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MICRORGANISMOS Bactérias, Fungos, Vírus e Protistas ➡ Fatores Intrínsecos que Condicionam o Crescimento de Microrganismos nos Alimentos: Lembrando: Fontes de contaminação mais comuns por microrganismos: Fezes humanas e de animais; Mucosas e pele dos seres humanos; Vetores e pragas; Evisceração e má manipulação de alimentos de origem animal; Ar, poeira, superfícies, solo; Utensílios mal higienizados; Bacyerias Gram positivas (possuem paredes celulares espessa – peptideoglicanos e ácido teicoico); Controle: Controlamos quando sabemos: quem são, onde vivem, de que se alimentam... Fatores Intrínsecos e Extrínsecos: Fatores Intrínsecos – Fatores diretamente ligados ao alimento Fatores Extrínsecos – É o ambiente; Microbiologia dos Alimentos Temperatura; Composição atmosferia UR Fatores Intrínsecos: São eles: Atividade de água; Acidez / pH; Potencial de Oxido-redução; Composição química do alimento; Fatores antimicrobianos naturais; Interação entre microrganismo; Fatores interdependentes: Por exemplo, se eu diminuir a atividade de água ou diminuo a disponibilidade de nutrientes, temperatura... pode haver uma alteração. Assim, quando mexo em um fator, o outro se altera. Curva de Crescimento Populacional de Microrganismo: 1) Fase Lag ou adaptação: onde quase não há crescimento, pois eles estão se adaptando ao ambiente; 2) Fase loo ou crescimento: ocorre rápido crescimento; 3) Fase estacionária: os microrganismos deixam de crescer pela falta nutrientes; 4) Fase de morte: há a diminuição por morte dos microrganismos. Isso pode acabar por pH impróprio, falta de nutrientes, diversos fatores; Pressão parcial de vapor da água pura (Po) ☞ Exemplos: Quando diminuímos a atividade de água, aumenta a fase lag, precisando de mais tempo pra esse microrganismo se adaptar; Diminui a atividade de multiplicação e consequentemente a população final é diminuída; Fatores Intrínsecos: Atividade de água: É a disponibilidade de água em um alimento; Temos água ligada e água livre; Importando para o microrganismo a quantidade de água que ele pode usar no seu metabolismo e não a quantidade de água total; O cálculo é feito por: Água total: água contida em todo alimento, livre ou ligada a proteínas, enzimas... O microrganismo utiliza a água livre em seu metabolismo, a água ligada ele não utiliza; Pressão parcial de vapor de água contida no alimento(P) Mas importante que a quantidade de água total, é saber a quantidade de água livre, pois é ela que influencia; No gráfico, o que chama atenção, em maior atividade de água, cresce mais bactérias, em menor levedura e menor ainda os mofos; Porém, não podemos dizer que quanto maior atividade de água mais microrganismos vão crescer. Pois, quando chegamos num valor de atividade de água pura (que é 1) temos mais dificuldades para o desenvolvimento de microrganismo, isso devido aos nutrientes estarem mais diluídos e os compostos que iriam ocorrer reação mais dispersos; Aa Alguns alimentos aparentemente podem indicar que tem mais água que outro, mas não é bem assim. Exemplo: se compararmos geleia e bolo assado, a geleia engana, porém, ela tem muito açúcar que se liga com a água e a indisponibiliza, assim tendo menos água livre. Á o bolo vai ter uma água livre em maior quantidade. Atividade de Água X Crescimento de Microrganismos: Atividade de água mais alta, 0,90 a 0,91 = cresce muitas bactérias deteriorantes e algumas patogênicas; Atividade de água com 0,87 a 0,88 = cresce leveduras deteriorantes; 0,80 = cresce bolores; 0,75 = cresce bactérias halófilas; 0,65 = cresce bolores xerófilos; 0,60 = cresce leveduras osmofílicas; Assim, abaixo de 0,60 é mais difícil crescer microrganismos, e acima de 0,90, próximo de 1 é difícil crescer microrganismos; Concentração ótima de sal para o crescimento de bactérias halófilas: As bactérias levemente halófilas conseguem sobreviver de 0,5 a 3% de concentração de sal, já as Extremamente halófilas conseguem sobreviver em alimentos com 15 a 30% com concentração de sal, porém nem nós conseguimos ingerir um alimento com tanto sal; Os que aguentam em menor atividade de água são os bolores xerofílicos Acidez: pH (potencial hidrogeniônico): Na escala vemos que 7 é o ponto neutro, acima dele vai ficando basico e abaixo de 7 vai ficando ácido, alcalino; Lembrar: Não precisa saber os valores exatos, porém ter noção de que as bactérias precisam de atividade mais alta que os bolores. (saber essa ordem) Alimentos de baixa acidez, são aqueles que tem acidez maior que 4,5; Os alimentos ácidos tem pH de 4,5 a 4,0; Os alimentos muito ácidos têm pH menor que 4,0; Bolores e leveduras 1,5 a 3,5 – Sacharomycces e Aspegillus; Bactérias 4,5 – Clostridium e Lactobacillus – por exemplo os iogurtes tem pH por volta de 4,0 – 4,8; Para medir, utilizamos o peagâmetro (ou potenciômetro). Assim, colocamos o eletrodo no alimento se for liquido, mas se for um alimento mais solido como a carne, colocamos um espeto. O pH adverso afeta principalmente a atuação de enzimas importantes na respiração e transporte de nutrientes; Alguns microrganismos tem capacidade de modificar o pH do meio: Em pH ácido (próximo a 4,0), eles conseguem ficar mais confortáveis com essa modificação; Em pH alcalino (próximo a 8,0), eles fazem o contrário do pH ácidos; Também podem fazer a redução de ácidos á álcoois, levando ao aumento do pH; Essa classificação é importante, pois podemos estabelecer o que vamos utilizar na relação, que microrganismos podem crescer... Potencial de Oxido-redução em um Sistema (Eh): Definição – Facilidade com que um determinado substrato ganha ou perde elétrons; Elemento oxidado é +; Elemento reduzido é – (saí 1 elétron); Eh + = há presença de oxigênio; Eh - = ausência de oxigênio; Quando elétrons são transferidos de um composto para outro, uma diferença de potencial elétrico é gerada entre os compostos que poderá ser medida e expressa em milivolts (mV); Em alimentos (substratos) a determinação de Eh é difícil pois envolve interações entre o oxigênio e os compostos químicos presentes no mesmo; Microrganismos aeróbios precisam de um Eh +, como os bolores e bactérias (Pseudomas, Bacilus cereus); Microrganismos anaeróbios precisam de um Eh -, como o Clostridium e Desulfatomaculum; Os microaerófilos multiplicam-se melhor em Eh baixo, como as Bactérias láticas; Anaeróbios facultativos, que pra elas tanto faz se for + ou -, como as leveduras fermentativas e Enterobactárias; ☞ NÃO ESQUECER: Composição Química do Alimento: Quantidade de energia que ele apresenta; Quantidade de nitrogênio; Vitaminas; Minerais; Água; As bactérias gram+ são mais exigentes em suas necessidades de vitaminas; As bactérias gram- e bolores conseguem sintetizar quase ou todos os seus fatores de crescimento; Exemplo as frutas que tem baixo nível de vitamina B, e um microrganismo que precisa dessa vitamina não se desenvolve tão bem; Fatores antimicrobianos naturais: Eugenol – encontrado no cravo; Lisozima– encontrado no ovo; Ácido benzoico – encontrado na ameixa; Lactinina – encontrado no leite; Eles são naturalmente presentes e protegem de uma deterioração dos alimentos; Estruturas biológicas: Casca do arroz, do ovo, da noz, entre outros, é mais uma forma de proteção dos alimentos; Interação entre microrganismo: Temos: Microrganismos que produz metabolito que vai inibir crescimento de outro – metabólitos; Microrganismos que melhoram o meio, fazendo com que outro cresça mais na presença dele – sinergismo; Microrganismos que competem por exemplo pelo mesmo substrato – competição; Bactérias láticas – produzem ác. lático, diminuem o pHdo meio. Assim, se caso tiver uma bactéria que prefere um ambiente mais ácido ela cresce mais, caso contraio ela não se multiplica tanto; Leveduras – consomem ác. lático, aumentando o pH do meio, se produzem mais nesse caso; Pseudomonas aeruginosa – produz tiamina e triptofano, que é essencial para crescimento de Staphylococcus auereis – nesse caso influencia no crescimento mais rápido do estafilococos; Estreptococcus e lactobacilos – produzem água oxigenada e diminuem a presença de Psdomonas spp., Bacillus spp., Proteus spp.; No livro há esse quadro; FALSO
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