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Oclusão Normal e Má-Oclusão na Ortodontia


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Um ortodontista, para finalizar um tratamento de maneira satisfatória, deverá tratar o paciente para chegar a oclusão normal, a mais próxima o 
possivel à oclusão pristina criada pela natureza. Na "montagem" e criação de alinhamento oclusão, o dentista se guiará por es sa referência natural. 
Além de ser importante para o tratamento, essa oclusão normal será o gabarito para análise de uma oclusão em consultório, ana lisando se não há 
nada diferente do normal, conhecido como má-oclusão. A má oclusão não é uma doença e sim uma variação anatomica, um desvio que pode ser 
tratado, mas nem sempre obrigatório, sendo tratado conforme o desejo do paciente.
Screen clipping taken: 10/08/2020 14:38
Algumas caracteristicas importantes na oclusão envolvem a chave de oclusão da cuspide mesiovestibular do primeiro molar super ior sobre o sulco 
vestibular do primeiro molar inferior, bem como dentes bem alinhados. O apinhamento dentário é a má-oclusão mais comum na natureza, sendo um 
dos maiores motivos para busca de tratamento.
A oclusão ideial é de prevalencia muito baixa na população, sendo de apenas 10%. 90% da população tem má -oclusão e poderão passar pelo 
tratamento ortodontico.
A oclusão é a relação que os dentes guardam entre si, nos seus respectivos arco alveolares e entre os arcos antagonicos, tant o em máxima 
intercuspidação como durante excursões mandibulares. Os conceitos de Andrews tinha o proposito de tornar objetivo o conceito de normalidade, 
padronizando as metas do tratamento ortodontico correto em seu artigo sobre as 6 chaves para oclusão normal. Sua amostra cons istia em 120 
modelos de oclusão ideal, sendo esses não tratados.
Screen clipping taken: 10/08/2020 16:03
Oclusão Normal
segunda-feira, 10 de agosto de 2020 13:54
 Página 1 de Ortodontia 
Screen clipping taken: 10/08/2020 14:50
1. Na oclusão, um dos fatores mais preponderantes é a proprorção correta entre maxila e mandíbula. A relação entre os hemiarc os está na primeira 
chave. Nesta, podemos ver que a cuspide mesiovestibular do 1°MS permanente oclui no sulco mesiovestibular do 1°MI. 
A crista marginal distal do primeiro molar superior ocluindo na crista marginal mesial do segundo molar inferior
A cuspide distovestibular do 1°MS permanente oclui na ameia entre 1°e 2° MI permanentes (assentamento distal). 
A cúspide mesiolingual do 1°MS oclui na fossa central do 1°MI.
A cúspide vestibular dos PM superiores mantém uma relação cúspide-ameia (2x1) com os PM inferiores. A cúspide vestibular do 2°PM superior oclui 
na ameia entre prémolar e molar e a cuspide vestibular do 1°PM superior oclui na ameia entre os 1° e 2° PM inferiores.
Como os incisivos superiores são maiores, os dentes posteriores vão mais para trás, fazendo com que o 1PM superior oclui em d istal do 1PM inferior, 
assim como o 2PM oclui na distal do 2PM inferior.
A cúspide lingual dos PM superior possui uma relação cúspide fossa com os pré-molares inferiores.
A oclusão ocorre numa relação de caixa-tampa, onde o arco superior é maior que o arco inferior.
A cúspide do CS oclui na ameia entre 1PM e canino inferior. O canino superior com uma relação cuspide ameia com o canino e pr imeiro pré-molar 
inferior. A ponta da cuspide levemente mesial à ameia.
Screen clipping taken: 10/08/2020 15:10
Os incisivos superiores sobrepôe-se aos incisivos inferiores, com as linhas médias coincidentes. Os superiores estão geralmente a 2mm de distancia 
dos inferiores
A borda incisal dos incisivos deve apresentar se com um trespasse 
horizontal de 2mm entre anteriores superiores e inferiores.
 Página 2 de Ortodontia 
Screen clipping taken: 10/08/2020 15:12
Além da relação entre arcos temos a angulação das coroas, a chave II. 
A chave II, em um oclusão perfeita, é quando todos os dentes possuem uma angulação MESIAL. Todos dentes possuem essa angulaçã o, sendo maior 
ainda no canino superior. Além de ser importante à oclusão, é importante para a estética. As angulações são maiores no arco s uperior. Na tentativa 
de economia de espaço num tratamento ortodontico, o dentista pode optar por deixar os angulos mais verticais e retos.
Chave III: A terceira caracteristica é a inclinação da coroa. Essa inclinação é vestibulo-lingual, enquanto angulação é mesiodistal. Na inclinação, temos 
um cenário diferente para incisivos e posteriores. Os incisivos superiores apresentam inclinação vestibular. Os caninos e pré molars superiores 
apresentam inclinação lingual e semelhantes. os molares superiores apresentam uma inclinação lingual mais acentuada que os ca ninos e PM.
Os dentes inferiores apresentam uma inclinação lingual progressiva desde os caninos até os segundos molares.
Screen clipping taken: 10/08/2020 15:25
Um torque lingual exagerado causa a ausencia de um contato entre cúspide e fossa, bem como um torque insuficiente pode criar interferencias 
oclusais.
Chave IV: a oclusão ideal precisa da ausencia de rotações e deslocamentos dentários. Incisivos e caninos girados ou deslocad os são denominados 
apinhamento por falta de espaço em arco dentário.
Chave V: contatos justos - ausencia de diastemas entre os dentes permanentes. É o contrário do apinhamento, tendo muito espaço para dentes 
menores.
Chave VI: curva de spee. Na oclusão perfeita deve apresentar-se plana ou suavemente concava, com profundidade máxima de 1,5mm
 Página 3 de Ortodontia 
Screen clipping taken: 10/08/2020 15:37
A oclusão normal geralmente vincula-se a um perfil harmonioso, com arcos de proporções normais, sem discrepancias de tamanho. O padrão normal 
estará em classe I, padrão I, com harmonia nos olhos.
Uma oclusão normal tende a manter-se por toda a vida do paciente
 Página 4 de Ortodontia 
Aula 1 - Oclusão Normal
Aula 1 - Oclusão Normal
sábado, 3 de outubro de 2020 16:35
 Página 5 de Ortodontia 
 Página 6 de Ortodontia 
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 Página 8 de Ortodontia 
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 Página 16 de Ortodontia 
 Página 17 de Ortodontia 
 Página 18 de Ortodontia 
 Página 19 de Ortodontia 
 Página 20 de Ortodontia 
A ortodontia é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, a supervisão e a orientação do desenvolvimento do aparelho mastigatório e a correção das 
estruturas dentofaciais, incluindo as condições que requeiram movimentação dentária, bem como harmonização da face no complex o maxilo-mandibular.
A ortodontia pode ser dividida em preventiva, interceptora e corretiva. A preventiva será responsável por previnira que tenha mos má-oclusão, a interceptora 
intercepta más-oclusões e corretiva corrije más-oclusões definitivamente.
A preventiva se inicia pelo diagnóstico, analisando pontos de contato e presença de oclusão normal, observando as possibilida des de tratamentos precoces 
(mantenedores de espaço, previnir que se perca espaço). A banda alça é um mantenedor de espaço colocado sobre uma coroa, com uma alça que toca o dente do 
outro lado do espaço, preservando o espaço. Também temos o arco lingual de nance, quado a perda é de um numero maior de dente s, tendo que manter mais 
espaço.
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:20
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:19
A odontologia interceptora, da mesma forma, será guiada por um diagnóstico, analisando a possibilidade de tratamentos precoce s. As mordidas cruzadas 
anteriores podem ser observada no diagnóstico, podendo ser falsa ou verdadeira. Para identificá -la, deveremos manipular a mandivula do paciente, para 
que os dentes fiquem de topo a topo - se ficar, é falsa, caso contrário é verdadeira. Nesses casos de mordidas cruzadas anteriores verdadeiras, utilizamos os 
aparelhos removíveis de molas digitais, ou arco lingual fixo com mola digital
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:32
Screen clipping taken:17/08/2020 14:35
A mordida cruzada posterior (quadri-hélice) deverá ser analisada se é apenas dentária (inclinação) ou atresia mandibular/maxilar. Para atresias 
maxilares/mandibulares é necessário que extensores sejam utilizados. O quadri-hélice será utilizado para resolver a mordida cruzada posterior. O bi-hélice possui 2 
helicoides, podendo ter ou não molas digitais para descruzar a mordida cruzada posterior
P
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:37
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:40
Temos também placas removíveis, excelentes para descruzar mordidas anteriores, posteriores, grupos de dentes e recuperação de espaço e obtenção - caso não consiga, 
tentamos extração na fase corretiva.
Ortodontia Preventiva, Interceptora e Corretiva
segunda-feira, 17 de agosto de 2020 14:08
 Página 21 de Ortodontia 
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:44
A grade palatina é importante para interceptar maus hábitos, seja da pressão da lingua ou posição do dedo, que podem levar a uma oclusão incorreta. Se o paciente não 
colabora com o uso de removível, aplicamos o aparelho fixo, preso em bandas.
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:51
Mordias cruzadas posteriores podem também se interceptadas com placas com parafuso expansor (removivel). Nesses parafusos aju stamos 1/4 de volta a cada 5 dias.
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:58
Recuperadores de espaço impedem o desenvolvimento de má-oclusão, recuperando o espaço que está sendo perdido.
Screen clipping taken: 17/08/2020 14:52
 Página 22 de Ortodontia 
Screen clipping taken: 17/08/2020 15:05
Muitas vezes o dente vem irrompendo em giroversão, sendo importante utilizar um binário para girar o dente para a posição cor reta.
Screen clipping taken: 17/08/2020 15:09
O botão de nance é excelente como mantenedor de espaço, distalizando e aumentando uns diastemas e com contenção para manter e spaço até erupção e final 
desenvolvimento da arcada.
Screen clipping taken: 17/08/2020 15:40
Placa lábio ativa é excelente para o arco inferior para manter um comprimento do arco até erupção de todos os dentes, tirando hábitos de lábio e aliviando a pressão do 
labio sobre os incisivos inferiores, deixando apenas a pressão da lingua. Utilizado no tratamento preventivo e corretivo 
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 Página 23 de Ortodontia 
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Temos também o tratamento com dentes impactados, sendo possivel eliminar supranumerários, recuperar espaços e permitir o trac ionamento.
Para a dentadura permanente, não há mais nada o que previnir, apenas corrigir. Muitas vezes o tratamento é feito com extraçõe s, ou sem extrações e 
dependendo da colaboração do paciente.
Para corrigir o posicionamento dos dentes superiores, bem como a forma do arco, podemos utilizar o aparelho extraoral
Screen clipping taken: 17/08/2020 16:07
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 Página 24 de Ortodontia 
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Após a finalização desse tratamento corretivo, confeccionamos a contenção.
Screen clipping taken: 17/08/2020 16:11
A ortopedia funcional dos maxilares atua na mandibula e maxila diretamente, tratando protusões e retrusões. A ancoragem extra bucal é a mais 
conhecida, com correção de protrusão de maxila, com casos de classe II, alterando essas condições para uma mior harmonia faci al.
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Temos também os removiveis com a estrutura do parafuso expansor e associado ao extrabucal para corrigir a relação molar.
O uso do splint maxilar/AEB conjugado (ao aparelho removivel) utilizado a 12 a 16h ao dia, é utilizado para retornar a estrut ura facial e oclusal para a 
normalidade.
 Página 25 de Ortodontia 
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O bionator é utilizado quando o problema é apenas na mandibula, para avançar a mandibula e buscar uma harmonia facial
Uso do parafuso expansor, com grade palatina associado a um AEB. Logo 
após foi adicionado uma placa da Hauley, a contenção.
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Quando o paciente apresenta o problema na maxila e mandibula ao mesmo tempo, com um aparelho que avança a mandibula e um extr abucal que 
restringe o deslocamento da maxila, sendo possivel remodelar a face do paciente. O ativador com AEB
Screen clipping taken: 17/08/2020 16:43
Screen clipping taken: 17/08/2020 16:46
A tração reversa fará tração da maxila para frente e para baixo e posterior expansão desta.
O aparelho progenico é utilizado para falsas classe III. Este é o arco de Eschler. Esse tem uma porção que passa sobre o arco dos incisivos inferiores, 
posicionando melhor a mandibula
Com o tempo vamos desgastando essa resina até conseguir a oclusão correta, finalizando 
com um aparelho fixo alinhar e nivelar.
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A mentoneira é utilizada ao dormir, como contenção até a erupção completa do arco inferior permanente
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Aula 2- Ortodontia Preventiva Interceptora e Corretiva
Aula 2- Ortodontia Preventiva Interceptora e Corretiva
sábado, 3 de outubro de 2020 16:40
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Conforme o desenvolvimento do corpo humano, a cabeça tomará proporções diferentes quanto à composição corporal. Esta será mee tade de todo o corpo nos periodos da geração, 
evoluindo pelo crescimento para ser 1/4 a 1/8. os ortodontistas serão responsáveis por determinar a harmonia entre os terços da face. Considerando que no desenvolvimento da face 
uma porção poderá crescer mais do que a outra, se faz necessário conhecer profundamente a ordem de crescimento craniofacial;
Screen clipping taken: 24/08/2020 16:02
Crescimento e desenvolvimento crânio-facial pós-natal
Para desenvolvimento de estudos podemos lançar mão de métodos de congregação de dados como em estudos longitudinais, transver sais ou dados sobrepostos (long. e transversais), 
além de técnicas de medição e estudos experimentais. Nas técnicas de estudo, podemos usar técnicas de medição como a craniom etria, antropometria e a cefalometria
Screen clipping taken: 24/08/2020 16:28
Conceitualmente, o crescimento é definido como aumento da massa e o desenvolvimento como o 
processo de maturação;é importante saber que cada estágio incorpora os estágios que os precedem e 
incorporam modificações.
Na primeira semana da embriologia ocorre a fecundação, sendo conhecido como estágio ovular, que 
procederá o desenvolvimento da mórula, blastocisto e início da implantação no endométrio. É 
interessante ressaltar a evolução de 2 pequenas células para 216 tipos diferentes de células existentes 
em um corpo maduro.
Na 4ªsemana tempos o inicio do estágio embrionário de fato, onde temos o pregueamento do embrião. 
Nessa fase poderemos denotar a definição do intestino primitivo (anterior, intermediário e posterior), 
evidenciação do estomódio e inicio do desenvolvimento das proeminencias corporais e faciais.
O primeiro arco branquial, o arco mandibular, origina principalmente a maxila e mandibula. Na quarta 
semana ja temos definidas a bochecha, lábio superior e maxila. A fusão dos processos maxilares ocorre 
entre os processos nasais mediais que formam ductos nasolacrimais, processos mandibulares que 
definem o tamanho da abertura bucal - bochecha; e processos mediais que formam o labio posterior.
A craniometria e antropometria deu origem a muitos pontos utilizados no calculo e estudo das 
cefalometrias. O sistema de craniometria não leva em conta a espessura de tecidos moles, não sendo 
uma medida fidedigna. A cefalometria é utilizado na obtenção de radiografias, onde a cabeça é 
posicionada no cefalostato.
Estudos experimentais são feitos em métodos químicos, histológicos, implantes metálicos e em 
radiografias. Como exemplo de método químico, a diafanização do feto pelo corante alizarina cora os 
ossos em crescimento dos fetos. A análise sobre o crescimento ósseo e disco epifisário foi feita 
observando o crescimento das falanges da mal, observando crescimento mais rápido em meninas.
Podemos também observar o crescimento das vertebras C1, C2 e C3, com caracteristicas diferentes em 
fases diferentes do crescimento. Nesse crescimento e desenvolvimento podemos definir fases de 
iniciação, aceleração, transição, desaceleração, maturação e finalização. Aos 12 anos, a maxila já está 
com mais de 80% do seu tamanho e a mandibula está com 60%. É normal em certa fase ter um 
descompasso entre mandibula e maxila, em níveis normais.
Quanto aos mecanismo de crescimento, temos algumas teorias baseadas no tipo de formação óssea/ossificação - de matriz endocontral e intramembranosa; endocontral dentro de 
cartilagens, a maneira em que ossos da base do cranio se formam e intramembranosa, formado em membranas, sendo a maneira como ossos do crânio e face se formam e a mista, 
unindo os dois modelos, como ocorre na mandibula e base occipital. O osso cresce pelo mecanismo de remodelação óssea, com sin ais de aposição e reabsorção óssea, condições 
promovidas em periósteo e endósteo, com isso o osso se desliza espacialmente, saindo de posição x a y, formando um novo osso. Então temos o crescimento osso, prmovendo o 
deslizamento e deslocamento desse osso dentro de sua articulação. O deslocamento pode ser primário ou secundário.
Screen clipping taken: 24/08/2020 16:47
Em 1953, Scott ja atribuia o crescimento para frente e para baixo daqueles óssos de origem cartilaginosa, com os fatores regu ladores do crescimento estando presentes apenas em 
cartilagem e periósteo - septo nasal, condilo mandibular e sincondroses da base do crânio - o periósteo comepenasria o crescimento para frente para baixo. Em 1962, Moss descreveo 
que o crescimento e desenvolvimento da forma das várias partes do crânio, indiferente de serem formadas por ossificação endoc ontral ou intramembranosa, são totalmente 
secundários e inteiramente dependentes da origem , crescimento e desenvolvimento da forma e função da matriz funcional - há o desenvolvimento dos tecidos moles e então o 
desenvolvimento dos óssos para cobri-los. A teoria da matriz funcional de moss mostra a importancia dos espaços funcionais como as cavidades orofaringeas e nasof aringeas e seios 
maxilares importantes no desenvolvimento dos ossos. O controle genérico define essa matriz funcional, com ossos e cartilagens como componentes passivos - A matriz funcional será 
composta por esses tecidos moles unidos a suas funções para influenciar a maxila e mandibula, por exemplo. As cavidades nasal e bucal também exerceriam essa influencia.
Nossa observação quanto ao crescimento em altura, largura e profundidade poderá ocorrer conforme 
diversas teorias. Sendo uma delas as teorias de Hunter (1771), onde descrevemos a reabsoção e 
aposição óssea (remodelação) no ramo da mandibula, dando espaço aos molares. Podemos perceber a 
remodelação óssea na calota craniana, onde o formato do osso é influenciado pelo pulsar da artéria.
Em 1947, sicher trouxe informações sobre a teoria da dominancia sutural, onde o deslocamento do 
complexo nasomaxilar para baixo e para frente pelo cresciemnto no sistema de suturas paralelas que se 
unem a area facial ao crânio e às regiões da base craniana, havendo o crescimento e formação de 
suturas para baixo e para frente. Todos os ossos da face se ligam ao crânio através de suturas, que 
possuem um paralelismo em direção para baixo, com resultantes de desenvolvimento para anterior e 
inferior.
Em 1965, Enlow propôs que os ossos cresciam sob o principio do "V", onde o crescimento sobre os extremos livres do V aumenta a 
distancia entre os mesmos. A teoria do servosistema de petrovick propoe que o crescimento das várias regiões craniofaciais é 
determinado pela interação de várias mudanças causais e mecanismos de feedback. A teoria de Moss casa as ações da ortodontia e da 
fonoaudiologia, onde a matriz de moss e seu binômio de força e função influencia em suas aplicações clínicas de forma de ossos e 
dentes como na ortodontia e nas aplicações funcionais de deglutição, respiração, fonação e postura de tecidos moles como em 
Teorias do crescimento
segunda-feira, 24 de agosto de 2020 15:52
 Página 74 de Ortodontia 
Screen clipping taken: 24/08/2020 17:11
No crescimento e desenvolvimento craniano, abordaremos agora o desenvolvimento regional, considerando porçoes como a abóbada craniana, base do crãnio, maxila (complexo 
nasomaxilar) e mandibula.
Em 1965, Enlow propôs que os ossos cresciam sob o principio do "V", onde o crescimento sobre os extremos livres do V aumenta a 
distancia entre os mesmos. A teoria do servosistema de petrovick propoe que o crescimento das várias regiões craniofaciais é 
determinado pela interação de várias mudanças causais e mecanismos de feedback. A teoria de Moss casa as ações da ortodontia e da 
fonoaudiologia, onde a matriz de moss e seu binômio de força e função influencia em suas aplicações clínicas de forma de ossos e 
dentes como na ortodontia e nas aplicações funcionais de deglutição, respiração, fonação e postura de tecidos moles como em 
fonoaudiologia. Essas teorias serao importantes no estudo do crescimento regional na abóbada craniana, base do crânio, maxila e 
mandibula.
Screen clipping taken: 24/08/2020 17:13
A abóbada craniana terá como função a proteção da massa encefálica. Essa porção óssea se desenvolve por ossificação 
intramembranosa. Ao lado podemos ver a proporção em relação à face, em crianças e em adultos (em adultos, é metade 
abóbada craniana e metade face e em crianças a abóbada é maior que a face). Ao nascimento, os ossos do crânio são 
conectados por fontanelas, mais conhecidas como moleiras, que se fusionam na fase adulta (fontanelas que permitem a 
expansão do cérebro enquanto os ossos não se fundem).
O crescimento da abóbada craniana é justificada pela expansão e crescimento do cérebro pela teoria da matriz funcional de 
moss, que leva a uma movimentação passiva dos óssos, com deposição óssea nas margens suturais para manutenção da 
proteção e proporção, de maneira que o osso expande para acomodação do cérebro por remodelação interna, de dentro para 
fora.
Uma criança, ao nascer, possui aproximadamente 45 ossos na face, ossos que se fusionam e 
formam o complexo facial. Aplicando a teoriade scott, temos a sincondrose interesfenoidal que 
se fecha após o nascimento, sincondrose esfeno-etmoidal que se fecha dos 7 aos 10 anos e a 
esfenoccipital que se fecha aos 18 a 25 anos, com a capacidade de fazer os ajustes finais do 
crescimento. A base do crânio também define a face média e posicionamento da mandibula, 
visto que o osso temporal, nessa área, forma a articulação temporomandibular com a 
mandibula. As imagens posicionadas na esquerda mostram o contato e crescimento sobre 
sincondroses esfenoetmoidal (superior), iteresfenoidal ´(médio) e esfenoccipital (inferior) e a 
imagem em fundo azul á direita mostra a direção de expansão desses ossos da base do crânio 
conforme o crescimento do cérebro
Abóbada craniana
Base do crânio
Complexo nasomaxilar
No crescimento e desenvolvimento da maxila e cavidade nasal, temos diversas teorias que utilizamos para explica -lo. O deslocamento da matriz funcional, onde o esfenoide em expansão 
"empurra" o osso frontal e maxila nas direções mostradas no esquema abaixo, de maneira que vemos uma remodelação de superfíci e dentro da calota craniana. A expansão e 
crescimento das sincondroses leva ao deslocamento secundário da fossa craniana média, resultando no movimento para anterior e inferior da maxila, como representado no esquema.
A cavidade nasal é de crescimento bem expansivo, mas sem causar separação nem distanciamento das cavidades orbitárias, mas a maxila e mandibula crescem 
significantemente em altura e largura. O complexo nasomaxilar está preso ao crânio através de suturas, que através da teoria de Sicher promoveriam um crescimento para 
frente e para baixo da maxila. Para Scott, o crescimento do complexo está relacionada a teoria do septo nasal/teoria da sinco ndrose guiando o crescimento da maxila. A teoria 
do moss expõe a teoria da matriz funcional, onde descreve além da importancia do cérebro na expansão da calota craniana há a atividade dos seios maxilares e dentes -
entendemos o cresciemento como um complexo.
Espaço aéreo nasal
As estruturas que compõem o espaço aéreo nasal são inumeras e complexas, de maneira que hipertrofia de cornetos, desvio de se pto e problemas naringológicos interferem 
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As estruturas que compõem o espaço aéreo nasal são inumeras e complexas, de maneira que hipertrofia de cornetos, desvio de se pto e problemas naringológicos interferem 
com a passagem do ar. Com a passagem do ar na cavidade nasal, ocorre a reabsorção óssea do assoalho e aposição no palato, de maneira que há o deslocamento do palato 
para baixo e os seios maxilares, que com o tempo tendem a crescer por reabsorção de suas paredes, visto que da passagem da in fancia para fase adulta a necessidade de ar 
acondicionado e aquecido é maior, sendo necessário um seio maior.
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Maxila
A maxila é uma estrutura que possui ossificação intramembranosa. O crescimento póstero -superior, apesar de confrontar a teoria de crescimento anterio -inferior, mostra que 
a maxila cresce em profundidade. A tuberosidade maxilar tende a crescer em alongamento horizontal do arco, de maneira a gerar espaço para erupção dentária dos terceiros 
molares - o não desenvolvimento desse deslocamento pode ser a causa de terceiros molares retidos. É importante afirmar que os dentes ta mbém fazem parte de uma matriz 
funcional, visto que a presença de osso alveolar precisa da presença de dentes. Nas primeiras fases da vida, temos um "focinh o" protruso, uma formação óssea protrusa na 
porção anterior da maxila, visto a necessidade de acomodar germes dentários e dentes decíduos, de maneira que há reabsorção d essa formação óssea protrusa quando os 
dentes decíduos se esfoliam e permanentes erupcionam, havendo a necessidade de uma remodelação para inferior, visto que o oss o trabalha com a quantidade mínima 
necessária.
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Palato 
O palato também exerce influencia em seu crescimento, visto o desenvolvimento em lateralidade pela ação da lingua e pela pres ença da sutura palatina mediana. Arcos 
atrésicos são comuns em respiradores bucais, visto que o ar passando pela boca exerce a mesma função que na cavidade nasal, d emaneira que reabsorve a abóbada palatina 
que em condições normais seria aposicionada, enquanto o assoalho de cavidade nasal que deveria ser reabsorvida é aposicionada . O crescimento do palato segue o principio de 
expansão em V
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Quanto aos eventos de crescimento, as meninas chegam ao seu crescimento ósseo total na face aos 10 ou 12 anos, enquanto menin os demoram um pouco mais. Observando 
que no crescimento total da face a mandíbula participa em 27% e a maxila participa 73% e que desses 73% do crescimento vertic al da maxila, 56% ocorre no corpo e 46% ocorre 
em processos alveolares mostra a importancia dos processos alveolares no crescimento.
Mandíbula
A mandíbula exerce ossificação mista, onde o ramo e corpo ossificam de maneira intramembranosa e o côndilo é 
endocondral, se desenvolvendo a partir de cartilagem. A mandibula cresce por movimentos póstero -superior, com 
maior crescimento dado pelo ramo, onde há aposição e reabsorção. No desenvolvimento vertical, a mandibula está 
ligada ao crânio pela articulação temporo-mandibular, de forma que o crescimento e modelações do osso 
temporal tem influencia no desenvolvimento da mandíbula, de maneira que tanto o ramo da mandíbula quanto a 
base do crânio exercem ação sobre o desenvolvimento do arco inferior. A mandíbula também sofre um pouco de 
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endocondral, se desenvolvendo a partir de cartilagem. A mandibula cresce por movimentos póstero -superior, com 
maior crescimento dado pelo ramo, onde há aposição e reabsorção. No desenvolvimento vertical, a mandibula está 
ligada ao crânio pela articulação temporo-mandibular, de forma que o crescimento e modelações do osso 
temporal tem influencia no desenvolvimento da mandíbula, de maneira que tanto o ramo da mandíbula quanto a 
base do crânio exercem ação sobre o desenvolvimento do arco inferior. A mandíbula também sofre um pouco de 
rotação, no sentido de crescer mais em altura na parte posterior - em um adulto, a distancia entre a ATM e ponto 
gônio é muito maior do que em crianças. A flutuação vertical dentária é o fenomeno onde os dentes entram em 
oclusão antes da finalização do crescimento ósseo em mandibula e maxila, mas continuam em oclusão apesar das 
alterações ósseas - e erupção é o fenomeno onde o dente intraósseo encontra sua oclusão ao sair de osso e 
periodonto de proteção, enquanto a flutuação dentária vertical é quando o dente mantém oclusão apesar do 
distanciamento dos óssos.
O ramo mandibular sofre um intenso processo de verticalização, com um crescimento vertical muito maior que horizontal, que oc orre por influencia da fossa craniana média, com a 
movimentação da articulação temporomandibular. O crescimento vertical se extende até idade adulta, de maneira que qualquer ra diografia de um jovem a ser estudada não deve 
ser considerada como tamanho final de mandibula em sua extensão vertical.
A largura da mandíbula aumenta ligeiramente em forma de V, com aposição e reabsorção em superficie. Entre os hemiarcos temos uma sincondrose que se fecha aos 6 meses, e 
dessa forma não garantimos o crescimento em lateralidade como feito na maxila. Assim, há grande acomodação dentária e pouco d esenvolvimento esquelético.
A região mais crítica e que temos menos conhecimento é sobre o côndilo mandibular, onde temos ossificação endocondral, com cr escimento em direção póstero-superior, 
deslocando a mandíbula para anterior e inferior.
Sobre o côndilo se exercem extensas forças musculares da mastigação, mas mesmo assim não observamos a reabsorção e alteração desse condilo por esse efeito. Isso ocorre por 
que sua formação é endocondral, absorvendo maisas forças - da mesma forma que nosso femur continua seu crescimento apesar do peso exercido sobre este. 
O Côndilo entra na teoria da matriz funcional, visto que a maxila se desenvolve mais precocemente, de maneira que o condilo e ramo são passivos a seu crescimento, sempre 
tentando "buscar" a maxila com seu crescimento posterior que empurra a mandibula para anterior. Para entender isso, devemos e ntender a alta capacidade adaptativa do côndilo 
permitida por sua formação cartilaginosa.
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A pressão exercida pelos lábios sobre os dentes é equilibrada pela força exercida pela lingua. No desenvolvimento craniofacia l de crianças, devemos nos atentar ao tipo de 
alimentação - alimentação por amamentação materna e alimentos mais duros auxiliam no melhor desenvolvimento desses ossos, enquanto a escolh a por alimentos industrializados 
e mais pastosos podem atrapalhar no desenvolvimento.
As modificações ósseas craniofaciais ocorrem além da fase jovem -adulto, mas também no envelhecimento.
A sínfise mentoniana é importante ao ortodontista para a confecção de uma 
harmonia orofacial. Na troca da dentadura decidua para a permanente, 
observamos essa remodelação registrada ao lado, onde temos aposição na base 
da mandibula e reabsorção nas proximidades do rebordo, dando o perfil mais 
robusto aos meninos em seu crescimento, com um queixo mais proeminente 
em perfil harmonico.
Os esforços sobre a mandibula são direcionados a região de condilo e processo 
coronóide, além da concentrações de esforços sobre pilares caninos na maxila. 
No corte sobre a mandibula, notamos a disposição do trabeculado em direção 
ao côndilo
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Aula 3- Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial (1)
Aula 3- Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial (1)
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Na análise do desenvolvimento e crescimento do indíviduo durante sua vida, podemos estudar o desenvolvimento de sua oclusão, que dependendo de diversos fatores poderão chegar a 
diferentes tipos de oclusão, seja uma má oclusão enorme ou uma oclusão correta. Hoje, somos seres difiodontos, ou seja, possuimos duas dentições: a decídua e permanente (dentição 
mista não existe, apenas dentadura mista). Hoje, devido a uma série de problemas, é incomum indivíduos com dentições completamente normais, que apresentarão má-oclusão - menos de 
2% apresentarão ótima oclusão, 70% com má-oclusão e apenas com 20% em má-oclusão aceitável.
Dentadura decídua
A dentição decídua se inicia aos 6 meses de idade da criança. Contudo, já se observa 
dentes em formação já no nascimento, como os incisivos e molares decíduos e 
cúspides de molares permanentes, apesar de não irromper dente algum até os 6 
meses - há raros casos de dentes neonatais. Aos 6 meses de idade (± 2 meses) 
começam a nascer os incisivos inferiores, seguidos dos superiores, laterais e pontas 
de caninos, com formação intraóssea da coroa desses dentes permanentes. Apesar 
desses padrões, pode ocorrer de crianças de 1 mês ter dentes ou uma de 1 ano não 
ter nenhum. Aos 9 meses (±2meses) já temos os 4 incisivos superiores e inferiores 
em uma erupção razoável, ainda com ponta de molares e caninos permanentes em 
formação intraóssea e molares decíduos. Com 1 ano (± 3 meses) irrompem o 2 molar 
decíduo, enquanto o primeiro molar deciduo irrompe a frente dos caninos decíduos. 
Com 1 ano e meio (18±3 meses) os molares já estão erupcionando e entrando em 
oclusão, com os caninos iniciando sua erupção, enquanto os segundos molares estão 
entrando em sua erupção aos 2 anos de idade, quando os caninos já irromperam e a 
ponta de cuspides dos pré-molares estão se formando nos germes. 
A dentadura decídua finaliza sua erupção aos 3 anos, indo completa e em oclusão até 
os 6 anos, periodo em que os permanentes finalizam sua formação - a ponta de 
cúspide de pré-molares se formam aos 1 ano e meio aos dois anos e ponta de 
cuspide de segundos molares aos 2 anos e meio a 3 anos. Aos 4 anos vemos a 
dentição decídua completa, com molares preparando-se para irromper aos 6 anos, 
como os primeiros permanentes em boca. Aos 5 anos já observamos os dentes 
intraósseos em plena formação, com molares iniciando sua rizogenese. Aos 6 anos os 
permanentes começam a aparecer na arcada.
A sequência de erupção em dentes decíduos é a seguinte: primeiro os incisivos 
inferiores, central superior, lateral superior, lateral inferior, molares, os caninos e os 
segundos molares decíduos nas idades estabelecidas, estando completa aos 3 anos, 
permanecendo desta maneira até os 6 anos. Nesse periodo, não somos tão exigentes 
quanto auma oclusão normal porque a criança está em desenvolvimento constante, 
desenvolvendo-se intensamente nessa fase. Sendo comum e considerado normal a 
mordida de topo anterior, com suave protrusão, suave mordida aberta anterior e 
sobremordida. É comum também encontrar diastemas entre incisivos. O uso da 
chupeta nos primeiros anos de vida pode ser benéfico para acalmar a criança mas 
causar uma leve mordida aberta anterior, que deve ser corrigida naturalmente se o 
uso da chupeta for cessado aos 4 anos. O perfil da criança é geralmente mais 
convexo, sendo observado o queixo mais retraido. Dentes supranumerários em 
dentadura decídua pode significar a mesma alteração na permanente, sendo 
necessário o acompanhamento radiográfico.
O arco dentário decíduo pode ser classificado em tipo I e tipo II. O tipo I é quando 
observamos diastemas anteriores (mais comum), e no tipo II temos contatos ou 
suaves apinhamentos. Quanto a presença de espaçamento na dentição anterio 
inferior, Arco do tipo I ocorre em 77% dos casos, enquanto na falta de espaçamento 
antero inferior o tipo II ocorre em 23%. O tipo I contribuirá para 50% dos casos onde 
não haverá apinhamento em dentadura permanente, 40% onde haverá apinhamento 
moderado e 10% de apinhamento severo. Temos essas estatisticas de predição para 
dentes permanentes, contudo não se pode utilizar único e exclusicamente para 
predizer o correto alinhamento dos incisivos inferiores. Na ausencia de 
espaçamento, apenas em 23% dos casos, pode-se dizer que 22% dos casos contribui 
para correto alinhamento de incisivos, com 78% para apinhamento, seja moderado 
ou severo.
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Contudo, este também não pode ser utilizado única e exclusivamente para a predição do alinhamento dos dentes anteriores permanentes. Portanto, podemos dizer que independente se 
a arcada decidua for tipo I ou II, não significa que apresentará uma oclusão aceitável ou incorreta ao exibir todos os permanentes nessa região. Outra caracteristica em uma arcada decídua 
é a ausencia de uma curva de spee, paralelismo entre os longos eixos, com uma inclinação de 90° para com o plano oclusão,a inclinação interincisivo (entre incisivos superiores e 
inferiores) é bem próximo a 180°, enquanto nos permanentes os incisivos são mais vestibularizados para ganhar espaço na cavidade bucal.
Aspectos clínicos
Para tratamentos em dentadura decídua consideramos a presença de mordidas cruzadas anterior e posterior para a confecção de aparelhos ortodonticos. Tal tratamento deve ser iniciado 
assim que for detectado. Ao detectar essa mordida cruzada, confeccionamos um aparelhos fixo, visto que em pacientes menores o aparelho removivel pode ser engolido.
A dentadura cruzada deve ser corrigida logo que diagnosticada, logo aos 4 anos, para que não interfira na dentição permanente. Mordidas cruzadas anteriores devem ser resolvidas, visto 
que a posição da mandibula a frente da maxila pode atrapalhar no crescimento e desenvolvimento, vindo a gerar complicações na dentadura permanente
Aparelho quadrihélice
Desenvolvimento da oclusão
segunda-feira, 14 de setembro de 2020 16:14
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Aos 5 anos, vemos o primeiro molar pronto para 
irromper, completando seu irrompimento aos 6.
Dentição permanente
Entre o advento da dentição decídua e a permanente, observamos o desenvolvimento de uma dentadura mista. Para poder tratar os eventos que necessitam de intervenção ortodontica, é 
necessário reconhecer e diagnosticar de maneira precisa o problema em questão, o que é pouco comum entre os CD. O plano terminal dos segundos molares decíduos são considerados guias para 
os primeiros molares permanentes. Na imagem abaixo, vemos um plano terminal reto em A, plano terminal com degrau mesial em B e plano terminal com degrau distal em C.
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O A seria o normal, enquanto B seria normal dependendo do tamanho e o C é 
anormal e pode levar a uma oclusão de classe II. Como podemos ver na 
imagem á esquerda, aos 6 anos podemos registrar a erupção do primeiro 
molar permanente, dando inicio à dentadura mista e formação ode uma 
dentição permanente. Em crianças com oclusão normal, os primeiros molares 
permanentes geralmente ocluem topo-a-topo, cúspide sobre cúspide - pode 
também ser cúspide sobre sulco, que pode ser considerado normal com 
degrau mesial caso não seja muito grande (pode ser que uma oclusão classe III 
se forme caso seja muito extenso). Plano terminal reto é muito mais comum 
que os outros, sendo comum em 58% dos casos, enquanto o degrau mesial 
tem prevalencia em 24% dos casos e o degrau distal tem prevalência de 18%.
Um degrau distal só poderá evoluir em uma oclusão classe II, enquanto o 
plano reto pode vir a se tornar uma classe I, II ou III e o degrau mesial pode se 
tornar classe I ou III.
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Na rotina de um ortodontista, diferente de um dentista clinico geral, sempre pedimos para que o paciente mantenha a 
boca fechada para que estudamos sua oclusão, com relação molar e plano oclusal dos dentes, fator que pode mudar 
pela vida do paciente em razão de seu crescimento.
A dentadura mista dura dos 6 aos 11 a 12 anos de idade. Aos 8 anos vemos a presença de incisivos permanentes em 
plena erupção e o outros permanentes em pleno processo de calcificação, inclusive o segundo molar - apenas o terceiro 
não se formou ainda. A calcificação dos primeiros molares começa no nascimento, dos segundos molares começa aos 3 
anos e o terceiro molar aos 9 anos de idade.
Os incisivos permanentes conseguem espaço para suas erupções conforme a explicação a seguir:
Se medirmos os incisivos deciduos e permanentes dá uma diferença de 7,6mm para superiores e 6,0mm para inferiores, 
de forma que falta bastante espaço. Dessa forma, como é que se dá essa transição de dentes deciduos para 
permanentes? Primeira das diferenças é que permanentes irrompem muito mais para vestibular que os inferiores que se 
permanecem verticalizados, além disso quando se irrompem os caninos, numa oclusão normal fecham os diastemas 
anteriores. Além disso, o crescimento ósseo na região anterior favorece a erupção dos incisivos.
Os molares permanentes dependem da aposição e reabsorção óssea para ganhar espaço e irromper - se o crescimento 
da mandibula cessa e os terceiros molares não irromperam, estes permanecem retidos. Na obtenção de espaço para 
pré-molares e caninos permanentes, temos que considerar que os decíduos que os precedem (caninos e molares 
deciduos) são maiores. Os molares permanentes em dentadura mista estão inicialmente topo a topo na maioria das 
crianças, e o espaço disponivel aos permanentes inferiores é maior que no superior, havendo uma mesialização 
fisiológica do molar, atingindo o sulco ao invés de topo a topo, obtendo a chave de molar.
Aspectos clínicos em dentadura mista
Nos tratamentos aplicados em pacientes com dentadura mista, buscamos intervir sobre mordida cruzada anterior e 
posterior. Baseando-se me ortodontia preventiva e interceptora, podemos ver que a prevalencia de mordida cruzada na 
literatura é de 8 a 16% e em bauru é de 18,2%. Temos sempre que nos atentar a sequencia de erupção - como na 
imagem ao lado, um central irrompeu e outro não, sendo acusado como alteração, podendo estar relacionado com 
supranumerários que alteram a erupção. Em alguns casos de mordida cruzada anterior podemos confeccionar uma placa 
com mola digital. Para mordida cruzada posterior, aparelhos como mola coffin ou placa com parafuso podem auxiliar na 
terapia.
Em mordida aberta anterior por chupar dedo ou chupeta por muito tempo pode atresiar a maxila e causar mordida 
cruzada posterior além de uma mordida aberta anterior grande. Iniciamos com o uso de uma mola coffin para descruzar 
a mordida posterior. Para interromper esse hábito de chupar o dedo (mas também para evitar a interposição da lingua 
na mordida aberta) usamos uma grade palatina, conhecida como aparelho recordatório somado a um grampo de 
addams . Caso essa mordida aberta não fosse corrigida tão cedo, teria de recorrer a uma ortodontia corretiva mais 
tarde, o que exigiria muito dinheiro.
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Muitos se indagam se as más-oclusões se tornaram mais comuns de 30 anos para cá. De certa forma, nos dias de hoje busca-
se mais o atendimento ortodontico por se tornar mais visivel e por haver mais condições para pagar o tratamento. Além 
disso, com o aumento da miscigenação racial a mistura genética tende a unir caracteristicas dentárias que auxiliam no 
apinhamento e desregulação de oclusão. Quando vemos a evolução de outras espécies de primatas para os homo sapiens, 
percebemos o tamanho da arcada se retraindo e com isso a falta de espaço para os dentes. Portanto apinhamentos dentários 
são comuns para arcadas menores que o tamanho dos dentes que irão erupcionar no local, de maneira que aparelhos 
removiveis ou fixos podem realizar a terapia necessária.
Aos 9 anos, fase onde se inicia a formação intraóssea dos terceiros molares, denominamos o inicio de uma fase de 
"patinho feio", com dentes protruidos e marcados por diastemas. Temos como saber se essas alterações de oclusão 
nessa fase são normais ou má-oclusões de fato - nessa fase, o desenvolvimento craniano dá um perfil convexo a face das 
crianças visto o ANB de 4,5 nessa idade, enquanto aos 12 anos torna-se 2, mostrando que há um desenvolvimento da 
mandibula mais adiante, sendo normal uma classe II na oclusão de crianças de 8 a 9 anos. Para analisar essa fase, 
devemos observar a relação molar, se tende a normalidade, ou se move para formar classe II ou III
A oclusão de classe II pode ser dentária ou esquelética. A dentária ocorre quando falta espaço para um molar ou pré-
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mandibula mais adiante, sendo normal uma classe II na oclusão de crianças de 8 a 9 anos. Para analisar essa fase, 
devemos observar a relação molar, se tende a normalidade,ou se move para formar classe II ou III
A oclusão de classe II pode ser dentária ou esquelética. A dentária ocorre quando falta espaço para um molar ou pré-
molar entrar em oclusão pela perda do deciduo que mantem espaço para este, sendo o espaço perdido retomado por 
aparelhos ortopédicos. As classe II esqueléticas ocorrem por discrepancias ósseas de crescimento maxilomandibular, 
podendo ser corrigido com placa de hawley com parafuso expansor, redirecionando o crescimento da maxila para que a 
mandibula o acompanhe
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Aos 11 anos já temos praticamente todos os permanentes já irrompidos, com irrompimento dos segundos molares aos 
12 anos. Ao terminar de irromper os segundos molares e pré-molares, podemos considerar o estado de dentadura ou 
dentição permanente. 
Antes de discutirmos sobre a oclusão normal em dentição permanente, podemos citar a sequencia de erupção. No arco 
superior, iniciamos com o primeiro molar permanente, seguido de incisivo central, lateral, primeiro e segundo prémolar 
e canino. No arco inferior, a sequencia é ligeiramente diferente, iniciando com primeiro molar, seguindo para incisivo 
central, lateral canino, primeiro e segundo pré-molar. Como o canino superior é o ultimo dente a irromper, ele irrompe 
em infra-vestibuloversão se não houver espaço para irromper. Como dito na introdução, 3% da população pode ser 
incluida como oclusão normal, 70% é incluida em má oclusão e 27% é classificada como aceitável, mas pode recorrer ao 
tratamento ortodontico se quiser. 
Uma oclusão aceitável é caracterizada por uma mastigação satisfatória, dicção razoável, autoclise (autolimpeza), saúde 
periodontal e estética aceitável.
Uma má oclusão está envolvida em diversos fatores em sua etiologia, indo desde fatores genéticos a fatores ambientais, 
congênitos, endócrino, ambientais e até de hábitos
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Aula 4 - Desenvolvimento da oclusão
Aula 4 - Desenvolvimento da oclusão
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Aprendemos o aumento de volume para frente e para baixo da face com o crescimento. A respeito do crescimento dos maxilares, temos alta 
demanda por espaço para evitar e resolver o apinhamento dentário. Temos que conhecer precisamente o crescimento dos arcos dentários conforme 
o crescimento dos ossos da face. A face cresce e ganha sua dimensão vertiginosamente ao longo da vida, desde a obtenção da dentição decídua à 
dentição permanente. Na mandíbula, os dentes conseguem espaço para erupção com o deslizamento posterior do ramo da mandibula, de modo que 
o corpo da mandibula se alonga. Desde os molares dos 6 anos ao desenvolvimento dos segundo ao terceiro, a mandibula ganha um tamanho que 
permite a erupçáo. Na erupção do terceiro molar, dos 18 aos 21, a mandibula para de crescer e falta espaço para erupcionar o terceiro. Na maxila, os 
molares tomam espaço no arco com o crescimento por aposição.
O crescimento humano tem fases de crescimento maior e de menor crescimento, com velocidade inconstante. O crescimento diminui sua velocidade 
da idade infantil e juvenil, mas aumenta vertiginosamente na adolescencia. A região de incisivos é onde mais ocorre apinhamentos dentários, mais 
comum que em regiões de pré-molares - raramente ocorre em molares; é necessário 6mm em mandibula e 8 em maxila para manter incisivos 
permanentes alinhados, sem apinhamento. Mesmo assim, um arco dentário misto possui apinhamentos mais comumente. A dentadura mista 
precoce é o primeiro periodo transitório. Os mínimos crescimentos mandibulares na região de incisivos podem resolver pequenos apinhamentos.
O Crescimento do arco dentário é considerado em largura, comprimento e o perímetro. Na fase de arco desdentado, há um enorme crescimento ao 
redor da sutura mediana da mandibula e maxila - o crescimento é tanto que em 77% das crianças sobra-se espaço para os dentes decíduos. 
Para erupcionar os incisivos, precisamos de 6mm na porção anterior inferior, e 7 a 8 superior, com um crescimento de 3mm da região intercanina 
inferior e 5mm superior durante toda a vida, desde os 4 aos 18 anos. O maior desenvolvimento é dos 4 aos 9 anos, onde temos o primeiro periodo 
transitório. Durante a dentadura mista a distancia intercanina aumenta, se mantendo e até diminuindo na arcada permanente.
O apinhamento primário ocorre entre os incisivos no inicio da dentadura mista. O crescimento em comprimento é medido da distancia entre incisivos 
centrais e uma linha passando pela face mesial dos primeiros molares permanentes - o arco dentário é entre mesial de 26 e 16, 36 e 46, considerando 
as porções onde ocorre troca de dentes. Esse comprimento aumenta no inicio da d.mista e diminui no final da dentadura mista, visto que ocorre a 
mesialização interproximal e mesialização dos dentes para compensar o espaço. Quanto ao perímetro do arco, como circunferencia do arco entre 
primeiros molares, vemos a diminuição na dentadura permanente. Além disso, o ganho do espaço é feito pela inclinação vestibular dos arcos na 
erupção permanente, aumentando em cumprimento e circunferencia do arco. Também podemos considerar que os pré-molares são maiores que o 
molar deciduo, de maneira a formar um diastema no crescimento dos pré-molares, conhecido como um espaço residual da troca dos caninos, 
conhecido como leeway space. Esse espaço é compensado com a mesialização dos dentes para chegar ao ponto de contato, o que diminui a arcada.
É comum uma relação de topo a topo (classe II) no inicio da dentição, deslizando a dentição inferior para anterior após o desenvolvimento da 
dentição permanente, levando a uma oclusão classe I, de modo que o leeway space desempenha um importante papel no ajuste da relação 
anteroposterior dos primeiros molares permanentes, convertendo uma relação maxilomandibular em outra.
O apinhamento secundário ocorre quando um dente, como o primeiro molar decíduo, é extraido por algum motivo, e os dentes adjacentes tendem a 
mesializar antes de erupcionar o pré-molar, faltando espaço para este - apinhemento na região de caninos e pré-molares, definido no período tardio 
da dentadura mista; influenciado pela perda precoce do dente, influenciado por um fator negativo do ambiente. Nesses casos, a obtenção de espaço 
é bem difícil.
O apinhamento terciário ou tardia é o apinhamento na região de incisivos permanentes que se manifesta tardiamente, na dentadura permanente 
madura. Isso ocorre porque o perímetro do arco tende a diminuir com a idade, de maneira a apinhar os dentes anteriores na mandibula. O uso do fio 
3x3 é necessário para previnir o apinhamento terciário. Alinhadores transparentes dependem muito da cooperação do paciente, visto que sãoaparelhos removíveis que devem permanecer 24h/dia.
No tratamento, podemos aumentar o perímetro do arco dentário, bem como vestibularizar incisivos e expandir a maxila ou mandibula, ganhando 
espaço para aplicar o tratamento ortodontico para eliminar o apinhamento. Em apinhamentos mais graves que a expansão de perimetro não pode 
resolver, podemos lançar mão de extrações ou desgastes interproximais
Crescimento dos Arcos dentários
segunda-feira, 21 de setembro de 2020 14:02
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5 - DESENVOLVIMENTO DOS ARCOS DENTÁRIOS
5 - DESENVOLVIMENTO DOS ARCOS DENTÁRIOS
domingo, 4 de outubro de 2020 19:02
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Primeiramente nós devemos estabelecer a correlação entre a ortodontia e a odontopediatria, como especialidades próximas e que trabalham no mesmo setor, 
na mesma área. Pra classificar as más-oclusões, devemos ter o conhecimento do desenvolvimento da oclusão. Podemos citar o periodo transitório de 
vanderlinde, iniciando na situação observada na primeira imagem, seguindo para o periodo intertransitório das duas imagens qu e seguem e finalizando com o 
segundo periodo transitório nas duas imagens abaixo, que usa como referencial a cúspide mesiovestibular do 1°MS recebendo o s ulco mesio vestibula do 1°MI, 
além de usar a chave de caninos como referencia, onde o canino superior oclui com o ponto de contato entre canino inferior e 1°PMI.
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As classificações tem certas finalidades, como obter uma maior facilidade de comunicação e referência, bem como por razão de pesquisas e razões históricas. 
Muitas vezes no consultório e nas clínicas nós observaremos casos de má -oclusões que devem ser resumidos e simplificados em classificações, para que o 
registro fique mais claro e a comunicação mais facil.
Para definir as más-oclusões, devemos conhecer a oclusão normal. A classificação e definições das más oclusões que é utilizada até hoje foi propo sta por Angle, 
em 1899, classificando como uma oclusão normal quanto a face possui um perfil harmonioso entre os terços e as relações dentár ias estão conforme seu 
posicionamento na oclusão normal, com o molar superior ocluindo a cúspide mésio -vestibular no sulco mesio-vestibular do primeiro molar inferior, bem como 
a oclusão correta do canino superior sobre o contato entre canino inferior e primeiro pré -molar inferior.
Na obtenção das classificações nós também observamos as proporções faciais, divididas em 3 terços, onde cada porção facial de ve ser incluida da maneira 
correta para definir dentro da normalidade. Além disso, o perfil facial pode se apresentar concavo, convexo ou reto - perfil muito convexo ou muito concavo 
pode expressar uma má-oclusão entre dentes superiores e inferiores e das bases ósseas respectivas.
Classificação das más oclusões
quinta-feira, 1 de outubro de 2020 16:07
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Andrews desenvolveu sobre as 6 chaves da oclusão normal, traçadas em seu grupo amostral como caracteristicas que definem boas posições, como uma boa relação molar, 
angulação das coroas, inclinação das coroas, rotações dentárias, contatos proximais e curva de spee - desenvolveu uma aparelho que obedece esses parametros. Devemos 
observar como as rotações dentárias ocupam mais espaços na arcada. A observação da curva de spee é importante, observando um padrão de normalidade da linha que se 
segue na oclusão, sendo uma curva muita acentuada responsável pelo conjestionamento de raízes ou raízes muito divergentes.
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Cabe nessa introdução diferenciar o que é prevalencia do que é incidência. Prevalência é a qualidade daquele ou daquilo que p revalece; superioridade. Como por exemplo a 
prevalência de uma doença em uma comunidade ou a quantidade existente num dado instante, como uma fotografia da comunidade, é estática. A incidência, por sua vez, é a 
qualidade do que é incidente, ocorrem, sobrevem, como por exemplo uma nova contagem da doença 1 ano após. É dinamica. É uma c omparação entre dois resultados (antes 
ou depois) incremento ou redução.
Classificação das más oclusões
Para a classificação das más oclusões, o ortodontista poderá seguir duas vertentes: as baseadas apenas em dentes, dentárias, definidas como oclusionistas, definidas e 
teorisadas por Angle e Lischer e outra vertente determinada como craniodentárias, desenvolvidas baseado em Simon, Izard, Carr ea e Capelozza. A classificação de Angle 
(1899) é aceita até os dias de hoje mundialmente, que separa as más oclusões dentárias em classe I, classe II e classe III.
Vemos que em oclusão normal temos a chave de oclusão dos posteriores bem posicionada, bem como chave de caninos e dentes ante riores alinhados. Na classe I, mantém-
se a chave de oclusão posterior, mas os anteriores estão mal-posicionados. Na classe II, ou disto-oclusão, o molar inferior está mais para distal em relação ao seu 
antagonista superior e na classe III, o molar inferior está posicionado mais a mesial. O prognatismo e o retrognatismo é o po sicionamento anteroposterior das bases ósseas 
em relação ao esqueleto craniofacial, enquanto a protrusão e a retrusão é o posicionamento anteroposterior dos dentes em rela ção ás bases ósseas. Sempre quando 
estamos observando o paciente para estabelecer uma classificação, estamos já definindo um diagnóstico e plano de tratamento. Quanto mais rica a informação e 
classificação, maior a facilidade para colocar o paciente nos protocolos.
A classe I, a neutroclusão, é mais comum, onde o paciente possui um perfil facial harmonioso, podendo na relação anteroposter ior ter uma pequena discrepancia de bases 
ósseas como protrusão e retrusão maxilar e/ou mandibular, mas com a relação normal de molares, podendo ter discrepancia dento alveolar. Temos tipos diferentes de 
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ósseas como protrusão e retrusão maxilar e/ou mandibular, mas com a relação normal de molares, podendo ter discrepancia dento alveolar. Temos tipos diferentes de 
classe I. Tempos a retrusão superior e inferior com apinhamento dos dentes anteriores e caninos por vestibular, protrusão sup erior (falsa classe II - chave molar normal), 
retrusão superior somente (classe III falsa) e protrusão superior e inferior, como uma biprotrusão.
A classe II, ou distoclusão, possui características de perfil facial convexo, relação anteroposterior com bases ósseas normai s, ou com protrusão maxilar e retrusão 
mandibular, com o molar distalizado, também sendo importante observar as inclinações dentárias. A classe II é dividida em 1ª e 2ª divisão, além de uma subdivisão. A Classe 
II 1ª divisão é uma distoclusão, onde vemos os incisivos superiores vestibularizados, com aumento no trespasse vertical e hor izontal, curva de spee acentuada, arco superior 
atrésico, palato profundo, respirador bucal (gengivite) e lábios entreabertos e ressecados.
A chave de molar é em distooclusão
É essa porção anterior que difere da divisão 1 da divisão 2.
A classe II pode ser quantificada na extensão da desoclusão da chave molar, podendo ser 1/4, 2/4 em 
diante de classe II
A classe II de 2° divisão, em distoclusão, é caracterizada pelo molar em relação distal, incisivos centrais superiores vertic alizados, incisivos laterais superiores vestibularizados, 
sobremordida profunda, dimensão vertical diminuida e aparencia de envelhecimento precoce 
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A classe III, denominada mesioclusão, é menos comum na população brasileira. Nessa, a relação molar é mesial, com perfil faci al concavo. A relação anteroposteriordas bases ósseas 
se encontram normais ou anormais. Há mordida cruzada anterior ou posterior, diastemas e inclinação axial dos incisivos inferi ores e crescimento vertical.
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Lischer, em 1912, utilizou o radical "versão", formando palavras e definições como vestibulo versão, linguoversão, giroversão , supraversão, infraversao, mesioversão, distoversão, 
axiversão e perversão.
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A classificação de Simon ajuda a complementar a classificação das má-oclusões adicionando as anomalias 
anteroposteriores, transversais e verticais. Quanto às anomalias anteroposteriores, podemos observar as 
protrações e retrações, quanto a anomalias de atração e abstração e as transversais podem ser de contração e 
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A classificação de Simon ajuda a complementar a classificação das má-oclusões adicionando as anomalias 
anteroposteriores, transversais e verticais. Quanto às anomalias anteroposteriores, podemos observar as 
protrações e retrações, quanto a anomalias de atração e abstração e as transversais podem ser de contração e 
distração.
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A classificação no sentido vertical pode ser chamada de overbite, trespasse vertical, transpasse ou sobremordida. A mordida a nterior pode ser profunda quando o 
incisivo inferior toca na parte mais profunda e cervical da palatina do superior, normal quando a incisal do inferior toca at é 2mm acima da incisal do superior, no 
lado palatino, pode ser topo a topo quando as bordas incisais se tocam. A mordida anterior, portanto, pode ser normal (overbi te), aberta (open bite) ou profunda 
(deep bite).
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Aula 6- Classificações das más oclusões
Aula 6- Classificações das más oclusões
sábado, 3 de outubro de 2020 16:35
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Jean Lucas Gimenes Andrade
sexta-feira, 2 de outubro de 2020 16:49
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O tema "cefalometria" discute muito sobre diagnóstico das más oclusões em crianças, onde se necessita uma boa radiografia para 
obtê-lo e idealizar um bom tratamento. A documentação ortodôntica e ortopédica é importantissima ao diagnóstico e para seleção do 
melhor aparelho e tratamento da criança.
A radiografia ao lado é uma lateral de cabeça, pela qual 
podemos verificar se o paciente possui uma boa respiração, 
como está espacialmente a maxila e mandibula, qual o tipo de 
crescimento que a criança apresenta (favorável ou não). O 
traçado cefalométrico ´´e apresentado ao lado, onde algumas 
estruturas serão traçadas e desenhadas para encontrar os 
pontos cefalométricos e uní-los para obter as linhas e planos, 
com medidas em mm e em graus comparadas com as medidas 
de um paciente normal, diagnosticando alterações e indicando 
tratamentos.
As radiografias periapicais são importantes também para 
identificação de outras anomalias e alterações patológicas. As 
panorâmicas darão uma visão mais ampla da boca do paciente. 
Tudo isso faz parte da documentação ortodontica.
O diagnóstico e planejamento também podem ser auxiliados por imagens digitais, como as análises e projeções com tomografia para 
composição de imagens 3D ou a ressonância magnética, utilizada principalmente para tecidos moles, onde utilizamos para estudos do 
crescimento, movimentação e reabsorção dentária. Portanto, podemos utilizar das tomografias e ressonancias para complementar os 
diagnósticos, como uma ferramenta amplamente utilizadas. A aquisição das imagens em TC podem ser antes da instalação de um 
expansor e após 3 meses de contenção. Com a obtenção dessa imagem, podemos realizar os cortes e analisar áreas mais específicas 
da maxila, podendo analisar os cortes axiais da maxila, observando os resultados esperados no tratamento.
Cefalometria
Os objetivos desse procedimento envolvem a apreciação do crescimento dos diferentes componentes ósseos do crânio e da face; 
direção do crescimento dos maxilares e seus principais incrementos, de acordo com a idade. Além disso, outro objetivo é o diagnóstico 
clínico da anomalia que apresenta o paciente.
Um terceiro objetivo é a comparação das mudanças. Radiografias são tiradas durante o tratamento para observar o que se ganha com 
o tratamento, o que se consegue com esse tratamento, comparando mudanças ocasionadas durante o tratamento ortodontico pelo 
aparelho empregado e pelo crescimento. Com algumas radiografias se acompanha a evolução do tratamento, observando se o 
crescimento está favorecendo a correção da má-oclusão. Terminado o tratamento, utilizaremos a cefalometria com objetivo de avaliar 
resultados, que deverão ser obtidos mediante cálculos seriados superpostos, observando se os resultados foram bons e se são 
estáveis.
No cefalograma devemos desenhar o perfil anatômico, onde delineamos seu perfil mole e estruturas ósseas. Os traãdos de orientaçoes 
são compostos de pontos, que unidos formam linhas e planos que auxiliarão na obtenção das medidas e grandezas lineares e 
angulares, que se comparadas a um padrão normal de medidas em uma criança de mesma idade, podemos observar as diferenças 
entre a má-oclusão e boa oclusão, para que dessa forma podemos indicar o melhor tratamento.
Sobre a radiografia cefalométrica fixamos um papel 
Ultraphan ou um papel vegetal, onde desenharemos 
as estruturas ósseas e perfil mole do paciente, 
incluindo ossos da mandibula, maxila, dentes 
impotantes na oclusão e até as vias aéreas. Do 
traçado obtido obteremos as medidas 
cefalométricas
As medidas, como serão discutidas mais adiante, 
concluem uma disfunção e desordem de oclusão, 
indicando tratamentos específicos. As medidas 
listadas ao lado são apenas exemplos. 
Essa primeira radiografia traçada é comparada com 
uma ultima tomada após o tratamento para 
comparar as alterações para normalidade.
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Cefalometria
segunda-feira, 19 de outubro de 2020 17:05
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Na próxima página 
do one note temos 
o arquivo que 
definem esses 
pontos e auxiliaram 
no estudo
A primeira coisa que desenhamos é o perfil mole desde o osso frontal ao queixo. Após o desenho do perfil mole passamos 
para as estruturas duras, como o ossos frontais e nasais - a sutura entre o osso frontal e nasal localiza um ponto, não 
devemos esquecer dessa divisão, não passar o lápis por cima para não mascarar esse ponto.
A próxima estrutura desenhada é a Sela túrcica, uma porção do osso esfenoide. Essa sela já determina um ponto.
O desenho deverá ser feito utilizando 
os materiais dispostos ao lado. Entre o 
punho e a radiografia, é importante 
colocar um papel para evitar que a 
radiografiaseja danificada pelo suor 
das mãos
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A próxima estrutura desenhada são as órbitas. Por ser uma estrutura dupla, buscamos desenhar a média entre ambas para facilitar a 
localização do ponto.
A fossa pterigomaxilar é uma estrutura formada com o processo pterigoide do esfenoide com o tuber da maxila, formando um espaço em 
forma de gota invertida. Por essa estrutura e região da pra perceber que todo crescimento da maxila está apoiado na base do crânio, 
crescendo essa porção óssea para frente e para baixo.
Temos condutos auditivos internos e externos. O externo fica mais para baixo, posterior ao côndilo, enquanto o interno fica um pouco 
mais abaixo na radiografia. Em nosso estudo, utilizamos apenas o externo para traçar. Com o condilo desenhado já conseguimos achar o 
conduto externo.
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Agora desenharemos a maxila. Começamos com o assoalho da fossa nasal, teto da abobada palatina e rebordo anterior.
Então desenhamos a mandibula, com o ramo ascendente, base da mandibula (se for dupla é a media) e a sinfise mentoniana (desenhamos a 
parte anterior e posterior.
Assim partimos para o desenho dos dentes. No caso, desenharemos os ultimos molares em oclusão na dentadura mista ou permanente e os 
incisivos mais vestibularizados para ver o quanto podemos corrigir.
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Feito o desenho devemos estabeleer os principais pontos cefalométricos e unír os principais para o diagnóstico na clinica integrada da criança. 
A linha se forma com a união dos dois pontos, e o plano é a união de 3 ou mais.
O próximo passo é estabelecer esses pontos, linhas e planos.
Pontos 
O ponto S é um ponto virtual localizado ao centro da sela túrcica.✓
O ponto N é localizada sobre a sutura fronto-nasal, em sua ponto mais anterior.✓
O Ponto A é o ponto subespinhal, como um ponto mais profundo, na concavidade maxilar anterior, localizado entre a espinha nasal 
anterior (ENA), bem abaixo desta, e o próstio (Pr). Na parte mais profunda da curvatura entre ENA e Pr localizamos o A.
✓
O Ponto B é supramental, posicionado acima do mento, na maior profundidade do perfil alvéolo mental da sínfise.✓
O ponto P é o pogônio, ponto mais proeminente do mento, o ponto mais anterior do contorno do mento ósseo.✓
O ponto Go (gônio) é o ponto do angulo goníaco, determinado pela bissetriz das tangentes às bordas posterior e inferior da mandibula. 
Para obter essa bissetriz, colocamos uma regua no ramo ascendente da mandibula e traçamos uma linha, posicionamos a regua na base 
da mandibula e traçamos outra linha. Na bissetriz entre essas linhas temos o ponto Go.
✓
O ponto Me (mentoniano) é o ponto mais inferior da sínfese mentoniana.✓
O ponto Gn (gnátio) é o ponto no mento, determinado pela bissetriz do angulo formado pelo plano mandibular e pela linha facial. 
Traçamos uma linha que passa pelo ponto P e pelo ponto Me, a bissetriz indica um ponto Gn no meio.
✓
O ponto Or (orbitário) é o ponto mais inferior da margem inferior da órbita.✓
O ponto Po (pório) é o ponto mais superior do meato acústico externo.✓
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Linhas e planos
Unindo esses pontos obteremos as linhas e planos. Mais adiante interpretaremos essas medidas com exemplos e exercícios.✓
A linha SN liga o ponto S ao N, unindo os pontos de uma margem a outra no papel.✓
Linha NA, unindo pontos de N e A, iniciando um traçado de 5mm abaixo do ponto N e terminando 5mm abaixo da borda incisal do 
incisivo superior.
✓
Linha NB passa entre o ponto N e ponto B, unindo-os, iniciando no ponto N sem tocá-lo, passando pelo ponto B até tocar o plano 
mandibular.
✓
A linha SGn é um pequeno traço de S a Gn. Não precisa ir até Gn, sendo apenas um pequeno traço iniciado em S, indo até a fossa 
pterigóide para aferir o tipo de crescimento facial do paciente. É o eixo Y de crescimento, apesar de não ser o verdadeiro.
✓
O longo eixo do incisivo superior é uma linha que passa pela borda incisal e pelo ápice do incisivo central superio. Traçado de 5mm 
abaixo da incisal, indo passar um pouco acima das órbitas.
✓
O longo eixo do incisivo inferior é uma linha que passa pela borda incisal e pelo ápice do incisivo central inferior. Traçado do plano 
mandibular até próximo do nariz. Essa medida nos dá um auxílio do diagnóstico do posicionamento do dente, se este está inclinado para 
lingual ou vestibular, protruido ou retruido ou se é possivel alterar sua posição ou mantê-la. São medidas importantes na determinação do 
perfil do paciente, seja para configuração de normalidade ou para diagnóstico de alteração e decisão do tratamento.
✓
A linha H (Holdaway) é a linha do perfil, uma linha tangente ao mento mole e à borda anterior do lábio superior. Traçado desde o plano 
mandibular até o plano de Francfort.
✓
Linha H (holdaway)
 Página 204 de Ortodontia 
O Plano de Francfort (PoOr) passa pelos pontos Po e Or✓
O Plano GoMe é o plano mandibular, unindo pontos Go e Me, de uma margem a outra.✓
O Plano GoGn é o plano mandibular de Reidel. Unindo os pontos GO e Gn, de uma margem a outra. É um plano que não somente 
determina a inclinação do incisivo inferior com a base mandibular mas também define o padrão de crescimento dessa criança, se é 
equilibrado, vertical ou horizontal, de maneira a indicar a melhor intervenção e terapia.
✓
Plano de francfort (PoOr)
Interpretação das grandezas cefalométricas
Lembremos que temos medidas lineares e angulares, medidas em pacientes normais e medidas de pacientes em má-oclusão. Comparando as 
medidas, observamos as bases ósseas, padrão de crescimento e posição dos incisivos no diagnóstico das condições do paciente.
As medidas angulares envolvem a medida da relação das bases ósseas, calculando as medidas de maxila e mandibula e a relação entre 
ambas.
Linha H (holdaway)
Plano GoGn (plano de Reidel)
Nessa ficha ao lado, podemos entender com as medidas SNA, SNB e ANB o que 
acontece com as bases ósseas. SNA equivale a base óssea maxilar e SNB à 
base óssea mandibular. Portanto, determinar padrões cefalométricos para SNB e 
SNA nos ajuda a determinar se as bases ósseas de mandibula e maxila estão 
protruidas ou retruidas ou dentro da normalidade e também a relação entre 
essas bases, como a diferença entre essas bases que determinam o ANB -
subtraindo as medidas de SNB de SNA (SNA-SNB) se obtém o ANB, que em 
condições normais deverá ser 2. Diferente de 2 graus, além de 1 grau acima ou 
abaixo, pode revelar uma discrepância das bases ósseas.
Quanto ao padrão do esqueleto cefálico, vamos adicionar o tipo de crescimento 
do paciente. Em GoGn, temos uma plano da base do crânio à base da 
mandíbula, estabelecendo um ângulo. Se esse angulo for maior do que 
estabelecido (32°) temos um padrão de crescimento com tendencia vertical, e 
quando menor que essa medida, temos uma tendência horizontal.
Quanto aos incisivos, temos NA para os incisivos superiores, com medida normal 
de 22°, e NB incisivos inferiores com medida normal de 25° quanto a sua base 
óssea. Medidas maiores que essa mostram dentes inclinados para vestibular, e 
menores indicam inclinação lingual.
Por último temos a grandeza H.nariz, medindo a distancia da linha H com a 
ponta do nariz. Essa distancia é normal entre 9 a 11mm. Maior que 11mm indica 
tendencia para perfil concavo, e medidas menores de 9mm indicam tendencia 
para um perfil convexo.
 Página 205 de Ortodontia 
SNA = 82°
A medida SNA, como visto antes, mede o grau de protrusão ou retrusão da maxila em relação à base do crânio. Como vemos nas imagens, o 
perfil normal depende de uma medida de 82° desse angulo, como na primeira imagem do trio, onde vemos dentes bem posicionados e perfil 
harmonioso e bases ósseas consideradas em nível de normalidade. Na segunda imagem, vemos uma maxila protruida em relação à base do 
crânio, sendo importante colocar um aparalho para retrair a maxila ou restringir essa protrusão. Na terceira imagem, com um angulo de 79°, 
podemos ter um perfil bem reto e dentes

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