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Um ortodontista, para finalizar um tratamento de maneira satisfatória, deverá tratar o paciente para chegar a oclusão normal, a mais próxima o possivel à oclusão pristina criada pela natureza. Na "montagem" e criação de alinhamento oclusão, o dentista se guiará por es sa referência natural. Além de ser importante para o tratamento, essa oclusão normal será o gabarito para análise de uma oclusão em consultório, ana lisando se não há nada diferente do normal, conhecido como má-oclusão. A má oclusão não é uma doença e sim uma variação anatomica, um desvio que pode ser tratado, mas nem sempre obrigatório, sendo tratado conforme o desejo do paciente. Screen clipping taken: 10/08/2020 14:38 Algumas caracteristicas importantes na oclusão envolvem a chave de oclusão da cuspide mesiovestibular do primeiro molar super ior sobre o sulco vestibular do primeiro molar inferior, bem como dentes bem alinhados. O apinhamento dentário é a má-oclusão mais comum na natureza, sendo um dos maiores motivos para busca de tratamento. A oclusão ideial é de prevalencia muito baixa na população, sendo de apenas 10%. 90% da população tem má -oclusão e poderão passar pelo tratamento ortodontico. A oclusão é a relação que os dentes guardam entre si, nos seus respectivos arco alveolares e entre os arcos antagonicos, tant o em máxima intercuspidação como durante excursões mandibulares. Os conceitos de Andrews tinha o proposito de tornar objetivo o conceito de normalidade, padronizando as metas do tratamento ortodontico correto em seu artigo sobre as 6 chaves para oclusão normal. Sua amostra cons istia em 120 modelos de oclusão ideal, sendo esses não tratados. Screen clipping taken: 10/08/2020 16:03 Oclusão Normal segunda-feira, 10 de agosto de 2020 13:54 Página 1 de Ortodontia Screen clipping taken: 10/08/2020 14:50 1. Na oclusão, um dos fatores mais preponderantes é a proprorção correta entre maxila e mandíbula. A relação entre os hemiarc os está na primeira chave. Nesta, podemos ver que a cuspide mesiovestibular do 1°MS permanente oclui no sulco mesiovestibular do 1°MI. A crista marginal distal do primeiro molar superior ocluindo na crista marginal mesial do segundo molar inferior A cuspide distovestibular do 1°MS permanente oclui na ameia entre 1°e 2° MI permanentes (assentamento distal). A cúspide mesiolingual do 1°MS oclui na fossa central do 1°MI. A cúspide vestibular dos PM superiores mantém uma relação cúspide-ameia (2x1) com os PM inferiores. A cúspide vestibular do 2°PM superior oclui na ameia entre prémolar e molar e a cuspide vestibular do 1°PM superior oclui na ameia entre os 1° e 2° PM inferiores. Como os incisivos superiores são maiores, os dentes posteriores vão mais para trás, fazendo com que o 1PM superior oclui em d istal do 1PM inferior, assim como o 2PM oclui na distal do 2PM inferior. A cúspide lingual dos PM superior possui uma relação cúspide fossa com os pré-molares inferiores. A oclusão ocorre numa relação de caixa-tampa, onde o arco superior é maior que o arco inferior. A cúspide do CS oclui na ameia entre 1PM e canino inferior. O canino superior com uma relação cuspide ameia com o canino e pr imeiro pré-molar inferior. A ponta da cuspide levemente mesial à ameia. Screen clipping taken: 10/08/2020 15:10 Os incisivos superiores sobrepôe-se aos incisivos inferiores, com as linhas médias coincidentes. Os superiores estão geralmente a 2mm de distancia dos inferiores A borda incisal dos incisivos deve apresentar se com um trespasse horizontal de 2mm entre anteriores superiores e inferiores. Página 2 de Ortodontia Screen clipping taken: 10/08/2020 15:12 Além da relação entre arcos temos a angulação das coroas, a chave II. A chave II, em um oclusão perfeita, é quando todos os dentes possuem uma angulação MESIAL. Todos dentes possuem essa angulaçã o, sendo maior ainda no canino superior. Além de ser importante à oclusão, é importante para a estética. As angulações são maiores no arco s uperior. Na tentativa de economia de espaço num tratamento ortodontico, o dentista pode optar por deixar os angulos mais verticais e retos. Chave III: A terceira caracteristica é a inclinação da coroa. Essa inclinação é vestibulo-lingual, enquanto angulação é mesiodistal. Na inclinação, temos um cenário diferente para incisivos e posteriores. Os incisivos superiores apresentam inclinação vestibular. Os caninos e pré molars superiores apresentam inclinação lingual e semelhantes. os molares superiores apresentam uma inclinação lingual mais acentuada que os ca ninos e PM. Os dentes inferiores apresentam uma inclinação lingual progressiva desde os caninos até os segundos molares. Screen clipping taken: 10/08/2020 15:25 Um torque lingual exagerado causa a ausencia de um contato entre cúspide e fossa, bem como um torque insuficiente pode criar interferencias oclusais. Chave IV: a oclusão ideal precisa da ausencia de rotações e deslocamentos dentários. Incisivos e caninos girados ou deslocad os são denominados apinhamento por falta de espaço em arco dentário. Chave V: contatos justos - ausencia de diastemas entre os dentes permanentes. É o contrário do apinhamento, tendo muito espaço para dentes menores. Chave VI: curva de spee. Na oclusão perfeita deve apresentar-se plana ou suavemente concava, com profundidade máxima de 1,5mm Página 3 de Ortodontia Screen clipping taken: 10/08/2020 15:37 A oclusão normal geralmente vincula-se a um perfil harmonioso, com arcos de proporções normais, sem discrepancias de tamanho. O padrão normal estará em classe I, padrão I, com harmonia nos olhos. Uma oclusão normal tende a manter-se por toda a vida do paciente Página 4 de Ortodontia Aula 1 - Oclusão Normal Aula 1 - Oclusão Normal sábado, 3 de outubro de 2020 16:35 Página 5 de Ortodontia Página 6 de Ortodontia Página 7 de Ortodontia Página 8 de Ortodontia Página 9 de Ortodontia Página 10 de Ortodontia Página 11 de Ortodontia Página 12 de Ortodontia Página 13 de Ortodontia Página 14 de Ortodontia Página 15 de Ortodontia Página 16 de Ortodontia Página 17 de Ortodontia Página 18 de Ortodontia Página 19 de Ortodontia Página 20 de Ortodontia A ortodontia é a especialidade que tem como objetivo a prevenção, a supervisão e a orientação do desenvolvimento do aparelho mastigatório e a correção das estruturas dentofaciais, incluindo as condições que requeiram movimentação dentária, bem como harmonização da face no complex o maxilo-mandibular. A ortodontia pode ser dividida em preventiva, interceptora e corretiva. A preventiva será responsável por previnira que tenha mos má-oclusão, a interceptora intercepta más-oclusões e corretiva corrije más-oclusões definitivamente. A preventiva se inicia pelo diagnóstico, analisando pontos de contato e presença de oclusão normal, observando as possibilida des de tratamentos precoces (mantenedores de espaço, previnir que se perca espaço). A banda alça é um mantenedor de espaço colocado sobre uma coroa, com uma alça que toca o dente do outro lado do espaço, preservando o espaço. Também temos o arco lingual de nance, quado a perda é de um numero maior de dente s, tendo que manter mais espaço. Screen clipping taken: 17/08/2020 14:20 Screen clipping taken: 17/08/2020 14:19 A odontologia interceptora, da mesma forma, será guiada por um diagnóstico, analisando a possibilidade de tratamentos precoce s. As mordidas cruzadas anteriores podem ser observada no diagnóstico, podendo ser falsa ou verdadeira. Para identificá -la, deveremos manipular a mandivula do paciente, para que os dentes fiquem de topo a topo - se ficar, é falsa, caso contrário é verdadeira. Nesses casos de mordidas cruzadas anteriores verdadeiras, utilizamos os aparelhos removíveis de molas digitais, ou arco lingual fixo com mola digital Screen clipping taken: 17/08/2020 14:32 Screen clipping taken:17/08/2020 14:35 A mordida cruzada posterior (quadri-hélice) deverá ser analisada se é apenas dentária (inclinação) ou atresia mandibular/maxilar. Para atresias maxilares/mandibulares é necessário que extensores sejam utilizados. O quadri-hélice será utilizado para resolver a mordida cruzada posterior. O bi-hélice possui 2 helicoides, podendo ter ou não molas digitais para descruzar a mordida cruzada posterior P Screen clipping taken: 17/08/2020 14:37 Screen clipping taken: 17/08/2020 14:40 Temos também placas removíveis, excelentes para descruzar mordidas anteriores, posteriores, grupos de dentes e recuperação de espaço e obtenção - caso não consiga, tentamos extração na fase corretiva. Ortodontia Preventiva, Interceptora e Corretiva segunda-feira, 17 de agosto de 2020 14:08 Página 21 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 14:44 A grade palatina é importante para interceptar maus hábitos, seja da pressão da lingua ou posição do dedo, que podem levar a uma oclusão incorreta. Se o paciente não colabora com o uso de removível, aplicamos o aparelho fixo, preso em bandas. Screen clipping taken: 17/08/2020 14:51 Mordias cruzadas posteriores podem também se interceptadas com placas com parafuso expansor (removivel). Nesses parafusos aju stamos 1/4 de volta a cada 5 dias. Screen clipping taken: 17/08/2020 14:58 Recuperadores de espaço impedem o desenvolvimento de má-oclusão, recuperando o espaço que está sendo perdido. Screen clipping taken: 17/08/2020 14:52 Página 22 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 15:05 Muitas vezes o dente vem irrompendo em giroversão, sendo importante utilizar um binário para girar o dente para a posição cor reta. Screen clipping taken: 17/08/2020 15:09 O botão de nance é excelente como mantenedor de espaço, distalizando e aumentando uns diastemas e com contenção para manter e spaço até erupção e final desenvolvimento da arcada. Screen clipping taken: 17/08/2020 15:40 Placa lábio ativa é excelente para o arco inferior para manter um comprimento do arco até erupção de todos os dentes, tirando hábitos de lábio e aliviando a pressão do labio sobre os incisivos inferiores, deixando apenas a pressão da lingua. Utilizado no tratamento preventivo e corretivo Screen clipping taken: 17/08/2020 15:09 Página 23 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 15:46 Screen clipping taken: 17/08/2020 15:45 Temos também o tratamento com dentes impactados, sendo possivel eliminar supranumerários, recuperar espaços e permitir o trac ionamento. Para a dentadura permanente, não há mais nada o que previnir, apenas corrigir. Muitas vezes o tratamento é feito com extraçõe s, ou sem extrações e dependendo da colaboração do paciente. Para corrigir o posicionamento dos dentes superiores, bem como a forma do arco, podemos utilizar o aparelho extraoral Screen clipping taken: 17/08/2020 16:07 Screen clipping taken: 17/08/2020 16:09 Página 24 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 16:09 Após a finalização desse tratamento corretivo, confeccionamos a contenção. Screen clipping taken: 17/08/2020 16:11 A ortopedia funcional dos maxilares atua na mandibula e maxila diretamente, tratando protusões e retrusões. A ancoragem extra bucal é a mais conhecida, com correção de protrusão de maxila, com casos de classe II, alterando essas condições para uma mior harmonia faci al. Screen clipping taken: 17/08/2020 16:23 Screen clipping taken: 17/08/2020 16:26 Temos também os removiveis com a estrutura do parafuso expansor e associado ao extrabucal para corrigir a relação molar. O uso do splint maxilar/AEB conjugado (ao aparelho removivel) utilizado a 12 a 16h ao dia, é utilizado para retornar a estrut ura facial e oclusal para a normalidade. Página 25 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 16:30 Screen clipping taken: 17/08/2020 16:33 Screen clipping taken: 17/08/2020 16:35 O bionator é utilizado quando o problema é apenas na mandibula, para avançar a mandibula e buscar uma harmonia facial Uso do parafuso expansor, com grade palatina associado a um AEB. Logo após foi adicionado uma placa da Hauley, a contenção. Página 26 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 16:37 Screen clipping taken: 17/08/2020 16:38 Quando o paciente apresenta o problema na maxila e mandibula ao mesmo tempo, com um aparelho que avança a mandibula e um extr abucal que restringe o deslocamento da maxila, sendo possivel remodelar a face do paciente. O ativador com AEB Screen clipping taken: 17/08/2020 16:43 Screen clipping taken: 17/08/2020 16:46 A tração reversa fará tração da maxila para frente e para baixo e posterior expansão desta. O aparelho progenico é utilizado para falsas classe III. Este é o arco de Eschler. Esse tem uma porção que passa sobre o arco dos incisivos inferiores, posicionando melhor a mandibula Com o tempo vamos desgastando essa resina até conseguir a oclusão correta, finalizando com um aparelho fixo alinhar e nivelar. Página 27 de Ortodontia Screen clipping taken: 17/08/2020 16:58 A mentoneira é utilizada ao dormir, como contenção até a erupção completa do arco inferior permanente Screen clipping taken: 17/08/2020 17:02 Página 28 de Ortodontia Aula 2- Ortodontia Preventiva Interceptora e Corretiva Aula 2- Ortodontia Preventiva Interceptora e Corretiva sábado, 3 de outubro de 2020 16:40 Página 29 de Ortodontia Página 30 de Ortodontia Página 31 de Ortodontia Página 32 de Ortodontia Página 33 de Ortodontia Página 34 de Ortodontia Página 35 de Ortodontia Página 36 de Ortodontia Página 37 de Ortodontia Página 38 de Ortodontia Página 39 de Ortodontia Página 40 de Ortodontia Página 41 de Ortodontia Página 42 de Ortodontia Página 43 de Ortodontia Página 44 de Ortodontia Página 45 de Ortodontia Página 46 de Ortodontia Página 47 de Ortodontia Página 48 de Ortodontia Página 49 de Ortodontia Página 50 de Ortodontia Página 51 de Ortodontia Página 52 de Ortodontia * Página 53 de Ortodontia Página 54 de Ortodontia Página 55 de Ortodontia Página 56 de Ortodontia Página 57 de Ortodontia Página 58 de Ortodontia Página 59 de Ortodontia Página 60 de Ortodontia Página 61 de Ortodontia Página 62 de Ortodontia Página 63 de Ortodontia Página 64 de Ortodontia Página 65 de Ortodontia Página 66 de Ortodontia Página 67 de Ortodontia Página 68 de Ortodontia Página 69 de Ortodontia Página 70 de Ortodontia Página 71 de Ortodontia Página 72 de Ortodontia Página 73 de Ortodontia Conforme o desenvolvimento do corpo humano, a cabeça tomará proporções diferentes quanto à composição corporal. Esta será mee tade de todo o corpo nos periodos da geração, evoluindo pelo crescimento para ser 1/4 a 1/8. os ortodontistas serão responsáveis por determinar a harmonia entre os terços da face. Considerando que no desenvolvimento da face uma porção poderá crescer mais do que a outra, se faz necessário conhecer profundamente a ordem de crescimento craniofacial; Screen clipping taken: 24/08/2020 16:02 Crescimento e desenvolvimento crânio-facial pós-natal Para desenvolvimento de estudos podemos lançar mão de métodos de congregação de dados como em estudos longitudinais, transver sais ou dados sobrepostos (long. e transversais), além de técnicas de medição e estudos experimentais. Nas técnicas de estudo, podemos usar técnicas de medição como a craniom etria, antropometria e a cefalometria Screen clipping taken: 24/08/2020 16:28 Conceitualmente, o crescimento é definido como aumento da massa e o desenvolvimento como o processo de maturação;é importante saber que cada estágio incorpora os estágios que os precedem e incorporam modificações. Na primeira semana da embriologia ocorre a fecundação, sendo conhecido como estágio ovular, que procederá o desenvolvimento da mórula, blastocisto e início da implantação no endométrio. É interessante ressaltar a evolução de 2 pequenas células para 216 tipos diferentes de células existentes em um corpo maduro. Na 4ªsemana tempos o inicio do estágio embrionário de fato, onde temos o pregueamento do embrião. Nessa fase poderemos denotar a definição do intestino primitivo (anterior, intermediário e posterior), evidenciação do estomódio e inicio do desenvolvimento das proeminencias corporais e faciais. O primeiro arco branquial, o arco mandibular, origina principalmente a maxila e mandibula. Na quarta semana ja temos definidas a bochecha, lábio superior e maxila. A fusão dos processos maxilares ocorre entre os processos nasais mediais que formam ductos nasolacrimais, processos mandibulares que definem o tamanho da abertura bucal - bochecha; e processos mediais que formam o labio posterior. A craniometria e antropometria deu origem a muitos pontos utilizados no calculo e estudo das cefalometrias. O sistema de craniometria não leva em conta a espessura de tecidos moles, não sendo uma medida fidedigna. A cefalometria é utilizado na obtenção de radiografias, onde a cabeça é posicionada no cefalostato. Estudos experimentais são feitos em métodos químicos, histológicos, implantes metálicos e em radiografias. Como exemplo de método químico, a diafanização do feto pelo corante alizarina cora os ossos em crescimento dos fetos. A análise sobre o crescimento ósseo e disco epifisário foi feita observando o crescimento das falanges da mal, observando crescimento mais rápido em meninas. Podemos também observar o crescimento das vertebras C1, C2 e C3, com caracteristicas diferentes em fases diferentes do crescimento. Nesse crescimento e desenvolvimento podemos definir fases de iniciação, aceleração, transição, desaceleração, maturação e finalização. Aos 12 anos, a maxila já está com mais de 80% do seu tamanho e a mandibula está com 60%. É normal em certa fase ter um descompasso entre mandibula e maxila, em níveis normais. Quanto aos mecanismo de crescimento, temos algumas teorias baseadas no tipo de formação óssea/ossificação - de matriz endocontral e intramembranosa; endocontral dentro de cartilagens, a maneira em que ossos da base do cranio se formam e intramembranosa, formado em membranas, sendo a maneira como ossos do crânio e face se formam e a mista, unindo os dois modelos, como ocorre na mandibula e base occipital. O osso cresce pelo mecanismo de remodelação óssea, com sin ais de aposição e reabsorção óssea, condições promovidas em periósteo e endósteo, com isso o osso se desliza espacialmente, saindo de posição x a y, formando um novo osso. Então temos o crescimento osso, prmovendo o deslizamento e deslocamento desse osso dentro de sua articulação. O deslocamento pode ser primário ou secundário. Screen clipping taken: 24/08/2020 16:47 Em 1953, Scott ja atribuia o crescimento para frente e para baixo daqueles óssos de origem cartilaginosa, com os fatores regu ladores do crescimento estando presentes apenas em cartilagem e periósteo - septo nasal, condilo mandibular e sincondroses da base do crânio - o periósteo comepenasria o crescimento para frente para baixo. Em 1962, Moss descreveo que o crescimento e desenvolvimento da forma das várias partes do crânio, indiferente de serem formadas por ossificação endoc ontral ou intramembranosa, são totalmente secundários e inteiramente dependentes da origem , crescimento e desenvolvimento da forma e função da matriz funcional - há o desenvolvimento dos tecidos moles e então o desenvolvimento dos óssos para cobri-los. A teoria da matriz funcional de moss mostra a importancia dos espaços funcionais como as cavidades orofaringeas e nasof aringeas e seios maxilares importantes no desenvolvimento dos ossos. O controle genérico define essa matriz funcional, com ossos e cartilagens como componentes passivos - A matriz funcional será composta por esses tecidos moles unidos a suas funções para influenciar a maxila e mandibula, por exemplo. As cavidades nasal e bucal também exerceriam essa influencia. Nossa observação quanto ao crescimento em altura, largura e profundidade poderá ocorrer conforme diversas teorias. Sendo uma delas as teorias de Hunter (1771), onde descrevemos a reabsoção e aposição óssea (remodelação) no ramo da mandibula, dando espaço aos molares. Podemos perceber a remodelação óssea na calota craniana, onde o formato do osso é influenciado pelo pulsar da artéria. Em 1947, sicher trouxe informações sobre a teoria da dominancia sutural, onde o deslocamento do complexo nasomaxilar para baixo e para frente pelo cresciemnto no sistema de suturas paralelas que se unem a area facial ao crânio e às regiões da base craniana, havendo o crescimento e formação de suturas para baixo e para frente. Todos os ossos da face se ligam ao crânio através de suturas, que possuem um paralelismo em direção para baixo, com resultantes de desenvolvimento para anterior e inferior. Em 1965, Enlow propôs que os ossos cresciam sob o principio do "V", onde o crescimento sobre os extremos livres do V aumenta a distancia entre os mesmos. A teoria do servosistema de petrovick propoe que o crescimento das várias regiões craniofaciais é determinado pela interação de várias mudanças causais e mecanismos de feedback. A teoria de Moss casa as ações da ortodontia e da fonoaudiologia, onde a matriz de moss e seu binômio de força e função influencia em suas aplicações clínicas de forma de ossos e dentes como na ortodontia e nas aplicações funcionais de deglutição, respiração, fonação e postura de tecidos moles como em Teorias do crescimento segunda-feira, 24 de agosto de 2020 15:52 Página 74 de Ortodontia Screen clipping taken: 24/08/2020 17:11 No crescimento e desenvolvimento craniano, abordaremos agora o desenvolvimento regional, considerando porçoes como a abóbada craniana, base do crãnio, maxila (complexo nasomaxilar) e mandibula. Em 1965, Enlow propôs que os ossos cresciam sob o principio do "V", onde o crescimento sobre os extremos livres do V aumenta a distancia entre os mesmos. A teoria do servosistema de petrovick propoe que o crescimento das várias regiões craniofaciais é determinado pela interação de várias mudanças causais e mecanismos de feedback. A teoria de Moss casa as ações da ortodontia e da fonoaudiologia, onde a matriz de moss e seu binômio de força e função influencia em suas aplicações clínicas de forma de ossos e dentes como na ortodontia e nas aplicações funcionais de deglutição, respiração, fonação e postura de tecidos moles como em fonoaudiologia. Essas teorias serao importantes no estudo do crescimento regional na abóbada craniana, base do crânio, maxila e mandibula. Screen clipping taken: 24/08/2020 17:13 A abóbada craniana terá como função a proteção da massa encefálica. Essa porção óssea se desenvolve por ossificação intramembranosa. Ao lado podemos ver a proporção em relação à face, em crianças e em adultos (em adultos, é metade abóbada craniana e metade face e em crianças a abóbada é maior que a face). Ao nascimento, os ossos do crânio são conectados por fontanelas, mais conhecidas como moleiras, que se fusionam na fase adulta (fontanelas que permitem a expansão do cérebro enquanto os ossos não se fundem). O crescimento da abóbada craniana é justificada pela expansão e crescimento do cérebro pela teoria da matriz funcional de moss, que leva a uma movimentação passiva dos óssos, com deposição óssea nas margens suturais para manutenção da proteção e proporção, de maneira que o osso expande para acomodação do cérebro por remodelação interna, de dentro para fora. Uma criança, ao nascer, possui aproximadamente 45 ossos na face, ossos que se fusionam e formam o complexo facial. Aplicando a teoriade scott, temos a sincondrose interesfenoidal que se fecha após o nascimento, sincondrose esfeno-etmoidal que se fecha dos 7 aos 10 anos e a esfenoccipital que se fecha aos 18 a 25 anos, com a capacidade de fazer os ajustes finais do crescimento. A base do crânio também define a face média e posicionamento da mandibula, visto que o osso temporal, nessa área, forma a articulação temporomandibular com a mandibula. As imagens posicionadas na esquerda mostram o contato e crescimento sobre sincondroses esfenoetmoidal (superior), iteresfenoidal ´(médio) e esfenoccipital (inferior) e a imagem em fundo azul á direita mostra a direção de expansão desses ossos da base do crânio conforme o crescimento do cérebro Abóbada craniana Base do crânio Complexo nasomaxilar No crescimento e desenvolvimento da maxila e cavidade nasal, temos diversas teorias que utilizamos para explica -lo. O deslocamento da matriz funcional, onde o esfenoide em expansão "empurra" o osso frontal e maxila nas direções mostradas no esquema abaixo, de maneira que vemos uma remodelação de superfíci e dentro da calota craniana. A expansão e crescimento das sincondroses leva ao deslocamento secundário da fossa craniana média, resultando no movimento para anterior e inferior da maxila, como representado no esquema. A cavidade nasal é de crescimento bem expansivo, mas sem causar separação nem distanciamento das cavidades orbitárias, mas a maxila e mandibula crescem significantemente em altura e largura. O complexo nasomaxilar está preso ao crânio através de suturas, que através da teoria de Sicher promoveriam um crescimento para frente e para baixo da maxila. Para Scott, o crescimento do complexo está relacionada a teoria do septo nasal/teoria da sinco ndrose guiando o crescimento da maxila. A teoria do moss expõe a teoria da matriz funcional, onde descreve além da importancia do cérebro na expansão da calota craniana há a atividade dos seios maxilares e dentes - entendemos o cresciemento como um complexo. Espaço aéreo nasal As estruturas que compõem o espaço aéreo nasal são inumeras e complexas, de maneira que hipertrofia de cornetos, desvio de se pto e problemas naringológicos interferem Página 75 de Ortodontia As estruturas que compõem o espaço aéreo nasal são inumeras e complexas, de maneira que hipertrofia de cornetos, desvio de se pto e problemas naringológicos interferem com a passagem do ar. Com a passagem do ar na cavidade nasal, ocorre a reabsorção óssea do assoalho e aposição no palato, de maneira que há o deslocamento do palato para baixo e os seios maxilares, que com o tempo tendem a crescer por reabsorção de suas paredes, visto que da passagem da in fancia para fase adulta a necessidade de ar acondicionado e aquecido é maior, sendo necessário um seio maior. Screen clipping taken: 11/09/2020 19:02 Maxila A maxila é uma estrutura que possui ossificação intramembranosa. O crescimento póstero -superior, apesar de confrontar a teoria de crescimento anterio -inferior, mostra que a maxila cresce em profundidade. A tuberosidade maxilar tende a crescer em alongamento horizontal do arco, de maneira a gerar espaço para erupção dentária dos terceiros molares - o não desenvolvimento desse deslocamento pode ser a causa de terceiros molares retidos. É importante afirmar que os dentes ta mbém fazem parte de uma matriz funcional, visto que a presença de osso alveolar precisa da presença de dentes. Nas primeiras fases da vida, temos um "focinh o" protruso, uma formação óssea protrusa na porção anterior da maxila, visto a necessidade de acomodar germes dentários e dentes decíduos, de maneira que há reabsorção d essa formação óssea protrusa quando os dentes decíduos se esfoliam e permanentes erupcionam, havendo a necessidade de uma remodelação para inferior, visto que o oss o trabalha com a quantidade mínima necessária. Screen clipping taken: 11/09/2020 19:15 Screen clipping taken: 11/09/2020 19:02 Screen clipping taken: 11/09/2020 19:16 Screen clipping taken: 11/09/2020 19:16 Palato O palato também exerce influencia em seu crescimento, visto o desenvolvimento em lateralidade pela ação da lingua e pela pres ença da sutura palatina mediana. Arcos atrésicos são comuns em respiradores bucais, visto que o ar passando pela boca exerce a mesma função que na cavidade nasal, d emaneira que reabsorve a abóbada palatina que em condições normais seria aposicionada, enquanto o assoalho de cavidade nasal que deveria ser reabsorvida é aposicionada . O crescimento do palato segue o principio de expansão em V Screen clipping taken: 11/09/2020 19:21 Quanto aos eventos de crescimento, as meninas chegam ao seu crescimento ósseo total na face aos 10 ou 12 anos, enquanto menin os demoram um pouco mais. Observando que no crescimento total da face a mandíbula participa em 27% e a maxila participa 73% e que desses 73% do crescimento vertic al da maxila, 56% ocorre no corpo e 46% ocorre em processos alveolares mostra a importancia dos processos alveolares no crescimento. Mandíbula A mandíbula exerce ossificação mista, onde o ramo e corpo ossificam de maneira intramembranosa e o côndilo é endocondral, se desenvolvendo a partir de cartilagem. A mandibula cresce por movimentos póstero -superior, com maior crescimento dado pelo ramo, onde há aposição e reabsorção. No desenvolvimento vertical, a mandibula está ligada ao crânio pela articulação temporo-mandibular, de forma que o crescimento e modelações do osso temporal tem influencia no desenvolvimento da mandíbula, de maneira que tanto o ramo da mandíbula quanto a base do crânio exercem ação sobre o desenvolvimento do arco inferior. A mandíbula também sofre um pouco de Página 76 de Ortodontia endocondral, se desenvolvendo a partir de cartilagem. A mandibula cresce por movimentos póstero -superior, com maior crescimento dado pelo ramo, onde há aposição e reabsorção. No desenvolvimento vertical, a mandibula está ligada ao crânio pela articulação temporo-mandibular, de forma que o crescimento e modelações do osso temporal tem influencia no desenvolvimento da mandíbula, de maneira que tanto o ramo da mandíbula quanto a base do crânio exercem ação sobre o desenvolvimento do arco inferior. A mandíbula também sofre um pouco de rotação, no sentido de crescer mais em altura na parte posterior - em um adulto, a distancia entre a ATM e ponto gônio é muito maior do que em crianças. A flutuação vertical dentária é o fenomeno onde os dentes entram em oclusão antes da finalização do crescimento ósseo em mandibula e maxila, mas continuam em oclusão apesar das alterações ósseas - e erupção é o fenomeno onde o dente intraósseo encontra sua oclusão ao sair de osso e periodonto de proteção, enquanto a flutuação dentária vertical é quando o dente mantém oclusão apesar do distanciamento dos óssos. O ramo mandibular sofre um intenso processo de verticalização, com um crescimento vertical muito maior que horizontal, que oc orre por influencia da fossa craniana média, com a movimentação da articulação temporomandibular. O crescimento vertical se extende até idade adulta, de maneira que qualquer ra diografia de um jovem a ser estudada não deve ser considerada como tamanho final de mandibula em sua extensão vertical. A largura da mandíbula aumenta ligeiramente em forma de V, com aposição e reabsorção em superficie. Entre os hemiarcos temos uma sincondrose que se fecha aos 6 meses, e dessa forma não garantimos o crescimento em lateralidade como feito na maxila. Assim, há grande acomodação dentária e pouco d esenvolvimento esquelético. A região mais crítica e que temos menos conhecimento é sobre o côndilo mandibular, onde temos ossificação endocondral, com cr escimento em direção póstero-superior, deslocando a mandíbula para anterior e inferior. Sobre o côndilo se exercem extensas forças musculares da mastigação, mas mesmo assim não observamos a reabsorção e alteração desse condilo por esse efeito. Isso ocorre por que sua formação é endocondral, absorvendo maisas forças - da mesma forma que nosso femur continua seu crescimento apesar do peso exercido sobre este. O Côndilo entra na teoria da matriz funcional, visto que a maxila se desenvolve mais precocemente, de maneira que o condilo e ramo são passivos a seu crescimento, sempre tentando "buscar" a maxila com seu crescimento posterior que empurra a mandibula para anterior. Para entender isso, devemos e ntender a alta capacidade adaptativa do côndilo permitida por sua formação cartilaginosa. Screen clipping taken: 11/09/2020 20:30 A pressão exercida pelos lábios sobre os dentes é equilibrada pela força exercida pela lingua. No desenvolvimento craniofacia l de crianças, devemos nos atentar ao tipo de alimentação - alimentação por amamentação materna e alimentos mais duros auxiliam no melhor desenvolvimento desses ossos, enquanto a escolh a por alimentos industrializados e mais pastosos podem atrapalhar no desenvolvimento. As modificações ósseas craniofaciais ocorrem além da fase jovem -adulto, mas também no envelhecimento. A sínfise mentoniana é importante ao ortodontista para a confecção de uma harmonia orofacial. Na troca da dentadura decidua para a permanente, observamos essa remodelação registrada ao lado, onde temos aposição na base da mandibula e reabsorção nas proximidades do rebordo, dando o perfil mais robusto aos meninos em seu crescimento, com um queixo mais proeminente em perfil harmonico. Os esforços sobre a mandibula são direcionados a região de condilo e processo coronóide, além da concentrações de esforços sobre pilares caninos na maxila. No corte sobre a mandibula, notamos a disposição do trabeculado em direção ao côndilo Página 77 de Ortodontia Aula 3- Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial (1) Aula 3- Crescimento e Desenvolvimento Craniofacial (1) sábado, 3 de outubro de 2020 16:23 Página 78 de Ortodontia Página 79 de Ortodontia Página 80 de Ortodontia Página 81 de Ortodontia Página 82 de Ortodontia Página 83 de Ortodontia Página 84 de Ortodontia Página 85 de Ortodontia Página 86 de Ortodontia Página 87 de Ortodontia Página 88 de Ortodontia Página 89 de Ortodontia Página 90 de Ortodontia Página 91 de Ortodontia Página 92 de Ortodontia Página 93 de Ortodontia Página 94 de Ortodontia Página 95 de Ortodontia Página 96 de Ortodontia Página 97 de Ortodontia Página 98 de Ortodontia Página 99 de Ortodontia Página 100 de Ortodontia Página 101 de Ortodontia Página 102 de Ortodontia Página 103 de Ortodontia Página 104 de Ortodontia Página 105 de Ortodontia Página 106 de Ortodontia Na análise do desenvolvimento e crescimento do indíviduo durante sua vida, podemos estudar o desenvolvimento de sua oclusão, que dependendo de diversos fatores poderão chegar a diferentes tipos de oclusão, seja uma má oclusão enorme ou uma oclusão correta. Hoje, somos seres difiodontos, ou seja, possuimos duas dentições: a decídua e permanente (dentição mista não existe, apenas dentadura mista). Hoje, devido a uma série de problemas, é incomum indivíduos com dentições completamente normais, que apresentarão má-oclusão - menos de 2% apresentarão ótima oclusão, 70% com má-oclusão e apenas com 20% em má-oclusão aceitável. Dentadura decídua A dentição decídua se inicia aos 6 meses de idade da criança. Contudo, já se observa dentes em formação já no nascimento, como os incisivos e molares decíduos e cúspides de molares permanentes, apesar de não irromper dente algum até os 6 meses - há raros casos de dentes neonatais. Aos 6 meses de idade (± 2 meses) começam a nascer os incisivos inferiores, seguidos dos superiores, laterais e pontas de caninos, com formação intraóssea da coroa desses dentes permanentes. Apesar desses padrões, pode ocorrer de crianças de 1 mês ter dentes ou uma de 1 ano não ter nenhum. Aos 9 meses (±2meses) já temos os 4 incisivos superiores e inferiores em uma erupção razoável, ainda com ponta de molares e caninos permanentes em formação intraóssea e molares decíduos. Com 1 ano (± 3 meses) irrompem o 2 molar decíduo, enquanto o primeiro molar deciduo irrompe a frente dos caninos decíduos. Com 1 ano e meio (18±3 meses) os molares já estão erupcionando e entrando em oclusão, com os caninos iniciando sua erupção, enquanto os segundos molares estão entrando em sua erupção aos 2 anos de idade, quando os caninos já irromperam e a ponta de cuspides dos pré-molares estão se formando nos germes. A dentadura decídua finaliza sua erupção aos 3 anos, indo completa e em oclusão até os 6 anos, periodo em que os permanentes finalizam sua formação - a ponta de cúspide de pré-molares se formam aos 1 ano e meio aos dois anos e ponta de cuspide de segundos molares aos 2 anos e meio a 3 anos. Aos 4 anos vemos a dentição decídua completa, com molares preparando-se para irromper aos 6 anos, como os primeiros permanentes em boca. Aos 5 anos já observamos os dentes intraósseos em plena formação, com molares iniciando sua rizogenese. Aos 6 anos os permanentes começam a aparecer na arcada. A sequência de erupção em dentes decíduos é a seguinte: primeiro os incisivos inferiores, central superior, lateral superior, lateral inferior, molares, os caninos e os segundos molares decíduos nas idades estabelecidas, estando completa aos 3 anos, permanecendo desta maneira até os 6 anos. Nesse periodo, não somos tão exigentes quanto auma oclusão normal porque a criança está em desenvolvimento constante, desenvolvendo-se intensamente nessa fase. Sendo comum e considerado normal a mordida de topo anterior, com suave protrusão, suave mordida aberta anterior e sobremordida. É comum também encontrar diastemas entre incisivos. O uso da chupeta nos primeiros anos de vida pode ser benéfico para acalmar a criança mas causar uma leve mordida aberta anterior, que deve ser corrigida naturalmente se o uso da chupeta for cessado aos 4 anos. O perfil da criança é geralmente mais convexo, sendo observado o queixo mais retraido. Dentes supranumerários em dentadura decídua pode significar a mesma alteração na permanente, sendo necessário o acompanhamento radiográfico. O arco dentário decíduo pode ser classificado em tipo I e tipo II. O tipo I é quando observamos diastemas anteriores (mais comum), e no tipo II temos contatos ou suaves apinhamentos. Quanto a presença de espaçamento na dentição anterio inferior, Arco do tipo I ocorre em 77% dos casos, enquanto na falta de espaçamento antero inferior o tipo II ocorre em 23%. O tipo I contribuirá para 50% dos casos onde não haverá apinhamento em dentadura permanente, 40% onde haverá apinhamento moderado e 10% de apinhamento severo. Temos essas estatisticas de predição para dentes permanentes, contudo não se pode utilizar único e exclusicamente para predizer o correto alinhamento dos incisivos inferiores. Na ausencia de espaçamento, apenas em 23% dos casos, pode-se dizer que 22% dos casos contribui para correto alinhamento de incisivos, com 78% para apinhamento, seja moderado ou severo. Screen clipping taken: 14/09/2020 16:38 Screen clipping taken: 14/09/2020 17:02 Screen clipping taken: 14/09/2020 17:24 Screen clipping taken: 14/09/2020 17:31 Screen clipping taken: 14/09/2020 17:36 Screen clipping taken: 14/09/2020 17:39 Screen clipping taken: 14/09/2020 18:18 Contudo, este também não pode ser utilizado única e exclusivamente para a predição do alinhamento dos dentes anteriores permanentes. Portanto, podemos dizer que independente se a arcada decidua for tipo I ou II, não significa que apresentará uma oclusão aceitável ou incorreta ao exibir todos os permanentes nessa região. Outra caracteristica em uma arcada decídua é a ausencia de uma curva de spee, paralelismo entre os longos eixos, com uma inclinação de 90° para com o plano oclusão,a inclinação interincisivo (entre incisivos superiores e inferiores) é bem próximo a 180°, enquanto nos permanentes os incisivos são mais vestibularizados para ganhar espaço na cavidade bucal. Aspectos clínicos Para tratamentos em dentadura decídua consideramos a presença de mordidas cruzadas anterior e posterior para a confecção de aparelhos ortodonticos. Tal tratamento deve ser iniciado assim que for detectado. Ao detectar essa mordida cruzada, confeccionamos um aparelhos fixo, visto que em pacientes menores o aparelho removivel pode ser engolido. A dentadura cruzada deve ser corrigida logo que diagnosticada, logo aos 4 anos, para que não interfira na dentição permanente. Mordidas cruzadas anteriores devem ser resolvidas, visto que a posição da mandibula a frente da maxila pode atrapalhar no crescimento e desenvolvimento, vindo a gerar complicações na dentadura permanente Aparelho quadrihélice Desenvolvimento da oclusão segunda-feira, 14 de setembro de 2020 16:14 Página 107 de Ortodontia Screen clipping taken: 14/09/2020 19:51 Aos 5 anos, vemos o primeiro molar pronto para irromper, completando seu irrompimento aos 6. Dentição permanente Entre o advento da dentição decídua e a permanente, observamos o desenvolvimento de uma dentadura mista. Para poder tratar os eventos que necessitam de intervenção ortodontica, é necessário reconhecer e diagnosticar de maneira precisa o problema em questão, o que é pouco comum entre os CD. O plano terminal dos segundos molares decíduos são considerados guias para os primeiros molares permanentes. Na imagem abaixo, vemos um plano terminal reto em A, plano terminal com degrau mesial em B e plano terminal com degrau distal em C. Screen clipping taken: 14/09/2020 19:58 O A seria o normal, enquanto B seria normal dependendo do tamanho e o C é anormal e pode levar a uma oclusão de classe II. Como podemos ver na imagem á esquerda, aos 6 anos podemos registrar a erupção do primeiro molar permanente, dando inicio à dentadura mista e formação ode uma dentição permanente. Em crianças com oclusão normal, os primeiros molares permanentes geralmente ocluem topo-a-topo, cúspide sobre cúspide - pode também ser cúspide sobre sulco, que pode ser considerado normal com degrau mesial caso não seja muito grande (pode ser que uma oclusão classe III se forme caso seja muito extenso). Plano terminal reto é muito mais comum que os outros, sendo comum em 58% dos casos, enquanto o degrau mesial tem prevalencia em 24% dos casos e o degrau distal tem prevalência de 18%. Um degrau distal só poderá evoluir em uma oclusão classe II, enquanto o plano reto pode vir a se tornar uma classe I, II ou III e o degrau mesial pode se tornar classe I ou III. Screen clipping taken: 14/09/2020 20:04 Screen clipping taken: 14/09/2020 20:15 Screen clipping taken: 14/09/2020 20:47 Na rotina de um ortodontista, diferente de um dentista clinico geral, sempre pedimos para que o paciente mantenha a boca fechada para que estudamos sua oclusão, com relação molar e plano oclusal dos dentes, fator que pode mudar pela vida do paciente em razão de seu crescimento. A dentadura mista dura dos 6 aos 11 a 12 anos de idade. Aos 8 anos vemos a presença de incisivos permanentes em plena erupção e o outros permanentes em pleno processo de calcificação, inclusive o segundo molar - apenas o terceiro não se formou ainda. A calcificação dos primeiros molares começa no nascimento, dos segundos molares começa aos 3 anos e o terceiro molar aos 9 anos de idade. Os incisivos permanentes conseguem espaço para suas erupções conforme a explicação a seguir: Se medirmos os incisivos deciduos e permanentes dá uma diferença de 7,6mm para superiores e 6,0mm para inferiores, de forma que falta bastante espaço. Dessa forma, como é que se dá essa transição de dentes deciduos para permanentes? Primeira das diferenças é que permanentes irrompem muito mais para vestibular que os inferiores que se permanecem verticalizados, além disso quando se irrompem os caninos, numa oclusão normal fecham os diastemas anteriores. Além disso, o crescimento ósseo na região anterior favorece a erupção dos incisivos. Os molares permanentes dependem da aposição e reabsorção óssea para ganhar espaço e irromper - se o crescimento da mandibula cessa e os terceiros molares não irromperam, estes permanecem retidos. Na obtenção de espaço para pré-molares e caninos permanentes, temos que considerar que os decíduos que os precedem (caninos e molares deciduos) são maiores. Os molares permanentes em dentadura mista estão inicialmente topo a topo na maioria das crianças, e o espaço disponivel aos permanentes inferiores é maior que no superior, havendo uma mesialização fisiológica do molar, atingindo o sulco ao invés de topo a topo, obtendo a chave de molar. Aspectos clínicos em dentadura mista Nos tratamentos aplicados em pacientes com dentadura mista, buscamos intervir sobre mordida cruzada anterior e posterior. Baseando-se me ortodontia preventiva e interceptora, podemos ver que a prevalencia de mordida cruzada na literatura é de 8 a 16% e em bauru é de 18,2%. Temos sempre que nos atentar a sequencia de erupção - como na imagem ao lado, um central irrompeu e outro não, sendo acusado como alteração, podendo estar relacionado com supranumerários que alteram a erupção. Em alguns casos de mordida cruzada anterior podemos confeccionar uma placa com mola digital. Para mordida cruzada posterior, aparelhos como mola coffin ou placa com parafuso podem auxiliar na terapia. Em mordida aberta anterior por chupar dedo ou chupeta por muito tempo pode atresiar a maxila e causar mordida cruzada posterior além de uma mordida aberta anterior grande. Iniciamos com o uso de uma mola coffin para descruzar a mordida posterior. Para interromper esse hábito de chupar o dedo (mas também para evitar a interposição da lingua na mordida aberta) usamos uma grade palatina, conhecida como aparelho recordatório somado a um grampo de addams . Caso essa mordida aberta não fosse corrigida tão cedo, teria de recorrer a uma ortodontia corretiva mais tarde, o que exigiria muito dinheiro. Screen clipping taken: 14/09/2020 21:50 Screen clipping taken: 14/09/2020 22:06 Muitos se indagam se as más-oclusões se tornaram mais comuns de 30 anos para cá. De certa forma, nos dias de hoje busca- se mais o atendimento ortodontico por se tornar mais visivel e por haver mais condições para pagar o tratamento. Além disso, com o aumento da miscigenação racial a mistura genética tende a unir caracteristicas dentárias que auxiliam no apinhamento e desregulação de oclusão. Quando vemos a evolução de outras espécies de primatas para os homo sapiens, percebemos o tamanho da arcada se retraindo e com isso a falta de espaço para os dentes. Portanto apinhamentos dentários são comuns para arcadas menores que o tamanho dos dentes que irão erupcionar no local, de maneira que aparelhos removiveis ou fixos podem realizar a terapia necessária. Aos 9 anos, fase onde se inicia a formação intraóssea dos terceiros molares, denominamos o inicio de uma fase de "patinho feio", com dentes protruidos e marcados por diastemas. Temos como saber se essas alterações de oclusão nessa fase são normais ou má-oclusões de fato - nessa fase, o desenvolvimento craniano dá um perfil convexo a face das crianças visto o ANB de 4,5 nessa idade, enquanto aos 12 anos torna-se 2, mostrando que há um desenvolvimento da mandibula mais adiante, sendo normal uma classe II na oclusão de crianças de 8 a 9 anos. Para analisar essa fase, devemos observar a relação molar, se tende a normalidade, ou se move para formar classe II ou III A oclusão de classe II pode ser dentária ou esquelética. A dentária ocorre quando falta espaço para um molar ou pré- Página 108 de Ortodontia Screen clipping taken: 14/09/2020 22:31 mandibula mais adiante, sendo normal uma classe II na oclusão de crianças de 8 a 9 anos. Para analisar essa fase, devemos observar a relação molar, se tende a normalidade,ou se move para formar classe II ou III A oclusão de classe II pode ser dentária ou esquelética. A dentária ocorre quando falta espaço para um molar ou pré- molar entrar em oclusão pela perda do deciduo que mantem espaço para este, sendo o espaço perdido retomado por aparelhos ortopédicos. As classe II esqueléticas ocorrem por discrepancias ósseas de crescimento maxilomandibular, podendo ser corrigido com placa de hawley com parafuso expansor, redirecionando o crescimento da maxila para que a mandibula o acompanhe Screen clipping taken: 14/09/2020 23:13 Aos 11 anos já temos praticamente todos os permanentes já irrompidos, com irrompimento dos segundos molares aos 12 anos. Ao terminar de irromper os segundos molares e pré-molares, podemos considerar o estado de dentadura ou dentição permanente. Antes de discutirmos sobre a oclusão normal em dentição permanente, podemos citar a sequencia de erupção. No arco superior, iniciamos com o primeiro molar permanente, seguido de incisivo central, lateral, primeiro e segundo prémolar e canino. No arco inferior, a sequencia é ligeiramente diferente, iniciando com primeiro molar, seguindo para incisivo central, lateral canino, primeiro e segundo pré-molar. Como o canino superior é o ultimo dente a irromper, ele irrompe em infra-vestibuloversão se não houver espaço para irromper. Como dito na introdução, 3% da população pode ser incluida como oclusão normal, 70% é incluida em má oclusão e 27% é classificada como aceitável, mas pode recorrer ao tratamento ortodontico se quiser. Uma oclusão aceitável é caracterizada por uma mastigação satisfatória, dicção razoável, autoclise (autolimpeza), saúde periodontal e estética aceitável. Uma má oclusão está envolvida em diversos fatores em sua etiologia, indo desde fatores genéticos a fatores ambientais, congênitos, endócrino, ambientais e até de hábitos Screen clipping taken: 14/09/2020 23:15 Página 109 de Ortodontia Aula 4 - Desenvolvimento da oclusão Aula 4 - Desenvolvimento da oclusão sábado, 3 de outubro de 2020 16:31 Página 110 de Ortodontia Página 111 de Ortodontia Página 112 de Ortodontia Página 113 de Ortodontia Página 114 de Ortodontia Página 115 de Ortodontia Página 116 de Ortodontia Página 117 de Ortodontia Página 118 de Ortodontia Página 119 de Ortodontia Página 120 de Ortodontia Página 121 de Ortodontia Página 122 de Ortodontia Página 123 de Ortodontia Página 124 de Ortodontia Página 125 de Ortodontia Página 126 de Ortodontia Página 127 de Ortodontia Página 128 de Ortodontia Página 129 de Ortodontia Página 130 de Ortodontia Página 131 de Ortodontia Página 132 de Ortodontia Página 133 de Ortodontia Página 134 de Ortodontia Página 135 de Ortodontia Página 136 de Ortodontia Página 137 de Ortodontia Página 138 de Ortodontia Página 139 de Ortodontia Página 140 de Ortodontia Página 141 de Ortodontia Página 142 de Ortodontia Página 143 de Ortodontia Página 144 de Ortodontia Página 145 de Ortodontia Página 146 de Ortodontia Aprendemos o aumento de volume para frente e para baixo da face com o crescimento. A respeito do crescimento dos maxilares, temos alta demanda por espaço para evitar e resolver o apinhamento dentário. Temos que conhecer precisamente o crescimento dos arcos dentários conforme o crescimento dos ossos da face. A face cresce e ganha sua dimensão vertiginosamente ao longo da vida, desde a obtenção da dentição decídua à dentição permanente. Na mandíbula, os dentes conseguem espaço para erupção com o deslizamento posterior do ramo da mandibula, de modo que o corpo da mandibula se alonga. Desde os molares dos 6 anos ao desenvolvimento dos segundo ao terceiro, a mandibula ganha um tamanho que permite a erupçáo. Na erupção do terceiro molar, dos 18 aos 21, a mandibula para de crescer e falta espaço para erupcionar o terceiro. Na maxila, os molares tomam espaço no arco com o crescimento por aposição. O crescimento humano tem fases de crescimento maior e de menor crescimento, com velocidade inconstante. O crescimento diminui sua velocidade da idade infantil e juvenil, mas aumenta vertiginosamente na adolescencia. A região de incisivos é onde mais ocorre apinhamentos dentários, mais comum que em regiões de pré-molares - raramente ocorre em molares; é necessário 6mm em mandibula e 8 em maxila para manter incisivos permanentes alinhados, sem apinhamento. Mesmo assim, um arco dentário misto possui apinhamentos mais comumente. A dentadura mista precoce é o primeiro periodo transitório. Os mínimos crescimentos mandibulares na região de incisivos podem resolver pequenos apinhamentos. O Crescimento do arco dentário é considerado em largura, comprimento e o perímetro. Na fase de arco desdentado, há um enorme crescimento ao redor da sutura mediana da mandibula e maxila - o crescimento é tanto que em 77% das crianças sobra-se espaço para os dentes decíduos. Para erupcionar os incisivos, precisamos de 6mm na porção anterior inferior, e 7 a 8 superior, com um crescimento de 3mm da região intercanina inferior e 5mm superior durante toda a vida, desde os 4 aos 18 anos. O maior desenvolvimento é dos 4 aos 9 anos, onde temos o primeiro periodo transitório. Durante a dentadura mista a distancia intercanina aumenta, se mantendo e até diminuindo na arcada permanente. O apinhamento primário ocorre entre os incisivos no inicio da dentadura mista. O crescimento em comprimento é medido da distancia entre incisivos centrais e uma linha passando pela face mesial dos primeiros molares permanentes - o arco dentário é entre mesial de 26 e 16, 36 e 46, considerando as porções onde ocorre troca de dentes. Esse comprimento aumenta no inicio da d.mista e diminui no final da dentadura mista, visto que ocorre a mesialização interproximal e mesialização dos dentes para compensar o espaço. Quanto ao perímetro do arco, como circunferencia do arco entre primeiros molares, vemos a diminuição na dentadura permanente. Além disso, o ganho do espaço é feito pela inclinação vestibular dos arcos na erupção permanente, aumentando em cumprimento e circunferencia do arco. Também podemos considerar que os pré-molares são maiores que o molar deciduo, de maneira a formar um diastema no crescimento dos pré-molares, conhecido como um espaço residual da troca dos caninos, conhecido como leeway space. Esse espaço é compensado com a mesialização dos dentes para chegar ao ponto de contato, o que diminui a arcada. É comum uma relação de topo a topo (classe II) no inicio da dentição, deslizando a dentição inferior para anterior após o desenvolvimento da dentição permanente, levando a uma oclusão classe I, de modo que o leeway space desempenha um importante papel no ajuste da relação anteroposterior dos primeiros molares permanentes, convertendo uma relação maxilomandibular em outra. O apinhamento secundário ocorre quando um dente, como o primeiro molar decíduo, é extraido por algum motivo, e os dentes adjacentes tendem a mesializar antes de erupcionar o pré-molar, faltando espaço para este - apinhemento na região de caninos e pré-molares, definido no período tardio da dentadura mista; influenciado pela perda precoce do dente, influenciado por um fator negativo do ambiente. Nesses casos, a obtenção de espaço é bem difícil. O apinhamento terciário ou tardia é o apinhamento na região de incisivos permanentes que se manifesta tardiamente, na dentadura permanente madura. Isso ocorre porque o perímetro do arco tende a diminuir com a idade, de maneira a apinhar os dentes anteriores na mandibula. O uso do fio 3x3 é necessário para previnir o apinhamento terciário. Alinhadores transparentes dependem muito da cooperação do paciente, visto que sãoaparelhos removíveis que devem permanecer 24h/dia. No tratamento, podemos aumentar o perímetro do arco dentário, bem como vestibularizar incisivos e expandir a maxila ou mandibula, ganhando espaço para aplicar o tratamento ortodontico para eliminar o apinhamento. Em apinhamentos mais graves que a expansão de perimetro não pode resolver, podemos lançar mão de extrações ou desgastes interproximais Crescimento dos Arcos dentários segunda-feira, 21 de setembro de 2020 14:02 Página 147 de Ortodontia 5 - DESENVOLVIMENTO DOS ARCOS DENTÁRIOS 5 - DESENVOLVIMENTO DOS ARCOS DENTÁRIOS domingo, 4 de outubro de 2020 19:02 Página 148 de Ortodontia Página 149 de Ortodontia Página 150 de Ortodontia Página 151 de Ortodontia Página 152 de Ortodontia Página 153 de Ortodontia Página 154 de Ortodontia Página 155 de Ortodontia Página 156 de Ortodontia Primeiramente nós devemos estabelecer a correlação entre a ortodontia e a odontopediatria, como especialidades próximas e que trabalham no mesmo setor, na mesma área. Pra classificar as más-oclusões, devemos ter o conhecimento do desenvolvimento da oclusão. Podemos citar o periodo transitório de vanderlinde, iniciando na situação observada na primeira imagem, seguindo para o periodo intertransitório das duas imagens qu e seguem e finalizando com o segundo periodo transitório nas duas imagens abaixo, que usa como referencial a cúspide mesiovestibular do 1°MS recebendo o s ulco mesio vestibula do 1°MI, além de usar a chave de caninos como referencia, onde o canino superior oclui com o ponto de contato entre canino inferior e 1°PMI. Screen clipping taken: 01/10/2020 16:17 Screen clipping taken: 01/10/2020 16:18 Screen clipping taken: 01/10/2020 16:19 As classificações tem certas finalidades, como obter uma maior facilidade de comunicação e referência, bem como por razão de pesquisas e razões históricas. Muitas vezes no consultório e nas clínicas nós observaremos casos de má -oclusões que devem ser resumidos e simplificados em classificações, para que o registro fique mais claro e a comunicação mais facil. Para definir as más-oclusões, devemos conhecer a oclusão normal. A classificação e definições das más oclusões que é utilizada até hoje foi propo sta por Angle, em 1899, classificando como uma oclusão normal quanto a face possui um perfil harmonioso entre os terços e as relações dentár ias estão conforme seu posicionamento na oclusão normal, com o molar superior ocluindo a cúspide mésio -vestibular no sulco mesio-vestibular do primeiro molar inferior, bem como a oclusão correta do canino superior sobre o contato entre canino inferior e primeiro pré -molar inferior. Na obtenção das classificações nós também observamos as proporções faciais, divididas em 3 terços, onde cada porção facial de ve ser incluida da maneira correta para definir dentro da normalidade. Além disso, o perfil facial pode se apresentar concavo, convexo ou reto - perfil muito convexo ou muito concavo pode expressar uma má-oclusão entre dentes superiores e inferiores e das bases ósseas respectivas. Classificação das más oclusões quinta-feira, 1 de outubro de 2020 16:07 Página 157 de Ortodontia Screen clipping taken: 01/10/2020 16:39 Screen clipping taken: 01/10/2020 16:39 Andrews desenvolveu sobre as 6 chaves da oclusão normal, traçadas em seu grupo amostral como caracteristicas que definem boas posições, como uma boa relação molar, angulação das coroas, inclinação das coroas, rotações dentárias, contatos proximais e curva de spee - desenvolveu uma aparelho que obedece esses parametros. Devemos observar como as rotações dentárias ocupam mais espaços na arcada. A observação da curva de spee é importante, observando um padrão de normalidade da linha que se segue na oclusão, sendo uma curva muita acentuada responsável pelo conjestionamento de raízes ou raízes muito divergentes. Screen clipping taken: 01/10/2020 16:59 Cabe nessa introdução diferenciar o que é prevalencia do que é incidência. Prevalência é a qualidade daquele ou daquilo que p revalece; superioridade. Como por exemplo a prevalência de uma doença em uma comunidade ou a quantidade existente num dado instante, como uma fotografia da comunidade, é estática. A incidência, por sua vez, é a qualidade do que é incidente, ocorrem, sobrevem, como por exemplo uma nova contagem da doença 1 ano após. É dinamica. É uma c omparação entre dois resultados (antes ou depois) incremento ou redução. Classificação das más oclusões Para a classificação das más oclusões, o ortodontista poderá seguir duas vertentes: as baseadas apenas em dentes, dentárias, definidas como oclusionistas, definidas e teorisadas por Angle e Lischer e outra vertente determinada como craniodentárias, desenvolvidas baseado em Simon, Izard, Carr ea e Capelozza. A classificação de Angle (1899) é aceita até os dias de hoje mundialmente, que separa as más oclusões dentárias em classe I, classe II e classe III. Vemos que em oclusão normal temos a chave de oclusão dos posteriores bem posicionada, bem como chave de caninos e dentes ante riores alinhados. Na classe I, mantém- se a chave de oclusão posterior, mas os anteriores estão mal-posicionados. Na classe II, ou disto-oclusão, o molar inferior está mais para distal em relação ao seu antagonista superior e na classe III, o molar inferior está posicionado mais a mesial. O prognatismo e o retrognatismo é o po sicionamento anteroposterior das bases ósseas em relação ao esqueleto craniofacial, enquanto a protrusão e a retrusão é o posicionamento anteroposterior dos dentes em rela ção ás bases ósseas. Sempre quando estamos observando o paciente para estabelecer uma classificação, estamos já definindo um diagnóstico e plano de tratamento. Quanto mais rica a informação e classificação, maior a facilidade para colocar o paciente nos protocolos. A classe I, a neutroclusão, é mais comum, onde o paciente possui um perfil facial harmonioso, podendo na relação anteroposter ior ter uma pequena discrepancia de bases ósseas como protrusão e retrusão maxilar e/ou mandibular, mas com a relação normal de molares, podendo ter discrepancia dento alveolar. Temos tipos diferentes de Página 158 de Ortodontia ósseas como protrusão e retrusão maxilar e/ou mandibular, mas com a relação normal de molares, podendo ter discrepancia dento alveolar. Temos tipos diferentes de classe I. Tempos a retrusão superior e inferior com apinhamento dos dentes anteriores e caninos por vestibular, protrusão sup erior (falsa classe II - chave molar normal), retrusão superior somente (classe III falsa) e protrusão superior e inferior, como uma biprotrusão. A classe II, ou distoclusão, possui características de perfil facial convexo, relação anteroposterior com bases ósseas normai s, ou com protrusão maxilar e retrusão mandibular, com o molar distalizado, também sendo importante observar as inclinações dentárias. A classe II é dividida em 1ª e 2ª divisão, além de uma subdivisão. A Classe II 1ª divisão é uma distoclusão, onde vemos os incisivos superiores vestibularizados, com aumento no trespasse vertical e hor izontal, curva de spee acentuada, arco superior atrésico, palato profundo, respirador bucal (gengivite) e lábios entreabertos e ressecados. A chave de molar é em distooclusão É essa porção anterior que difere da divisão 1 da divisão 2. A classe II pode ser quantificada na extensão da desoclusão da chave molar, podendo ser 1/4, 2/4 em diante de classe II A classe II de 2° divisão, em distoclusão, é caracterizada pelo molar em relação distal, incisivos centrais superiores vertic alizados, incisivos laterais superiores vestibularizados, sobremordida profunda, dimensão vertical diminuida e aparencia de envelhecimento precoce Screen clipping taken: 01/10/2020 20:18 A classe III, denominada mesioclusão, é menos comum na população brasileira. Nessa, a relação molar é mesial, com perfil faci al concavo. A relação anteroposteriordas bases ósseas se encontram normais ou anormais. Há mordida cruzada anterior ou posterior, diastemas e inclinação axial dos incisivos inferi ores e crescimento vertical. Screen clipping taken: 01/10/2020 20:24 Lischer, em 1912, utilizou o radical "versão", formando palavras e definições como vestibulo versão, linguoversão, giroversão , supraversão, infraversao, mesioversão, distoversão, axiversão e perversão. Screen clipping taken: 01/10/2020 20:30 A classificação de Simon ajuda a complementar a classificação das má-oclusões adicionando as anomalias anteroposteriores, transversais e verticais. Quanto às anomalias anteroposteriores, podemos observar as protrações e retrações, quanto a anomalias de atração e abstração e as transversais podem ser de contração e Página 159 de Ortodontia A classificação de Simon ajuda a complementar a classificação das má-oclusões adicionando as anomalias anteroposteriores, transversais e verticais. Quanto às anomalias anteroposteriores, podemos observar as protrações e retrações, quanto a anomalias de atração e abstração e as transversais podem ser de contração e distração. Screen clipping taken: 01/10/2020 20:33 Screen clipping taken: 01/10/2020 20:41 Screen clipping taken: 01/10/2020 20:41 A classificação no sentido vertical pode ser chamada de overbite, trespasse vertical, transpasse ou sobremordida. A mordida a nterior pode ser profunda quando o incisivo inferior toca na parte mais profunda e cervical da palatina do superior, normal quando a incisal do inferior toca at é 2mm acima da incisal do superior, no lado palatino, pode ser topo a topo quando as bordas incisais se tocam. A mordida anterior, portanto, pode ser normal (overbi te), aberta (open bite) ou profunda (deep bite). Página 160 de Ortodontia Aula 6- Classificações das más oclusões Aula 6- Classificações das más oclusões sábado, 3 de outubro de 2020 16:35 Página 161 de Ortodontia Página 162 de Ortodontia Página 163 de Ortodontia Página 164 de Ortodontia Página 165 de Ortodontia Página 166 de Ortodontia Página 167 de Ortodontia Página 168 de Ortodontia Página 169 de Ortodontia Página 170 de Ortodontia Página 171 de Ortodontia Página 172 de Ortodontia Página 173 de Ortodontia Página 174 de Ortodontia Página 175 de Ortodontia Página 176 de Ortodontia Página 177 de Ortodontia Página 178 de Ortodontia Página 179 de Ortodontia Página 180 de Ortodontia Página 181 de Ortodontia Página 182 de Ortodontia Página 183 de Ortodontia Página 184 de Ortodontia Página 185 de Ortodontia Página 186 de Ortodontia Página 187 de Ortodontia Página 188 de Ortodontia Página 189 de Ortodontia Página 190 de Ortodontia Página 191 de Ortodontia Página 192 de Ortodontia Página 193 de Ortodontia Página 194 de Ortodontia Página 195 de Ortodontia Jean Lucas Gimenes Andrade sexta-feira, 2 de outubro de 2020 16:49 Página 196 de Ortodontia Página 197 de Ortodontia Página 198 de Ortodontia O tema "cefalometria" discute muito sobre diagnóstico das más oclusões em crianças, onde se necessita uma boa radiografia para obtê-lo e idealizar um bom tratamento. A documentação ortodôntica e ortopédica é importantissima ao diagnóstico e para seleção do melhor aparelho e tratamento da criança. A radiografia ao lado é uma lateral de cabeça, pela qual podemos verificar se o paciente possui uma boa respiração, como está espacialmente a maxila e mandibula, qual o tipo de crescimento que a criança apresenta (favorável ou não). O traçado cefalométrico ´´e apresentado ao lado, onde algumas estruturas serão traçadas e desenhadas para encontrar os pontos cefalométricos e uní-los para obter as linhas e planos, com medidas em mm e em graus comparadas com as medidas de um paciente normal, diagnosticando alterações e indicando tratamentos. As radiografias periapicais são importantes também para identificação de outras anomalias e alterações patológicas. As panorâmicas darão uma visão mais ampla da boca do paciente. Tudo isso faz parte da documentação ortodontica. O diagnóstico e planejamento também podem ser auxiliados por imagens digitais, como as análises e projeções com tomografia para composição de imagens 3D ou a ressonância magnética, utilizada principalmente para tecidos moles, onde utilizamos para estudos do crescimento, movimentação e reabsorção dentária. Portanto, podemos utilizar das tomografias e ressonancias para complementar os diagnósticos, como uma ferramenta amplamente utilizadas. A aquisição das imagens em TC podem ser antes da instalação de um expansor e após 3 meses de contenção. Com a obtenção dessa imagem, podemos realizar os cortes e analisar áreas mais específicas da maxila, podendo analisar os cortes axiais da maxila, observando os resultados esperados no tratamento. Cefalometria Os objetivos desse procedimento envolvem a apreciação do crescimento dos diferentes componentes ósseos do crânio e da face; direção do crescimento dos maxilares e seus principais incrementos, de acordo com a idade. Além disso, outro objetivo é o diagnóstico clínico da anomalia que apresenta o paciente. Um terceiro objetivo é a comparação das mudanças. Radiografias são tiradas durante o tratamento para observar o que se ganha com o tratamento, o que se consegue com esse tratamento, comparando mudanças ocasionadas durante o tratamento ortodontico pelo aparelho empregado e pelo crescimento. Com algumas radiografias se acompanha a evolução do tratamento, observando se o crescimento está favorecendo a correção da má-oclusão. Terminado o tratamento, utilizaremos a cefalometria com objetivo de avaliar resultados, que deverão ser obtidos mediante cálculos seriados superpostos, observando se os resultados foram bons e se são estáveis. No cefalograma devemos desenhar o perfil anatômico, onde delineamos seu perfil mole e estruturas ósseas. Os traãdos de orientaçoes são compostos de pontos, que unidos formam linhas e planos que auxiliarão na obtenção das medidas e grandezas lineares e angulares, que se comparadas a um padrão normal de medidas em uma criança de mesma idade, podemos observar as diferenças entre a má-oclusão e boa oclusão, para que dessa forma podemos indicar o melhor tratamento. Sobre a radiografia cefalométrica fixamos um papel Ultraphan ou um papel vegetal, onde desenharemos as estruturas ósseas e perfil mole do paciente, incluindo ossos da mandibula, maxila, dentes impotantes na oclusão e até as vias aéreas. Do traçado obtido obteremos as medidas cefalométricas As medidas, como serão discutidas mais adiante, concluem uma disfunção e desordem de oclusão, indicando tratamentos específicos. As medidas listadas ao lado são apenas exemplos. Essa primeira radiografia traçada é comparada com uma ultima tomada após o tratamento para comparar as alterações para normalidade. Screen clipping taken: 19/10/2020 17:43 Cefalometria segunda-feira, 19 de outubro de 2020 17:05 Página 199 de Ortodontia Na próxima página do one note temos o arquivo que definem esses pontos e auxiliaram no estudo A primeira coisa que desenhamos é o perfil mole desde o osso frontal ao queixo. Após o desenho do perfil mole passamos para as estruturas duras, como o ossos frontais e nasais - a sutura entre o osso frontal e nasal localiza um ponto, não devemos esquecer dessa divisão, não passar o lápis por cima para não mascarar esse ponto. A próxima estrutura desenhada é a Sela túrcica, uma porção do osso esfenoide. Essa sela já determina um ponto. O desenho deverá ser feito utilizando os materiais dispostos ao lado. Entre o punho e a radiografia, é importante colocar um papel para evitar que a radiografiaseja danificada pelo suor das mãos Página 200 de Ortodontia A próxima estrutura desenhada são as órbitas. Por ser uma estrutura dupla, buscamos desenhar a média entre ambas para facilitar a localização do ponto. A fossa pterigomaxilar é uma estrutura formada com o processo pterigoide do esfenoide com o tuber da maxila, formando um espaço em forma de gota invertida. Por essa estrutura e região da pra perceber que todo crescimento da maxila está apoiado na base do crânio, crescendo essa porção óssea para frente e para baixo. Temos condutos auditivos internos e externos. O externo fica mais para baixo, posterior ao côndilo, enquanto o interno fica um pouco mais abaixo na radiografia. Em nosso estudo, utilizamos apenas o externo para traçar. Com o condilo desenhado já conseguimos achar o conduto externo. Página 201 de Ortodontia Agora desenharemos a maxila. Começamos com o assoalho da fossa nasal, teto da abobada palatina e rebordo anterior. Então desenhamos a mandibula, com o ramo ascendente, base da mandibula (se for dupla é a media) e a sinfise mentoniana (desenhamos a parte anterior e posterior. Assim partimos para o desenho dos dentes. No caso, desenharemos os ultimos molares em oclusão na dentadura mista ou permanente e os incisivos mais vestibularizados para ver o quanto podemos corrigir. Página 202 de Ortodontia Feito o desenho devemos estabeleer os principais pontos cefalométricos e unír os principais para o diagnóstico na clinica integrada da criança. A linha se forma com a união dos dois pontos, e o plano é a união de 3 ou mais. O próximo passo é estabelecer esses pontos, linhas e planos. Pontos O ponto S é um ponto virtual localizado ao centro da sela túrcica.✓ O ponto N é localizada sobre a sutura fronto-nasal, em sua ponto mais anterior.✓ O Ponto A é o ponto subespinhal, como um ponto mais profundo, na concavidade maxilar anterior, localizado entre a espinha nasal anterior (ENA), bem abaixo desta, e o próstio (Pr). Na parte mais profunda da curvatura entre ENA e Pr localizamos o A. ✓ O Ponto B é supramental, posicionado acima do mento, na maior profundidade do perfil alvéolo mental da sínfise.✓ O ponto P é o pogônio, ponto mais proeminente do mento, o ponto mais anterior do contorno do mento ósseo.✓ O ponto Go (gônio) é o ponto do angulo goníaco, determinado pela bissetriz das tangentes às bordas posterior e inferior da mandibula. Para obter essa bissetriz, colocamos uma regua no ramo ascendente da mandibula e traçamos uma linha, posicionamos a regua na base da mandibula e traçamos outra linha. Na bissetriz entre essas linhas temos o ponto Go. ✓ O ponto Me (mentoniano) é o ponto mais inferior da sínfese mentoniana.✓ O ponto Gn (gnátio) é o ponto no mento, determinado pela bissetriz do angulo formado pelo plano mandibular e pela linha facial. Traçamos uma linha que passa pelo ponto P e pelo ponto Me, a bissetriz indica um ponto Gn no meio. ✓ O ponto Or (orbitário) é o ponto mais inferior da margem inferior da órbita.✓ O ponto Po (pório) é o ponto mais superior do meato acústico externo.✓ Página 203 de Ortodontia Linhas e planos Unindo esses pontos obteremos as linhas e planos. Mais adiante interpretaremos essas medidas com exemplos e exercícios.✓ A linha SN liga o ponto S ao N, unindo os pontos de uma margem a outra no papel.✓ Linha NA, unindo pontos de N e A, iniciando um traçado de 5mm abaixo do ponto N e terminando 5mm abaixo da borda incisal do incisivo superior. ✓ Linha NB passa entre o ponto N e ponto B, unindo-os, iniciando no ponto N sem tocá-lo, passando pelo ponto B até tocar o plano mandibular. ✓ A linha SGn é um pequeno traço de S a Gn. Não precisa ir até Gn, sendo apenas um pequeno traço iniciado em S, indo até a fossa pterigóide para aferir o tipo de crescimento facial do paciente. É o eixo Y de crescimento, apesar de não ser o verdadeiro. ✓ O longo eixo do incisivo superior é uma linha que passa pela borda incisal e pelo ápice do incisivo central superio. Traçado de 5mm abaixo da incisal, indo passar um pouco acima das órbitas. ✓ O longo eixo do incisivo inferior é uma linha que passa pela borda incisal e pelo ápice do incisivo central inferior. Traçado do plano mandibular até próximo do nariz. Essa medida nos dá um auxílio do diagnóstico do posicionamento do dente, se este está inclinado para lingual ou vestibular, protruido ou retruido ou se é possivel alterar sua posição ou mantê-la. São medidas importantes na determinação do perfil do paciente, seja para configuração de normalidade ou para diagnóstico de alteração e decisão do tratamento. ✓ A linha H (Holdaway) é a linha do perfil, uma linha tangente ao mento mole e à borda anterior do lábio superior. Traçado desde o plano mandibular até o plano de Francfort. ✓ Linha H (holdaway) Página 204 de Ortodontia O Plano de Francfort (PoOr) passa pelos pontos Po e Or✓ O Plano GoMe é o plano mandibular, unindo pontos Go e Me, de uma margem a outra.✓ O Plano GoGn é o plano mandibular de Reidel. Unindo os pontos GO e Gn, de uma margem a outra. É um plano que não somente determina a inclinação do incisivo inferior com a base mandibular mas também define o padrão de crescimento dessa criança, se é equilibrado, vertical ou horizontal, de maneira a indicar a melhor intervenção e terapia. ✓ Plano de francfort (PoOr) Interpretação das grandezas cefalométricas Lembremos que temos medidas lineares e angulares, medidas em pacientes normais e medidas de pacientes em má-oclusão. Comparando as medidas, observamos as bases ósseas, padrão de crescimento e posição dos incisivos no diagnóstico das condições do paciente. As medidas angulares envolvem a medida da relação das bases ósseas, calculando as medidas de maxila e mandibula e a relação entre ambas. Linha H (holdaway) Plano GoGn (plano de Reidel) Nessa ficha ao lado, podemos entender com as medidas SNA, SNB e ANB o que acontece com as bases ósseas. SNA equivale a base óssea maxilar e SNB à base óssea mandibular. Portanto, determinar padrões cefalométricos para SNB e SNA nos ajuda a determinar se as bases ósseas de mandibula e maxila estão protruidas ou retruidas ou dentro da normalidade e também a relação entre essas bases, como a diferença entre essas bases que determinam o ANB - subtraindo as medidas de SNB de SNA (SNA-SNB) se obtém o ANB, que em condições normais deverá ser 2. Diferente de 2 graus, além de 1 grau acima ou abaixo, pode revelar uma discrepância das bases ósseas. Quanto ao padrão do esqueleto cefálico, vamos adicionar o tipo de crescimento do paciente. Em GoGn, temos uma plano da base do crânio à base da mandíbula, estabelecendo um ângulo. Se esse angulo for maior do que estabelecido (32°) temos um padrão de crescimento com tendencia vertical, e quando menor que essa medida, temos uma tendência horizontal. Quanto aos incisivos, temos NA para os incisivos superiores, com medida normal de 22°, e NB incisivos inferiores com medida normal de 25° quanto a sua base óssea. Medidas maiores que essa mostram dentes inclinados para vestibular, e menores indicam inclinação lingual. Por último temos a grandeza H.nariz, medindo a distancia da linha H com a ponta do nariz. Essa distancia é normal entre 9 a 11mm. Maior que 11mm indica tendencia para perfil concavo, e medidas menores de 9mm indicam tendencia para um perfil convexo. Página 205 de Ortodontia SNA = 82° A medida SNA, como visto antes, mede o grau de protrusão ou retrusão da maxila em relação à base do crânio. Como vemos nas imagens, o perfil normal depende de uma medida de 82° desse angulo, como na primeira imagem do trio, onde vemos dentes bem posicionados e perfil harmonioso e bases ósseas consideradas em nível de normalidade. Na segunda imagem, vemos uma maxila protruida em relação à base do crânio, sendo importante colocar um aparalho para retrair a maxila ou restringir essa protrusão. Na terceira imagem, com um angulo de 79°, podemos ter um perfil bem reto e dentes