauma é o primeiro passo e o mais dificil Prognóstico O prognóstico depende da localização (assoalho bucal e face lateral de lingua maior risco), da aparencia não-homogenea, etiologia não associada a hábitos (idiopática, alto risco) e displasia epitelial presente. Proservação A proservação não há protocolo clínico definido, com exame a cada 6 meses ou menos, por 3 anos, podendo haver remissão independente do tratamento e do hábito e da evolução da doença Eritroplasia É uma alteração de mancha vermelha, que no caso não pode ser caracterizada como outra lesão. Essa condição é extremamente perigosa, visto uma alteração histológica tão intensa que ja pode ser considerada como alteração neoplásica. A eritroplasia j á é considerada um carcinoma in situ, sendo removida cirurgicamente quando encontrada, visto seu potencial invasivo Os efeitos causais da displasia possui caráter somatório. A queilite actinicia tem etiologia associada aos raios ultravioleta. Colhendo o esfregaço do colo do útero, alterações pode ir de grau 1 a grau 3 - caso casos anteriores não forem tratados poderá haver evolução entre os NIC. Como esse caminho de NIC1 a NIC3 é seguido religiosamente, é possivel verificar o nivel das alterações e estagio de tratamento, o que não ocorre com eritroplasias, que evoluemaleatoriamente e não muito previsiveis. Caráter nodular endurecido, podendo ter edema e ulcera, desaparecendo muco-ceratinizada do lábio, formando uma pequena crosta que volta sempre que é removida. Para reduzir os danos causados pelos raios UV, recomenda-se o uso de chapéu e protetor solar. Pode ser utilizado corticosteroides e protetores labiais. É comum em homens acima dos 50 anos. Pessoas com menos melanina tem mais risco; o tratamenod é a remoção dos fatores de risco como o fumo, álcool, habitos, raios UV, profissão favorece a lesão, sendo um aspecto mais dificl de controle. Uma maneira de remover essa lesão é a vermelhectomica, removendo essa porção do lábio. A proservação depende da intensidade da lesão e da queixa sintomática do paciente. Estomatologia III Page 4 alterações e estagio de tratamento, o que não ocorre com eritroplasias, que evoluem aleatoriamente e não muito previsiveis. Estomatologia III Page 5